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Geopolítica-Geoestratégia-Política de Defesa => Portugal => Tópico iniciado por: dc em Novembro 22, 2024, 11:53:05 pm

Título: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Novembro 22, 2024, 11:53:05 pm
Como sabemos, a possibilidade de conflito aumenta a cada dia que passa. Seja sob a forma de uma guerra aberta e "mundial", seja num conflito localizado, seja com recurso a proxies e guerra assimétrica.

A probabilidade de se iniciar um conflito num prazo de menos de 2 anos, ou mesmo num espaço de 2 ou 3 meses, é cada vez maior.

A começar uma guerra, não sabemos quantos países se tornarão adversários, nem sabemos quantas frentes o conflito terá. Existe a forte possibilidade de ser o verdadeiro caos, com vários conflitos a decorrerem em paralelo.

Dito isto, temos de começar a levar a sério o nosso papel neste mundo mais conflituoso. Temos de começar por perceber que, usar a diplomacia como "dissuasor" já não chega, e ficar no nosso canto a ver o resto do mundo à batatada também não é opção.

Sabemos do estado actual das nossas Forças Armadas, e que não conseguem fazer grande coisa perante um conflito a sério, seja do ponto de vista da defesa do nosso território, seja na contribuição para o flanco Leste, seja como aliado fiável com o qual os restantes aliados podem contar numa das outras possíveis frentes, seja mesmo do ponto de vista ofensivo e dissuasor.

Eu não concordo com SMOs e mobilizações como planos A, B e C das FA. Defendo sim uma verdadeira capacitação das FA para que consigam combater com eficácia recorrendo à qualidade, e não à carne para canhão.

Ora com isto, e tendo em conta esta aparente proximidade de um conflito, a conclusão a que chego é que a LPM, além de limitada e obsoleta, é demasiado lenta na sua execução. Se um conflito começasse em 2026, a maioria dos programas nem sequer teria iniciado, e os programas que ficarão concluídos até lá, são quase irrelevantes. E depois de quase 20 anos focados no "duplo-uso" a nossa capacidade de combate saiu extremamente penalizada.

Portanto, resolvi criar este tópico, onde pretendo que se discutam ideias, sobre aquisições/modernizações, que demorem relativamente pouco tempo a executar (6-24 meses), e que permitiriam uma subida do nosso nível de prontidão para um conflito bélico.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Novembro 23, 2024, 01:39:52 am
Entretanto, já fui fazendo um apanhado de ideias para os 3 ramos que vou aqui expor. Programas estes que considero plausíveis de originar resultados dentro do prazo, que elevem o nível das FA em "short notice". É claro que estas ideias, envolvem um orçamento suplementar, fora da LPM, e que visa uma preparação para a iminência de um conflito.

E é fácil de justificar à população: este investimento é a única alternativa a uma mobilização "forçada" em caso de conflito.

Na Marinha.

Classe Tridente:
Não há muito que possa ser feito em tão pouco tempo.
-destaco o reforço do stock de munições, nomeadamente os Blackshark e os Harpoon;
-estudar a incorporação de um míssil de cruzeiro (Tomahawk ou MdCN por exemplo), e perceber quanto tempo demorariam a ser implementados. Se tal for possível, o objectivo seria ter, dentro do prazo, um lote a rondar os 20 mísseis. (O número é pequeno, mas estou a ser realista, e vai fazer mais sentido quando se somar tudo o resto que vou propor)

Classe BD:
Essencialmente um MLU 2.0, que visa incluir o que devia ter sido incluído no MLU que foi feito, e que possa ser realizado de forma rápida. E proponho:
-aquisição de ESSM Block II, e tendo em conta possíveis demoras nas entregas, procurava ESSM "Block I" para colmatar a lacuna;
-munições especializadas para as 76mm;
-substituição dos Harpoon por NSM. Em alternativa, fazer upgrade aos Harpoon para Block II;
-substituição de pelo menos 1 dos radares principais por radares mais modernos. Idealmente substituição de ambos;
-upgrade aos torpedos, que creio que não sofreram nenhuma modernização.
-equacionava seriamente a compra da Van Speijk (para o lugar da VdG), e no processo fazia os mesmos upgrades.

Classe VdG:
Cancelava o MLU que está planeado, que vai demorar demasiado tempo, canalizava esforços numa nova classe. Fazia apenas melhorias pontuais que possam ser implementadas em pouco tempo e por baixo custo.
E propunha:
-aceitar que a VdG já não volta ao serviço;
-ia buscar o Mk-29 da Vasco, comprava um Mk-29 adicional, e colocava um na "posição B" de cada fragata. Em alternativa, instalava um segundo Phalanx;
-procurava incorporar os ESSM Block I nestas fragatas, passando os Sea Sparrow a mísseis de reserva/C-UAS;
-estudava a incorporação de um novo CMS;
-pegava nos radares retirados das BD, como mencionei em cima, e substituía o radar equivalente a bordo das duas VdG. Os radares das BD actuais são superiores aos das VdG, logo esta transição seria um upgrade.

Classe VdC:
Não são navios de guerra, mas serão usados num conflito, logo os 4 NPO originais precisam de upgrades. Com a proximidade de navios "científicos" russos perto das nossas águas, e a possibilidade destes tentarem sabotar cabos submarinos, o armamento dos NPO deixou de ser suficiente para lidar com a ameaça.
Proponho:
-substituir o radar principal, por um radar na classe do Sea Giraffe 1X. Provavelmente exige modificações do mastro principal, mas pouco mais;
-comprava as 2 Marlin que faltam e os sistemas EO;
-incorporava 2 RWS, com capacidade de receber os mísseis LMM, conferindo capacidade C-UAS;
-estudava a incorporação dos lançadores de Harpoon, caso estes fossem retirados das BD após serem substituídos (neste caso, haveriam 3 Mk-141 disponíveis, com o da VdG);
-incorporava um lançador próprio (à frente da ponte) para mísseis "anti-tanque", conferindo poder de fogo superior para lidar com embarcações pequena/médias e USVs. Hellfire, Spike, MMP entre as opções;
-olhava para a possibilidade de aumentar ligeiramente a resiliência a danos dos navios.

Helicópteros:
Tentava perceber até que ponto vai a situação da frota Lynx, o seu nível operacional, se cumprem ou não. Com base na resposta a isto:
-mantém-se os 5 Lynx, mas modernizava os sonares de todos eles, e não apenas 2. Idealmente, instalava o FLIR;
-estudava a possibilidade de adquirir um lote adicional de 2 ou 3 Lynx em segunda-mão (com FLIR);
-caso a frota Lynx esteja com dificuldades em cumprir, estudava a compra de SH-60 em segunda-mão. Com esta compra, adicionava ao upgrade das BD o reforço do convés de voo para os receber. As VdG operariam principalmente os Lynx (com vantagem de operar 2), as BD os SH-60;
-com a hipótese SH-60, e caso entrasse no prazo, olharia então para as opções de armamento que este heli oferece, nomeadamente os Hellfire. Quiçá o míssil de cruzeiro Delilah pudesse ser incorporado;

UAV/USV/UUV:
Se há "arma" que pode ser adquirida e incorporada rapidamente numa força, são os drones.
-comprava UUVs para diversos navios, para ASW e guerra de minas;
-USVs pequenos;
-UAVs embarcáveis nos navios actuais, nomeadamente os drones nacionais VTOL e lançados de catapulta e uns Camcopter S100;
-loitering munitions, que tenham lançadores modulares que possam ser instalados nos navios existentes. Switchblade e Harop são opções interessantes, tal como o Elanus nacional.

Fuzileiros:
Reforçar as capacidades existentes, sabendo que não haverá tão depressa um navio anfíbio.
-novo míssil anti-carro (adquirir o mesmo modelo do EP);
-adquiria mais viaturas tipo ATV, incluindo uma versão equipada com o radar RPS-42, conferindo uma componente C-UAS/V-SHORAD;
-mísseis Stinger, ou outro MANPADS, como LMM/Starstreak ou Piorun, conectando com o ponto anterior;
-adquiria um pequeno número (10-20 unidades) de ST5;
-comprava um lote de lanchas de ataque rápido, tipo CB-90.

O próximo ramo será a FAP, que é onde existe mais potencial para expandir capacidades rapidamente, graças à possibilidade de incorporação de armamento nos F-16 e não só.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Novembro 23, 2024, 12:34:10 pm
Para situações a curto prazo, neste momento, é tarde para fazer quase tudo.
A atual situação lembra o que é descrito pelos historiadores sobre a situação portuguesa em 1939 quando começou a II guerra mundial na Europa.

Não havia tempo para fazer e mesmo alguns meses antes, a partir da crise da Checoslováquia o Salazar pedia aos ingleses aviões Hurricane, ma os ingleses recusavam sempre os pedidos, porque não tinham para eles.
Recebemos os Gloster Meteor biplanos, que eram melhores que o que havia, nas que na realidade não serviam para praticamente nada.

Aproveito este tópico para um aparte (para não criar mais um) e permito-me apenas alertar para uma coisa diferente do tema do tópico, e para necessidades que não são necessáriamente militares, mas que estarão direta ou indiretamente ligadas às atividades das forças militares e militarizadas.

Citar
A ameaça neste momento, como aliás desde sempre, é a possibilidade de um ataque nuclear.
Caso o Putin se lembrasse de atacar um pequeno país da NATO para dar o exemplo, Portugal seria uma possibilidade.
Ninguém em seu juizo perfeito, poderá alguma vez pensar que qualquer potência nuclear colocaria em risco a sua própria segurança para escalar o mundo, porque Lisboa tinha sido alvo de uma explosão atómica.

A nossa absoluta incapacidade para nos defendermos desse tipo de ameaça, transforma Portugal num alvo interessante.
Ainda há dois dias os russos quiseram mostrar o míssil balistico de médio alcance com multiplas ogivas, mas não o fizeram contra um alvo protegido com baterias de mísseis Patriot, para evitar o fiasco que seria a possibilidade de serem interceptados.

Neste momento, além da necessidade de fazer qualquer coisa com os patéticos meios navais que temos, a principal prioridade, seria tratar de pelo menos garantir que em caso de ataque, a probabilidade de sucesso não é de 100%.

A proteção civil, tem que ser levada a sério e nesta situação de emergência uma parte dos militares e especialmente a GNR tem que ser chamada.

Temos o problema da nossa amorfa opinião pública. Os governos têm medo de falar destas coisas, porque ao contrário dos nórdicos que smais comedidos, se começamos a fazer anuncios de exercicios de proteção civil, o Zé povinho ataca os supermercados para roubar comida.

A população não está sequer preparada para entender para que servem pastilhas de iodo de potássio, que seriam uma compra de primeiro nível e nem sei se não estamos em Portugal capacitados para produzir localmente este tipo de medicamento.
Nas escolas, na disciplina de Cidadania, em vez de aprender sobre igualdades de género e outras sandices disparatadas, as crianças têm que ter cursos de primeiros socorros e emergência.

Devem ser criadas reservas de emergência de trigo e milho. A disponibilidade de carne será muito afetada, porque não vai haver comida para a maior parte dos animais. Tem que haver armazens não centralizados, para que não possam ser destruidos todos ao mesmo tempo.

Cada agregado familiar, deve garantir alguma capacidade de alimentação.
Pelo menos 25 a 30 litros de água por cada pessoa. Uma reserva básica de comida tem que existir em cada casa. Além da água, as tradicionais conservas de peixe, salsichas ou carne enlatada. São preferíveis as conservas em lata às conservas em vidro.
Não adianta conservar batatas, mas pode.se armazenar algum puré de batata. A mesma coisa com o leite, já que se pode armazenar leite em pó.
O arroz também pode ser armazenado. Se for possível remover o ar dos sacos melhor.

Os sistemas de eletricidade podem falhar e neste caso falha também a água.
Eu sei que isto é complicado, mas o mais adequado, nomeadamente em condomínios, é deixar de utilizar as casas de banho no primeiro momento.
Os canos vão ficar entupidos e não vai haver água.

A esmagadora maioria das pessoas não entende a gravidade deste tipo de situações e pura e simplesmente não se prepara. E quando não fez nada para garantir alguma autonomia, a solução é fazer uma manifestação.

E isto leva-nos a outro problema, que são as quintas colunas, e o que fazer com os agentes inimigos - nacionais ou estrangeiros - que tudo farão para gerar confusão, discordia e mais sofrimento às populações.

E isto é apenas tocar ao-de-leve neste desagradavel tema.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Novembro 23, 2024, 03:23:57 pm
Recebemos os Gloster Meteor biplanos, que eram melhores que o que havia, nas que na realidade não serviam para praticamente nada.

Eram Gloster Gladiator Mk.II. O Meteor foi dos primeiros caças a jato a entrar ao serviço, e nunca serviu em Portugal.

(https://i.postimg.cc/fyy5nqyc/Ehz-JYh-Xg-AA-EAV.jpg)

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Novembro 23, 2024, 04:17:51 pm
Recebemos os Gloster Meteor biplanos, que eram melhores que o que havia, nas que na realidade não serviam para praticamente nada.

Eram Gloster Gladiator Mk.II. O Meteor foi dos primeiros caças a jato a entrar ao serviço, e nunca serviu em Portugal.

Obrigado pela correcção... Obviamente era o Gladiator e não o Meteor (estou a meter jatos num biplano ...  :mrgreen:



Já agora, e tratando um pouco mais do tema apresentado pelo dc, há um aspecto importante de que me lembrei, na sequencia dos varios podcasts que tenho escutado sobre a questão ucraniana e sobre a disponibilidade de armamentos...

É que neste momento, há um aumento tremendo nos prazos de entrega para muitos armamentos, de entre os quais e especialmente os mísseis, mas também simples munições de 155mm.
Em alguns casos os prazos de entrega, atingem quase três anos e no minimo 18 meses.
É meio ridiculo, mas poderemos estar perante uma situação em que um navio leva menos tempo a construir que os misseis que transporta.

Os fabricantes estão assoberbados com encomendas, mas sem encomendas firmes de longo prazo, não querem aumentar a capacidade de produção.
O caso mais conhecido é o das munições de 155mm.
Alegadamenbte os países europeus poderiam ter uma capacidade de produção de até 1.700.000 munições por ano. O valor já foi apontado por funcionários em Bruxelas, mas até ao momento, a capacidade europeia que pode realmente ser contabilizada está em 550.000 unidades por ano. 300.000 da Rheinmetal.
A Ucrânia sozinha precisa de no mímino 2.000.000 por ano. A capacidade americana terá já ultrapassado 1.000.000 por ano, mas neste momento há muitas encomendas para reposição de stocks.

Tudo isto para lembrar, que quaisquer planos para o que podemos fazer rapidamente, serão sempre condicionados pelo facto de estarmos a querer comprar equipamentos numa altura em que são muito mais caros e em que os prazos de entrega são extraordinariamente longos, sendo também que não somos prioritários.

Uma notícia positiva, é a urgência que em Portugal se vai dar aos P-3 Orion para patrulha das nossas águas. É uma medida muito positiva, dado a marinha ter claudicado completamente,  e não ter qualquer capacidade efetiva nessa área, dada não só a obsolescência dos meios, como o desmazelo e desleixo que deixou navios com vida útil serem desperdiçados por não se terem aparente feito manutenções de rotina mínimas.

Citar
É como ter um carro comprado em segunda mão, falsificar a inspeção e ir metendo gasolina e óleo, até que o carro esteja tão batido que vários sistemas começam a falhar ao mesmo tempo.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Apone em Novembro 23, 2024, 04:57:00 pm
Obrigado pela correcção... Obviamente era o Gladiator e não o Meteor (estou a meter jatos num biplano ...  :mrgreen:

Houve quem tentasse...

(https://i.postimg.cc/V6jvCW7Q/dfi25trnoz621.jpg) (https://postimages.org/) (https://postimages.org/app)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Novembro 23, 2024, 08:19:05 pm

Houve quem tentasse...

(https://i.postimg.cc/V6jvCW7Q/dfi25trnoz621.jpg) (https://postimages.org/) (https://postimages.org/app)

F-35 para quê?  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Novembro 23, 2024, 08:41:31 pm
Para situações a curto prazo, neste momento, é tarde para fazer quase tudo.


Acho que não. A Europa, e Portugal têm alguns anos bons para fortalecer a sua defesa. Podemos descartar a hipótese de ataque nuclear a Lisboa, e aonde quer que seja, sem qualquer respostas da NATO, dos EU, da França e do Reino Unindo. Em Lisboa (e em qualquer capital Europeia de países não nucleares estão embaixadas destes países, cidadãos destes países em turismo ou como residentes. Quem espalha este medo ou é parolo ou está a espalhar desinformação russa voluntariamente ou involuntariamente. O SIS e SPJM que tomem nota de quem o faz. O espantalho do ataque nuclear é a única coisa que resta ao regime fascista russo. Um ataque convencional é impossível. A Rússia não tem meios humanos nem materiais para lidar com a Ucrância, tiveram que importar carne para canhão de aluguer da Coreia do Norte (Uber Death?, até parece uma banda ao gosto do P44  :mrgreen: ), quanto mais para atacar a Polónia, os países escandinavos (que são todos países NATO agora), a Alemanha, a França, a Itália, a Roménia, a Bulgária, os países Bálticos, países Baixos, França, Espanha, etc tudo países bem mais preparados e armados que a Ucrânia. A Hungria não conta, está nas mãos dum regime traidor fascista ameno `a enrabada russa.  ::)
Nunca. Impossível. Os russos vão levar décadas até recuperaram alguma capacidade de ameaçar o Ocidente com armas convencionais e só se fossem idiotas tentariam tal coisa depois da "aventura" na Ucrânia onde ficou bem visto o valor das forças russas e especialmente do equipamento russo.  Se o Pudim não for derrubado ou cair por uma janela fora antes.  ::)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: CruzSilva em Novembro 23, 2024, 09:05:49 pm
Para situações a curto prazo, neste momento, é tarde para fazer quase tudo.


(...) O SIS e SPJM que tomem nota de quem o faz. (...)
E já agora o SIED.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Apone em Novembro 23, 2024, 09:12:39 pm
Podemos descartar a hipótese de ataque nuclear a Lisboa, e aonde quer que seja, sem qualquer respostas da NATO, dos EU, da França e do Reino Unindo. Em Lisboa (e em qualquer capital Europeia de países não nucleares estão embaixadas destes países, cidadãos destes países em turismo ou como residentes. Quem espalha este medo ou é parolo ou está a espalhar desinformação russa voluntariamente ou involuntariamente. O SIS e SPJM que tomem nota de quem o faz.

Basta ver que as famílias de toda a classe politica russa vive e/ou estuda nas grandes capitais europeias - aquilo na moscolância é muito bom, mas é para os outros...

Sem falar nos oligarcas russos, esses nem poem os pés na mãe-russia, preferem londres, berlim ou paris. 
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Novembro 23, 2024, 11:11:57 pm


A probabilidade de um ataque russo é pequena, mas a verdade é que estamos completamente despreparados e não temos absolutamente defesa nenhuma.

A verdade é que Putin está a ficar sem alternativas e os bluffs não deram em nada.
Existem embaixadas de todos os países em Kiev, até da China, mas isso não impede os russos de atacar Kiev quando lhes dá na telha.

Os oligarcas russos, ao contrário dos europeus, ou americanos, não influenciam o governo, são criados e por isso controlados por ele.

Os oligarcas russos não estão em Paris, Londres ou Berlim, neste momento estão nos Emirados, especialmente no Dubai, alguns no Catar e no Bahreim. Também há bastantes na costa sul da Turquia.

A mais importante capacidade que precisamos de desenvolver, é a capacidade para o país se defender de mísseis e drones. Praticamente nada do que tempo é adequado para este tipo de combate.
Os prazos de entrega são absurdos e ou pensamos no que podemos fazer localmente, ou vamos ficar parados à espera.
Coisas como a produção de drones (que estão a transformar-se em munição e não em armas) ou a montagem ou desenvolvimento de blindagens adicionais, para as viaturas Pandur, que neste momento estão ultrapassadas.

A blindagem superior dos tanques Leopard, e a absoluta necessidade de viaturas de combate de infantaria sobre lagartas são outras coisas menos visíveis mas eventualmente mais fáceis de conseguir.

O mais importante deveria ser a marinha, mas o mais importante dos ramos, é também onde aparenta sentir-se mais o desleixo.
A realidade da marinha tem sido meio escondida com os planos do navio D.João II .
Mas não é com um navio que se vai resolver os problemas, porque uma andorinha não faz a primavera.


-
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Novembro 24, 2024, 12:13:55 am
Eu não concordo com SMOs e mobilizações como planos A, B e C das FA. Defendo sim uma verdadeira capacitação das FA para que consigam combater com eficácia recorrendo à qualidade, e não à carne para canhão.

Eu acho que o SMO e a mobilização são essenciais para defesa do território nacional. Para acções no exterior temos as forças profissionais. É comprar o que se pode no tempo que nos resta em preparação para um eventual conflito. Os avisos não faltam.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: CruzSilva em Novembro 24, 2024, 11:40:39 am
(...)

O mais importante deveria ser a marinha, mas o mais importante dos ramos, é também onde aparenta sentir-se mais o desleixo.

(...)

E atenção que este problema também existe com alguns dos nossos aliados. As marinhas exigem uma chefia com visão de longo alcance, por causa do tempo necessário para construir um navio. Sim porque comprar em 2ª mão poderá não mais ser a nossa única solução.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Novembro 24, 2024, 11:47:38 am
Eu não concordo com SMOs e mobilizações como planos A, B e C das FA. Defendo sim uma verdadeira capacitação das FA para que consigam combater com eficácia recorrendo à qualidade, e não à carne para canhão.

Eu acho que o SMO e a mobilização são essenciais para defesa do território nacional. Para acções no exterior temos as forças profissionais. É comprar o que se pode no tempo que nos resta em preparação para um eventual conflito. Os avisos não faltam.

Tem de haver um "SMO" para completar os números dos efectivos planeados (muito especialmente no Exército); haver uma "2ª linha" (ie as nossas antigas "Milícias / Auxiliares / Ordenanças") é também um ponto importante. 
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Novembro 24, 2024, 01:17:28 pm
Se a única maneira de a Rússia atacar Portugal é com misseis de longo alcance ou balísticos (e aí não ia sobrar nada) ...SMO para quê?

A prioridade deveriam ser sistemas de defesa aérea. 
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Novembro 24, 2024, 05:12:01 pm
Portugal faz parte de alianças / blocos (NATO / UE) e - em caso de guerra ou de um conflito localizado - haverá sempre necessidade de o Exercito participar... e, para isso, necessita de mais recursos humanos (mesmo que desloque apenas unidade com "voluntários"). Não podemos assumir apenas participar na defesa do espaço Atlântico.   
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Novembro 24, 2024, 06:46:36 pm
Quando li Tomahawk parei de ler
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: CruzSilva em Novembro 24, 2024, 06:52:58 pm
Quando li Tomahawk parei de ler
Percebo pouco de submarinos mas realmente não estou a ver como poderiam mísseis de cruzeiro ser instalados nos nossos Tridente.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Novembro 24, 2024, 06:53:55 pm
Eu não concordo com SMOs e mobilizações como planos A, B e C das FA. Defendo sim uma verdadeira capacitação das FA para que consigam combater com eficácia recorrendo à qualidade, e não à carne para canhão.

Eu acho que o SMO e a mobilização são essenciais para defesa do território nacional. Para acções no exterior temos as forças profissionais. É comprar o que se pode no tempo que nos resta em preparação para um eventual conflito. Os avisos não faltam.

Tem de haver um "SMO" para completar os números dos efectivos planeados (muito especialmente no Exército); haver uma "2ª linha" (ie as nossas antigas "Milícias / Auxiliares / Ordenanças") é também um ponto importante.

É estudar o sistema mais adequado para Portugal. Tanto o Reino Unido, a França, e os EUA têm unidades de reserva, soldados part-time, embora de formas diferentes.

Aqui onde resido temos uma companhia de policia militar da Guarda Nacional e na vila aqui ao lado temos uma bataria de artilharia da Guarda Nacional.
Chegou a haver um centro de manutenção de viaturas , na altura da 1a guerra do golfo. Aquilo funcionava dia e noite durante uns tempos a preparar viaturas da GN. 
São quartéis pequeníssimos, nalguns casos apenas um edifício e uma vedação, um ponto the reunião da unidade. A maioria das viaturas e armamento estão armazenados em local centralizado.

https://www.goarmy.com/benefits/while-you-serve/money-pay

https://www.reservistes.defense.gouv.fr

https://www.army.mod.uk/army-careers/the-army-reserve/

Muitos dos atuais quartéis de unidades fantasma poderiam ser aproveitados para este tipo de unidade de reserva.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Lightning em Novembro 24, 2024, 07:25:55 pm
Se a única maneira de a Rússia atacar Portugal é com misseis de longo alcance ou balísticos (e aí não ia sobrar nada) ...SMO para quê?

A prioridade deveriam ser sistemas de defesa aérea.

Teoricamente, também cá chegam com navios e aviões que podem atacar Portugal.

https://cnnportugal.iol.pt/marinha/navios/navios-russos-acompanhados-pela-marinha-portuguesa/20240724/66a0e318d34e04892238392

(https://zap.aeiou.pt/wp-content/uploads/2014/11/eb9388a7e9d4189bd5eba508fbfabdd0-640x450.jpg)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Novembro 24, 2024, 09:38:36 pm


A possibilidade de um ataque nuclear é apenas uma questão acadêmica. O país não está minimamente preparado para absolutamente nada e os nossos sistemas de proteção civil são uma anedota.

Um ataque dos russos contra um país tão distânte, seria sempre com mísseis, já que é muito improvável que em caso de conflito a nível europeu, os russos conseguissem fazer chegar aqui aviões bombardeiros e os navios de superficie, a mesma coisa.
A questão académica, quando olhamos para a geoestratégia também seria desaconselhada, porque implicava atacar um pequeno país, que ainda por cima tem normalmente boas relações com a África e a América Latina...

A minha apreciação é uma mera curiosidade, resultado de um comentário numa rádio britânica, sobre a censura / propaganda russa, em que se dizia que se amanhã os russos pudessem e quisessem bombardear Lisboa, a campanha começaria por dizer que os portugueses estavam a comer criancinhas depois de as torturarem e matarem. E os russos acreditavam, sem qualquer possibilidade de dúvida, como acreditam em tudo o que lhes vendem hoje. Como resultado, seria necessário a Russia fazer alguma coisa para salvar as crianças que os portugueses ainda não tinham morto e comido.



Quanto ás necessidades imediatas, estaria a NATO muito bem, se Portugal fosse capaz de garantir que as águas do Atlântico correspondentes à ZEE  estavam pelo menos vigiadas. A nossa ação não precisa ser em todos os vetores. Bastava termos capacidade para garantir a segurança da navegação.
Isso só, seria de uma importância tal, que comparativamente tornaria qualquer participação militar irrelevante.

Mas a verdade é que não possuimos tal capacidade e a catastrófica situação da marinha, é a razão pela qual não a temos.
E não... Não culpo o alm. CEMA por isso, porque a culpa é do poder político. Ele terá culpas no cartório, mas no setor da dissimulação da situação a que isto chegou.

De resto, deveriamos ter um minimo de capacidade para projetar forças, mas tal capacidade não existe. Precisamos sempre de pedir meios de outros países, que em caso de necessidades grave, nao os vão disponibilizar com facilidade porque precisam ou acham que podem precisar deles.
A Europa parece ter perdido a capacidade para transportar forças militares por comboio, e só agora notamos a necessidade de haver linhas com bitola uniforme.
No passado as bitolas das linhas eram diferentes para dificultar a invasão, agora deviam ser iguais, para facilitar a movimentação de forças entre os vários países.

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Novembro 24, 2024, 09:47:38 pm
Quando li Tomahawk parei de ler
Percebo pouco de submarinos mas realmente não estou a ver como poderiam mísseis de cruzeiro ser instalados nos nossos Tridente.

Pode ser disparado pelos tubos de torpedos, de onde também são disparado os Harpoon
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Novembro 24, 2024, 10:00:57 pm
Só se os nossos Tridente usarem os tubos para armazenar vinho. De resto, vários submarinos convencionais podem de facto lançar Tomahawk ou outros mísseis de cruzeiro dos seus tubos. A Holanda até está/estava a pensar modificar os seus actuais submarinos para obter essa capacidade. Resta saber quais seriam os custos e tempo necessários para quaisquer modificações necessárias.

Quando li Tomahawk parei de ler

Mas se falasse nos patéticos Chinooks para o Exército já valia a pena ler.

Ironicamente, incorporar umas dezenas de Tomahawk nos Tridente, ficaria mais barato que adquirir Chinooks para o Exército. A diferença é que os Chinooks não faziam diferença nenhuma num conflito, não passando de uma megalomania de um Exército que tem a mania que é grande, mas na verdade é minúsculo quando comparamos com outros.

Mas eu sei. Dissuasão? Não! Em caso de guerra, arranjamos carne para canhão.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Novembro 24, 2024, 10:13:07 pm
Fiquei na dúvida se seria possível, mas se é, seria exatamente o tipo de poder de dissuasão que um pequeno país necessita.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Novembro 24, 2024, 10:19:41 pm
Se a única maneira de a Rússia atacar Portugal é com misseis de longo alcance ou balísticos (e aí não ia sobrar nada) ...SMO para quê?

A prioridade deveriam ser sistemas de defesa aérea.

A prioridade deveriam ser sistemas de defesa aérea, uma das muitas capacidades em que somos um deserto,  e mais 2 (ou 4! ) submarinos, a arma dos pobres.  c56x1
Uma iniciativa tipo "Iron Dome" Europeia seria uma boa solução. Não percebo porque ainda não está em andamento.  ::)

Quem é pobre tem que contar as moedas e gastá-las bem. Quintinhas e megalomanias não ajudam.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Novembro 24, 2024, 10:20:53 pm
Iron Dome é algo um bocado sobrevalorizado...

É um bom sistema para Israel e as suas ameaças, mas um mau sistema para a Europa em geral

O Iron-Dome brain de muitos politicos até é mau....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Novembro 24, 2024, 10:33:27 pm
Portugal faz parte de alianças / blocos (NATO / UE) e - em caso de guerra ou de um conflito localizado - haverá sempre necessidade de o Exercito participar... e, para isso, necessita de mais recursos humanos (mesmo que desloque apenas unidade com "voluntários"). Não podemos assumir apenas participar na defesa do espaço Atlântico.

A necessidade de mobilização, vai depender inteiramente do tipo de conflito que estamos a falar. Vale zero mobilizar uma percentagem significa da população, se a linha da frente for lá longe e exigir outro tipo de participação. Também não adianta de nada se for um conflito aeronaval para o nosso lado.

Antes de mobilização, a prioridade deverão ser "reservistas", e pessoal recém saído das FA, pelo facto de que já possuem algum treino. Não havendo risco de invasão do território nacional, e sabendo que vamos operar lado a lado com múltiplos aliados, uma mobilização será sempre secundária. Em guerra, é mais "rentável" ter a população civil a contribuir para a economia, nomeadamente economia de guerra, e investir nos meios, do que ficar dependente de mobilizar a população, o que vai destruir a economia por completo.

Dentro da NATO, todos os indicadores apontam para a limitações no equipamento complexo, e a incapacidade que a aliança terá para substituir material destruído, danificado, ou que atingiu o limite de horas, etc. Não é com carne para canhão que se resolve a falta de submarinos, escoltas de superfície, caças, AWACS, etc.

Daí que para mim não adianta falar em mobilização ou SMO, pois isso é algo que acontece normalmente após o conflito começar e é uma consequência de uma guerra. Não pode ser visto como o plano A.

Fiquei na dúvida se seria possível, mas se é, seria exatamente o tipo de poder de dissuasão que um pequeno país necessita.

O Tomahawk, tal com o MdCN francês, pode ser lançado de tubos de torpedo de 533mm. A única dúvida aqui, é se os tubos de 533mm dos nossos Tridente teriam essa possibilidade (os 4 que são capazes de lançar Harpoon) com ou sem modificações. Caso a resposta fosse positiva, seria sem dúvida uma opção a ter em conta, se quisermos levar a sério a possibilidade de conflito de larga escala.

Caso não seja possível, a alternativa parece-me ser esperar pela versão lançada de submarino do LRASM ou NSM/JSM.

O que é certo, é que a capacidade "land-attack" da Marinha estar limitada aos Harpoon dos Tridente, é insuficiente, desde logo pelo seu alcance bastante reduzido. E ficar 10/15 anos à espera que lá resolvam adquirir fragatas novas, que talvez tenham essa capacidade, é demasiado tempo.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Novembro 24, 2024, 10:54:44 pm
O Iron Dome é primariamente um sistema C-RAM. Para as nossas necessidades existem sistemas mais adequados, das mais variadas origens.

Para mim, a prioridade em defesa AA terrestre centra-se em 2 níveis:
-V-SHORAD, que seriam o principal contributo para para C-UAS;
-MRAD, que permitam cobrir uma área mais ou menos extensa, e sobretudo defender bases aéreas nacionais ou FOBs de ataques de mísseis de cruzeiro.

Idealmente teríamos também capacidade BMD, mas é impossível ter alguma coisa desse género a curto prazo, e a médio/longo prazo é mais fácil ter as futuras fragatas a fazer essa missão, se devidamente capacitadas para tal.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Novembro 24, 2024, 11:28:09 pm
Com este tópico, parece que muita gente não entendeu o "assignement". De repente já se está a falar em guerra nuclear, ou parte-se do pressuposto de que com "Guerra Mundial", é só NATO vs Rússia, e que não há mais intervenientes. Isto para mim é absurdo.

Nós sabemos que a Rússia e a China têm feito movimentações para aumentar a presença no Atlântico Sul. Também sabemos que existem N focos de tensão que estão à espera do momento certo para explodir num conflito. Sabemos que se está a formar um bloco anti-Ocidente, e não sabemos que outros países/forças não-estatais é que poderão juntar-se...

A realidade, é que podemos ter uma guerra mundial, com múltiplos intervenientes e frentes, e Portugal terá que estar preparado, quer se queira quer não. Seremos certamente chamados a participar, e é aqui que abri este tópico, para se debater o que raio pode ser feito para capacitar as FA de forma rápida e eficaz, sem estar dependente da patética LPM que não vai mudar nada suficientemente rápido.

Não quero ouvir (ler) fantochadas de "já não vamos a tempo", nem quero saber da retórica dos generalecos que consideram o plano A, B e C a utilização de malta jovem como carne para canhão, ao invés de quererem construir umas FA competentes e que façam a diferença num conflito.

Existe tanta coisa para ser feita, que é absurdo cruzar os braços e não tomar medidas.
Eu mencionei ideias para a Marinha, a seguir trato das da FAP, noutro dia do EP, mas além do que vou mencionar, existem também "pequenos gestos" que têm valor. Exemplo: Começar a treinar pessoal de outras bases aéreas para manusear armamento e rearmar os F-16 e P-3. Construir shelters temporários em várias bases aéreas para "esconder" das imagens de satélite os F-16 (e potencialmente aeronaves aliadas), de forma a que um ataque de mísseis balísticos tenha mais dificuldade em destruir tudo.

Estamos num cenário que ninguém vislumbrava há 10 anos atrás, a proximidade de um conflito global, e entre pensamento derrotista e a brigada do reumático que só vê mobilização à frente como solução para tudo, acaba por não se fazer nada.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Novembro 24, 2024, 11:36:45 pm
Só se os nossos Tridente usarem os tubos para armazenar vinho. De resto, vários submarinos convencionais podem de facto lançar Tomahawk ou outros mísseis de cruzeiro dos seus tubos. A Holanda até está/estava a pensar modificar os seus actuais submarinos para obter essa capacidade. Resta saber quais seriam os custos e tempo necessários para quaisquer modificações necessárias.

Quando li Tomahawk parei de ler

Mas se falasse nos patéticos Chinooks para o Exército já valia a pena ler.

Ironicamente, incorporar umas dezenas de Tomahawk nos Tridente, ficaria mais barato que adquirir Chinooks para o Exército. A diferença é que os Chinooks não faziam diferença nenhuma num conflito, não passando de uma megalomania de um Exército que tem a mania que é grande, mas na verdade é minúsculo quando comparamos com outros.

Mas eu sei. Dissuasão? Não! Em caso de guerra, arranjamos carne para canhão.

Peço desculpa, mas o dc não sabe, o que é integrar Tomahawk, muito menos em submarinos.
No máximo os nossos poderão levar o NSM, ou SCALP com land-atack.
Está prevista a integração desta tipologia de mísseis em submarinos e futuras fragatas da Marinha, mas Tomahawk não.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Novembro 24, 2024, 11:42:57 pm
Na minha humilde opinião:

-Integrar rapidamente Taurus ou JASSM nos F-16M;
-Pods ECM nos F-16, modernizados;
-Aumentar o stock de AIM-120D;
-Aumentar a encomenda de AIM-9X;
-Aquisição de Sub-Harpoon II adicionais;
-Sonares Rebocados para as 2 FFG operacionais;
-Sistemas IRIS-T SLM para o Exército (2 baterias pelo menos);
-Aumento da capacidade CSAR;
-Aumento prontidão frota P-3C, para missões ASW e Asuw, com aquisição de mísseis SLAM-ER.

Cps.

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Novembro 24, 2024, 11:52:10 pm
Peço desculpa, mas o dc não sabe, o que é integrar Tomahawk, muito menos em submarinos.
No máximo os nossos poderão levar o NSM, ou SCALP com land-atack.
Está prevista a integração desta tipologia de mísseis em submarinos e futuras fragatas da Marinha, mas Tomahawk não.

A ideia deste tópico é lançar a discussão do que é ou não exequível. Neste momento sabe-se que o Tomahawk pode ser lançado de tubos de 533 mm. Os custos/tempo/trabalho de os integrar nos nossos submarinos são outros 500. E como disse, se não der o Tomahawk, pode-se olhar para outras opções, o essencial é ver o que pode ser instalado nos nossos Tridente num relativamente curto espaço de tempo.

O Scalp Naval é o MdCN que eu mencionei no posto original...  ::) Supostamente tem um alcance de 1000km, portanto está perto daquilo que o Tomahawk faz, logo seria uma excelente opção.

A incorporação de um míssil de cruzeiro em futuras fragatas é irrelevante para este tema, já que estamos a olhar para o caso do conflito começar num prazo de 2 anos. Restando os 2 Tridente para dar à Marinha esta capacidade, é neles que teremos de focar de pensar no curto prazo.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Novembro 24, 2024, 11:53:27 pm
O Iron Dome é primariamente um sistema C-RAM. Para as nossas necessidades existem sistemas mais adequados, das mais variadas origens.

Para mim, a prioridade em defesa AA terrestre centra-se em 2 níveis:
-V-SHORAD, que seriam o principal contributo para para C-UAS;
-MRAD, que permitam cobrir uma área mais ou menos extensa, e sobretudo defender bases aéreas nacionais ou FOBs de ataques de mísseis de cruzeiro.

Idealmente teríamos também capacidade BMD, mas é impossível ter alguma coisa desse género a curto prazo, e a médio/longo prazo é mais fácil ter as futuras fragatas a fazer essa missão, se devidamente capacitadas para tal.

Se PAC-3 em Mk41 correr bem, sinceramente sou grande fã de nós e a Espanha adquirirmos essa capacidade em conjunto com os americanos
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Novembro 25, 2024, 01:42:04 am
Voltando ao tema. Em muitos casos eu dou mais do que uma opção na escolha do armamento, pois sabemos que os prazos de entrega podem não ser favoráveis a uns. Perante a possibilidade de conflito, é preferível receber um míssil que seria a segunda opção, mas a tempo e horas, do que ficar 3 ou 4 anos à espera que a primeira opção seja entregue, já demasiado tarde.

Na Força Aérea:

F-16:
É difícil realizar um upgrade para V em tão pouco tempo para uma quant. significativa de F-16, logo não vou tocar nessa possibilidade directamente. Vou focar-me no F-16 como plataforma para armamento. Também acharia prudente aumentar o nº de F-16, de 28 para uns 36, mas isso é outra conversa.

-integração dos Harpoon. Idealmente saltávamos esta etapa e optávamos por JSM, mas os prazos não coincidem;
-reforçar o stock de AMRAAM. Novos ou de stocks existentes, mas tem que ser feito;
-procurar uma solução para a falta de mísseis WVR, até porque uma encomenda adicional de AIM-9X vai demorar anos a ser entregue;
-integração de um míssil de cruzeiro. Tendo em conta as encomendas, será difícil obter o JASSM-ER a tempo e horas, logo podemos ter que procurar uma solução "stop-gap", como SLAM-ER, JASSM original, Taurus KEPD, Delilah ou SOM;
-míssil Rampage. Oferece um alcance similar ao SLAM-ER, mas por um preço relativamente "baixo". Cada F-16 transporta 4;
-Air LORA ou ROCKS. É difícil para alguns engolir um míssil balístico na FAP, mas já vimos a sua eficácia e o poder dissuasor que têm até contra países com boas defesas aéreas. Com o bónus de poderem ser integrados no F-16, o que torna as coisas simples;
(Estes últimos dois pontos têm ainda a vantagem de, para já, não terem grandes encomendas, logo os prazos de entrega devem ser bem mais apetecíveis para quem quer rearmar mais depressa)
-integrava SDB, StormBreaker, JDAM-ER. É absurdo não fazer este salto de imediato, para a utilização de bombas guiadas com maior alcance. E claro, expandia o stock de JDAM e Paveway;
-incorporava o pod Legion
-incorporava novos pods EW e Terma PIDS+. O PIDS+ seria prioritário.

C-295 VIMAR:
Seria importante realizar uma modernização a toda a frota. Aproveitando esta modernização, daria prioridade de entregas à variante VIMAR, e capacitava-a de forma a poder complementar os P-3 em missões de vigilância, luta anti-submarina e quiçá anti-superfície.
Incluía:
-capacidade ASW, através da capacidade de lançamento de sonoboias e torpedos (tal e qual a variante MPA oferecida a outros países);
-estudava a possibilidade de integrar os Harpoon. Se não desse, outro míssil anti-navio mais leve;
-estudava a incorporação de um míssil ar-superfície mais ligeiro, na classe do Hellfire, para lidar com USVs, FAC e outros alvos de pequena dimensão. LMM seria opção;
-acrescentava a sonda de abastecimento em todos os VIMAR, podendo assim ser reabastecidos pelo KC, aumentando o tempo on-station destas aeronaves em missões ASW.

P-3:
A ideia é tornar o P-3 o nosso bomb/missile truck, tirando partido dos seus hardpoints e raio de acção. Com a possibilidade de aumentar a frota, não digo para 11, mas para umas 6 ou 7 aeronaves, fazia sentido aproveitar a plataforma para algo mais do que ASW/ASuW no mar, até porque um potencial conflito, poderá não se limitar ao mar. O P-3 seria uma boa plataforma para largar uma grande quantidade de "ordenance" em apoio a forças em terra, ou para atacar posições inimigas (grupos terroristas) em África em territórios onde os F-16 não chegassem, em TOs permissivos.

Proponho:
-mais Harpoons;
-um míssil de cruzeiro: qualquer um que pudesse ser integrado, com a nota de que o alcance do SLAM-ER pode não ser suficiente para manter o P-3 (avião com grande RCS) longe o suficiente de sistemas AA na tipo S-300, e portanto idealmente o míssil escolhido teria que ter mais alcance (SCALP, JASSM ou Taurus KEPD);
-integrava um míssil ligeiro, na classe do Hellfire, para complementar/substituir os Maverick. Ideal para destruir USV, outras embarcações pequenas, e claro veículos em operações em terra;
-bombas guiadas, nomeadamente de longo-alcance, tipo JDAM-ER, SDB e/ou StormBreaker, mas também da família Paveway e JDAM/LJDAM normais, para TOs permissivos. Paveway, LJDAM e StormBreaker também podem complementar, ou mesmo eliminar a necessidade de um míssil ligeiro, por poderem destruir alvos móveis;
-estudava a integração de AIM-9L, para autodefesa. Em patrulha marítima, ASW ou noutras missões, não será impossível um encontro com um UAV/UCAV;
-e integrava os mesmos Rampage e Air LORA/ROCKS que mencionei para os F-16. Reforço da capacidade de ataque stand-off, e de ataques de saturação.

Outros:
-adquiria um lote de Tekever AR5, com o lançador de sonoboias, assim que passasse a fase de testes;
-procurava adquirir UCAVs, tentando perceber se seria possível que as entregas fossem feitas dentro deste prazo. Considerava a possibilidade de uma solução stop-gap com MQ-9B usados, ou um UCAV mais pequeno;
-em conjunto com o Exército, iniciava o processo de aquisição de sistemas AA de médio alcance, e talvez a primeira bateria ainda chegasse dentro do prazo.

Parece-me óbvio que dou prioridade à capacidade stand-off, de dissuasão e de retaliação, e também ASW e ASuW. Considero uma melhoria muito mais relevante, usar um prazo de 2 anos, para capacitar os F-16 e P-3 da FAP a lançarem armamento realmente relevante para um conflito, do que sonhar com reformas drásticas no Exército, ou só planear coisas a longo prazo, e no curto prazo, onde a probabilidade de conflito está no alto, não se fazer nada, e depois na linha da frente vemos militares portugueses de M-113, M114, Pandur sem protecção para o atirador, etc.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Novembro 25, 2024, 09:55:23 am
Se a única maneira de a Rússia atacar Portugal é com misseis de longo alcance ou balísticos (e aí não ia sobrar nada) ...SMO para quê?

A prioridade deveriam ser sistemas de defesa aérea.

A prioridade deveriam ser sistemas de defesa aérea, uma das muitas capacidades em que somos um deserto,  e mais 2 (ou 4! ) submarinos, a arma dos pobres.  c56x1
Uma iniciativa tipo "Iron Dome" Europeia seria uma boa solução. Não percebo porque ainda não está em andamento.  ::)

Quem é pobre tem que contar as moedas e gastá-las bem. Quintinhas e megalomanias não ajudam.

Não se tinha formado um consórcio de sistemas de defesa aérea a nivel europeu?

De qualquer modo nós não estávamos integrados (que informação dramática!)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Novembro 25, 2024, 09:57:56 am
Adquirir alguma coisa em sistemas de defesa aérea e se os tomahawks fossem possiveis para os subs para nós seria um passo de gigante.

Até porque não estou a ver nenhuma blitzkrieg russa a vir por aí abaixo...

Bombardeiros de longo alcance e misseis isso sim...


Edit:
Numa pesquisa rápida parece que tomahawks podem efectivamente ser lançados pelos Tridente(?)

Citar

As some of strategic analists evaluated due to lack of targets for classic weapon of the subs - torpedoes - on the Baltic sea such a limited improvement as just three classic armed subs would be sensless. The question was sent to the US Gvt about purchase of 24 Tomahawks that would put in bid the Germans with their U214 and the Swedes

https://www.worldnavalships.com/forums/thread.php?threadid=17542
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Novembro 25, 2024, 04:06:18 pm
Passo de gigante também seria tirar partido dos F-16 e P-3 enquanto plataformas de armamento. Não faz sentido em pleno séc. XXI estarmos limitados a bombas de queda livre.

Com um cenário de conflito, que não se limite ao Leste da Europa, e em que a Rússia, Irão e outros aliados usem o continente africano como base de operações (para lançamento de mísseis de longo alcance e aeronaves), vai ser preciso que os países europeus tenham capacidade de anular esta ameaça. Se os EUA estiverem metidos numa guerra com a China e no MO ao mesmo tempo, os países europeus precisam de cumprir estas missões, inclusive Portugal.

Eu até defendo a compra de mais F-16. Sejam MLU em segunda-mão, sejam A/B armazenados e que nós depois fazemos o MLU, sejam C/D usados da USAF. Devia ser o verdadeiro plano A - mais F-16 e mais armamento.
Na mera chance de, em conflito, conseguirmos recuperar alguns ex-pilotos de F-16, estes pilotos precisariam de caças para voar, logo seriam sempre necessárias mais aeronaves, e não apenas 28.

Perto de 40 F-16, mais uns 7 ou 8 P-3 operacionais, com o devido armamento, seria muito bom.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Ghidra em Novembro 26, 2024, 01:02:09 am
Passo de gigante também seria tirar partido dos F-16 e P-3 enquanto plataformas de armamento. Não faz sentido em pleno séc. XXI estarmos limitados a bombas de queda livre.

Com um cenário de conflito, que não se limite ao Leste da Europa, e em que a Rússia, Irão e outros aliados usem o continente africano como base de operações (para lançamento de mísseis de longo alcance e aeronaves), vai ser preciso que os países europeus tenham capacidade de anular esta ameaça. Se os EUA estiverem metidos numa guerra com a China e no MO ao mesmo tempo, os países europeus precisam de cumprir estas missões, inclusive Portugal.

Eu até defendo a compra de mais F-16. Sejam MLU em segunda-mão, sejam A/B armazenados e que nós depois fazemos o MLU, sejam C/D usados da USAF. Devia ser o verdadeiro plano A - mais F-16 e mais armamento.
Na mera chance de, em conflito, conseguirmos recuperar alguns ex-pilotos de F-16, estes pilotos precisariam de caças para voar, logo seriam sempre necessárias mais aeronaves, e não apenas 28.

Perto de 40 F-16, mais uns 7 ou 8 P-3 operacionais, com o devido armamento, seria muito bom.
De referir que a confederação do Sahel faz parte do novo eixo não como potência mas tipo uma Roménia no antigo eixo... Para já só são 3 países mas podem aumentar no futuro.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Ghidra em Novembro 26, 2024, 01:12:25 am
Fica aqui um video e se aqui no burgo não era boa ideia isto?

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: HSMW em Novembro 26, 2024, 02:16:34 am
Adquirir alguma coisa em sistemas de defesa aérea e se os tomahawks fossem possiveis para os subs para nós seria um passo de gigante.

Até porque não estou a ver nenhuma blitzkrieg russa a vir por aí abaixo...

Bombardeiros de longo alcance e misseis isso sim...


Edit:
Numa pesquisa rápida parece que tomahawks podem efectivamente ser lançados pelos Tridente(?)

Citar

As some of strategic analists evaluated due to lack of targets for classic weapon of the subs - torpedoes - on the Baltic sea such a limited improvement as just three classic armed subs would be sensless. The question was sent to the US Gvt about purchase of 24 Tomahawks that would put in bid the Germans with their U214 and the Swedes

https://www.worldnavalships.com/forums/thread.php?threadid=17542

Tomahawks numa altura destas?!
Já vimos que os drones fazem o mesmo e mais barato.

E para mim deveria ser essa a prioridade. Drones e comando e controlo.

Drones de reconhecimento, anti-carro, anti-pessoal, navais, drones anti-drones...

Estamos num ponto de viragem na tecnologia e nos meios que dominam o campo de batalha comparável ao aparecimento generalizado do Carro de Combate ou das armas automáticas...
E querem investir em tropa montada a cavalo... 


Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: NVF em Novembro 26, 2024, 06:47:19 am
Os drones são bons para "soft targets", como aeronaves, sistemas de mísseis, radares e algumas infraestruturas mais frágeis, mas vais sempre precisar de algo mais "pesado" para "hard targets".
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Novembro 26, 2024, 08:52:07 am
Pergunta estúpida de quem não percebe nada disto...

Drones conseguem derrubar misseis de cruzeiro?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Novembro 26, 2024, 02:22:25 pm
Com absolutamente imensa sorte, até se podia dizer que sim, tipicamente mísseis de cruzeiro sãos os "mais lentos"

Mas nunca seria algo mínimamente fiável e adequado e se fosse para fazer um drone especificamente para isso, o resultado final vai ser um missil como os outros
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: HSMW em Novembro 26, 2024, 02:42:43 pm
Pergunta estúpida de quem não percebe nada disto...

Drones conseguem derrubar misseis de cruzeiro?

Quando ainda estão no solo...  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Lightning em Novembro 26, 2024, 09:46:38 pm
Pergunta estúpida de quem não percebe nada disto...

Drones conseguem derrubar misseis de cruzeiro?

Quando ainda estão no solo...  :mrgreen:

Ou se conseguirem ficar no caminho deles... :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Novembro 27, 2024, 12:58:36 am
Tomahawks numa altura destas?!
Já vimos que os drones fazem o mesmo e mais barato.

E para mim deveria ser essa a prioridade. Drones e comando e controlo.

Drones de reconhecimento, anti-carro, anti-pessoal, navais, drones anti-drones...

Estamos num ponto de viragem na tecnologia e nos meios que dominam o campo de batalha comparável ao aparecimento generalizado do Carro de Combate ou das armas automáticas...
E querem investir em tropa montada a cavalo...

Drones para tudo. Até ao ponto em que aumenta a eficácia dos sistemas anti-drone, e lá se vai o plano por água abaixo. Para se ter noção, estão a ser desenvolvidas tecnologias anti-drone com recurso a EMP e laser. Os EMPs poderão permitir com um único "disparo", arrumar com um enxame de vários drones de uma vez. As armas laser têm um custo por disparo extremamente baixo. A eficácia dos drones vai diminuir gradualmente.

Também não sei como é que atacam um alvo que possua uma janela de disponibilidade limitada, com um drone lançado a 1000km do alvo e que demore quase 10 horas a percorrer esta distância.

Podemos também analisar o ataque iraniano a Israel, em que uma grande quantidade de drones foi lançada, e não fizeram virtualmente dano nenhum, e isto quando nem sequer sistemas C-UAS dedicados estavam a ser empregues (foi desenrascanço!).
E o ataque, igualmente do Irão a Israel, com mísseis balísticos, com estrago maior, apesar de Israel ter sistemas BMD dedicados. E para o ataque com mísseis balísticos lançados de aeronaves por parte de Israel contra o Irão, que alegadamente terão aniquilado uma boa parte das defesas aéreas iranianas.

Drones não substituem estas capacidades.
Até no Mar Vermelho, a ameaça de drones foi o menor dos problemas. Até a Ucrânia, que tem drones ao pontapé, continua a querer mísseis. Até a Rússia, com drones ao pontapé, continua a usar bombas planadoras e todo o tipo de míssil que têm à disposição.

Ao comprares só drones, o adversário pode especializar as suas defesas nessa ameaça. Ao ter múltiplas formas de atacar um adversário, ele será forçado a investir em diversos sistemas. Quanto mais ele investir em capacidades defensivas, menos dinheiro sobra para as ofensivas.

Daí que, para mim, a capacidade stand-off num curto/médio-prazo, tem que incluir:
Na Marinha:
-míssil de cruzeiro nos submarinos (500-1000km de alcance);
-drones suicídas lançados de "contentores" que possam ser acrescentados a qualquer navio com espaço/convés de voo (100-200km de alcance);
-um novo míssil anti-navio com capacidade land-attack para as BD (NSM por exemplo) (300+km).
No Exército:
-drones suicídas montados em viaturas ligeiras/portáteis (30-100km de alcance);
-drones suicídas de longo-alcance em viaturas médias/pesadas (200km ou mais);
-MLRS com diversos tipos de munições (até 500km idealmente);
-munição de 155mm guiada (40+km).
Na FAP (essencialmente para os F-16 e P-3):
-míssil de cruzeiro (300+km, idealmente igual ou superior a 500km);
-míssil de médio alcance "low cost" (neste momento só conheço o Rampage) (150-250km);
-míssil balístico (só conheço o ROCKS e Air LORA) (400+km);
-bombas planadoras (SDB, StormBreaker, JDAM-ER, JSOW) (70+ km).

Este material teria que começar a ser comprado o mais cedo possível, se quisermos estar prontos para um conflito num curto prazo. Daria prioridade ao armamento para os F-16, e de seguida P-3.

Destes, a ambição mínima seria chegar a 2027, com pelo menos alguma quantidade das seguintes munições:
-mísseis JASSM/Taurus/Scalp + Rampage + Air LORA/ROCKS;
-bombas planadoras SDB, JDAM-ER e StormBreaker;
-drones Switchblade 300/600 + Elanus e MiniHarop/MiniHarpy + Harop/Harpy (os modelos são exemplos para as diferentes categorias).
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: HSMW em Novembro 27, 2024, 02:22:16 am
Não necessariamente.

Quando surgiram as armas anticarro, os carros de combate desapareceram do campo de batalha?
Quando surgiram os sistemas de misseis antiaéreos e o radar, os aviões desapareceram do ar?
Quando apareceram os submarinos, o navios de superfície desapareceram?

Não. Para cada ação houve uma reação e estes sistemas evoluíram.
Com os sistemas autónomos / drones será semelhante.
Não tem de estar colocados a 1000km e acionados como um míssil. Poderiam estar a aguardar muito mais próximo do alvo observado.

O que quero dizer com isto é que estes sistemas irão alterar toda a doutrina e que não devemos combater nos conflitos do futuro, apenas com as armas e táticas do passado.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Novembro 27, 2024, 05:43:59 am
As doutrinas alteram-se sempre com o evoluir dos tempos e dos conflitos. E eu concordo que não só não se devem combater os conflitos do futuro com armas e tácticas do passado, tal como não se deve combater apenas com drones (a arma da moda). Os drones farão parte das FA, como um sistema complementar ao resto, não um substituto directo.

-Quando surgiram as armas anti-carro, os blindados evoluiram, com mais blindagem, blindagem reactiva e mais recentemente APS. A consequência disto, é que os ditos carros ficaram muito mais pesados, complexos e caros.
-Quando surgiram os mísseis anti-aéreos, os aviões antigos tornaram-se obsoletos, sugiram outros designs, tecnologias, sensores, contramedidas e até armamento novo para aumentar a distância entre a aeronave e o sistema AA. Com isto ficaram mais complexos e mais caros.
-Quando surgiram os submarinos? Tiveram que se desenvolver tecnologias ASW, que viriam a ser empregues em navios, helicópteros, aeronaves e, claro, noutros submarinos. Tudo isto custa muito dinheiro.

Ou seja, fazendo o paralelismo com os drones: à medida que se forem desenvolvendo tecnologias anti-drone, os drones serão forçados a evoluir, tornando-se cada vez mais caros e complexos.

Até aqui tudo bem, mas repara:
De todos os exemplos dados, nenhum deles tinha como "selling point" serem simples e baratos.
Quando comparamos um drone a um míssil, o principal "selling point" é precisamente o preço.

Ora, a partir do momento em que um drone tem que evoluir de tal forma, para conseguir sobreviver a todas as contra-medidas criadas contra si, fica mais caro. Ao ficar mais caro, deixa de ter o baixo custo como principal argumento, e começa a ter custos quase tão grandes como um míssil. Quando isso acontecer, para quê comprar drones, sem ser para missões de nicho?

Citar
Não tem de estar colocados a 1000km e acionados como um míssil. Poderiam estar a aguardar muito mais próximo do alvo observado.

Aguardar muito mais próximo do alvo, implica que temos forças no terreno. Todo este processo, da logística aos meios necessários, à conquista do terreno, etc, custa muito mais dinheiro do que simplesmente comprar mísseis de longo alcance que possam ser lançados de bem longe e atingir o dito alvo.
Não tem cabimento nenhum que, para atingir um alvo 500km no interior do território inimigo, tenhamos que invadir esse país, avançar 300km, para depois poder lançar drones com 200km de alcance contra esse alvo.

Os drones serviriam, era para eliminar alvos na retaguarda de uma hipotética linha da frente, a distâncias e para alvos que não justifiquem o emprego de mísseis de longo-alcance. Lá está, complementam-se.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Novembro 27, 2024, 10:19:20 pm
Voltando ao tema. Em muitos casos eu dou mais do que uma opção na escolha do armamento, pois sabemos que os prazos de entrega podem não ser favoráveis a uns. Perante a possibilidade de conflito, é preferível receber um míssil que seria a segunda opção, mas a tempo e horas, do que ficar 3 ou 4 anos à espera que a primeira opção seja entregue, já demasiado tarde.

Na Força Aérea:

F-16:
É difícil realizar um upgrade para V em tão pouco tempo para uma quant. significativa de F-16, logo não vou tocar nessa possibilidade directamente. Vou focar-me no F-16 como plataforma para armamento. Também acharia prudente aumentar o nº de F-16, de 28 para uns 36, mas isso é outra conversa.

-integração dos Harpoon. Idealmente saltávamos esta etapa e optávamos por JSM, mas os prazos não coincidem;
-reforçar o stock de AMRAAM. Novos ou de stocks existentes, mas tem que ser feito;
-procurar uma solução para a falta de mísseis WVR, até porque uma encomenda adicional de AIM-9X vai demorar anos a ser entregue;
-integração de um míssil de cruzeiro. Tendo em conta as encomendas, será difícil obter o JASSM-ER a tempo e horas, logo podemos ter que procurar uma solução "stop-gap", como SLAM-ER, JASSM original, Taurus KEPD, Delilah ou SOM;
-míssil Rampage. Oferece um alcance similar ao SLAM-ER, mas por um preço relativamente "baixo". Cada F-16 transporta 4;
-Air LORA ou ROCKS. É difícil para alguns engolir um míssil balístico na FAP, mas já vimos a sua eficácia e o poder dissuasor que têm até contra países com boas defesas aéreas. Com o bónus de poderem ser integrados no F-16, o que torna as coisas simples;
(Estes últimos dois pontos têm ainda a vantagem de, para já, não terem grandes encomendas, logo os prazos de entrega devem ser bem mais apetecíveis para quem quer rearmar mais depressa)
-integrava SDB, StormBreaker, JDAM-ER. É absurdo não fazer este salto de imediato, para a utilização de bombas guiadas com maior alcance. E claro, expandia o stock de JDAM e Paveway;
-incorporava o pod Legion
-incorporava novos pods EW e Terma PIDS+. O PIDS+ seria prioritário.

C-295 VIMAR:
Seria importante realizar uma modernização a toda a frota. Aproveitando esta modernização, daria prioridade de entregas à variante VIMAR, e capacitava-a de forma a poder complementar os P-3 em missões de vigilância, luta anti-submarina e quiçá anti-superfície.
Incluía:
-capacidade ASW, através da capacidade de lançamento de sonoboias e torpedos (tal e qual a variante MPA oferecida a outros países);
-estudava a possibilidade de integrar os Harpoon. Se não desse, outro míssil anti-navio mais leve;
-estudava a incorporação de um míssil ar-superfície mais ligeiro, na classe do Hellfire, para lidar com USVs, FAC e outros alvos de pequena dimensão. LMM seria opção;
-acrescentava a sonda de abastecimento em todos os VIMAR, podendo assim ser reabastecidos pelo KC, aumentando o tempo on-station destas aeronaves em missões ASW.

P-3:
A ideia é tornar o P-3 o nosso bomb/missile truck, tirando partido dos seus hardpoints e raio de acção. Com a possibilidade de aumentar a frota, não digo para 11, mas para umas 6 ou 7 aeronaves, fazia sentido aproveitar a plataforma para algo mais do que ASW/ASuW no mar, até porque um potencial conflito, poderá não se limitar ao mar. O P-3 seria uma boa plataforma para largar uma grande quantidade de "ordenance" em apoio a forças em terra, ou para atacar posições inimigas (grupos terroristas) em África em territórios onde os F-16 não chegassem, em TOs permissivos.

Proponho:
-mais Harpoons;
-um míssil de cruzeiro: qualquer um que pudesse ser integrado, com a nota de que o alcance do SLAM-ER pode não ser suficiente para manter o P-3 (avião com grande RCS) longe o suficiente de sistemas AA na tipo S-300, e portanto idealmente o míssil escolhido teria que ter mais alcance (SCALP, JASSM ou Taurus KEPD);
-integrava um míssil ligeiro, na classe do Hellfire, para complementar/substituir os Maverick. Ideal para destruir USV, outras embarcações pequenas, e claro veículos em operações em terra;
-bombas guiadas, nomeadamente de longo-alcance, tipo JDAM-ER, SDB e/ou StormBreaker, mas também da família Paveway e JDAM/LJDAM normais, para TOs permissivos. Paveway, LJDAM e StormBreaker também podem complementar, ou mesmo eliminar a necessidade de um míssil ligeiro, por poderem destruir alvos móveis;
-estudava a integração de AIM-9L, para autodefesa. Em patrulha marítima, ASW ou noutras missões, não será impossível um encontro com um UAV/UCAV;
-e integrava os mesmos Rampage e Air LORA/ROCKS que mencionei para os F-16. Reforço da capacidade de ataque stand-off, e de ataques de saturação.

Outros:
-adquiria um lote de Tekever AR5, com o lançador de sonoboias, assim que passasse a fase de testes;
-procurava adquirir UCAVs, tentando perceber se seria possível que as entregas fossem feitas dentro deste prazo. Considerava a possibilidade de uma solução stop-gap com MQ-9B usados, ou um UCAV mais pequeno;
-em conjunto com o Exército, iniciava o processo de aquisição de sistemas AA de médio alcance, e talvez a primeira bateria ainda chegasse dentro do prazo.

Parece-me óbvio que dou prioridade à capacidade stand-off, de dissuasão e de retaliação, e também ASW e ASuW. Considero uma melhoria muito mais relevante, usar um prazo de 2 anos, para capacitar os F-16 e P-3 da FAP a lançarem armamento realmente relevante para um conflito, do que sonhar com reformas drásticas no Exército, ou só planear coisas a longo prazo, e no curto prazo, onde a probabilidade de conflito está no alto, não se fazer nada, e depois na linha da frente vemos militares portugueses de M-113, M114, Pandur sem protecção para o atirador, etc.

Que lista de sonhos...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Novembro 28, 2024, 11:25:55 am
Que lista de sonhos...

Exato, que lista de sonhos, que é como quem diz "era bom, era".
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Novembro 30, 2024, 12:56:26 am
É uma lista do que precisa de ser feito, caso comece um conflito a sério num prazo de 2 anos, para não sermos apanhados com as calças na mão, e queiramos estar preparados para participar de uma forma relevante, e de uma forma que não penalize tremendamente a população e economia nacional (como acontecerá com o plano actual, de mobilizar carne para canhão).

É também o necessário para deixarmos de ser um peso morto dentro da aliança, e para termos uma capacidade dissuasora relevante.

O que eu sei, é que se a Rússia e seus aliados têm a inteligência de usar bases em países com eles alinhados no Norte e Centro de África, toda a nossa "Estratégia de Defesa Nacional" vai por água abaixo.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Novembro 30, 2024, 05:31:27 am
O que eu sei, é que se a Rússia e seus aliados têm a inteligência de usar bases em países com eles alinhados no Norte e Centro de África, toda a nossa "Estratégia de Defesa Nacional" vai por água abaixo.

Nada temas! Na eventualidade desse cenário, lançaremos em ação os temíveis Super Tucano ao som da "Cavalgada das Valquírias", e em pouco tempo nada restará (dos A-29).
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Novembro 30, 2024, 08:42:18 am
É uma lista do que precisa de ser feito, caso comece um conflito a sério num prazo de 2 anos, para não sermos apanhados com as calças na mão, e queiramos estar preparados para participar de uma forma relevante, e de uma forma que não penalize tremendamente a população e economia nacional (como acontecerá com o plano actual, de mobilizar carne para canhão).

É também o necessário para deixarmos de ser um peso morto dentro da aliança, e para termos uma capacidade dissuasora relevante.

O que eu sei, é que se a Rússia e seus aliados têm a inteligência de usar bases em países com eles alinhados no Norte e Centro de África, toda a nossa "Estratégia de Defesa Nacional" vai por água abaixo.

Não se pode destruir algo que não existe

(https://i.imgflip.com/4/1h7in3.jpg)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Dezembro 02, 2024, 02:12:07 am
O que eu sei, é que se a Rússia e seus aliados têm a inteligência de usar bases em países com eles alinhados no Norte e Centro de África, toda a nossa "Estratégia de Defesa Nacional" vai por água abaixo.

Nada temas! Na eventualidade desse cenário, lançaremos em ação os temíveis Super Tucano ao som da "Cavalgada das Valquírias", e em pouco tempo nada restará (dos A-29).

O que temo é que realmente haja malta em posições de tomada de decisão, que realmente acredita que é assim que terá que ser!

O que eu sei, é que há uns meros 4 anos atrás, falar em mísseis de cruzeiro, balísticos e capacidade de dissuasão na Europa, era tido como descabido. Passado tão pouco tempo, esta maneira de pensar mudou radicalmente, excepto por cá.

Daí dizer que é preciso elaborar um plano, com orçamento extraordinário, para capacitar as FA de forma a estarem minimamente preparadas para um conflito que pode começar num curto espaço de tempo.
Com base nesta necessidade, já dei exemplos do que poderia ser feito em tão pouco tempo (falta fazer para o EP).
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Dezembro 02, 2024, 06:47:19 am
O que eu sei, é que se a Rússia e seus aliados têm a inteligência de usar bases em países com eles alinhados no Norte e Centro de África, toda a nossa "Estratégia de Defesa Nacional" vai por água abaixo.

Nada temas! Na eventualidade desse cenário, lançaremos em ação os temíveis Super Tucano ao som da "Cavalgada das Valquírias", e em pouco tempo nada restará (dos A-29).

O que temo é que realmente haja malta em posições de tomada de decisão, que realmente acredita que é assim que terá que ser!

O que eu sei, é que há uns meros 4 anos atrás, falar em mísseis de cruzeiro, balísticos e capacidade de dissuasão na Europa, era tido como descabido. Passado tão pouco tempo, esta maneira de pensar mudou radicalmente, excepto por cá.

Daí dizer que é preciso elaborar um plano, com orçamento extraordinário, para capacitar as FA de forma a estarem minimamente preparadas para um conflito que pode começar num curto espaço de tempo.
Com base nesta necessidade, já dei exemplos do que poderia ser feito em tão pouco tempo (falta fazer para o EP).

Louvo o teu esforço mas dúvido que alguém a quem devia caber essa função queira saber.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Dezembro 04, 2024, 02:27:41 pm
O que eu sei, é que se a Rússia e seus aliados têm a inteligência de usar bases em países com eles alinhados no Norte e Centro de África, toda a nossa "Estratégia de Defesa Nacional" vai por água abaixo.

Nada temas! Na eventualidade desse cenário, lançaremos em ação os temíveis Super Tucano ao som da "Cavalgada das Valquírias", e em pouco tempo nada restará (dos A-29).

O que temo é que realmente haja malta em posições de tomada de decisão, que realmente acredita que é assim que terá que ser!

O que eu sei, é que há uns meros 4 anos atrás, falar em mísseis de cruzeiro, balísticos e capacidade de dissuasão na Europa, era tido como descabido. Passado tão pouco tempo, esta maneira de pensar mudou radicalmente, excepto por cá.

Daí dizer que é preciso elaborar um plano, com orçamento extraordinário, para capacitar as FA de forma a estarem minimamente preparadas para um conflito que pode começar num curto espaço de tempo.
Com base nesta necessidade, já dei exemplos do que poderia ser feito em tão pouco tempo (falta fazer para o EP).

Infelizmente, as opções que você apresenta, ainda que fazendo sentido, são opções de médio e longo-prazo, que na situação patética em que se encontra (por sua própria culpa)  a Europa, não podem ser postas em prática em tempo útil.

Na Europa, praticamente tudo o que fabricava armamentos encerrou as portas e o que sobrou foram grandes conlgomerados industriais, que vivem com base não na produção em quantidade, mas sim no santo Graal da produção de topo de gama, caríssima, eficiente na aparência, mas que a realidade da guerra na Ucrânia mostra não ter sentido.

Ao ritmo a que as coisas se desenrolam, para numa guerra à nossa dimensão termos possibilidade de resistir, teriamos que ter capacidade para desenterrar os M60 e mesmo os M48, as Chaimite, todas as G3 e os jipes da UMM.
Desenterrar,  "des-derreter" e depois, pegar em todo o torneiro mecânico e mecânico de automóveis para tentar meter motores da década de 1960 a funcionar.

É neste momento o que os russos estão a fazer. A produção de tanques moderno está reduzida a um mínimo e o que neste momento conta é o que se pode por a andar.

No nosso caso ( e no da maioria dos países europeus ) essa possibilidade nem sequer existe, porque para defender a produção local, as empresas são criadas e depois de produzido o produto, fecham as portas e acabou.
No Reino Unido, fecharam a única fábrica que podia fabricar os tanques Challenger, depois de produzir o último e quando terminaram de produzir uma quantidade vista como suficiente de peças para reposição.

Por cá, podemos tentar fazer qualquer coisa para garantir um mínimo de operacionalidade no que concerne ao controlo ou pelo menos vigilância das rotas marítimas que passam mesmo nas nossas águas terrioriais e zona contigua (já para não falar da ZEE).

Não sei se existem docas, para tentar pelo menos tapar buracos e colocar navios em condições de se locomover, mesmo sem atingir a velocidade máxima.
Uma fragata Vasco da Gama, pode ser utilizada como NPO armado. Não importam os mísseis nem a peça de 100mm. Desde que os motores a Diesel funcionem o que importa é se pode lançar uns torpedos ou qualquer coisa com capacidade anti-submarina.

Politicos

As pessoas em Portugal como noutros países querem as suas comodidades e não querem saber de nada até o problema os afetar.
A frase "porquê morrer por Danzig" inundava as ruas da França, na sequencia da declaração de guerra contra a Alemanha hitleriana.
Muitos franceses achavam que não se deveria ter feito nada e que declarar guerra à Alemanha  fora um absurdo.

Hoje poucos têm dúvidas, de que depois de invadir a Polónia (e Hitler tinha dito que se ficava pela Checoslováquia no ano anterior) os alemães inevitavelmente atacariam a França. Ao declarar guerra, os franceses e os ingleses forçaram a Alemanha a entrar num conflito total, quando ainda não estava preparada.
A longo prazo, foi o fato de não terem desistido e não terem parado que levou a que os alemães tivessem perdido a guerra.

No nosso caso, na altura eramos um país neutro, mas a acreditar nos relatos e nos livros que já se escreveram sobre o assunto, a coisa era mais ou menos parecida.
O exército queria mais aviões, mas preferia biplanos, a marinha queria cruzadores e couraçados mas os almirantes não percebiam que o seu custo anual era equivalente a todo o orçamento do estado para a defesa durante dois ou três anos.

A realidade, é que a tropa preparada nas fronteiras perante a guerra civil de Espanha, eram algumas companhias reforçadas em pontos na fronteira e foi preciso virem os ingleses, para que os portugueses entendessem que era preciso fazer explodir pontes, porque era a forma mais eficaz de atrasar uma invasão hispano-germânica.

Não mudámos nada em quase cem anos.

.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Dezembro 05, 2024, 08:10:35 pm
Os meus 5 cent, se posso....

Há uma questão que me parece essencial: treino realista!
Que treino em ambiente noturno faz o nosso Exército ou Fuzileiros, tirando OE/DAE e pouco mais? Que meios de visão noturna em quantidade estão disponíveis? Fazem treinos sempre de dia mas quanto tempo durariam nesse cenário?

Artilharia: M109 A5 actualizar: ressuscitar, se possível, os A2 que parece que ainda estáo por Santa Margarida; aquisição de novos meio, incluindo HIMARS ou PLUS. CAESAR asap; stock de munições que não seja risível. (nem falo em sistemas AA, já tudo foi dito e repetido)
Engenharia de Combate: tal como está, é boa para abrir estradóes corta-incèndios e pouco mais. Faltam lança-pontes, veiculos lança-minas, de desminagem, de abertura de trincheiras, de travessia de rios, enfim, quase tudo.
Como está o projecto das loitering munitions?

Actualização dos Leopard e aquisição de Bradleys. M-113 para tarefas de segundo plano. Camióes!!! (os 60 que ainda nem chegaram não chegam para nada) de transporte geraal, de combustivel, água, oficinas auto, etc.

E uma questáo final: logística! que como sabemos no Exército deixa muito a desejar....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Dezembro 05, 2024, 08:54:49 pm
Os meus 5 cent, se posso....

Há uma questão que me parece essencial: treino realista!
Que treino em ambiente noturno faz o nosso Exército ou Fuzileiros, tirando OE/DAE e pouco mais? Que meios de visão noturna em quantidade estão disponíveis? Fazem treinos sempre de dia mas quanto tempo durariam nesse cenário?
PVS-5B/C ( :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:) para as CAt e algumas unidades de reconhecimento
PVS-14 para algumas unidades de reconhecimento, Comandos, Paras ,Fuzileiros (?) e DAE ( :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:)
PVS-21 para Rangers e talvez DAE(?)
PVS-31 (ou similar) para Ranger, DAE e uma unidade de mergulhadores que me falta o nome
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Dezembro 05, 2024, 09:11:24 pm
Os meus 5 cent, se posso....

Há uma questão que me parece essencial: treino realista!
Que treino em ambiente noturno faz o nosso Exército ou Fuzileiros, tirando OE/DAE e pouco mais? Que meios de visão noturna em quantidade estão disponíveis? Fazem treinos sempre de dia mas quanto tempo durariam nesse cenário?
PVS-5B/C ( :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:) para as CAt e algumas unidades de reconhecimento
PVS-14 para algumas unidades de reconhecimento, Comandos, Paras ,Fuzileiros (?) e DAE ( :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:)
PVS-21 para Rangers e talvez DAE(?)
PVS-31 (ou similar) para Ranger, DAE e uma unidade de mergulhadores que me falta o nome

Os 2 primeiros já deviam ter sido reformados há muito. E mesmo assim desconfio muito se existirão nas quantidades necessárias ou se é apenas o chefe de pelotáo ou de equipa que os tem  :mrgreen: :mrgreen:
E hoje em dia a manobra é toda feita de noite. Forças convencionais incluídas....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Dezembro 05, 2024, 09:44:10 pm
Não há suficientes logicamente, mesmo nas raras imagens de Comandos/Paras a treinar com eles, é quase sempre só 1 ou 2 com PVS-14.... ::)

É preciso aqui um grande investimento, tal como na capacidade de miras térmicas, que é das coisas mais espetaculares que se pode ter  :mrgreen:

O Exército atual acho que não tem mesmo noção de como está atrás na capacidade combater de noite

Pode-se sempre treinar com as luzes acesas :mrgreen:
(https://i.ibb.co/cYNxyn8/Screenshot-20241127-155139-Instagram1.jpg) (https://ibb.co/CPnWwG9)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Dezembro 06, 2024, 08:41:16 am
Não há suficientes logicamente, mesmo nas raras imagens de Comandos/Paras a treinar com eles, é quase sempre só 1 ou 2 com PVS-14.... ::)

É preciso aqui um grande investimento, tal como na capacidade de miras térmicas, que é das coisas mais espetaculares que se pode ter  :mrgreen:

O Exército atual acho que não tem mesmo noção de como está atrás na capacidade combater de noite

Pode-se sempre treinar com as luzes acesas :mrgreen:
(https://i.ibb.co/cYNxyn8/Screenshot-20241127-155139-Instagram1.jpg) (https://ibb.co/CPnWwG9)

Pois..... Ainda bem que o IN é meio cego e não nos vê galhardamente e com toda a cagança de luzes acesas, assim tipo t short branca dos COmandos  :mrgreen: :mrgreen:

Isto (a aquisição de sistemas de visão noturna) é alqo que devia ter sido objecto do programa de modernização do soldado, ou lá como se chama. Mas não, às tantas ainda confiam nos dispositivos IR....
E tentem equipar primeiros os PQ, COmandos, FZ, agora até há uma empresa espanhola que produz uns que me pareceram interessantes.... Depois é muito treino, é uma realidade diferente e requer habituação
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Dezembro 06, 2024, 03:04:26 pm
O SCS tem como objetivo a compra de ~1500 monóculos......nem digo nada desta "modernização"

Excelente canal com bastantes coisas sobre thermals, um investimento muito necessário
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: PTWolf em Dezembro 06, 2024, 03:54:10 pm
Eu que estou de fora tinha a ideia que isto era algo tão essencial ou basico como um camuflado....

Pelos vistos isto bateu mesmo no fundo
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Lightning em Dezembro 06, 2024, 05:55:50 pm
Os meus 5 cent, se posso....

Há uma questão que me parece essencial: treino realista!
Que treino em ambiente noturno faz o nosso Exército ou Fuzileiros, tirando OE/DAE e pouco mais? Que meios de visão noturna em quantidade estão disponíveis? Fazem treinos sempre de dia mas quanto tempo durariam nesse cenário?
PVS-5B/C ( :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:) para as CAt e algumas unidades de reconhecimento
PVS-14 para algumas unidades de reconhecimento, Comandos, Paras ,Fuzileiros (?) e DAE ( :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:)
PVS-21 para Rangers e talvez DAE(?)
PVS-31 (ou similar) para Ranger, DAE e uma unidade de mergulhadores que me falta o nome

Deves querer dizer o DMS1, eles agora são Special Operations Support, são os EOD da Marinha e podem apoiar o DAE.


Este pessoal tem curso de paraquedismo.
https://www.exercito.pt/pt/informacao-publica/noticias/6483
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Dezembro 11, 2024, 07:29:11 am
Citação de: sivispacem
Isto (a aquisição de sistemas de visão noturna) é alqo que devia ter sido objecto do programa de modernização do soldado, ou lá como se chama. Mas não, às tantas ainda confiam nos dispositivos IR....
De noite os espanhóis estão a dormir...
Eles até dormem durante a tarde, à noite então nem se fala...


...
Não aparentamos ter a noção do que significou a geringonça em termos de abandono de qualquer investimento digno desse nome, na defesa do país.
Mas não foi apenas a geringonça, o periodo da Troika não foi melhor, ainda que aí, haja alguma justificação.
Não é por acaso que há um motim a bordo do NRP Tejo.

Depois do motim, o almirante veio dizer que era um absurdo, que os navios têm sistemas de redundância e mais não sei quê...

Citar
O almirante veio para a televisão dizer que um barco militar é como um gato que tem nove vidas e que por isso, se cair de um terceiro andar não morre ...
... Atira um gato do terceiro andar para mostrar que tem razão ...
Esqueceu-se de escutar o gato, a miar a dizer que já tinha gasto as vidas todas.

Esta é a razão pela qual eu acho que o almirante CEMA não deve ter nada a ver com a politica.

Os aviões da Força Aérea ainda voam ...
Os que voam, claro ...


E isto não vai lá com 2% do PIB...
Os 2% era para manter o que havia...Agora, é preciso fazer muito, de raiz...



E neste aspecto coisas como fardas, roupas para climas frios, reserva de munições mesmo de pequenos calibres.
O primeiro objetivo deveria ser o de ter capacidade para manter uma unidade militar operacional no leste da Europa.
Eu lembro que deveriamos ter pelo menos capacidade para manter uma brigada inteira na Romenia, e não uma companhia reforçada.
Os Pandur-II precisam de reforços, e deveriamos ter soluções para isto, mesmo que fossem de emergência...
Mas não precisamos de protótipos, mas sim de qualquer coisa que se possa começar a produzir.

As BTR russas desde há dois anos, foram alvo de uma razia, principalmente por causa da fraquíssima blindagem...
Calculo que mesmo as Pandur-II sejam melhores, mas com os drones tipo Lancet, não acredito que não sejam um caixão sobre rodas.

...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Dezembro 11, 2024, 10:44:08 am
Na RCA houve combates ferocíssimos de noite e o pessoal dos BIParas tinham NVG. É claro que são poucos (Companhia reforçada) e levaram o melhor que temos por cá.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Dezembro 11, 2024, 12:12:23 pm
Citação de: sivispacem
Isto (a aquisição de sistemas de visão noturna) é alqo que devia ter sido objecto do programa de modernização do soldado, ou lá como se chama. Mas não, às tantas ainda confiam nos dispositivos IR....
De noite os espanhóis estão a dormir...
Eles até dormem durante a tarde, à noite então nem se fala...


...
Não aparentamos ter a noção do que significou a geringonça em termos de abandono de qualquer investimento digno desse nome, na defesa do país.
Mas não foi apenas a geringonça, o periodo da Troika não foi melhor, ainda que aí, haja alguma justificação.
Não é por acaso que há um motim a bordo do NRP Tejo.

Depois do motim, o almirante veio dizer que era um absurdo, que os navios têm sistemas de redundância e mais não sei quê...

Citar
O almirante veio para a televisão dizer que um barco militar é como um gato que tem nove vidas e que por isso, se cair de um terceiro andar não morre ...
... Atira um gato do terceiro andar para mostrar que tem razão ...
Esqueceu-se de escutar o gato, a miar a dizer que já tinha gasto as vidas todas.

Esta é a razão pela qual eu acho que o almirante CEMA não deve ter nada a ver com a politica.

Os aviões da Força Aérea ainda voam ...
Os que voam, claro ...


E isto não vai lá com 2% do PIB...
Os 2% era para manter o que havia...Agora, é preciso fazer muito, de raiz...



E neste aspecto coisas como fardas, roupas para climas frios, reserva de munições mesmo de pequenos calibres.
O primeiro objetivo deveria ser o de ter capacidade para manter uma unidade militar operacional no leste da Europa.
Eu lembro que deveriamos ter pelo menos capacidade para manter uma brigada inteira na Romenia, e não uma companhia reforçada.
Os Pandur-II precisam de reforços, e deveriamos ter soluções para isto, mesmo que fossem de emergência...
Mas não precisamos de protótipos, mas sim de qualquer coisa que se possa começar a produzir.

As BTR russas desde há dois anos, foram alvo de uma razia, principalmente por causa da fraquíssima blindagem...
Calculo que mesmo as Pandur-II sejam melhores, mas com os drones tipo Lancet, não acredito que não sejam um caixão sobre rodas.

...

O ministro já admite que o patamar dos 2% seja superado antes de 2029, como estava originalmente previsto:
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/miranda-sarmento-afasta-risco-de-contagio-da-crise-francesa-a-zona-euro-e-muito-forte

Isto numa altura em que é a própria NATO a dizer que o mínimo terá de ser 3% ou mais e onde se fala - por causa dos mais recalcitrantes, como nós - em estabelecer objectivos em tanques, armamento, etc.

E dado o meu interesse por números, gostaria de saber quanto é que custou o recente  (muito merecido e necessário) aumento dos militares e qual a percentagem do aumento do orçamento da Defesa que em 2025 que irá absorver.... cá por coisas.....
PS: podem dar a evolução da percentagem de gastos com pessoal, se for mais simples
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Dezembro 11, 2024, 12:27:10 pm
O dinheiro para sustentar parasitas que não querem trabalhar já devia dar para alguma coisa mas vocês não estão preparados para esta conversa.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Dezembro 11, 2024, 06:07:34 pm
O dinheiro para sustentar parasitas que não querem trabalhar já devia dar para alguma coisa mas vocês não estão preparados para esta conversa.
Os parasitas tinham sempre resolvido os nossos problemas e os problemas dos outros países todos.

Há algo a acontecer em Portugal que é digno de nota.
A economia portuguesa depois da chegada ao poder de D.João I (o homem que ganhou em Aljubarrota) a economia portuguesa continuava estagnada e nada ou quase nada funcionava.

A solução final foi atacar Ceuta, tentando assim controlar e ganhar algum dinheiro com impostos sobre o comércio do ouro vindo do centro de África.
A partir daí todos conhecemos (ou deveriamos conhecer) a História.
Os três grandes ciclos imperiais, com uma terceira dinastia em que literalmente andámos às costas dos castelhanos (sacámos muito mais deles que eles de nós) terminaram em 1974 e depois o dinheiro foi vindo da União Europeia.

Mas aí, as coisas começaram a piar mais fino. Com a entrada no Euro, então ficou tudo muito mais complicado. Ainda tentámos justificar o endividamento e os tradicionais orçamentos deficitários, e isto resultou na bancarrota de José Socrates.

Desde há alguns anos, que Portugal consegue um superavit nas suas contas. Isto é extremamente importante e é a primeira vez que o temos sem ter império (Salazar conseguiu-o, mas nessa altura ainda tinhamos colónias) A primeira vez desde os reinados da primeira dinastia.

Os cortes necessários para atingir estes valores, não são estranhos à situação a que chegaram as forças armadas.

Todos os países europeus têm que andar no fio da navalha, entre a necessidade de se rearmarem e a necessidade de manter uma politica de subsidios e benesses, e jogando contra o poder das corporações que vão sempre criar instabilidade, como é o caso dos professores, que continuam alegremente em greve, mesmo depois de lhes terem dado o tempo de serviço (um ignominia, do meu ponto de vista).
Agora até temos greves da CP, por causa da honra dos maquinistas, que nunca na vida tocaram numa gota de alcool.  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: (só no garrafão cheio)

Gerir países nunca foi fácil, e o nosso é e sempre foi complicado. Já os romanos diziam que, para lá da Ibéria, nos confins da Hispânia, há um povo que não se governa nem se deixa governar.

 

De qualquer das formas, há sempre coisas que seriam possíveis.

Estudar se deveriamos ter uma quarta brigada no exército por exemplo,

Desenvolver capacidade de projeção para uma brigada, que é complicado, mas durante a I guerra, deslocámos duas divisões.

Não temos meios para ter duas brigadas pesadas, mas seria possível ter duas brigadas mecanizadas equipadas com viaturas sobre rodas e capazes de grande mobilidade.

O problema é que em todos os setores deparamo-nos com o miserabilismo que se instalou essencialmente a nivel politico.

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Dezembro 11, 2024, 09:30:16 pm
O dinheiro para sustentar parasitas que não querem trabalhar já devia dar para alguma coisa mas vocês não estão preparados para esta conversa.
Os parasitas tinham sempre resolvido os nossos problemas e os problemas dos outros países todos.

Há algo a acontecer em Portugal que é digno de nota.
A economia portuguesa depois da chegada ao poder de D.João I (o homem que ganhou em Aljubarrota) a economia portuguesa continuava estagnada e nada ou quase nada funcionava.

A solução final foi atacar Ceuta, tentando assim controlar e ganhar algum dinheiro com impostos sobre o comércio do ouro vindo do centro de África.
A partir daí todos conhecemos (ou deveriamos conhecer) a História.
Os três grandes ciclos imperiais, com uma terceira dinastia em que literalmente andámos às costas dos castelhanos (sacámos muito mais deles que eles de nós) terminaram em 1974 e depois o dinheiro foi vindo da União Europeia.

Mas aí, as coisas começaram a piar mais fino. Com a entrada no Euro, então ficou tudo muito mais complicado. Ainda tentámos justificar o endividamento e os tradicionais orçamentos deficitários, e isto resultou na bancarrota de José Socrates.

Desde há alguns anos, que Portugal consegue um superavit nas suas contas. Isto é extremamente importante e é a primeira vez que o temos sem ter império (Salazar conseguiu-o, mas nessa altura ainda tinhamos colónias) A primeira vez desde os reinados da primeira dinastia.

Os cortes necessários para atingir estes valores, não são estranhos à situação a que chegaram as forças armadas.

Todos os países europeus têm que andar no fio da navalha, entre a necessidade de se rearmarem e a necessidade de manter uma politica de subsidios e benesses, e jogando contra o poder das corporações que vão sempre criar instabilidade, como é o caso dos professores, que continuam alegremente em greve, mesmo depois de lhes terem dado o tempo de serviço (um ignominia, do meu ponto de vista).
Agora até temos greves da CP, por causa da honra dos maquinistas, que nunca na vida tocaram numa gota de alcool.  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: (só no garrafão cheio)

Gerir países nunca foi fácil, e o nosso é e sempre foi complicado. Já os romanos diziam que, para lá da Ibéria, nos confins da Hispânia, há um povo que não se governa nem se deixa governar.

 

De qualquer das formas, há sempre coisas que seriam possíveis.

Estudar se deveriamos ter uma quarta brigada no exército por exemplo,

Desenvolver capacidade de projeção para uma brigada, que é complicado, mas durante a I guerra, deslocámos duas divisões.

Não temos meios para ter duas brigadas pesadas, mas seria possível ter duas brigadas mecanizadas equipadas com viaturas sobre rodas e capazes de grande mobilidade.

O problema é que em todos os setores deparamo-nos com o miserabilismo que se instalou essencialmente a nivel politico.

Parte da questão. IMHO, reside no facto de neste país agradar mesmo muito pouco aos políticos o investimento em sectores nos quais não têm o poder de colocar 'afilhados', como é o caso da Defesa - não conseguem colocar um boy à frente de um batalhão nem a comandar um navio, quando muito têm a capacidade de escolher chefias militares pouco incómodas e/ou vagamente subservientes.
COmo tem sido o caso nas últimas décadas, salvo uma ou outra honrosa excepção.

Ora isto não agrada ao aparelho partidário, sempre ávido de colocar amigalhaços e/ou manipular o orçamento do Estado que julga ser seu. Portanto, e a coberto da "austeridade" (que nunca impediu os resgates bancários, subsídios para a Tap, investimentos desastrosos em várias empresas, desvios astronómicos ao orçamento de inúmeras obras públicas e, em geral, atirar dinheiro para cima dos problemas que não souberam ou não tiveram interesse em resolver) as FA's foram submetidas a uma asfixia financeira, embora também não estejam isentas de culpas (ausância de reformas, racionalização do aparelho e dispositivo territorial, pirâmide hierárquica, relutância em reduzir alguns gastos sumptuosos, incapacidade de gestão adequada do seu recurso mais importante (e aqui puxi pela minha 'dama' - os recursos humanos) etc, etc)

E eis-nos aqui chegados.....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Dezembro 11, 2024, 11:45:25 pm


Parte da questão. IMHO, reside no facto de neste país agradar mesmo muito pouco aos políticos o investimento em sectores nos quais não têm o poder de colocar 'afilhados', como é o caso da Defesa - não conseguem colocar um boy à frente de um batalhão nem a comandar um navio, quando muito têm a capacidade de escolher chefias militares pouco incómodas e/ou vagamente subservientes.
COmo tem sido o caso nas últimas décadas, salvo uma ou outra honrosa excepção.

Ora isto não agrada ao aparelho partidário, sempre ávido de colocar amigalhaços e/ou manipular o orçamento do Estado que julga ser seu. Portanto, e a coberto da "austeridade" (que nunca impediu os resgates bancários, subsídios para a Tap, investimentos desastrosos em várias empresas, desvios astronómicos ao orçamento de inúmeras obras públicas e, em geral, atirar dinheiro para cima dos problemas que não souberam ou não tiveram interesse em resolver) as FA's foram submetidas a uma asfixia financeira, embora também não estejam isentas de culpas (ausância de reformas, racionalização do aparelho e dispositivo territorial, pirâmide hierárquica, relutância em reduzir alguns gastos sumptuosos, incapacidade de gestão adequada do seu recurso mais importante (e aqui puxi pela minha 'dama' - os recursos humanos) etc, etc)

E eis-nos aqui chegados.....

e qualquer partido que fizer cortes na saúde, educação, segurança social, e Deus nos livre na Função Pública, etc para reforçar a defesa vai perder as próximas eleições.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Dezembro 13, 2024, 10:26:03 am
O ministro já admite que o patamar dos 2% seja superado antes de 2029, como estava originalmente previsto:
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/miranda-sarmento-afasta-risco-de-contagio-da-crise-francesa-a-zona-euro-e-muito-forte

Isto numa altura em que é a própria NATO a dizer que o mínimo terá de ser 3% ou mais e onde se fala - por causa dos mais recalcitrantes, como nós - em estabelecer objectivos em tanques, armamento, etc.

E dado o meu interesse por números, gostaria de saber quanto é que custou o recente  (muito merecido e necessário) aumento dos militares e qual a percentagem do aumento do orçamento da Defesa que em 2025 que irá absorver.... cá por coisas.....
PS: podem dar a evolução da percentagem de gastos com pessoal, se for mais simples

Como diz o povo, vão ter de começar a dar corda aos sapatos. Com Trump de um lado e o "falcão" Mark Rutte do outro, muito provavelmente 3% do PIB será em breve o novo mínimo.

Aliás, basta acompanhar a conta do Twitter do novo Secretário-Geral da NATO para percebermos que as coisas vão ter doravante de se processar de maneira diferente: https://x.com/SecGenNATO

Curioso para ver por cá que subterfúgios e malabarismos vão usar, ou poder continuar a usar, para mascarar as contas para a NATO.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Dezembro 13, 2024, 11:25:51 am
Curioso para ver por cá que subterfúgios e malabarismos vão usar, ou poder continuar a usar, para mascarar as contas para a NATO.

Os mesmos de sempre. Tem funcionado bastante bem, até ao momento. Para quê mudar?
Agora até somos "modernos", usando conceitos linguísticos como "holístico" e "disruptivo".

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Dezembro 13, 2024, 12:01:37 pm
Curioso para ver por cá que subterfúgios e malabarismos vão usar, ou poder continuar a usar, para mascarar as contas para a NATO.

Os mesmos de sempre. Tem funcionado bastante bem, até ao momento. Para quê mudar?
Agora até somos "modernos", usando conceitos linguísticos como "holístico" e "disruptivo".

Eu acrescento outro conceito em que nós somos experts, a Contabilidade Criativa :)
Poderá ajudar a dar resposta ao número que vai ser reportado à NATO.
Quem olha para o Orçamento de Estado Português, constata imediatamente que o país investe na Defesa menos de 1% do seu PIB, e sem cativações!!!!! (o PIB em 2023 foi de cerca de 280 mil milhões de Euros). Tudo o que for reportado a cima desse número (1%) é recorrendo à Contabilidade Criativa  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Dezembro 13, 2024, 01:17:08 pm
É um jogo do "gato e do rato", a NATO também deve ir apreendendo - espero.  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Dezembro 13, 2024, 01:40:54 pm
O ministro já admite que o patamar dos 2% seja superado antes de 2029, como estava originalmente previsto:
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/miranda-sarmento-afasta-risco-de-contagio-da-crise-francesa-a-zona-euro-e-muito-forte

Isto numa altura em que é a própria NATO a dizer que o mínimo terá de ser 3% ou mais e onde se fala - por causa dos mais recalcitrantes, como nós - em estabelecer objectivos em tanques, armamento, etc.

E dado o meu interesse por números, gostaria de saber quanto é que custou o recente  (muito merecido e necessário) aumento dos militares e qual a percentagem do aumento do orçamento da Defesa que em 2025 que irá absorver.... cá por coisas.....
PS: podem dar a evolução da percentagem de gastos com pessoal, se for mais simples

Como diz o povo, vão ter de começar a dar corda aos sapatos. Com Trump de um lado e o "falcão" Mark Rutte do outro, muito provavelmente 3% do PIB será em breve o novo mínimo.

Aliás, basta acompanhar a conta do Twitter do novo Secretário-Geral da NATO para percebermos que as coisas vão ter doravante de se processar de maneira diferente: https://x.com/SecGenNATO

Curioso para ver por cá que subterfúgios e malabarismos vão usar, ou poder continuar a usar, para mascarar as contas para a NATO.

Bem, uma coisa parece-me ser uma realidade: nunca me parece ter existido nos anos mais recentes um esforço maior por parte das nossas FA's em treino (Exército e FAP, essencialmente) e dispendio de verbas para manutenção. Posso estar enganado, afinal sou um mero leigo que apenas acompanha o melhor que pode estas coisas das forças armadas, mas parece-se ser um facto.

Quanto ao Mark Rutte ainda hoje subiu o tom das declarações ao dizer que a NATO deveria regressasr aos níveis de despesa da Guerra Fria. Isto cada vez está melhor.......  :-\ :-\
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Dezembro 13, 2024, 01:52:21 pm
É um jogo do "gato e do rato", a NATO também deve ir apreendendo - espero.  :mrgreen:

Espero bem que aprenda e comece a ser mais exigente com a nossa displicência e 'criatividade'.... há limites para a paciència e boa-vontade.

A não ser que queiramos regressar aos tempo do "orgulhosamente sós" e da mais velha aliança do mundo... 
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Lightning em Dezembro 13, 2024, 01:54:30 pm
da mais velha aliança do mundo...

E o outro lado dessa aliança quer?  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Dezembro 13, 2024, 02:06:28 pm
da mais velha aliança do mundo...

E o outro lado dessa aliança quer?  :mrgreen:

 ;D ;D
Isso já são outros 500's. Ou até se, querendo, poderia fazer alguma coisa.....  :mrgreen: :mrgreen:

Mas pessoalmente desde os tempos do ultimato inglês e dos planos para a invasão dos Açores na II GG que desconfio um pouco dessa aliança. Como se diz entre nõs, "o seguro morreu de velho...."  :D
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Dezembro 13, 2024, 02:09:33 pm
Notícia que me parece que deveria merecer a maior atenção em termos de seguimento e desenvolvimento do conceito.

É algo de verdadeiramente disruptivo e global e seria muito bom para Portugal que a Tekever desenvolvesse o conceito e o produto.
https://www.tekever.com/news/tekever-joins-ukrainian-governments-hackathon-to-counter-airborne-threats/


Mas espero estar enganado quando penso que, a continuar assim, a Tekever não será portuguesa muito mais tempo....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Dezembro 13, 2024, 02:13:47 pm
da mais velha aliança do mundo...

E o outro lado dessa aliança quer?  :mrgreen:
Considerando a quantidade de vinho que exportamos anualmente para o UK... Sim, diria que sim.
 ;D

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Dezembro 13, 2024, 06:43:06 pm


No aspecto específico das despesas militares e da inevitabilidade do seu aumento, já tivemos nos últimos dias uma indicação do que aí vem, com o nosso glorioso e patriótico camarada Raimundo, a perguntar ao primeiro ministro se Portugal iria entrar numa fase de elevados gastos militares, destinados a encher os bolsos dos grandes capitalistas e dos traficantes de morte que são as empresas de armamento.

A única forma de calar a peça era comprar armas aos russos, que não são traficantes de morte e são muito boas e honradas pessoas...

Mas não creio que os russos tenham grande coisa para fornecer...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Apone em Dezembro 13, 2024, 09:17:48 pm
A única forma de calar a peça era comprar armas aos russos, que não são traficantes de morte e são muito boas e honradas pessoas...

Sugiro cortar nos intermediários e comprar directamente armas aos norte-coreanos. 
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Lightning em Dezembro 14, 2024, 12:20:46 am
Comprar carros chineses conta?  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Dezembro 14, 2024, 01:10:35 am
O ministro já admite que o patamar dos 2% seja superado antes de 2029, como estava originalmente previsto:
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/miranda-sarmento-afasta-risco-de-contagio-da-crise-francesa-a-zona-euro-e-muito-forte

Isto numa altura em que é a própria NATO a dizer que o mínimo terá de ser 3% ou mais e onde se fala - por causa dos mais recalcitrantes, como nós - em estabelecer objectivos em tanques, armamento, etc.

E dado o meu interesse por números, gostaria de saber quanto é que custou o recente  (muito merecido e necessário) aumento dos militares e qual a percentagem do aumento do orçamento da Defesa que em 2025 que irá absorver.... cá por coisas.....
PS: podem dar a evolução da percentagem de gastos com pessoal, se for mais simples

Como diz o povo, vão ter de começar a dar corda aos sapatos. Com Trump de um lado e o "falcão" Mark Rutte do outro, muito provavelmente 3% do PIB será em breve o novo mínimo.

Aliás, basta acompanhar a conta do Twitter do novo Secretário-Geral da NATO para percebermos que as coisas vão ter doravante de se processar de maneira diferente: https://x.com/SecGenNATO

Curioso para ver por cá que subterfúgios e malabarismos vão usar, ou poder continuar a usar, para mascarar as contas para a NATO.

Bem, uma coisa parece-me ser uma realidade: nunca me parece ter existido nos anos mais recentes um esforço maior por parte das nossas FA's em treino (Exército e FAP, essencialmente) e dispendio de verbas para manutenção. Posso estar enganado, afinal sou um mero leigo que apenas acompanha o melhor que pode estas coisas das forças armadas, mas parece-se ser um facto.

Quanto ao Mark Rutte ainda hoje subiu o tom das declarações ao dizer que a NATO deveria regressasr aos níveis de despesa da Guerra Fria. Isto cada vez está melhor.......  :-\ :-\

Bom, a manutenção da tralha obsoleta que temos, é financeiramente insignificante. A parte difícil é adquirir material moderno e útil para um eventual conflito de alta intensidade, esse sim é caro e exige aumentos de despesa significativos.

Gastar uns milhões a colocar as 3 VdG em estado operacional, é inconsequente do ponto de vista da capacidade de combate da Marinha, dada a sua obsolescência. O mesmo para os M-113, e outro material de segunda.

Eu acho que se dá demasiado ênfase à percentagem do PIB, e devia dar-se muito mais atenção ao que realmente precisamos de ter, que capacidades precisamos de edificar, etc. Ao atirarem uma percentagem, é possível contornar e manipular a coisa. Ao imporem padrões de qualidade/capacidades para cada ramo, já não dá para inventar tanto, e torna-se possível modernizar as FA de forma objectiva, e não com "cenas à toa".

Parece-me óbvio que, para a nossa realidade estratégica e geográfica, é muito mais útil termos uma mentalidade de "multiplicador de força", do que tentar edificar grandes números de pessoal e meios, e pouca qualidade/capacidade. Existem capacidades que podemos ter, que nos permitiam compensar certas lacunas mais difíceis de resolver.

O que é certo, é que na NATO já se aperceberam de que pode estar a vir um conflito de larga escala, quiçá em múltiplas frentes, e que é preciso que todos os aliados contribuam. Já foi alertado várias vezes, que se os EUA estiverem numa guerra contra a China, e quiçá MO à mistura + Coreia do Norte, nós, países europeus, temos que conseguir compensar a ausência americana aqui (na Europa) e noutras possíveis frentes.

Para nós, continuo a achar que o nosso trunfo poderá ser a capacidade aeronaval, tirando partido, numa primeira linha, dos F-16, Tridente e P-3 (todos eles bem equipados/armados), e numa segunda-linha as fragatas e outros meios com menor expressão estratégica. Principalmente quando desconfio que no nosso caso, poderemos vir a ter que nos empenhar numa frente no Norte/Centro de África, contra alguns países/grupos alinhados com o "Eixo".
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Ghidra em Dezembro 14, 2024, 03:19:57 am
O ministro já admite que o patamar dos 2% seja superado antes de 2029, como estava originalmente previsto:
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/miranda-sarmento-afasta-risco-de-contagio-da-crise-francesa-a-zona-euro-e-muito-forte

Isto numa altura em que é a própria NATO a dizer que o mínimo terá de ser 3% ou mais e onde se fala - por causa dos mais recalcitrantes, como nós - em estabelecer objectivos em tanques, armamento, etc.

E dado o meu interesse por números, gostaria de saber quanto é que custou o recente  (muito merecido e necessário) aumento dos militares e qual a percentagem do aumento do orçamento da Defesa que em 2025 que irá absorver.... cá por coisas.....
PS: podem dar a evolução da percentagem de gastos com pessoal, se for mais simples

Como diz o povo, vão ter de começar a dar corda aos sapatos. Com Trump de um lado e o "falcão" Mark Rutte do outro, muito provavelmente 3% do PIB será em breve o novo mínimo.

Aliás, basta acompanhar a conta do Twitter do novo Secretário-Geral da NATO para percebermos que as coisas vão ter doravante de se processar de maneira diferente: https://x.com/SecGenNATO

Curioso para ver por cá que subterfúgios e malabarismos vão usar, ou poder continuar a usar, para mascarar as contas para a NATO.

Bem, uma coisa parece-me ser uma realidade: nunca me parece ter existido nos anos mais recentes um esforço maior por parte das nossas FA's em treino (Exército e FAP, essencialmente) e dispendio de verbas para manutenção. Posso estar enganado, afinal sou um mero leigo que apenas acompanha o melhor que pode estas coisas das forças armadas, mas parece-se ser um facto.

Quanto ao Mark Rutte ainda hoje subiu o tom das declarações ao dizer que a NATO deveria regressasr aos níveis de despesa da Guerra Fria. Isto cada vez está melhor.......  :-\ :-\

Bom, a manutenção da tralha obsoleta que temos, é financeiramente insignificante. A parte difícil é adquirir material moderno e útil para um eventual conflito de alta intensidade, esse sim é caro e exige aumentos de despesa significativos.

Gastar uns milhões a colocar as 3 VdG em estado operacional, é inconsequente do ponto de vista da capacidade de combate da Marinha, dada a sua obsolescência. O mesmo para os M-113, e outro material de segunda.

Eu acho que se dá demasiado ênfase à percentagem do PIB, e devia dar-se muito mais atenção ao que realmente precisamos de ter, que capacidades precisamos de edificar, etc. Ao atirarem uma percentagem, é possível contornar e manipular a coisa. Ao imporem padrões de qualidade/capacidades para cada ramo, já não dá para inventar tanto, e torna-se possível modernizar as FA de forma objectiva, e não com "cenas à toa".

Parece-me óbvio que, para a nossa realidade estratégica e geográfica, é muito mais útil termos uma mentalidade de "multiplicador de força", do que tentar edificar grandes números de pessoal e meios, e pouca qualidade/capacidade. Existem capacidades que podemos ter, que nos permitiam compensar certas lacunas mais difíceis de resolver.

O que é certo, é que na NATO já se aperceberam de que pode estar a vir um conflito de larga escala, quiçá em múltiplas frentes, e que é preciso que todos os aliados contribuam. Já foi alertado várias vezes, que se os EUA estiverem numa guerra contra a China, e quiçá MO à mistura + Coreia do Norte, nós, países europeus, temos que conseguir compensar a ausência americana aqui (na Europa) e noutras possíveis frentes.

Para nós, continuo a achar que o nosso trunfo poderá ser a capacidade aeronaval, tirando partido, numa primeira linha, dos F-16, Tridente e P-3 (todos eles bem equipados/armados), e numa segunda-linha as fragatas e outros meios com menor expressão estratégica. Principalmente quando desconfio que no nosso caso, poderemos vir a ter que nos empenhar numa frente no Norte/Centro de África, contra alguns países/grupos alinhados com o "Eixo".
O Flanco sul da nato é o nosso local mais natural! E devíamos pensar as nossas forças para seremos um player nessa zona quando 90% dos outros países estão concentrados na frente leste. Para mim existem 3 grandes ameaças de lá o jihadismo que pode ser financiado secretamente pela Rússia/China, os países alinhados com a russia e o África corpus que quando a invasão da Ucrânia for congelada vai aumentar muito a sua importância e tamanho... Sem esquecer que a guerra na líbia continua com as forças pro russas controlar metade do país...  Por isso é a renovação da marinha era tão importante e fica para ultimo. Mesmo se adquirir fragatas  novas pode não chegarem a tempo, se fossem inteligentes adquiram as m já estão atualizadas e entravamos no programa deles de fragatas  ASW em contrapartida que ainda levava muitos anos até entregarem a primeira a Portugal...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Dezembro 14, 2024, 09:52:10 am
Os superávits são conseguidos artificialmente através de cativações intermináveis.

Eu se ficar um mês sem comer também poupo imenso dinheiro.

Sou capaz é de não estar lá de muito boa saúde, tal como os serviços públicos a começar pelo SNS, que para além disso tem como prioridade o tratamento e o atendimento de "portugueses" que acabaram de cair de páraquedas e muitas que vieram cá parir de propósito para os filhos terem de imediato nacionalidade portuguesa.

https://cnnportugal.iol.pt/sns/estrangeiros-sns/cada-vez-mais-estrangeiros-vem-para-portugal-para-serem-tratados-a-borla-no-sns-nao-e-turismo-de-saude-sao-redes-organizadas/20241212/675b0209d34ea1acf271c03e
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Dezembro 14, 2024, 11:04:04 am
Eu gosto sobretudo de quem aqui vem discorrer sobre partidos que neste momento têm 2, no máximo 3% de votação (e que não interessam absolutamente para nada), mas se abstém de comentar sobre a cativação de 13% que o Governo tem prevista para o orçamento da Defesa Nacional de 2025...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Dezembro 14, 2024, 11:07:32 am
Citação de: P44
Os superávits são conseguidos artificialmente através de cativações intermináveis.

Eu se ficar um mês sem comer também poupo imenso dinheiro.

Tanto quanto sei, não é bem assim que as coisas funcionam.
Se as despesas são inscritas no orçamento, elas estão inscritas, e não vão sair de lá de uma forma ou de outra.
O problema está claramente à vista, porque as nossas despess militares estão muito abaixo do que seria nossa obrigação não apenas em termos de compromissos NATO, mas acima de tudo em termos de responsabilidade do Estado, em garantir a nossa soberania, objectivo que aparentemente foi abandonado pelos últimos governos.

As cativações, não alteram o deficit, apenas tornam ainda pior o que já era muito mau.

Agora, o governo decidiu dar tudo a todos, mãos largas para a tropa, para a policia, para os professores, para os médicos...
O problema é que está mais que provado que não adianta dar tudo a todo porque as corporações  que conseguem fazer chantagem sobre os portugueses, vão sempre pedir mais.

As corporações são vampiros, que vão sugar o sangue de todos os portugueses e quando sugarem todo o sangue, os médicos, os professores, os enfermeiros  e quetais, dizem que não têm condições e vão-se embora.

No meio destes vampiros estão os partidos de um sistema politico onde o maior partido tem 30% dos votos. O método de Hondt [1], feito para facilitar a criação de maiorias (por isso é tão utilizado em todos os países livres) deixa de funcionar e a instabilidade politica torna-se a norma.
Um partido como o PCP, que é apenas residual, continua a ter capacidade para agitar a opinião pública, tentando não só ganhar votos, como desestabilizar a sociedade de todas as maneiras possíveis. A capacidade do PCP para controlar os professores, mostra como um partido residual, pode ajudar a matar o futuro de centenas de milhares de crianças...


Ainda assim, há coisas que se podem fazer a nível nacional.
É inaceitável que haja problemas com fardamento, que não haja reservas de fardas em quantidade, porque a primeira coisa que é necessários se for preciso chamar mais pessoas para o serviço militar, são as fardas, ainda antes das armas.
E nós não podemos dizer que não temos tecnologia para pelo menos produzir fardas de qualidade.

Não tenho ideia sobre se já foi feito um levantamento do que ainda resta em termos de equipamentos com capacidade para serem utilizados num esforço nacional para produzir algum tipo de armamento. Ou do que poderá vir a ser necessário, mesmo para voltar a produzir armas e munições simples, como munições para armas ligeiras ou granadas.

São igualmente necessários transportes publicos e é necessário agarrar nos autocarros velhos para os por a funcionar.
Caso haja um conflito generalizado, o petroleo não vai chegar cá e vai ser preciso racionar, e não vai haver combustivel na bomba de gasolina.
A única forma de manter as pessoas a andar de um lado para o outro, é utilizando os transportes públicos.

À medida que nos afastamos da Russia, o problema é menos e menos aparente. Na Alemanha é menos sentido que na Polónia, na França menos sentido que na Alemanha, na Itália menos sentido que na França, na Espanha menos sentido que na Itália, e em Portugal, é melhor nem falar nisso...

O primeiro ministro disse que o aumento nas despesas militares, não vai implicar redução de despesas noutros setores.
Ora as necessidades são tais, que isso é pura e simplesmente impossível.
Ainda ontem o gov. do Banco de Portugal alertou para o fato de o deficit inevitavelmente voltar no próximo ano, e isto sem despesas militares adicionais.

O governo está aparentemente à espera de um programa europeu como no caso das vacinas.
O problema, é que a vacina do Covid-19 era para resolver o mesmo problema em todo o lado.
As necessidades militares, são mil vezes mais complexas...








[1] - A utilização do método de Hondt, estudado desde a revolução americana, está ligada ao facto de os americanos e posteriormente os europeus, terem concluido que o que levou à queda da Republica Romana e à sua substituição pelo império, foi a enorme instabilidade politica ao nivel do senado romano, que não se conseguia entender sobre nada.

Os americanos acabaram por optar, tal como os britânicos, por sistemas de maioria simples, onde o parlamento/senado etc. tinha uma maioria absoluta, mesmo que o partido vencedor tivesse apenas uma maioria simples.
Daí o concento de "race" ou corrida, em que não ganha quem tem mais de metade dos votos, mas apenas quem fica em primeiro lugar.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Dezembro 14, 2024, 11:29:12 am
Citação de: dc
Bom, a manutenção da tralha obsoleta que temos, é financeiramente insignificante. A parte difícil é adquirir material moderno e útil para um eventual conflito de alta intensidade, esse sim é caro e exige aumentos de despesa significativos.

Gastar uns milhões a colocar as 3 VdG em estado operacional, é inconsequente do ponto de vista da capacidade de combate da Marinha, dada a sua obsolescência. O mesmo para os M-113, e outro material de segunda.

O problema, é que numa emergência e numa altura em que será muito dificil obter material novo, o que nos resta é apenas a tralha obsoleta que temos.

Coisas como tentar recuperar ou modernizar os M113, que numa situação normal seria absurdo, nos dias de hoje talvez não seja assim tão absurdo.
Os ucranianos também não gostam do M113, mas ainda assim, seguramente que gostariam de ter mais unidades.

O problema nesta caso, é que nós não produzimos motores nem produzimos grande parte dos componentes que seriam necessários para nacionalizar uma qualquer modernização mesmo que parcial das viaturas.
A mesma coisa acontece com as viaturas Pandur, que considerando a especificação da blindagem conhecida, precisavam de pelo menos proteção para defletir ataques  de drones.

Caso a guerra na Ucrânia seja congelada,  os russos já avisaram que vão continuar a aumentar o seu exército até 1.5 milhões, o que implica mais tanques, viaturas blindadas e acima de tudo drones anti-pessoal e anti-viaturas.
Teremos 18 a 24 meses para efetuar as modificações  e modernizações.

Na região da África sub-sahariana, neste momento a situação é complicada para os russos. Se não consegurem garantir a base na Síria, fica dificil reabastecer as forças russas nestes países. Os russos podem utilizar os IL-76 com muito menos carga e podem utilizar os An-124 muito maiores, mas também muito mais complicados e caros de manter.

Os russos controlam direta ou indiretamente o Sudão, o Chad, o Niger e o Mali.
É evidente que o próximo alvo se chama Mauritânia. E a Mauritânia fica a poucos quilometros de Cabo Verde e das Canárias.
Os russos durante o periodo de acalmia antes de voltarem à carga, vão querer tomar a Mauritânia e utilizar as poucas instalações navais do país, para dessa forma facilitarem abastecimentos.

Para fazer isto tudo, os russos vão ter inevitavelmente que manter uma economia de guerra. Não há volta atrás para Putin, como não havia volta atrás para Hitler.


Nós aparentemente nem somos capazes de meter as barbas de molho.


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Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Dezembro 14, 2024, 05:11:25 pm
Citar
O problema, é que numa emergência e numa altura em que será muito dificil obter material novo, o que nos resta é apenas a tralha obsoleta que temos.

O objectivo quando criei este tópico, era precisamente perceber o que é que temos, que pode ver as suas capacidade aumentadas, e que aquisições de material novo ou em segunda-mão podem ser feitas num prazo relativamente curto.

Em material novo, nem tudo será possível adquirir em pouco tempo, mas existe algum material que é. Por exemplo, a Eslováquia avançou este ano com a compra de baterias Barak MX, com o primeiro sistema planeado para entrega no final de 2025. Portugal encomendar algumas baterias AA de médio alcance, e conseguir obter a primeira bateria num prazo de 18 meses ou menos, seria um passo bastante relevante nas capacidades do país.

Como este, existem outros equipamentos cujo prazo de entregas pode ser apelativo. Nomeadamente em munições para os F-16/P-3, como munições stand-off.

A nível de fragatas por exemplo, já tinha dado ideias de upgrades ligeiros a curto-prazo, que permitam tornar os navios actuais em algo mais capaz. Para mim um plano com pés e cabeça, seria:
-adquirir a Van Speijk
-modernizar as então 3 BD, com 1 radar novo e mísseis NSM para substituir os Harpoon
-adquirir ESSM Block I dos stocks da NATO
-trocar um radar das 2 VdG e substituir pelo radar retirado das BD
-instalar na posição atrás do canhão de 100mm o segundo Phalanx, um segundo lançador Mk-29 ou 2 Mk-141 para Harpoon retirados das BD
-etc.

É explorar opções.

Citar
Coisas como tentar recuperar ou modernizar os M113, que numa situação normal seria absurdo, nos dias de hoje talvez não seja assim tão absurdo.
Os ucranianos também não gostam do M113, mas ainda assim, seguramente que gostariam de ter mais unidades.

Para nós gastar dinheiro nos M-113 é desajustado. É mais prático adquirir umas 3 ou 4 dezenas de Bradley em segunda-mão, e juntar os Leos e os Bradleys aos meios da BrigInt, fazer uns AgrMec, e expandir a coisa a partir daí. Renovar a totalidade das brigadas será impossível.

O emprego dos M-113 deveria estar limitado a defesa territorial, ou num caso de destacamento lá fora, para unidades de retaguarda.

Citar
A mesma coisa acontece com as viaturas Pandur, que considerando a especificação da blindagem conhecida, precisavam de pelo menos proteção para defletir ataques  de drones.

Duvido que seja possível ter blindagem desse género nos Pandur, que seja realmente eficaz. A melhor aposta passa sim por aumentar as capacidade C-UAS do EP. E sim, modificar/modernizar alguns Pandur APC para usarem uma RWS com míssil MANPADS acoplado, e/ou adquirir duas dúzias de Pandur II adicionais com RapidRanger e Skyranger 30 respectivamente seria muito mais eficaz. No prazo de 12 meses, talvez fosse possível obter algumas unidades.

Citar
Teremos 18 a 24 meses para efetuar as modificações  e modernizações.

Pois, também acho que é mais ou menos esse o "prazo" que podemos ter.

Citar
Na região da África sub-sahariana, neste momento a situação é complicada para os russos. Se não consegurem garantir a base na Síria, fica dificil reabastecer as forças russas nestes países. Os russos podem utilizar os IL-76 com muito menos carga e podem utilizar os An-124 muito maiores, mas também muito mais complicados e caros de manter.

A mim cheira-me que o trunfo deles possa ser a utilização de outros aliados naquele continente, e também a utilização de navios "civis" para abastecer as unidades lá estacionadas e os seus aliados. A estratégia chinesa também poderá passar por isto, tal como do Irão e possivelmente outros aliados daquele Eixo.

Eu não me admirava que a Rússia apoiasse abertamente uma invasão do Sara Ocidental por parte da Argélia. Isto não só permitia controlo por recursos naturais, como permitia a criação de bases aéreas e navais na costa Atlântica. Isto, juntamente com todos os países que hoje já têm influência russa, aumenta e muito as possíveis frentes e ameaças de um conflito à escala mundial.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Dezembro 14, 2024, 10:40:19 pm
Citação de: dc
Bom, a manutenção da tralha obsoleta que temos, é financeiramente insignificante. A parte difícil é adquirir material moderno e útil para um eventual conflito de alta intensidade, esse sim é caro e exige aumentos de despesa significativos.

Gastar uns milhões a colocar as 3 VdG em estado operacional, é inconsequente do ponto de vista da capacidade de combate da Marinha, dada a sua obsolescência. O mesmo para os M-113, e outro material de segunda.

O problema, é que numa emergência e numa altura em que será muito dificil obter material novo, o que nos resta é apenas a tralha obsoleta que temos.

Coisas como tentar recuperar ou modernizar os M113, que numa situação normal seria absurdo, nos dias de hoje talvez não seja assim tão absurdo.
Os ucranianos também não gostam do M113, mas ainda assim, seguramente que gostariam de ter mais unidades.

O problema nesta caso, é que nós não produzimos motores nem produzimos grande parte dos componentes que seriam necessários para nacionalizar uma qualquer modernização mesmo que parcial das viaturas.
A mesma coisa acontece com as viaturas Pandur, que considerando a especificação da blindagem conhecida, precisavam de pelo menos proteção para defletir ataques  de drones.

Caso a guerra na Ucrânia seja congelada,  os russos já avisaram que vão continuar a aumentar o seu exército até 1.5 milhões, o que implica mais tanques, viaturas blindadas e acima de tudo drones anti-pessoal e anti-viaturas.
Teremos 18 a 24 meses para efetuar as modificações  e modernizações.

Na região da África sub-sahariana, neste momento a situação é complicada para os russos. Se não consegurem garantir a base na Síria, fica dificil reabastecer as forças russas nestes países. Os russos podem utilizar os IL-76 com muito menos carga e podem utilizar os An-124 muito maiores, mas também muito mais complicados e caros de manter.

Os russos controlam direta ou indiretamente o Sudão, o Chad, o Niger e o Mali.
É evidente que o próximo alvo se chama Mauritânia. E a Mauritânia fica a poucos quilometros de Cabo Verde e das Canárias.
Os russos durante o periodo de acalmia antes de voltarem à carga, vão querer tomar a Mauritânia e utilizar as poucas instalações navais do país, para dessa forma facilitarem abastecimentos.

Para fazer isto tudo, os russos vão ter inevitavelmente que manter uma economia de guerra. Não há volta atrás para Putin, como não havia volta atrás para Hitler.


Nós aparentemente nem somos capazes de meter as barbas de molho.


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Resumindo: está tudo à espera que o Putin bata a bota (e não seja substituído por um igual ou pior) e/ou a economia russa entre em colapso. O que segundo alguns autores acontecerá no média prazo.
Mas até lá ainda há muito tempo para virar o mundo ao contrário....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Dezembro 15, 2024, 07:14:24 pm
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Em material novo, nem tudo será possível adquirir em pouco tempo, mas existe algum material que é. Por exemplo, a Eslováquia avançou este ano com a compra de baterias Barak MX, com o primeiro sistema planeado para entrega no final de 2025

Eu não discordo, mas creio que neste momento, a industria de Israel também está assoberbada com pedidos.
Os pedidos não têm recebido publicidade, por receio de reações adversas por parte da opinião pública.
Além disto, considerando as necessidades europeias, eu acho que aquisições de material novo, só farão sentido dentro de um programa como o do Covid-19 para a defesa. Frandes encomendas, que garantam aos fabricantes retorno nos investimentos em infraestruturas.


Citar
A nível de fragatas por exemplo, já tinha dado ideias de upgrades ligeiros a curto-prazo, que permitam tornar os navios actuais em algo mais capaz.
A simples substituição dos radares é uma coisa complexa, nomeadamente em termos da cablagem.
Se as Vasco da Gama pudessem ser utilizadas apenas como plataforma anti-submarina isso já seria muito bom. Seriam grandes patrulhas e não fragatas.
Dar-lhes mais capacidades que ASW, do meu ponto de vista é deitar dinheiro fora. Como fragatas multiusos as Vasco da Gama chegaram ao fim da linha.

Citar
Para nós gastar dinheiro nos M-113 é desajustado. É mais prático adquirir umas 3 ou 4 dezenas de Bradley em segunda-mão, e juntar os Leos e os Bradleys aos meios da BrigInt, fazer uns AgrMec, e expandir a coisa a partir daí. 

Eu estava mais a pensar numa necessidade de emergência.
O M113 é um VBTP e é muito mais simples que o Bradley que é um VCI.
A introdução de um novo veículo é complicada, uma nova doutrina é ainda mais e ao mesmo tempo, teriamos que continuar com a linha de manutenção para o M113.

O M113 é uma velharia, é verdade. Mas aqui o problema, é que nem sequer motores produzimos para tentarmos adapta-los  (há bastantes anos atrás, o Brasil modernizou todos os seus M113, colocando-lhes componentes de fabrico local, desde motores a bombas de combustivel e lagartas. Nós não temos industria para o fazer, mas para uma modernização mais simples, o mercado europeu é muito grande)
Citar
Duvido que seja possível ter blindagem desse género nos Pandur, que seja realmente eficaz.

Blindagem eficaz, creio que todos concluimos que não existe nem para os tanques.
Eu estava especificamente a pensar na blindagem tipo grelha para pre-detonação.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Dezembro 15, 2024, 07:22:59 pm
Citação de: sivispacem
Resumindo: está tudo à espera que o Putin bata a bota (e não seja substituído por um igual ou pior) e/ou a economia russa entre em colapso. O que segundo alguns autores acontecerá no média prazo.
Mas até lá ainda há muito tempo para virar o mundo ao contrário....

Ou muito me engano, ou o governo de Portugal está à espera do tal programa europeu de compras  conjuntas, que estará no segredo dos deuses.
Um homem chamado Andrius Kubilius da Lituânia é neste momento das pessoas mais referidas em termos de politica europeia de defesa.
A maior parte das pessoas nem sabe que a Europa tem um Comissário de Defesa.

Mas neste caso as aquisições vão ter se ser lentas e isto demorará muito tempo, porque as industrias europeias e os países europeus vão colocar os seus interesses em primeiro lugar.

Logo, o que resta é a possibilidade de ver o que se pode fazer com a prata da casa. Os russos estão a utilizar tanques T-55, os ucranianos estão com M113 e em muitos casos os dois lados utilizam meios com uma idade vetusta. É preferivel algo velho mas que funciona e podemos reparar que uma novidade do último tipo, que quase ninguém sabe utilizar nem manter operacional.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Dezembro 15, 2024, 07:32:04 pm
Citar
A nível de fragatas por exemplo, já tinha dado ideias de upgrades ligeiros a curto-prazo, que permitam tornar os navios actuais em algo mais capaz.
A simples substituição dos radares é uma coisa complexa, nomeadamente em termos da cablagem.
Se as Vasco da Gama pudessem ser utilizadas apenas como plataforma anti-submarina isso já seria muito bom. Seriam grandes patrulhas e não fragatas.
Dar-lhes mais capacidades que ASW, do meu ponto de vista é deitar dinheiro fora. Como fragatas multiusos as Vasco da Gama chegaram ao fim da linha.

Isto; o colocar novos radares nas Vasco da Gama e não o ter feito nas Bartolomeu Dias é algo que não percebo.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Dezembro 16, 2024, 10:35:48 pm
Obviamente que colocar um radar novo, não é um tuning de 15 minutos. Daí que a minha ideia seria, na próxima grande manutenção a cada navio, aproveitar para fazer estas melhorias pontuais.

Em termos de armamento, adicionar um segundo Mk-29 ao navio, seria mais numa perspectiva aumentar a capacidade de auto-defesa do navio, nomeadamente contra mísseis e drones. 16 mísseis prontos a lançar sempre é melhor do que apenas 8. Em alternativa, o segundo Phalanx fazia sentido também, mas ao colocar lá o segundo Phalanx, deixa de haver disponível para os AORs. Se por sua vez se substituíssem o Harpoon das BD, ao instalar um segundo par de Mk-141 nas VdG, estas ganhariam mais capacidade ASuW.

A nível da capacidade ASW, apesar de interessante, é algo para o qual teríamos de adquirir material novo, nomeadamente o sonar rebocado, ou seja, não havia esta opção de retirar das BD para as VdG. Ficaria ainda a questão do quão barulhentas possam ser as VdG, e que melhoramentos seriam necessários para as viabilizar para ASW.

Ainda na Marinha, não podemos esquecer os 4 NPOs originais. Em cenário de conflito, estes navios serão forçosamente usados por falta de algo melhor, e aqui percebemos que uma Marlin 30mm não chega sequer para auto-defesa.

Citar
Blindagem eficaz, creio que todos concluimos que não existe nem para os tanques.
Eu estava especificamente a pensar na blindagem tipo grelha para pre-detonação.

Ah, "blindagem" dessa teria que ser colocada muito perto da altura do conflito, senão mesmo durante. É que espetar grelhas nos Pandur por exemplo, dificulta a sua aerotransportabilidade com os meios nacionais. É algo que poderá ter que ser feito nas imediações do TO, e não "em casa".

Isto claro fazendo a previsão que, com um conflito de larga escala, poderá não haver tanta facilidade para obter transporte em aeronaves maiores e em navios, já que estes estarão ocupados a transportar material e pessoal dos restantes países (e não vão parar o que estão a fazer para transportar tralha do Exército Obsoleto Português).

Na frente Leste também não me parece que faça sentido ter uma participação relevante. Existem muito exércitos da NATO que já vão canalizar as suas forças para aqueles lados. Portugal, Espanha e possivelmente mais uns quantos países, poderão ter que participar numa frente em África, caso a presença russa/chinesa/iraniana assim o obrigue.
Isto poderá suceder-se tanto numa perspectiva de confronto directo, como de prevenção para que aquelas forças não invadam países tipo Cabo Verde, Marrocos, Tunísia, etc.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Dezembro 17, 2024, 02:07:01 pm
Relativamente às Vasco da Game, eu estava a pensar no que se poderia fazer para dar às fragatas alguma capacidade ou valor militar num cenário previsível, em que as ameaças são submarinas. A capacidade para afundar navios é importante e provavelmente a mais importante para qualquer navio da marinha portuguesa. Outra coisa importante, é a capacidade para salvamento em alto mar, caso navios civis sejam destruidos.
Numa guerra assimétrica, em que o inimigo só tem submarinos, ele pode até afundar navios civis sem nunca reconhecer que o fez.

Eu estou a pensar em termos do que é possível fazer sem ter que esperar por muita coisa vinda do estrangeiro.

Como sabemos.A ablindagem adicional, não é impenetrável nem nada que o pareça e evidentemente este tipo de proteção não permite o transporte da viatura com a proteção montada.
A proteção é montada sempre à posteriori e precisa ser removida para transporte.
O que eu estava a pensar era em coisas simples, como preparar desde já as viaturas para receber esse tipo de proteção adicional, para lá da proteção que as Pandur-II já possuem e que é aparafusada.

Os caça-tanques alemães derivados dos tanques das séries PzKpfw-III e Pzkpfw-IV tinham uma espécie de ganchos, que já eram colocados na fábrica.
Os ganchos eram standard e as placas de blindagem eram fabricadas à medida e em alguns casos eram intercambiáveis.
Isto é algo que também pode ser feito para outras viaturas como os ST-5 por exemplo.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Janeiro 15, 2025, 12:41:46 pm
Video interessante do HNMM:
Por cá a doutrina - e meios! - de combate anti-drone ainda se baseia no uso das shot gun?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 15, 2025, 02:55:46 pm
Lá fora na Europa começa-se cada vez mais a falar em 5% do PIB para a Defesa, e alguns até mesmo a fazerem pairar a hipótese de ser necessário alcançar os 10% se tivermos que apoiar sozinhos militarmente a Ucrânia, dada a incerteza que a partir de segunda-feira irá imperar do outro lado do Atlântico Norte.

Por cá é o silêncio. Ainda estamos na ressaca do Natal e é ano de eleições, não é?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Janeiro 15, 2025, 05:32:20 pm
Lá fora na Europa começa-se cada vez mais a falar em 5% do PIB para a Defesa, e alguns até mesmo a fazerem pairar a hipótese de ser necessário alcançar os 10% se tivermos que apoiar sozinhos militarmente a Ucrânia, dada a incerteza que a partir de segunda-feira irá imperar do outro lado do Atlântico Norte.

Por cá é o silêncio. Ainda estamos na ressaca do Natal e é ano de eleições, não é?
~
Quantos % vale a PSP, INEM, Bombeiros e etc  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Janeiro 15, 2025, 05:40:21 pm
Video interessante do HNMM:
Por cá a doutrina - e meios! - de combate anti-drone ainda se baseia no uso das shot gun?

A FAP tem alguns sistemas, e ficou por comprar 2 em 2023, sendo no entanto adiado para 2024

Possívelemente até mais do que 2 mediante do significado disto: " Revisão do âmbito do projeto em resultado da diminuição dos fundos disponíveis."
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 15, 2025, 05:53:43 pm
Citar
O problema, é que numa emergência e numa altura em que será muito dificil obter material novo, o que nos resta é apenas a tralha obsoleta que temos.

O objectivo quando criei este tópico, era precisamente perceber o que é que temos, que pode ver as suas capacidade aumentadas, e que aquisições de material novo ou em segunda-mão podem ser feitas num prazo relativamente curto.

Em material novo, nem tudo será possível adquirir em pouco tempo, mas existe algum material que é. Por exemplo, a Eslováquia avançou este ano com a compra de baterias Barak MX, com o primeiro sistema planeado para entrega no final de 2025. Portugal encomendar algumas baterias AA de médio alcance, e conseguir obter a primeira bateria num prazo de 18 meses ou menos, seria um passo bastante relevante nas capacidades do país.

Com o contrato com a Thales e mais racional seria usar os mesmos radares ou outros iguais, mas com outro sistema de misseis anti-aéreos de médio alcance compatíveis com os sistema já adqurido.

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A nível de fragatas por exemplo, já tinha dado ideias de upgrades ligeiros a curto-prazo, que permitam tornar os navios actuais em algo mais capaz. Para mim um plano com pés e cabeça, seria:
-adquirir a Van Speijk

Tarde demais, eles já a estão a recuperá-la para coloca-la de novo ao serviço
Citar
-modernizar as então 3 BD, com 1 radar novo e mísseis NSM para substituir os Harpoon

Eu diria mais, usar o programa das VdG e em vez de modernizar as mesmas, usar no novo CMS, radar, etc, para modernizar as duas BD.

Adquirir duas novas Fragatas multifunções de alguma dimensão e poder de fogo, mas de custos controlados tais como:
- PPA evo;
- Type 31 (modificadas para terem TAS e usarem as Phalanx CIWS das VdG em vez dos canhões de 40mm para poupar)

Citar
Coisas como tentar recuperar ou modernizar os M113, que numa situação normal seria absurdo, nos dias de hoje talvez não seja assim tão absurdo.
Os ucranianos também não gostam do M113, mas ainda assim, seguramente que gostariam de ter mais unidades.

Citar
Para nós gastar dinheiro nos M-113 é desajustado. É mais prático adquirir umas 3 ou 4 dezenas de Bradley em segunda-mão, e juntar os Leos e os Bradleys aos meios da BrigInt, fazer uns AgrMec, e expandir a coisa a partir daí. Renovar a totalidade das brigadas será impossível.

Neste momento só temos 1 BIMec a Lagartas e o EsqRec, portanto a quantidade de viaturas seria pequena. Acho que neste caso dá ara adquirir algo novo e que dê para segurar as pontas para os próximos 30 anos. As Pandur têm que ser modernizadas.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 15, 2025, 09:35:03 pm
Lá fora na Europa começa-se cada vez mais a falar em 5% do PIB para a Defesa, e alguns até mesmo a fazerem pairar a hipótese de ser necessário alcançar os 10% se tivermos que apoiar sozinhos militarmente a Ucrânia, dada a incerteza que a partir de segunda-feira irá imperar do outro lado do Atlântico Norte.

Por cá é o silêncio. Ainda estamos na ressaca do Natal e é ano de eleições, não é?

No mínimo será 3,5 % !
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 15, 2025, 10:27:30 pm
Video interessante do HNMM:
Por cá a doutrina - e meios! - de combate anti-drone ainda se baseia no uso das shot gun?

A FAP tem alguns sistemas, e ficou por comprar 2 em 2023, sendo no entanto adiado para 2024

Possívelemente até mais do que 2 mediante do significado disto: " Revisão do âmbito do projeto em resultado da diminuição dos fundos disponíveis."

Finalmente...
Alguem explique a alguns iluminados que decidem ter os F-16 todos alinhados e seguidos na nova placa este da BA 5, assim como o facto de os portões dos weather shelters dos F-16, são simples portões de correr, não possuindo qualquer resistência a impactos, de um drone por exemplo.
Cps,
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 16, 2025, 07:27:29 am
Lá fora na Europa começa-se cada vez mais a falar em 5% do PIB para a Defesa, e alguns até mesmo a fazerem pairar a hipótese de ser necessário alcançar os 10% se tivermos que apoiar sozinhos militarmente a Ucrânia, dada a incerteza que a partir de segunda-feira irá imperar do outro lado do Atlântico Norte.

Por cá é o silêncio. Ainda estamos na ressaca do Natal e é ano de eleições, não é?

No mínimo será 3,5 % !

Nem que tenha que incluir a prossegur e a Securitas

Todos sabemos como funciona a engenharia financeira cá no burgo
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 17, 2025, 08:18:00 am
Na edição de hoje do semanário "Expresso".

Citar
Nova meta da NATO forçará Portugal a duplicar gastos com Defesa
Despesa militar subiria de €3000 milhões de euros para €6400 milhões de euros e cada português gastaria mais €320 por ano para despesa em defesa

16 janeiro 2025    22:57
Vítor Matos - Jornalista

Na cauda da NATO, Portugal pertence ao clube dos sete países que gastam menos percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa, e que ainda não atingiram o objetivo de 2% em despesas com as Forças Armadas. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, antecipou um ano, para 2029, a chegada a essa meta, mas já admitiu que esse esforço poderá ter de ser “recalendarizado”: isso implica um acréscimo de pelo menos €700 milhões no orçamento do Ministério da Defesa, segundo as contas do Expresso. Agora, perante as pressões de Donald Trump para os europeus gastarem mais, a Aliança Atlântica prepara a ampliação do objetivo para (pelo menos) 3% do PIB na Cimeira de junho, em Haia: para Portugal, esse valor significa um acréscimo de €3400 milhões por ano nas despesas militares, mais do duplicando o orçamento do ministério de Nuno Melo. Seria preciso pedir mais €320/ano a cada português.

Artigo Exclusivo para subscritores

https://expresso.pt/politica/defesa/2025-01-16-nova-meta-da-nato-forcara-portugal-a-duplicar-gastos-com-defesa-d9c4c627?utm_source=expresso&utm_medium=root&utm_campaign=WEB&utm_content=/politica/defesa/2025-01-16-nova-meta-da-nato-forcara-portugal-a-duplicar-gastos-com-defesa-d9c4c627
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 17, 2025, 09:47:56 am
Engraçado como "envenenam" logo dizendo que cada português teria de pagar mais 320€

Mas de um Pasquim merdoso como o Expesso não se pode esperar mais
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Janeiro 17, 2025, 11:40:19 am
Na edição de hoje do semanário "Expresso".

Citar
Nova meta da NATO forçará Portugal a duplicar gastos com Defesa
Despesa militar subiria de €3000 milhões de euros para €6400 milhões de euros e cada português gastaria mais €320 por ano para despesa em defesa

16 janeiro 2025    22:57
Vítor Matos - Jornalista

Na cauda da NATO, Portugal pertence ao clube dos sete países que gastam menos percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa, e que ainda não atingiram o objetivo de 2% em despesas com as Forças Armadas. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, antecipou um ano, para 2029, a chegada a essa meta, mas já admitiu que esse esforço poderá ter de ser “recalendarizado”: isso implica um acréscimo de pelo menos €700 milhões no orçamento do Ministério da Defesa, segundo as contas do Expresso. Agora, perante as pressões de Donald Trump para os europeus gastarem mais, a Aliança Atlântica prepara a ampliação do objetivo para (pelo menos) 3% do PIB na Cimeira de junho, em Haia: para Portugal, esse valor significa um acréscimo de €3400 milhões por ano nas despesas militares, mais do duplicando o orçamento do ministério de Nuno Melo. Seria preciso pedir mais €320/ano a cada português.

Artigo Exclusivo para subscritores

https://expresso.pt/politica/defesa/2025-01-16-nova-meta-da-nato-forcara-portugal-a-duplicar-gastos-com-defesa-d9c4c627?utm_source=expresso&utm_medium=root&utm_campaign=WEB&utm_content=/politica/defesa/2025-01-16-nova-meta-da-nato-forcara-portugal-a-duplicar-gastos-com-defesa-d9c4c627

A questão não passa somente pelo (parco) orçamento disponível para as FA. As inconcebíveis e sucessivas cativações orçamentais e a decana falta de execução orçamental a 100% (ou perto disso) são fatores relevantes. De "pouco" vale duplicar os (teóricos) gastos  se as cativações e a baixa taxa de execução orçamental se mantiveram. Cenário mais que provável.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 18, 2025, 01:35:22 pm
Nada vai mudar na prática, quanto muito mudam os relatórios a apresentar, mediante mais medidas de "engenharia financeira"
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 18, 2025, 02:06:28 pm
Agora vai ter mesmo de ser.... Novas fragatas, F-35, mais submarinos, Crossovers, drones, sistemas SAM...

Não há escapatória.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Janeiro 18, 2025, 02:37:32 pm
Agora vai ter mesmo de ser.... Novas fragatas, F-35, mais submarinos, Crossovers, drones, sistemas SAM...

Não há escapatória.

Nunca digas nunca... há sempre "solução" para não fazer ou fazer muito pouco.  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 18, 2025, 02:39:36 pm
Agora vai ter mesmo de ser.... Novas fragatas, F-35, mais submarinos, Crossovers, drones, sistemas SAM...

Não há escapatória.

Como diria o vizinho do 3º andar do Charlie Jaguar, Insha'Allah!
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 18, 2025, 05:59:22 pm
Agora vai ter mesmo de ser.... Novas fragatas, F-35, mais submarinos, Crossovers, drones, sistemas SAM...

Não há escapatória.

Sim sim

Quando os vir acredito
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Janeiro 18, 2025, 06:51:13 pm

Nunca digas nunca... há sempre "solução" para não fazer ou fazer muito pouco.  :mrgreen:

A burocracia tuga é invencível  :bang:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 18, 2025, 08:35:56 pm
Agora vai ter mesmo de ser.... Novas fragatas, F-35, mais submarinos, Crossovers, drones, sistemas SAM...

Não há escapatória.

Por cá hão-de inventar alguma coisa. Estou descrente que passemos do 8 para o 80 assim tão facilmente, mas a partir de terça-feira veremos. Toda a Europa se está a rearmar e preparar para a eventualidade de ter de suportar sozinha militarmente a Ucrânia, e simultaneamente se defender da ameaça russa, por cá compramos avionetas COIN para uso em África. Nem tenho palavras...

Para muitos irá ser um rude awakening, sem dúvida.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: PTWolf em Janeiro 19, 2025, 06:56:57 pm
Eu já só queria que cumprimessemos realmente os 2%
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 20, 2025, 10:34:56 am

Defence 360°
@Defence360
O Primeiro-Ministro 🇵🇹
@LMontenegropm
 disse que um gasto de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para os países da
@NATO
 “não é exequível” a curto ou médio prazo.

 :mrgreen:
Nem 2 quanto mais 5
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 20, 2025, 11:35:48 am

Defence 360°
@Defence360
O Primeiro-Ministro 🇵🇹
@LMontenegropm
 disse que um gasto de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para os países da
@NATO
 “não é exequível” a curto ou médio prazo.

 :mrgreen:
Nem 2 quanto mais 5

Nem a longo prazo.  ::)

Não há salvação no nosso panorama político, da Esquerda à Direita. Todos alinham pela mesma corrente de pensamento, seja qual for o partido escolhido para governar os destinos da nossa nação.

No entanto estou curioso para ver até quando o "rural" manterá esse discurso quando lhe começarem a apertar os calos, porque vão começar a apertar. Saímos da NATO e tornamo-nos novamente neutrais, é isso? É uma constante miséria e vergonha nesta treta de país, isto já vai para lá do asco com esta gente toda.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 20, 2025, 04:14:18 pm
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/e-se-os-estados-unidos-cortarem-o-apoio-militar-a-ucrania-o-que-acontece-a-europa
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 21, 2025, 09:39:37 am
O tio Trampas ameaçou ontem a Espanha com um aumento de pelo menos 100% nas tarifas de negócios com os EUA caso não aumentem a sua despesa com a Defesa para 5%. Aliás, a pergunta do jornalista até foi mais abrangente, indagando o que acontecerá aos países europeus da NATO que não passem a gastar pelo menos 5% do PIB na Defesa.

https://x.com/nachomdeo/status/1881567899749613885

Isto por cá vai ser tão divertido de assistir.  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Get_It em Janeiro 21, 2025, 09:57:17 am
https://x.com/nachomdeo/status/1881567899749613885
A Espanha não faz parte do BRICS. :\

Isto por cá vai ser tão divertido de assistir.  :mrgreen:
Vai ser cá um malabarismo.

Cumprimentos,
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 21, 2025, 10:25:22 am
Obrigado Donald Trump !
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Janeiro 21, 2025, 11:05:52 am
O tio Trampas ameaçou ontem a Espanha com um aumento de pelo menos 100% nas tarifas de negócios com os EUA caso não aumentem a sua despesa com a Defesa para 5%. Aliás, a pergunta do jornalista até foi mais abrangente, indagando o que acontecerá aos países europeus da NATO que não passem a gastar pelo menos 5% do PIB na Defesa.

https://x.com/nachomdeo/status/1881567899749613885

Isto por cá vai ser tão divertido de assistir.  :mrgreen:

Cada vez mais este indicador de gastos com a Defesa se revela inadequado, por permitir as mais livres interpretaçõe e contabilidades 'criativas', como muito bem sabemos por cá. Se calhar fazia mais sentido definir-se uma percentagem de gastos com a Defesa, sim senhor, mas também a de gastos com aquisição de novos equipamentos, constituição de reservas de guerra, manutenção e R&D, etc

Aqui há dias vi não sei aonde que os custos das pensões dos militares também eram considerados como gastos com a Defesa. SInceramente custa-me a acreditar, mas depois de ter visto o António Costa há dois anos (se bem me lembro) a aumentar o orçamento da Defesa mas começar a cobrar rendas aos militares pela utilização de instalações do Estado..... e´de artista!!!

Por cá não acredito no patamar dos 5%. Concordo com o Montenegro nisto, é inexequível. Mas Este Governo devia começar a preparar o caminho para rapidamente chegar aos 3,5%. Antes de 2029.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 21, 2025, 11:13:35 am
Obrigado Donald Trump !

Para memória futura!...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Lightning em Janeiro 21, 2025, 01:09:54 pm
https://x.com/nachomdeo/status/1881567899749613885
A Espanha não faz parte do BRICS. :\

Então mas não é...
Brasil, Rússia, Índia, China, Spain...  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 21, 2025, 06:28:45 pm

Portugal a tirar notas...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: tenente em Janeiro 21, 2025, 06:52:16 pm

Portugal a tirar notas...

Devem ter tirado muitas notas mesmo,  com as lacunas que as FFAA possuem só mesmo atingindo e cumprindo o patamar  dos 3% sem activações, trafulhices, subterfúgios e outras manipulações dos valores investidos na Defesa Nacional, será possível que a operacionalidade das FFAA, seja minimamente credível e a par dos nossos aliados mais fraquinhos !!

Para tal será necessário uma década de investimentos anuais a rondarem os 1500 milhões para se conseguir sair deste marasmo e indigência a que estes politicozecos de pacotilha tem e continuam votar as FFAA, ano após ano década após década.

O estado decrépito e de obsolescência a que os ínfimos meios Militares de combate chegaram é clamoroso !!!

É urgentissimo reforçar os meios Humanos das FFAA, se tal não for a primeira medida a ser tomada, motivando as incorporações anuais, com um aumento substancial nos vencimentos da classe das Praças, os RESPONSÁVEIS Politico/Militares bem podem esquecer a NATO, a Defesa Nacional, e por arrasto a médio/longo prazo a Independência Nacional, tal a situação a que chegamos.

PS: ontem um Oficial General meu antigo camarada D'Armas disse-me que a BriMec tem actualmente 850 efectivos, se tantos, porque será que não me choca tal efectivo ??

Abraços
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Janeiro 21, 2025, 06:57:44 pm

Portugal a tirar notas...
A pensar como dar a volta ao texto, mais pruovavelmente....
Helicópteros?? Temos os Koala e os 'novos' UH-60
Sistemas de defesas aérea? Parece que comprámos 7 mísseis há um par de meses.
Mais munições? 20 AIM-9X a entregar daqui a 30 anos
Mais dinheiro? Junte-se a Protecção Civil, a GNR, a Polícia Marítima, a Brigada Fiscal, os estudantes do Colégio Militar, etc...

Estamos no bom caminho!!!!  :mrgreen: :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Janeiro 22, 2025, 10:50:30 am


Isto não vai lá com percentagens do PIB.
Isto só poderia funcionar com a criação de uma estrutura de brigadas de vários tipos em que cada país se compromete a manter essas brigadas operacionais, e quando for o caso, móveis.

Estilo: Portugal tem que manter operacionais e com capacidade para projectar forças, uma brigada pesada, duas brigadas mecanizadas e três brigadas de infantaria motorizada (isto para dar um exemplo)

Os gastos, depois cada um que se arranje como puder, desde que utilize os equipamentos standard determinados para cada unidade.
E as brigadas teriam que passar por uma certificação NATO e só no caso de passarem no teste, se poderia considerar como operacional.

Estar a basear as coisas numa percentagem não funciona.

Portugal, em 1580 aceitou um rei estrangeiro, porque ele prometeu que ajudaria a defender os territórios portugueses, ao mesmo tempo que garantia a absoluta autonomia do reino. Tudo funcionou bem no principio, e com Filipe II  e Filipe III de Castela, as coisas funcionaram mais ou menos.

Todos os países da Coroa, desde o reino de Portugal, ao principado da Catalunha, reino de Nápoles, Reino de Valência, Aragão e restantes, viviam às custas da coroa de Castela e Leão, que detinha praticamente o monopólio do comércio com as américas. portugueses, aragoneses, valencianos italianos ou catalães eram considerados para todos os efeitos estrangeiros...

Depois, com a queda do preço do ouro e da prata e com a queda da produção, a coroa de Castela e Leão entrou numa crise financeira profunda.
A solução foi obrigar os restantes reinos a pagar impostos para a coroa (estavam praticamente isentos).
Para resolver o problema da falta de tropas, tentou-se instituir um mecanismo chamado "União de Armas" em que os reinos contribuiam com tropas, consoante a sua dimensão e riqueza.

Quando os portugueses começaram a ouvir falar em gastos militares, pensaram. pensaram e depois disseram ...
... Desculpe lá senhor espanhol, assim não quero ... vou-me embora e levo ali aquela coisita sem importância chamada Brasil ... :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: mafets em Janeiro 23, 2025, 11:00:32 am
Gastamos mais que a Itália. Basta ver as nossas F.A. e a deles.  :mrgreen:

(https://www.researchgate.net/publication/382455569/figure/fig1/AS:11431281262646054@1721668005572/Defence-spending-of-NATO-countries-in-2024-Source-300-Gospodarkapl-2024.png)

Saudações  :mrgreen:

P.S. A Estónia gasta 2,7% do Pib e nem um esquadrão de caças tem para se defender (mandam um dos dois L39).  :mrgreen:

https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_equipment_of_the_Estonian_Defence_Forces (https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_equipment_of_the_Estonian_Defence_Forces)

(https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/89/L-39_Albatros_estonian.jpg)

P.S. 2 -Isto das percentagens é uma treta. Além da aldrabice tem gastos perfeitamente sem nexo em equipamento que não é prioritário. Basta ver Portugal, numa altura em que existe guerra na Europa vai comprar o Super Tucano N de instrução e CAS ( ainda por cima para África). Só falta investirmos num Quebra Gelo para irmos estudar pinguins para a Patagónia.  :mrgreen:   

(https://media.iatiseguros.com/wp-content/uploads/sites/6/2018/12/01065452/lagunas-torres-patagonia.jpg)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 23, 2025, 11:14:19 am
O tio Trampas ameaçou ontem a Espanha com um aumento de pelo menos 100% nas tarifas de negócios com os EUA caso não aumentem a sua despesa com a Defesa para 5%. Aliás, a pergunta do jornalista até foi mais abrangente, indagando o que acontecerá aos países europeus da NATO que não passem a gastar pelo menos 5% do PIB na Defesa.

https://x.com/nachomdeo/status/1881567899749613885

Isto por cá vai ser tão divertido de assistir.  :mrgreen:
Os números de malabarismo e piruetas vão ser de fazer inveja ao Circo Chen  :mrgreen:

https://www.msn.com/en-nz/news/other/eu-s-top-diplomat-says-europe-must-prepare-for-war-with-russia/

Ainda bem que estamos em África  :mrgreen:

Já os aldrabamos com 1.48 quando nem a 1 chegamos na realidade, para atingir 5 % de engenharia financeira é juntar bombeiros, proteção civil, Securitas, Charon , 2045, fiscais da Carris e da Fertagus e por aí fora  :mrgreen:

(https://pbs.twimg.com/media/GhzX8k4XwAA8gN7?format=jpg&name=900x900)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 23, 2025, 11:33:53 am
O Trump voltou ontem a afirmar que ou os estados-membros da NATO elevam os gastos na Defesa para 5% do PIB, ou deixam de contar com os Estados Unidos.

Portanto eu estou ansioso para ver o "rural" a perder o sorriso sonso e cínico com que sempre anda, e explicar como vai descalçar esta bota. Vai ser tão divertido!  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 23, 2025, 11:44:03 am
Já estou a pensar como o outro, é a forma do Trump pressionar a Europa para depois conseguir um aumento para 3,5/4%. Mesmo com todos os malabarismos que há em Portugal na área da Defesa, isso ia significar um enorme aumento do orçamento real das Forças Armadas.

Já daria para mandar às urtigas a modernização das VdG e adquirir novas Fragatas, reequipar a Brigada Mecanizada, substituir uma parte dos F-16/modernizar os restantes, etc. Acima de tudo, iria permitir que as vagas aprovadas para as Forças Armadas fossem em números não tão ridículos como nas últimas décadas.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: PTWolf em Janeiro 23, 2025, 01:49:50 pm
Já estou a pensar como o outro, é a forma do Trump pressionar a Europa para depois conseguir um aumento para 3,5/4%. Mesmo com todos os malabarismos que há em Portugal na área da Defesa, isso ia significar um enorme aumento do orçamento real das Forças Armadas.

Já daria para mandar às urtigas a modernização das VdG e adquirir novas Fragatas, reequipar a Brigada Mecanizada, substituir uma parte dos F-16/modernizar os restantes, etc. Acima de tudo, iria permitir que as vagas aprovadas para as Forças Armadas fossem em números não tão ridículos como nas últimas décadas.

Eu fui o outro que defendi aqui que a estratégia do Trump seria essa.
Paralelamente "obriga" os paises europeus a comprar material bélico aos EUA, o que melhora a economia americana, assim como alimenta o lobby belicista americano e que o Trump tem que obviamente defender.

Os 5% são impossiveis de cumprir em Portugal. Antes disso acontecer iria haver um levantamento popular. 5% significaria cortar em muita coisa, salários, pensões, eliminar progressões de carreira, deteriorização das instituições, SNS etc etc ....

E isto não é só em Portugal, é na maioria dos paises europeus....

Que se aumente os gastos, mas que se gaste e se invista dentro do material europeu sempre que seja uma possibilidade. Exemplo F35 não há como fugir, mas tudo o resto, que se gaste cá e não se entre no jogo do Trump
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 23, 2025, 02:48:41 pm
Já estou a pensar como o outro, é a forma do Trump pressionar a Europa para depois conseguir um aumento para 3,5/4%. Mesmo com todos os malabarismos que há em Portugal na área da Defesa, isso ia significar um enorme aumento do orçamento real das Forças Armadas.

Já daria para mandar às urtigas a modernização das VdG e adquirir novas Fragatas, reequipar a Brigada Mecanizada, substituir uma parte dos F-16/modernizar os restantes, etc. Acima de tudo, iria permitir que as vagas aprovadas para as Forças Armadas fossem em números não tão ridículos como nas últimas décadas.

Eu fui o outro que defendi aqui que a estratégia do Trump seria essa.
Paralelamente "obriga" os paises europeus a comprar material bélico aos EUA, o que melhora a economia americana, assim como alimenta o lobby belicista americano e que o Trump tem que obviamente defender.

Os 5% são impossiveis de cumprir em Portugal. Antes disso acontecer iria haver um levantamento popular. 5% significaria cortar em muita coisa, salários, pensões, eliminar progressões de carreira, deteriorização das instituições, SNS etc etc ....

E isto não é só em Portugal, é na maioria dos paises europeus....

Que se aumente os gastos, mas que se gaste e se invista dentro do material europeu sempre que seja uma possibilidade. Exemplo F35 não há como fugir, mas tudo o resto, que se gaste cá e não se entre no jogo do Trump

Lamento, mas não concordo, se o estado quiser, pode ir buscar muito dinheiro a economia paralela, estima-se em 5000 ME todos os anos.
Cps
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Janeiro 23, 2025, 03:12:59 pm
Lamento, mas não concordo, se o estado quiser, pode ir buscar muito dinheiro a economia paralela, estima-se em 5000 ME todos os anos.
Cps

Economia paralela
Contratos de PPP
Fundações financiadas pelo Estado
Injeção financeira na Banca/TAP sem restituição ao erário público.
Etc

Havendo vontade política (nunca haverá, pois quem está de fora do poleiro quer mama e quem mama quer continuar a mamar), haveria muita gordura por onde cortar e muito dinheiro "extra".

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 23, 2025, 06:00:28 pm
Já estou a pensar como o outro, é a forma do Trump pressionar a Europa para depois conseguir um aumento para 3,5/4%. Mesmo com todos os malabarismos que há em Portugal na área da Defesa, isso ia significar um enorme aumento do orçamento real das Forças Armadas.

Já daria para mandar às urtigas a modernização das VdG e adquirir novas Fragatas, reequipar a Brigada Mecanizada, substituir uma parte dos F-16/modernizar os restantes, etc. Acima de tudo, iria permitir que as vagas aprovadas para as Forças Armadas fossem em números não tão ridículos como nas últimas décadas.

Calma, não estejas já com a patareca aos saltos

Parece que não conheces os nossos políticos e a maneira como conseguem dar a volta a apresentar "contas"
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Malagueta em Janeiro 23, 2025, 07:37:15 pm
https://cnnportugal.iol.pt/aominuto/6207bf6c0cf2cc58e7e276ff

Secretário-geral da NATO vem a Portugal para encontro com Marcelo e Montenegro
O secretário-geral da NATO vem a Portugal na próxima segunda-feira, dia 27 de janeiro.

De acordo com a informação da Aliança Atlântica, Mark Rutte vai viajar até Lisboa para se encontrar com o Presidente da República, o primeiro-ministro e os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa.

Depois do encontro haverá uma conferência de imprensa, que se deverá realizar pelas 13:45 portuguesas.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: PTWolf em Janeiro 23, 2025, 08:14:19 pm
Lamento, mas não concordo, se o estado quiser, pode ir buscar muito dinheiro a economia paralela, estima-se em 5000 ME todos os anos.
Cps

Economia paralela
Contratos de PPP
Fundações financiadas pelo Estado
Injeção financeira na Banca/TAP sem restituição ao erário público.
Etc

Havendo vontade política (nunca haverá, pois quem está de fora do poleiro quer mama e quem mama quer continuar a mamar), haveria muita gordura por onde cortar e muito dinheiro "extra".

Concordamos que existe muito dinheiro a passar pela economia paralela, mas não é assim tão facil de a combater e de ir buscar esse dinheiro.
Assim fosse e acham que haveria algum governo a deixar passar a hipotese de salvar o SNS e gravar o nome na história do país?

Deixo aqui um artigo sobre um estudo da Univ do Porto:
Citar
Assim, a faculdade da economia do Porto sugere que para combater a economia paralela é necessário cortar a carga fiscal, sobretudo no domínio dos impostos diretos do IRS e IRC, assim como a redução da fiscalidade sobre os rendimentos de entrada na economia oficial, permitindo aumentar os apoios sem ultrapassar esses rendimentos líquidos.


Por outro lado de forma a evitar a "subsidiodependência e a acomodação", o estudo apela ao Governo para um reforço da fiscalização com os meios a dispor da Autoridade Tributária e para que condicione o acesso à capacitação dos beneficiários.
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/economia-paralela-em-portugal-bate-recorde-no-peso-do-pib (https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/economia-paralela-em-portugal-bate-recorde-no-peso-do-pib)

Depois é comparar com o que se passa e passou no país nos ultimos 30 anos....

https://observador.pt/opiniao/regulacao-da-economia-paralela/ (https://observador.pt/opiniao/regulacao-da-economia-paralela/)

Relativamente às PPP estamos de acordo que existem muitos contratos que tem que ser renegociados. No entanto convem lembrar que as PPP surgem por incapacidad€ do Estado Português assumir as obras, permitindo assim a realização das mesmas sem inviabilizar o orçamento. Obviamente que isso acarreta depois um custo maior ao longo do tempo.
Ora se voces gerissem o país o que era para vocês mais racional? Adquirir novas fragatas ou a realização de novos hospitais?
Se existisse a hipotece "C" de adquirir as fragatas e realizar uma PPP para um novo hospital mas com uma fatura muito maior a longo prazo, qual seria a vossa escolha?

Sobre as fundações não entendo o argumento, o estado não deveria financiar fundações? Quanto é gasto anualmente com as fundações e qual o impacto social que desempenham?

Na Banca/TAP estou totalmente de acordo, embora isso seja dinheiro já gasto e sobre o qual o governo e quem lidera actualmente nada pode fazer, portanto acaba por ser uma falsa questão. É como os ST, haveria melhor onde gastar 200M? Sem dúvida! Mas um governo de amanha já não pode contar com esse dinheiro porque já saiu do orçamento...

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 23, 2025, 08:16:44 pm
https://cnnportugal.iol.pt/aominuto/6207bf6c0cf2cc58e7e276ff

Secretário-geral da NATO vem a Portugal para encontro com Marcelo e Montenegro
O secretário-geral da NATO vem a Portugal na próxima segunda-feira, dia 27 de janeiro.

De acordo com a informação da Aliança Atlântica, Mark Rutte vai viajar até Lisboa para se encontrar com o Presidente da República, o primeiro-ministro e os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa.

Depois do encontro haverá uma conferência de imprensa, que se deverá realizar pelas 13:45 portuguesas.

Vem entregar, os objetivos da NATO para Portugal....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Malagueta em Janeiro 23, 2025, 08:30:03 pm
e quais são? sermos a companhia de transportes?

vejam só o que O Sr Presidente já veio dizer

https://eco.sapo.pt/2025/01/23/marcelo-alerta-para-risco-de-insatisfacao-social-crescente-com-aumento-de-gastos-em-defesa/

Marcelo alerta para risco de “insatisfação social crescente” com aumento de gastos em defesa

Marcelo Rebelo de Sousa concorda com a posição "sensata" da Comissão e do Conselho de que se deve perceber se os países europeus, em conjunto, cumprem os 2% do PIB de despesa em defesa.

Nos gastos em defesa “importa olhar para a Europa como um todo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, esta quinta-feira, à margem da cerimónia de homenagem a D. Manuel Clemente na Universidade Católica. O chefe de Estado considera, por isso, “sensata” a posição da Comissão Europeia e do Conselho Europeu de perceber se os países europeus, em conjunto, cumprem os 2% do PIB de despesa em defesa e se “estão em condições de mais tarde – não agora – subir” acima desse valor.

As declarações do Presidente surgem em vésperas da visita do secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a Lisboa, onde na próxima segunda-feira tem encontro marcado com Marcelo e com o primeiro-ministro, Luís Montenegro. E também numa altura em que o novo inquilino da Casa Branca, Donald Trump, pressiona os países europeus da NATO a subir os gastos para 5% do PIB.

“O que importa é olhar para a Europa como um todo e não estar a discriminar os bons e os maus”, reforçou o Presidente, depois de dizer que prefere esta abordagem em vez de se estar a analisar a despesa de cada país e se perceber “mais tarde” se cada um “pode subir para 3%”.

Perante a sugestão de Rutte de se cortar em apoios sociais ou nas verbas da saúde para desviar para a defesa, Marcelo recorda que a Europa “não arranca” economicamente e tem “problemas sociais”. Por isso, dividir a Europa é estar a criar “dentro de alguns países” uma “insatisfação social crescente” e uma “radicalização política crescente”. E isso “não é desejável”.

Se o objetivo passa por ter a Europa unida para a defesa e segurança, e unida aos EUA, o “pior que se pode fazer é “dividir a Europa entre ela” e “dividi-la dos EUA”.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 23, 2025, 11:12:09 pm
e quais são? sermos a companhia de transportes?

vejam só o que O Sr Presidente já veio dizer

https://eco.sapo.pt/2025/01/23/marcelo-alerta-para-risco-de-insatisfacao-social-crescente-com-aumento-de-gastos-em-defesa/

Marcelo alerta para risco de “insatisfação social crescente” com aumento de gastos em defesa

Marcelo Rebelo de Sousa concorda com a posição "sensata" da Comissão e do Conselho de que se deve perceber se os países europeus, em conjunto, cumprem os 2% do PIB de despesa em defesa.

Nos gastos em defesa “importa olhar para a Europa como um todo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, esta quinta-feira, à margem da cerimónia de homenagem a D. Manuel Clemente na Universidade Católica. O chefe de Estado considera, por isso, “sensata” a posição da Comissão Europeia e do Conselho Europeu de perceber se os países europeus, em conjunto, cumprem os 2% do PIB de despesa em defesa e se “estão em condições de mais tarde – não agora – subir” acima desse valor.

As declarações do Presidente surgem em vésperas da visita do secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a Lisboa, onde na próxima segunda-feira tem encontro marcado com Marcelo e com o primeiro-ministro, Luís Montenegro. E também numa altura em que o novo inquilino da Casa Branca, Donald Trump, pressiona os países europeus da NATO a subir os gastos para 5% do PIB.

“O que importa é olhar para a Europa como um todo e não estar a discriminar os bons e os maus”, reforçou o Presidente, depois de dizer que prefere esta abordagem em vez de se estar a analisar a despesa de cada país e se perceber “mais tarde” se cada um “pode subir para 3%”.

Perante a sugestão de Rutte de se cortar em apoios sociais ou nas verbas da saúde para desviar para a defesa, Marcelo recorda que a Europa “não arranca” economicamente e tem “problemas sociais”. Por isso, dividir a Europa é estar a criar “dentro de alguns países” uma “insatisfação social crescente” e uma “radicalização política crescente”. E isso “não é desejável”.

Se o objetivo passa por ter a Europa unida para a defesa e segurança, e unida aos EUA, o “pior que se pode fazer é “dividir a Europa entre ela” e “dividi-la dos EUA”.

Ele veio dizer o que todos pensam, desde o PS ao CDS, não estão disponíveis para trocar votos por armas....Até porque a guerra supostamente é bem longe daqui....
Enfim !
Uma republica das bananas !
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Janeiro 24, 2025, 12:05:46 am

Ele veio dizer o que todos pensam, desde o PS ao CDS, não estão disponíveis para trocar votos por armas....Até porque a guerra supostamente é bem longe daqui....
Enfim !

A guerra é longe, até chegar cá.  ::)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 24, 2025, 06:24:33 am

Ele veio dizer o que todos pensam, desde o PS ao CDS, não estão disponíveis para trocar votos por armas....Até porque a guerra supostamente é bem longe daqui....
Enfim !

A guerra é longe, até chegar cá.  ::)

Nessa altura logo se vê
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Janeiro 24, 2025, 09:51:09 am
Infelizmente acredito que seja a ideia geral... Guerra? como diz a minha filha "isso é problema para depois". O esforço vai ser feito em "fingir que gastamos", sendo que haverá um acréscimo de investimento, pontual e (no fundo) pouco significativo; vai parecer interessante, face à "pobreza franciscana" que por cá temos.     
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Janeiro 24, 2025, 01:02:15 pm
“O que importa é olhar para a Europa como um todo e não estar a discriminar os bons e os maus”, reforçou o Presidente, depois de dizer que prefere esta abordagem em vez de se estar a analisar a despesa de cada país e se perceber “mais tarde” se cada um “pode subir para 3%”.

Marcelo a ser o pateta alegre do costume, usando uma desculpa própria dos fracos de espírito e de ações.
Enquanto não houver, formalmente, um Exército da União Europeia, estas afirmações são extraordinariamente descabidas. E perigosas, dado que desculpabilizam o decano desinvestimento e descuido a que as nossas FA tem sido sujeitas. Não há que relativizar, há que aceitar que o paradigma das últimas décadas tem que ser extirpado de vez, sempre respeitando a nossa realidade económica e demográfica, como é lógico.
Há que deixar de olhar para as FA como filha de de um Deus menor.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Pneucareca em Janeiro 24, 2025, 06:22:34 pm
https://cnnportugal.iol.pt/aominuto/6207bf6c0cf2cc58e7e276ff

Secretário-geral da NATO vem a Portugal para encontro com Marcelo e Montenegro
O secretário-geral da NATO vem a Portugal na próxima segunda-feira, dia 27 de janeiro.

De acordo com a informação da Aliança Atlântica, Mark Rutte vai viajar até Lisboa para se encontrar com o Presidente da República, o primeiro-ministro e os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa.

Depois do encontro haverá uma conferência de imprensa, que se deverá realizar pelas 13:45 portuguesas.
Acho lamentável é não se ter já um ST disponível para o Rutte ver o que é "investimento à sério"!! :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 25, 2025, 11:55:05 am
Gostava de ser uma mosquinha na parede segunda-feira, durante a reunião que o Secretário-Geral da NATO irá ter com o sonso do "rural". É que o Mark Rutte não tem fama de ficar calado.

Ainda ontem um conhecido meu, que por esta altura trabalha na cúpula do PSD, afirmava off the record que o PM, quando confrontado internamente com a questão dos 5% do PIB para a Defesa, diz quase sempre de imediato "é que nem pensar!". E isso deixa-me (deixa-nos) curioso(s) para ver o que irá ser então daqui para a frente caso o Governo entretanto não mude de ideias.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 25, 2025, 01:53:01 pm
Gostava de ser uma mosquinha na parede segunda-feira, durante a reunião que o Secretário-Geral da NATO irá ter com o sonso do "rural". É que o Mark Rutte não tem fama de ficar calado.

Ainda ontem um conhecido meu, que por esta altura trabalha na cúpula do PSD, afirmava off the record que o PM, quando confrontado internamente com a questão dos 5% do PIB para a Defesa, diz quase sempre de imediato "é que nem pensar!". E isso deixa-me (deixa-nos) curioso(s) para ver o que irá ser então daqui para a frente caso o Governo entretanto não mude de ideias.

Vão continuar a fingir como até aqui

A não ser que o Markito ameace expulsar-nos da NATO, e mm se assim fosse tenho dúvidas que algo mudasse  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 25, 2025, 03:48:00 pm
Mais um Russo na CNN...

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 25, 2025, 04:03:44 pm
Eles todos são contra mais investimento da Defesa pelos países da OTAN, porque é que será?!...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 25, 2025, 04:51:08 pm
Mais um...

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Janeiro 25, 2025, 05:23:52 pm
É um pior que o outro, dizem-se analistas (que realmente devê-lo-iam ser, sendo Generais), mas apenas limitam-se a repetir a propaganda de alguns canais do Telegram.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Janeiro 25, 2025, 05:39:41 pm
Mais um...


Não sei se o Major General Carlos Branco também teve essas funções, mas o Major General Agostinho Costa foi VP da EuroDefense-Portugal, organismo que promove estudos sobre a política europeia de segurança e defesa. Paralelamente, aconselha o Estado Português relativamente a estas matérias.
Creio não ser difícil perceber o quão pernicioso este indivíduo terá sido. E outros tais como ele.
Não é fator único, mas é mais um que ajuda a explicar o pouco menos que calamitoso estado em que as FA se encontram.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Janeiro 25, 2025, 05:40:44 pm
Gostava de ser uma mosquinha na parede segunda-feira, durante a reunião que o Secretário-Geral da NATO irá ter com o sonso do "rural". É que o Mark Rutte não tem fama de ficar calado.

Ainda ontem um conhecido meu, que por esta altura trabalha na cúpula do PSD, afirmava off the record que o PM, quando confrontado internamente com a questão dos 5% do PIB para a Defesa, diz quase sempre de imediato "é que nem pensar!". E isso deixa-me (deixa-nos) curioso(s) para ver o que irá ser então daqui para a frente caso o Governo entretanto não mude de ideias.

Vão continuar a fingir como até aqui

A não ser que o Markito ameace expulsar-nos da NATO, e mm se assim fosse tenho dúvidas que algo mudasse  :mrgreen:

A progressão para os 5% seria suicida. É um patamar desmesurado e que ninguém na NATO pratica. É a retórica do Trump e sus muchachos para gerar o aumento dos níveis de despesa militar da NATO (deve ser a única coisa com que estou de acordo com a criatura), mas há etapas para lá se chegar, se é que isso vai acontecer.
Mas o Governo devia preparar já os 2% para o próximo OE e continuar depois com aumentos significativos nos anos seguintes.

O azar é que tudo indica que se estáo a preparar legislativas em 2026. E a despesa militar não conquista muitos votos....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Janeiro 25, 2025, 06:18:51 pm
Mais um...


Não sei se o Major General Carlos Branco também teve essas funções, mas o Major General Agostinho Costa foi VP da EuroDefense-Portugal, organismo que promove estudos sobre a política europeia de segurança e defesa. Paralelamente, aconselha o Estado Português relativamente a estas matérias.
Creio não ser difícil perceber o quão pernicioso este indivíduo terá sido. E outros tais como ele.
Não é fator único, mas é mais um que ajuda a explicar o pouco menos que calamitoso estado em que as FA se encontram.

O que levanta a questão de qual o grau de confiança que os nossos aliados europeus terão nas FA's e no Estado português. Muito baixo, seguramente, não esquecendo também as broncas graves dos serviços de informações no passado
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 25, 2025, 06:47:14 pm
Mais um Russo na CNN...


Mas esse também não é novidade nenhuma

Pergunto-me quantos segredos da NATO terá este e o outro artista não me lembro do nome agora dado aos russos
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: mafets em Janeiro 25, 2025, 07:39:15 pm
Não se arranja aí uns equipamentos insufláveis para enganar o homem da NATO? Aquilo do alto parece de verdade.  :mrgreen:

https://i2kdefense.com/inflatable-decoys-and-targets/ (https://i2kdefense.com/inflatable-decoys-and-targets/)

(https://i2kdefense.com/wp-content/uploads/2022/03/Product-CTA-tanks.webp)

(https://i2kdefense.com/wp-content/uploads/2022/03/f16e-1010x800-1-768x608.webp)

Saudações

P.S. Existem casos que só com os 5% do PIB seria possível umas F.A. completas, caso dos Bifes que mesmo com 2,6% é o que é. Só a maior fatia do orçamento vai para os submarinos nucleares e o resto obviamente é cortado. 

https://www.bairdmaritime.com/security/naval/column-the-uk-royal-navy-and-the-challenge-to-maintain-a-potent-fighting-force-naval-gazing (https://www.bairdmaritime.com/security/naval/column-the-uk-royal-navy-and-the-challenge-to-maintain-a-potent-fighting-force-naval-gazing)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 26, 2025, 10:53:41 pm

O inimigo já está cá dentro...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 27, 2025, 07:59:00 am
Se algum dia chegássemos aos 2% já era bom  :mrgreen:

Lá vem o Rutte à feira de Carcavelos ser enganado  ;D
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 27, 2025, 02:43:31 pm
Não sei se ria ou se chore. É mau demais...

Citar
Miguel Silva Machado

Sintese da comunicação de hoje, sem perguntas de jornalistas: Montenegro só admite chegar aos 2% em 2029 e levanta a possibilidade de Cabo Verde aumentar a cooperação e mesmo integrar (?) a NATO; Rutte diz que é preciso gastar mais hoje e diz onde, no espaço aeronaval português.

https://x.com/MglMachado/status/1883880443889811564?t=0Ins8NxB18FubRue-Fu4KQ&s=19

https://www.dn.pt/política/montenegro-disponível-para-antecipar-ainda-mais-meta-de-2-do-pib-para-o-setor-da-defesa
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: mafets em Janeiro 27, 2025, 03:38:33 pm
Vamos mandar os Super Tucano N para Cabo Verde ao abrigo da NATO.  :mrgreen:

Saudações  :mrgreen:

P.S. Cabo Verde na NATO. Só comediantes em Portugal.  :mrgreen:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi.imgur.com%2F8AhP8gj.jpg&hash=f61f573659349e291140b088f34f70eb)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 27, 2025, 04:36:00 pm
O sonso do Montenegro, para além de falar um Inglês sofrível, também não deve ter boa compreensão da língua inglesa. É que as declarações hoje de Mark Rutte não poderiam ter sido mais claras.

https://x.com/SecGenNATO/status/1883910198613672331?t=UV6wINKpeMFpV_OZaHXFmA&s=19
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Janeiro 27, 2025, 06:03:37 pm
O Montenegro está em campanha eleitoral e a necessidade de investimento em Defesa "é problema para depois", como de costume; interessante que na CNN PT, a partir das 15h01m (https://cnnportugal.iol.pt/videos/agora-cnn-14h55-27-de-janeiro-de-2025/6797b45d0cf20ac1d5f2d191 (https://cnnportugal.iol.pt/videos/agora-cnn-14h55-27-de-janeiro-de-2025/6797b45d0cf20ac1d5f2d191)) o jornalista Rolando Santos tenha explicado - finalmente - que Portugal não gasta realmente o que diz e, principalmente no fim, que a Espanha gasta muito mais do que diz... e que basta uma comparação simples entre a situação das duas Forças Armadas.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 27, 2025, 06:05:35 pm
Citar
Montenegro antecipa meta de gastos em Defesa, mas responsável da NATO avisa que "não será suficiente"

Portugal pode antecipar para antes de 2029 a meta dos 2% do PIB em despesas militares, anunciou Luís Montenegro ao lado de Mark Rutte, secretário-geral da NATO, mas este foi muito claro a dizer que isso não chega e que o esforço vai ter de se acentuar.

O primeiro-ministro voltou a admitir, esta segunda-feira, depois de um almoço com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, que Portugal pode antecipar para antes de 2029 a meta de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em despesas militares - o que corresponde a cerca de €700 milhões adicionais ao orçamento da Defesa. Uma intenção insuficiente para o responsável máximo da NATO.

https://expresso.pt/politica/defesa/2025-01-27-montenegro-antecipa-meta-de-gastos-em-defesa-mas-responsavel-da-nato-avisa-que-nao-sera-suficiente-ee2ff0f0?utm_source=expresso&utm_medium=root&utm_campaign=WEB&utm_content=/politica/defesa/2025-01-27-montenegro-antecipa-meta-de-gastos-em-defesa-mas-responsavel-da-nato-avisa-que-nao-sera-suficiente-ee2ff0f0

E Cabo Verde porque carga de água? Cabo Verde é um país onde existem interesses e simpatias pró-russas e chinesas, mas será que o PM não sabe disso?  ::)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Janeiro 27, 2025, 06:22:27 pm
Charlie, para sermos exactos isso também há cá muitos... na Assembleia, Oficiais Generais, etc. E Cabo Verde traz para a NATO o que nós trazemos... geografia.  :mrgreen:   
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Janeiro 27, 2025, 07:50:36 pm
Tanto quanto eu me recordo, a questão de Cabo Verde já foi falada várias vezes, não na possibilidade de ser um estado membro, mas num qualquer programa de colaboração militar. A ideia faz sentido, porque Cabo Verde controla a passagem do Atlantico Norte para o Atlantico Sul.

O que é completamente extemporâneo, é falar desse tema, que só faz sentido no âmbito das estratégias a implementar no que respeita à China.
Agora, com a guerra na Ucrânia, que é o que conta, quera-se ou não, Cabo Verde não serve para nada e apenas mostra um amadorismo do primeiro ministro que é absolutamente assustador.

Não sei se ele tem algum analista militar a ajuda-lo nestas coisas, mas pela qualidade das declarações, se tivesse, eu até apostava quem era ...  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Janeiro 27, 2025, 08:06:40 pm
A "regra básica" da comunicação deve ser "tens que dizer alguma coisa, depois de uma reunião com o SG da NATO"... podia dizer "aproveito para informar que Portugal e os Países Baixos / Bélgica estão a negociar um acordo que vai permitir à MGP ter modernas fragatas ASWF e Crossovers e draga-minas" - resolveu "comunicar" Cabo Verde  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: PereiraMarques em Janeiro 27, 2025, 08:15:18 pm
«(...) designo como assessor do meu Gabinete Marco António Domingos Teresa, Brigadeiro-General do Exército Português».

https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/despacho/5766-2024-865809580
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Janeiro 27, 2025, 08:21:37 pm
Citar
Montenegro antecipa meta de gastos em Defesa, mas responsável da NATO avisa que "não será suficiente"

Portugal pode antecipar para antes de 2029 a meta dos 2% do PIB em despesas militares, anunciou Luís Montenegro ao lado de Mark Rutte, secretário-geral da NATO, mas este foi muito claro a dizer que isso não chega e que o esforço vai ter de se acentuar.

O primeiro-ministro voltou a admitir, esta segunda-feira, depois de um almoço com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, que Portugal pode antecipar para antes de 2029 a meta de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em despesas militares - o que corresponde a cerca de €700 milhões adicionais ao orçamento da Defesa. Uma intenção insuficiente para o responsável máximo da NATO.

https://expresso.pt/politica/defesa/2025-01-27-montenegro-antecipa-meta-de-gastos-em-defesa-mas-responsavel-da-nato-avisa-que-nao-sera-suficiente-ee2ff0f0?utm_source=expresso&utm_medium=root&utm_campaign=WEB&utm_content=/politica/defesa/2025-01-27-montenegro-antecipa-meta-de-gastos-em-defesa-mas-responsavel-da-nato-avisa-que-nao-sera-suficiente-ee2ff0f0

E Cabo Verde porque carga de água? Cabo Verde é um país onde existem interesses e simpatias pró-russas e chinesas, mas será que o PM não sabe disso?  ::)

Deve ser para poder justicar a aquisição dos tucanitos....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 27, 2025, 08:41:10 pm
Cabo verde deve ter mel
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 27, 2025, 09:20:18 pm
O sonso do Montenegro, para além de falar um Inglês sofrível, também não deve ter boa compreensão da língua inglesa. É que as declarações hoje de Mark Rutte não poderiam ter sido mais claras.

https://x.com/SecGenNATO/status/1883910198613672331?t=UV6wINKpeMFpV_OZaHXFmA&s=19

Há uma tentativa clara de fugir ao compromisso, ao dizer que o estado social não pode ser afetado minimamente...
Consta que o Rutte, deu uns alertas ao PM, sobre eventuais/possíveis ações russas na costa portuguesa/mar português, em caso de conflito Rússia/OTAN.
Cps
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: PTWolf em Janeiro 27, 2025, 09:29:46 pm
O sonso do Montenegro, para além de falar um Inglês sofrível, também não deve ter boa compreensão da língua inglesa. É que as declarações hoje de Mark Rutte não poderiam ter sido mais claras.

https://x.com/SecGenNATO/status/1883910198613672331?t=UV6wINKpeMFpV_OZaHXFmA&s=19

Há uma tentativa clara de fugir ao compromisso, ao dizer que o estado social não pode ser afetado minimamente...
Consta que o Rutte, deu uns alertas ao PM, sobre eventuais/possíveis ações russas na costa portuguesa/mar português, em caso de conflito Rússia/OTAN.
Cps

Afirmou-o publicamente ao referir acção russa "nas frageis aguas portuguesas" e nos cabos submarinos
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Ghidra em Janeiro 27, 2025, 09:44:35 pm
Cabo verde deve ter mel
Mel não sei mas o Biden fez uma visita oficial a Cabo Verde , outra a Angola e 0 em Portugal. E o Trump não me parece vá mudar...
Mas tendo em conta que Cabo verde faz a separação entre o oceano nato que é o Atlântico norte e o Atlântico sul que pode ser hostil não me parece é preciso ter mel
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Ghidra em Janeiro 27, 2025, 09:49:05 pm
O sonso do Montenegro, para além de falar um Inglês sofrível, também não deve ter boa compreensão da língua inglesa. É que as declarações hoje de Mark Rutte não poderiam ter sido mais claras.

https://x.com/SecGenNATO/status/1883910198613672331?t=UV6wINKpeMFpV_OZaHXFmA&s=19

Há uma tentativa clara de fugir ao compromisso, ao dizer que o estado social não pode ser afetado minimamente...
Consta que o Rutte, deu uns alertas ao PM, sobre eventuais/possíveis ações russas na costa portuguesa/mar português, em caso de conflito Rússia/OTAN.
Cps

Afirmou-o publicamente ao referir acção russa "nas frageis aguas portuguesas" e nos cabos submarinos
Isso é pk não conhece o NRP tejo nem o jovem NRP Zaire
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Janeiro 27, 2025, 10:36:57 pm
Mais um Russo na CNN...


Jornalistas da treta!!!!
Então a jornalista nem percebeu as mentiras descaradas e contradições que o General afirma?

Se o sr General não percebe patavina de economia não venha dizer asneiras vergonhosas para a TV!!!!
Então a rússia que fez disparar os gastos na defesa para pelo menos 1/3 do Orçamento de Estado (Economia de Guerra sem a menor dúvida), já é um modelo a seguir de crescimento económico (quando desceram todas as despesas com todos os Ministérios, excepto da Defesa), mas os países da NATO aumentarem as despesas com a sua própria segurança já é um disparate porque tem de deixar de investir na Segurança Social......... mas quem é que quer enganar?

Quem é que toma por parvos? E recebe uma avença na TV para dizer estas asneiras!!!!
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Janeiro 27, 2025, 11:00:20 pm
Mais um...


Outro que é pago para dizer disparates!!!!
No entanto registo que ambos os sr Generais usaram o argumento dos cortes nas pensões (Segurança Social), para justificar na opinião deles, que não se deve aumentar os gastos na Defesa!!!!

Mas depois as asneiras continuam..... o Trump exige mais investimento na Defesa para dar à Indústria americana.......
Eu jurava que quem impôs o teto de 2% nos gastos com a Defesa dentro da NATO tinha sido o galardoado com o prémio Nobel da Paz de nome Obama e foi decidido em 2014 por causa....... da Invasão russa ao sul da Ucrãnia!!!!!!

Depois mistura verdades com completas mentiras..... tal e qual como leio de alguns trolls russos aqui todos os dias!!!!! A guerra levou ao aumento da energia.......
O maior responsável pelos preços actuais que paga a Alemanha pela energia é a própria Alemanha, primeiro quando se deixou ficar numa posição de dependência da energia barata russa e depois quando decidiu estupidamente, encerrar as centrais nucleares, a gás e a carvão sem ter alternativas fiáveis para sustentar a sua indústria!!!!!!

Mas o que verdadeiramente admira-me é pagarem a estes seres para virem dizer disparates para a TV!!!!!
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Janeiro 27, 2025, 11:06:43 pm
O sonso do Montenegro, para além de falar um Inglês sofrível, também não deve ter boa compreensão da língua inglesa. É que as declarações hoje de Mark Rutte não poderiam ter sido mais claras.

https://x.com/SecGenNATO/status/1883910198613672331?t=UV6wINKpeMFpV_OZaHXFmA&s=19

Há uma tentativa clara de fugir ao compromisso, ao dizer que o estado social não pode ser afetado minimamente...
Consta que o Rutte, deu uns alertas ao PM, sobre eventuais/possíveis ações russas na costa portuguesa/mar português, em caso de conflito Rússia/OTAN.
Cps

Afirmou-o publicamente ao referir acção russa "nas frageis aguas portuguesas" e nos cabos submarinos

E o que vimos na cara do Montenegro é um sorriso quando o Mark Rutte deixa os recados, como quem pensa para com os seus botões que.... sabe que o actual Governo não vai durar até 2029!!!!!!!
Pode até ser PM mas de outro Governo eleito.

Duvido que o actual Governo aumente de facto os gastos com a Defesa, excepto os aumentos salariais anuais.........
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 28, 2025, 07:42:28 am
Como se o blackhill ou outro qualquer se preocupassem com os cabos submarinos
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 28, 2025, 09:30:58 am
Intervenção completa do Secretário-Geral da NATO ontem em Lisboa.

https://www.nato.int/cps/en/natohq/news_232563.htm?selectedLocale=en
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Janeiro 28, 2025, 10:43:39 am
Já estou a ver o secretário-geral da NATO a entregar uma notinha manuscrita ao Trump sobre os países que ele pode mencionar e dizer que vão ser sujeitos a sanções ...

O primeiro-ministro de Portugal, nas atuais circunstâncias tem que aceitar o aumento das despesas e considerar que vamos ter que fazer sacrificios e que o país não pode continuar numa situação catastrófica no que respeita à sua capacidade de defesa.

Tem que o declarar, mesmo que seja tudo mentira.






Esta trapalhada faz lembrar a Coroa Hispânica de Filipe II, Filipe III e Filipe IV.
Os países que constituiam a monarquia estavam lá por interesses próprios.
Quando Filipe II foi coroado rei de Portugal, a principal razão da aceitação (além do dinheiro prometido) foi a promessa de ajuda na defesa dos territórios de Além-mar.

A coisa foi mais ou menos durante o reinado de Filipe II, tudo começou a apodrecer durante o reinado de Filipe III, e quase no fim deste reinado começou a guerra dos trinta anos.

É aí, como resultado da guerra dos trinta anos, que os territórios portugueses começaram a ser atacados.
Estávamos tão dependentes da certeza de que bastava pedir auxilio a Madrid, para que eles mandassem apoio, que nada estava defendido.

Quando a guerra começou e ao mesmo tempo acabou a trégua com a Holanda, todo o nordeste brasileiro caiu como um castelo de cartas. E a declaração de independência em 1640 não alterou nada, porque os holandeses e ingleses aproveitaram a situação para abocanhar mais.

O Império Espanhol (por muito que os espanhóis não gostem) era uma espécie de União Europeia e NATO ao mesmo tempo, em que pequenos estados aceitaram o rei, para que  se pudessem defender dos seus vizinhos.
Quando o dinheiro da América, que sustentava as despesas da coroa acabou, foi tudo pelo cano.
A solução foi obrigar toda a gente a pagar impostos e a sustentar um exército da coroa...
Todos sabemos o que aconteceu ...

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 28, 2025, 10:50:49 am
Pior que tudo, foi o PM tentar ludribiar, ao falar da % média de gastos pelos países da NATO, sempre a tentar que os outros paguem por nós.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 28, 2025, 11:51:37 am
(https://c026204.cdn.sapo.io/1/c026204/cld-thumb/1426522730/6d77c9965e17b15/7da53bb7946539e7b6ec9b6e6e2a7874/henricartoon/2025/de1%20(1).jpg?size=xl)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 28, 2025, 11:52:02 am
Pior que tudo, foi o PM tentar ludribiar, ao falar da % média de gastos pelos países da NATO, sempre a tentar que os outros paguem por nós.

Uma tradição que já vem de longe
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Malagueta em Janeiro 28, 2025, 12:57:09 pm
A visita do Sr  Rutte, teve algum efeito, fora os políticos, e os dois artistas( que já colocaram aqui fotos ).

Ontem os canais de informação, e os seus analistas, comentadores etc, falavam todos da necessidade de se falar de "gastos em defesa" para se falar em " investimento em defesa" entre muitas outras coisas validas para a nossa defesa e segurança, proteção dos nossos interesses estratégicos e até na extensão da plataforma continental.

https://cnnportugal.iol.pt/nato/defesa/ha-uma-ameaca-muito-seria-e-portugal-e-a-retaguarda-num-conflito-com-a-russia-por-isso-a-nato-veio-a-lisboa-fazer-pressao/20250127/6797d689d34e3f0bae99b714

L
Citar
uís Montenegro prometeu chegar aos 2% até... 2029. Há quem diga que "não vai ser suficiente". É que a ameaça russa "pode parecer longíqua", mas "não é"
1,55% do PIB: isto é o que gasta Portugal em Defesa. 3%: é o que o secretário-geral da NATO quer que o país gaste. 5%: foi o número que Donald Trump avançou como objetivo na NATO. Mas o primeiro-ministro, Luís Montenegro, fica-se pelos 2% até 2029, altura em que esse número já não deverá ser o mínimo exigido. Mas que diferença pode fazer Portugal chegar aos 2% de Defesa?

“Pode fazer uma grande diferença, porque Portugal no contexto da NATO tem uma importância muito relevante”, garante o major-general Isidro de Morais Pereira. Embora esteja “mais longe do inimigo”, o país é, diz, "muito importante no contexto do combate”.

O especialista militar e comentador da CNN Portugal avisa que existe “uma ameaça muito séria” à segurança mundial e que a localização geográfica de Portugal pode levar o país a desempenhar um papel essencial num possível conflito. “Portugal tem uma posição estratégica privilegiada, porque é a fachada europeia imediatamente em frente à fachada norte-americana. Portanto, os reforços norte-americanos vindos do outro lado do Atlântico entram na Europa através de Portugal, que é o caminho mais curto”, começa por explicar, sublinhando também o interesse russo na costa portuguesa.

 continua: “Portugal funciona como uma zona de comunicações de um teatro de operações. Se houver uma ameaça séria da Federação Russa, nós não temos um inimigo que é só Federação Russa - passa a ser a Federação Russa mais 800 mil homens endurecidos pelo combate, se conquistar a Ucrânia e depois temos os aliados, como a China e a Coreia do Norte”. E, alerta, “podemos ter já amanhã algo que pode ser muito sério, pode ser uma ameaça muito séria à nossa segurança”.

Num cenário desses, Portugal seria a “retarguarda”, que é crucial para um conflito. “A guerra não se faz só nas frentes, ganha-se muitas vezes protegendo a retaguarda e atacando a retaguarda do inimigo e nós somos a retaguarda, somos o ponto que recebe os reforços vindos do outro lado do Atlântico”, garante.

Por outro lado, José Azeredo Lopes garante que Portugal chegar aos 2% do PIB em Defesa não faria uma especial diferença. “A pressão já existe há muito tempo para se atingir os 2%, que de facto não representam nada do ponto de vista das capacidades. Ninguém me convence que se todos os Estados estiverem a 2% a Europa está defendida”, aponta José Azeredo Lopes.

No ano passado, 23 países-membros da Aliança Atlântica comprometeram-se a chegar aos 2% do PIB em Defesa. “Se antes era um compromisso político, transformou-se numa obrigação assumida pelos Estados”, diz, explicando que tal “não quer dizer que sejam responsabilizados por não assumir os 2%". " Estamos a falar de uma consequência mais política do que jurídica hoje em dia”, diz. Olhando para trás, Portugal é um dos oito de 32 membros que ainda não cumprem o mínimo.

m conjunto, os Estados-membros da União Europeia já investem 2% do seu produto na Defesa, conforme confirmou esta segunda-feira o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, numa visita a Portugal. Ainda assim, “ninguém se atreveria a dizer que já estão capazes de dizer que estamos devidamente defendidos”, garante Azeredo Lopes

Para o comentador da CNN Portugal, “o problema é que estamos sistematicamente a falar de gasto financeiro”. E “muito mais do que gastar muito dinheiro, as questões da mobilidade militar e de adaptar infraestruturas são fundamentais”. É preciso, garante Azeredo Lopes, “investir o suficiente para estarmos defendidos contra um agressor mas sobretudo para que esse potencial agressor hesite”

Para Azeredo Lopes, é “evidente que Rutte tem de fazer pela vida como representante máximo da NATO”, que “tem de dar um sinal o mais evidente possível de que os Estados europeus querem mesmo investir em Defesa”. Mas “o problema é que não estamos integrados nas nossas capacidades, porque Portugal pode comprar uma arma no país A, a França pode fazê la”.

“Estamos a investir em paralelo mas temos muitos poucos vasos comunicantes – a interoperabilidade é muito baixa. Não é culpa da NATO. Tinha de haver uma decisão política fundamental que juntasse alguns dos principais países a desenvolver indústria da defesa sozinha, de desenvolver capacidade. Bate sempre num muro. Os Estados europeus não estão preparados”, garante Azeredo Lopes.

Enquanto isto Donald Trump fala em atingir os 5%, um valor não alcançado por ninguém, nem mesmo pela Polónia, o Estado que mais investe, com 4,12% do orlamento anual. Entre o valor que tem gerado várias críticas e os 2%, os EUA pressionam para que seja possível “negociar a 3,5%”, diz Azeredo Lopes. E, acrescenta, a União Europeia "não sabe bem o que fazer”. “Podemos estar a discutir até ao fim dos tempos 2%, 3%, 4%, 5%, 10% do PIB que o resultado vai ser sempre o mesmo”, admite.

O secretário-geral da NATO esteve em Portugal esta segunda-feira, onde se encontrou com o Presidente da República e o primeiro-ministro. Mark Rutte defende que canalizar 2% do PIB de cada Estado-membro já não é suficiente para a Defesa da Europa, em linha com o que já afirmou o presidente dos EUA.

“Temos de continuar a adaptar-nos, temos de aumentar os nossos esforços e as nossas despesas. O objetivo de 2% [do Produto Interno Bruto] não vai ser suficiente”, garantiu, avisando que a ameaça russa “pode parecer longínqua”. Mas acrescentou: “Asseguro-vos que não é”.

Portugal "investe loucuras" mas é "incompreendido"
“Gosta-se muito de insinuar a ideia que o país do sul é preguiçoso”, constata Azeredo Lopes, comparando os gastos dos países do Norte com os do Sul em Defesa. Por exemplo, no Sul, França gasta 2.06% do PIB em Defesa, Itália dedica 1,49% e Espanha contribui com 1,28%. Por outro lado, mais a Norte, a Estónia dedica 3,43% do PIB à Defesa, a Letónia gasta 3,15% e a Lituânia contribui com 2,85%.

O que explica os valores díspares é, para os especialistas ouvidos pela CNN Portugal, a proximidade com a “grande ameaça” que é a Rússia, sendo que quanto mais a Norte mais um país gasta em Defesa. “Imagine-se que a Rússia era a Espanha. Não gastávamos 3% ou 4%? Claro que gastávamos”, garante Azeredo Lopes.

“O que nos leva a não estar tão preocupados com a questão da Defesa é estarmos mais longe. Sentimo-nos mais protegidos e gastamos menos”, concorda o major-general Isidro de Morais Pereira.

O especialista militar acredita que hoje em dia “as pessoas olham para o investimento na Defesa como um gasto”. “Preferem que se aplique dinheiro nos hospitais, nas pensões, no sistema de apoio social. Mas a verdade é que os grandes objetivos dos Estados-nação são a segurança e depois o progresso e o bem-estar. Não há progresso e bem-estar se não houver segurança”, diz.

O major-general Isidro de Morais Pereira denuncia ainda o “erro” das figuras políticas. “Esta palavra de gastar na Defesa tem de ser retirada do discurso dos políticos. Enquanto os nossos políticos continuarem a referir-se à Defesa como um gasto, a população não vai aderir. A população tem de perceber que temos de investir na Defesa porque os tempos assim o exigem. E Portugal tem de cumprir com a sua parte”, reforça.

Por sua vez, o comentador Azeredo Lopes fala, contudo, numa “incompreensão” para com os países que gastam menos. “Os países do sul, como França, Espanha, Itália e até Portugal - tem sempre fama de ser pouco gastadores, mas dão um contributo maior muito do que outros Estados nas missões da NATO, mas ninguém liga a isso”, sublinha.

É o caso de Portugal, que “investe loucuras na República Centro-Africana”. “A pressão sobre países do Sul transmite uma ideia muito injusta de que países do Sul não contribuem com nada. É esta incompreensão recíproca que leva a esta acrimónia. ‘Vocês não pagam, vocês têm de pagar mais’. É injusto para países do Sul, mas também não ajuda a querer fazer coisas no futuro”, avisa Azeredo Lopes.





outro exemplo ...

https://observador.pt/programas/contra-corrente/sera-que-um-dia-vamos-mesmo-acabar-a-falar-russo/
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: mafets em Janeiro 28, 2025, 12:58:51 pm
Só os 330 milhões que as fundações mamam por ano já dava para ir para a defesa. E muitas têm dupla e tripla factoração. Mas  deve ser a bem do estado social, como uma na Madeira que só organiza beberetes e festarolas.  :mrgreen:

Saudações  :mrgreen:


P.S. O que  a aquisição de aparelhos de instrução como o ST N, colocou em causa o estado Social? Compravam 6, justificando o serem feitos em Portugal e com os restantes 100 milhões substituam os Falcon, com um qualquer modelo Embraer adaptado para nós. Ou cá para o burgo só se pode desenvolver o ST N? Imagino a cara do home da NATO, quando lhe dissemos que compramos os ST N para ir dar tiros para Africa.  :mrgreen:

 (https://emfa.pt/paginas/fap/ficheiros/noticias/2024/12/supertucano2.jpg)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 28, 2025, 04:49:05 pm
Custa dizer isto mas era preciso que os russos viessem por aí abaixo à reboleta para esta gente acordar

Portugal é o mongolóide da NATO ( sem querer ofender esses coitados que não têm culpa nenhuma), um estorvo, o menino especial da turma.

Mais valia vender "isto" a alguém ( se é que existem interessados)

Um sketch dos Monty Python, como escrevi noutro tópico, transvestido de uma amostra de país. É impressionante como a mediocridade conseguiu florescer tanto num território tão pequeno.

A gente é que se chateia, e não vale a pena!
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 29, 2025, 12:00:24 am
https://observador.pt/especiais/marcelo-e-montenegro-avisaram-rutte-em-privado-que-nao-vao-seguir-exigencias-de-trump-nem-ideias-do-almirante/

https://observador.pt/2025/01/28/marcelo-considera-que-governo-teve-bom-senso-ao-nao-fixar-data-para-2-do-pib-com-defesa/

Tudo dito aqui nesta choldra do estado social !  ::)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Janeiro 29, 2025, 12:03:57 am
Citação de: P44
Custa dizer isto mas era preciso que os russos viessem por aí abaixo à reboleta para esta gente acordar

O problema, como se tem dito e redito neste fórum tantas vezes ao longo das ultimas décadas, é que os russos não precisam vir por aí abaixo.

Os russos só precisam de chegar lá abaixo, para cortarem os cabos submarinos.
É mais difícil cortar cabos no Atlântico que no Báltico, isso é verdade, porque é muito mais profundo, mas os russos têm capacidade para o fazer.

O país precisava ter pelo menos uma dúzia de NPO's que para este tipo de ação que é militar e não de policiamento tinham forçosamente que estar minimamente armados com uma qualquer arma que pudesse levar os russos a pensar duas vezes.

Não conseguimos produzir NPO's em número e nem os navios estão armados para mais que operações de policiamento.
Não se pode ameaçar um, navio "cientifico" russo com uma metralhadora 12.7mm
Provavelmente a bordo eles têm armas capazes de fazer o NPO fugir.

Logo, o país está reduzido a duas ou três fragatas e não tem capacidade de patrulha de combate.
Resta neste momento a Força Aérea e não são os F-16, mas sim os P3.

Fiquei a saber que os preços de equipamentos novos está entre duas a três vezes acima do que era antes do inicio da guerra da Ucrânia.
Um PzH-2000 alemão de 155mm, está neste momento a custar 18 milhões de Euros cada unidade.
E com entrega de aqui a pelo menos dois anos.

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 29, 2025, 07:20:44 am
https://observador.pt/especiais/marcelo-e-montenegro-avisaram-rutte-em-privado-que-nao-vao-seguir-exigencias-de-trump-nem-ideias-do-almirante/

https://observador.pt/2025/01/28/marcelo-considera-que-governo-teve-bom-senso-ao-nao-fixar-data-para-2-do-pib-com-defesa/

Tudo dito aqui nesta choldra do estado social !  ::)

Que miséria...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Malagueta em Janeiro 29, 2025, 10:57:00 am
Outra coisa não seria de esperar, alias o nosso presidente de republica, faz parte da elite politica desde do tempo do estado novo. O nosso mal não é de agora é muito antigo e não nos conseguimos libertar destas elites que nos fazem ser pequenos.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Janeiro 29, 2025, 04:09:42 pm
https://observador.pt/especiais/marcelo-e-montenegro-avisaram-rutte-em-privado-que-nao-vao-seguir-exigencias-de-trump-nem-ideias-do-almirante/

https://observador.pt/2025/01/28/marcelo-considera-que-governo-teve-bom-senso-ao-nao-fixar-data-para-2-do-pib-com-defesa/

Tudo dito aqui nesta choldra do estado social !  ::)

Que miséria...

Acho muito bem que não sigam a agenda do Trump no que concerne ao aumento para 5% das despesas de Defesa. Seria uma decisão muito má, sem estarmos na iminência de sermos invadidos ou de um conflito aberto na Europa com a Rùssia.  E entre os 0,85% actuais e essa patamar utópico que nem os EUA atingem (e não comparemos as necessidades de defesa dos EUA com o resto do mundo....) vai uma grande dsitància.

Mas o argumento de LM, com o apoio idiota de MRS é a todos os títulos lamentável. A resposta dada nada tem a ver com 'contas certas' ou seja lá o que for. Até porque "contas certas" num cenário de agressão declarada é argumento que seria estulto para apresentar.

A grande questão prende-se com o "poder". Ou melhor, com a manutenção do mesmo. LM sabe que não chegará ao final da legislatura, E por isso precisa de distribuir dinheiro a torto e a direito, justa ou injustamente.
Precisa de apresentar obra, atribuir sinecuras e mordomias diversas, remunerar grupos de pressão próximos. Enfim, o costume.
TUdo isso custa muito dinheiro e tudo isso é incompatível com os 5 ou 4%. Com sorte chegaremos dentro de 3 anos aos 3%.
Escrevam o que vos digo....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 29, 2025, 04:55:54 pm
3% daqui a 3 anos? Quanto optimismo
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Janeiro 29, 2025, 05:06:20 pm
Epá cuidado com o uso do "LM" para o Luís Montenegro... fiquei uns momentos "à nora" do que tinha feito a "todos os títulos lamentável".  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Janeiro 29, 2025, 05:21:51 pm
3% daqui a 3 anos? Quanto optimismo

"Com sorte", disse eu....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Janeiro 29, 2025, 05:22:55 pm
Epá cuidado com o uso do "LM" para o Luís Montenegro... fiquei uns momentos "à nora" do que tinha feito a "todos os títulos lamentável".  :mrgreen:

hahaaha..... Obrigado pelo aviso, não repetirei o erro!!!!  :D :D
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Janeiro 29, 2025, 06:47:00 pm
https://observador.pt/especiais/marcelo-e-montenegro-avisaram-rutte-em-privado-que-nao-vao-seguir-exigencias-de-trump-nem-ideias-do-almirante/

https://observador.pt/2025/01/28/marcelo-considera-que-governo-teve-bom-senso-ao-nao-fixar-data-para-2-do-pib-com-defesa/

Tudo dito aqui nesta choldra do estado social !  ::)

O Montenegro sabe que não fica até ao fim do mandato!

Mas ontem, o Ricardo Costa (irmão do ex-PM), com o qual até nem concordo geralmente no que afirma (é um socialista!), mas referiu um aspecto que acho que Portugal devia seguir e que serviria como plano B!
Que ninguém tenha dúvidas que o Mark Rutte vai fazer queixinhas ao Trump do nosso desprezo com que olhamos para o aumento do investimento na Defesa.

Os nossos políticos não perceberam que a cúpula da NATO já não quer saber dos 2% do PIB em investimento da Defesa, para nada! Agora querem mais do que isso, entre 3 e 5%.

Antes de sermos ameaçados pelo cabeça laranja em público, porque neste momento estamos no grupo dos 8 países que menos investe em Defesa em toda a NATO, devíamos já pensar num plano B, acordado entre o Montenegro e o PNS, mais ousado do que que temos agora, de atingirmos apenas 2% até 2029!!!! De preferência a apontar para os 3% e de como pretendemos lá chegar.

Outra coisa que também não percebo é esse conceito de contas certas em contabilidade pública. É caso para perguntar ao políticos "experts" em economia, se antes tinhamos contas erradas, apresentem elas um déficite ou um superávite  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Janeiro 30, 2025, 01:12:26 am
https://expresso.pt/internacional/uniao-europeia/2025-01-29-costa-admite-que-ue-va-alem-de-2-na-defesa-mas-avisa-lider-da-nato-cortes-sociais--nao-e-o-melhor-argumento-para-convencer-os-cidadaos-b1a7bbd4

Não sei se ria ou chore....  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 30, 2025, 06:43:21 am
Epá cuidado com o uso do "LM" para o Luís Montenegro... fiquei uns momentos "à nora" do que tinha feito a "todos os títulos lamentável".  :mrgreen:

Bem me parecia que a culpa era tua
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 30, 2025, 06:44:29 am
https://expresso.pt/internacional/uniao-europeia/2025-01-29-costa-admite-que-ue-va-alem-de-2-na-defesa-mas-avisa-lider-da-nato-cortes-sociais--nao-e-o-melhor-argumento-para-convencer-os-cidadaos-b1a7bbd4

Não sei se ria ou chore....  :mrgreen:


Do bosta não se podia esperar mais
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 30, 2025, 04:21:13 pm
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Portugal taken to task over minimal defense spending rise amid Russian menacing
By John Vandiver
Stars and Stripes • January 28, 2025

NATO ally Portugal is doubling down on its intent to raise defense spending only slightly, even as leaders in the bloc warn of the dangers from Russian long-range bombers to a country that hosts a strategic U.S. airfield.“The threats from Russia may seem distant, but let me assure you, it is not,” NATO Secretary-General Mark Rutte said Monday, speaking alongside Portuguese Prime Minister Luis Montenegro. “Russian ships and long-range bombers menace the Portuguese coast.”

Rutte’s visit to Lisbon came as pressure intensifies on NATO to meet U.S. President Donald Trump’s demands for big increases in defense spending. Last week, Trump called on allies to boost levels from the current benchmark of 2% of gross domestic product to 5%. But Portugal falls short of even the 2% mark, which it says it won’t reach until 2029. That’s five years later than a deadline imposed by NATO in 2014 that said members should be at 2% by 2024.

Allies closer to Russia’s border have been quicker to elevate defense outlays, but southern European countries such as Italy, Spain and Portugal, all of which have U.S. military bases and sites on their territory, have lagged. The Azores, a chain of Portuguese islands in the Atlantic Ocean, are where the U.S. Air Force maintains Lajes Field, a logistics hub for American and allied forces.

For Rutte, the central challenge of his term as NATO’s top official will be getting allies reluctant to go big on defense spending to showcase more urgency on an issue that will dominate Trump’s approach to the alliance. In Lisbon, Rutte told Montenegro that the allies need to prepare for larger defense spending commitments “to guarantee our security in the future.” Montenegro said Monday that there was a possibility his country could speed up the timetable for getting to the 2% target.

During Trump’s first term, laggard defense spending by Germany was one reason Trump cited in calling for the withdrawal of 12,000 U.S. troops from that country. Lajes Field, hosted on a Portuguese air base, is home to the 65th Air Base Group. The location has the ability to act as a power projection platform for bombers and fighters and also serves as a refueling stopping point.

https://www.stripes.com/theaters/europe/2025-01-28/nato-lajes-portugal-trump-16626150.html
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Janeiro 30, 2025, 10:12:33 pm
Citar
Portugal taken to task over minimal defense spending rise amid Russian menacing
By John Vandiver
Stars and Stripes • January 28, 2025

NATO ally Portugal is doubling down on its intent to raise defense spending only slightly, even as leaders in the bloc warn of the dangers from Russian long-range bombers to a country that hosts a strategic U.S. airfield.“The threats from Russia may seem distant, but let me assure you, it is not,” NATO Secretary-General Mark Rutte said Monday, speaking alongside Portuguese Prime Minister Luis Montenegro. “Russian ships and long-range bombers menace the Portuguese coast.”

Rutte’s visit to Lisbon came as pressure intensifies on NATO to meet U.S. President Donald Trump’s demands for big increases in defense spending. Last week, Trump called on allies to boost levels from the current benchmark of 2% of gross domestic product to 5%. But Portugal falls short of even the 2% mark, which it says it won’t reach until 2029. That’s five years later than a deadline imposed by NATO in 2014 that said members should be at 2% by 2024.

Allies closer to Russia’s border have been quicker to elevate defense outlays, but southern European countries such as Italy, Spain and Portugal, all of which have U.S. military bases and sites on their territory, have lagged. The Azores, a chain of Portuguese islands in the Atlantic Ocean, are where the U.S. Air Force maintains Lajes Field, a logistics hub for American and allied forces.

For Rutte, the central challenge of his term as NATO’s top official will be getting allies reluctant to go big on defense spending to showcase more urgency on an issue that will dominate Trump’s approach to the alliance. In Lisbon, Rutte told Montenegro that the allies need to prepare for larger defense spending commitments “to guarantee our security in the future.” Montenegro said Monday that there was a possibility his country could speed up the timetable for getting to the 2% target.

During Trump’s first term, laggard defense spending by Germany was one reason Trump cited in calling for the withdrawal of 12,000 U.S. troops from that country. Lajes Field, hosted on a Portuguese air base, is home to the 65th Air Base Group. The location has the ability to act as a power projection platform for bombers and fighters and also serves as a refueling stopping point.

https://www.stripes.com/theaters/europe/2025-01-28/nato-lajes-portugal-trump-16626150.html

Foi rápido, caramba! Já devia estar no prelo quando da visita do Rutte.
A questão agora é o que é que Portugal fará - acho que não dá para empurrar mais com a barriga este dossier, como tanto gostamos de fazer por cá....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: PTWolf em Janeiro 30, 2025, 10:32:59 pm
Portugal o que fará é simples, atingir os 2% de investimento em defesa para dizer que está a cumprir os minimos olimpicos.
Não o pode é fazer em 2030 como diz o PM mas começar esse investimento para ontem. Alias já deveria ter começado aquando da invasão da Ucrania....

Os Estados Unidos investem quanto? Nem 3,4% do que me recordo... atrás da Polónia por exemplo... e sem considerar que grande parte do investimento é retornado em termos geopoliticos e de venda de armamento.

https://www.aljazeera.com/news/2024/7/11/how-much-does-each-nato-country-spend-in-2024 (https://www.aljazeera.com/news/2024/7/11/how-much-does-each-nato-country-spend-in-2024)

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Janeiro 30, 2025, 11:48:21 pm
Portugal o que fará é simples, atingir os 2% de investimento em defesa para dizer que está a cumprir os minimos olimpicos.
Não o pode é fazer em 2030 como diz o PM mas começar esse investimento para ontem. Alias já deveria ter começado aquando da invasão da Ucrania....

Os Estados Unidos investem quanto? Nem 3,4% do que me recordo... atrás da Polónia por exemplo... e sem considerar que grande parte do investimento é retornado em termos geopoliticos e de venda de armamento.

https://www.aljazeera.com/news/2024/7/11/how-much-does-each-nato-country-spend-in-2024 (https://www.aljazeera.com/news/2024/7/11/how-much-does-each-nato-country-spend-in-2024)

Sim, claro! Aliás, num país com FA's com tantas carèncias e lacunas, seguramente que não haverá nenhum problema na identificação de equipamentos a adquirir e capacidades a edificar.

E não deveríamos ficar pelos 2%. Mas em simultâneo também se devia trabalhar na criação de capacidades industriais nacionais que pudessem abastecer as NT e aumentar o impacto na aconomia e emprego. E deixarmo-nos das tretas do duplo-uso, que já me deixa com urticária.

Mas podia-se e devia-se pensar, por exemplo, no desenvolvimento de drones armados, em loitering ammunitions, em sistemas de guerra electrónica anti-drone, na concepção e produção de RWS, munições diversas. etc, etc.
O que há de bom num país que descurou tanto a sua Defesa é que há todo um mar de oportunidades que podemos e devemos agarrar! 
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Janeiro 31, 2025, 07:36:52 am
É comprar tucanitos em número suficiente até atingir 2% do PIB.  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Janeiro 31, 2025, 10:26:26 am
É comprar tucanitos em número suficiente até atingir 2% do PIB.  :mrgreen:

Mesmo assim serão sempre insuficientes, que aquilo é como os preservativos. "one size fits all"...  :mrgreen: :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 31, 2025, 12:09:30 pm
 ::)

Citar
Nuno Melo finaliza novo Conceito de Defesa: Rússia vai deixar de ser “parceiro estratégico”
Ministro está a semanas de entregar o novo Conceito Estratégico de Defesa Nacional. Quando ao aumento das despesas militares, Portugal espera para ver

30 janeiro 2025    22:57
Vítor Matos - Jornalista

O Conceito Estratégico de Defesa Nacional (CEDN) que está em vigor — documento orientador do posicionamento de Portugal no mundo, do qual emana a doutrina e a organização militar —, é de 2013 e ainda apresenta a Rússia como um “parceiro estratégico” da NATO. Mas, passados três anos da invasão da Ucrânia, finalmente vai mudar: o ministro da Defesa tem “praticamente concluído” um novo texto, que “nas próximas semanas” deverá fazer chegar ao Parlamento, garantiu Nuno Melo ao Expresso.

https://expresso.pt/politica/2025-01-30-nuno-melo-finaliza-novo-conceito-de-defesa-russia-vai-deixar-de-ser-parceiro-estrategico-b77fcf0c?utm_source=expresso&utm_medium=category&utm_campaign=WEB&utm_content=/politica/2025-01-30-nuno-melo-finaliza-novo-conceito-de-defesa-russia-vai-deixar-de-ser-parceiro-estrategico-b77fcf0c
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Janeiro 31, 2025, 12:15:16 pm
Andam há anos a praticamente concluir esta coisa......

Até porque se não estou em erro é suposto ser atualizado a cada dez anos

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Janeiro 31, 2025, 04:03:25 pm
O que me deixa estupefacto (ou talvez não), é como é que o CEDN ainda em vigor remonta a 2013. No ano seguinte a Rússia invadiu e anexou a península da Crimeia, 8 anos depois iniciou a tentativa de invasão do restante território ucraniano, e só agora é que estará pronta a revisão do documento que define e orienta as prioridades do Estado Português em matéria de defesa? É tudo mau demais. :bang:

Mais uma prova de que as Forças Armadas são o parente pobre das prioridades políticas, o enteado enjeitado que só traz incómodo e chatices.

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Janeiro 31, 2025, 08:35:33 pm
O que me deixa estupefacto (ou talvez não), é como é que o CEDN ainda em vigor remonta a 2013. No ano seguinte a Rússia invadiu e anexou a península da Crimeia, 8 anos depois iniciou a tentativa de invasão do restante território ucraniano, e só agora é que estará pronta a revisão do documento que define e orienta as prioridades do Estado Português em matéria de defesa? É tudo mau demais. :bang:

Mais uma prova de que as Forças Armadas são o parente pobre das prioridades políticas, o enteado enjeitado que só traz incómodo e chatices.
Só começaram em 2022
https://www.portugal.gov.pt/pt/gc23/comunicacao/noticia?i=novo-conceito-estrategico-de-defesa-devera-clarificar-a-visao-sobre-o-nosso-lugar-no-mundo

Gostava de saber quem são estes:
" e personalidades de relevo nacional."
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Janeiro 31, 2025, 09:12:10 pm
::)

Citar
Nuno Melo finaliza novo Conceito de Defesa: Rússia vai deixar de ser “parceiro estratégico”
Ministro está a semanas de entregar o novo Conceito Estratégico de Defesa Nacional. Quando ao aumento das despesas militares, Portugal espera para ver

30 janeiro 2025    22:57
Vítor Matos - Jornalista

O Conceito Estratégico de Defesa Nacional (CEDN) que está em vigor — documento orientador do posicionamento de Portugal no mundo, do qual emana a doutrina e a organização militar —, é de 2013 e ainda apresenta a Rússia como um “parceiro estratégico” da NATO. Mas, passados três anos da invasão da Ucrânia, finalmente vai mudar: o ministro da Defesa tem “praticamente concluído” um novo texto, que “nas próximas semanas” deverá fazer chegar ao Parlamento, garantiu Nuno Melo ao Expresso.

https://expresso.pt/politica/2025-01-30-nuno-melo-finaliza-novo-conceito-de-defesa-russia-vai-deixar-de-ser-parceiro-estrategico-b77fcf0c?utm_source=expresso&utm_medium=category&utm_campaign=WEB&utm_content=/politica/2025-01-30-nuno-melo-finaliza-novo-conceito-de-defesa-russia-vai-deixar-de-ser-parceiro-estrategico-b77fcf0c

O resto da notícia:


Citar
O anterior Governo chegou a ter as grandes opções do novo CEDN prontas, depois de um longo trabalho de uma ‘comissão de sábios’ coordenada pelo ex-ministro Nuno Severiano Teixeira, mas a proposta caiu com a dissolução do Parlamento. O novo Conceito, explica Melo, “parte da versão anterior”, apresentada pela então ministra Helena Carreiras, mas será atualizada: “Entretanto, o mundo mudou com o agravamento da situação no Médio Oriente, a imprevisibilidade política dos Estados Unidos, todos os equilíbrios do pós-guerra postos em causa, e os canais multilaterais enfraquecidos, como a mediação institucional das Nações Unidas”, justifica.

Para proceder a esta atualização, o ministro solicitou mais “contributos a especialistas na área da Defesa”, que o ajudaram a reforçar a ideia de que “a velha ordem está a ser questionada”, explica Nuno Melo. O PS, que, na semana passada, apresentou um projeto de resolução a pressionar o Governo para rever o CEDN não deverá ser um obstáculo num tema tradicional de consenso ao centro, quando a Bússola Estratégica da União Europeia foi aprovada há dois anos e o novo Conceito Estratégico da NATO há três. No seu texto, os socialistas escrevem que o mundo assistiu “nos últimos anos a uma profunda alteração do ambiente securitário internacional, com a emergência de novas dinâmicas caracterizadas por fortes tensões geopolíticas que condicionam a segurança e a defesa de Portugal, da Europa e da Aliança Atlântica”.

Depois de as grandes opções serem aprovadas no Parlamento, cabe ao Governo aprovar o CEDN através de uma resolução do Conselho de Ministros que tenha em conta a versão viabilizada pelos deputados.

Defesa e construção
Essas “fortes tensões geopolíticas” que pairam sobre a Europa, terão consequências não só no conceito de Defesa do país, mas também na necessidade de mais investimento. Esta segunda-feira, porém, quando o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, visitou Lisboa para pressionar o Governo a gastar mais — porque “o objetivo de 2%, estabelecido há uma década, não será suficiente para responder aos desafios do futuro”, disse o neerlandês —, Luís Montenegro não se comprometeu uma meta superior, que deverá chegar aos 3% do PIB na próxima Cimeira da Aliança Atlântica, em junho.

O primeiro-ministro anunciou a possibilidade de antecipar os gastos de 2% do PIB para antes de 2029, o que implica dar mais €700 milhões à Defesa, mas só depois de conhecer as conclusões do trabalho da task force que junta os ministérios da Defesa, Economia, Negócios Estrangeiros e Finanças “com vista a tornar mais atrativo e exequível o projeto de reforço da nossa capacidade produtiva e industrial”, afirmou Montenegro, colocando o enfoque na economia da defesa.

Para já, Luís Montenegro quer “reforçar o investimento em Defesa sem colocar minimamente em causa o equilíbrio financeiro” nem o Estado social, e sublinhou a posição idêntica do líder do PS. Depois da atenção inicial dada aos militares com o aumento dos subsídios e dos salários em algumas categorias, o investimento deverá ser reforçado sobretudo na área da habitação e dos melhoramentos das instalações para tornar a opção pela vida castrense mais atrativa.

Com um conselho europeu informal para a semana, em que estas matérias estarão em cima da mesa, o Governo espera para ver, antes de se comprometer com mais despesa. Na frente europeia, tanto Itália como o comissário Andrius Kubilius, que tem a pasta da Defesa, já admitiram que as despesas militares poderiam deixar de contar para o défice, mas estão isolados nessa posição. Questionado sobre o assunto numa entrevista ao jornal “Politico.eu” em dezembro, o ministro das Finanças Joaquim Miranda Sarmento disse que Bruxelas devia adaptar as regras considerando os cenários de “guerra ou de crise”, e que estas deviam “acomodar os ciclos económicos e os problemas comuns a grande parte dos países da UE”.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Janeiro 31, 2025, 10:17:18 pm
Este Vítor Matos faz um bom trabalho
Dos poucos na área
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Fevereiro 01, 2025, 02:40:16 am
Mais uma pessoa a confirmar que o nosso PM e também o MRS, não perceberam a intenção da visita do Mark Rutte a Portugal!!!!!

https://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/detalhe/mark-rutte-vai-ver-quem-fez-os-trabalhos-de-casa

A não ser que o Montenegro esteja a fazer contas de não estar no Governo quando o cabeça laranja nos ameaçar em público!!!!!!
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 01, 2025, 08:39:02 am
Mais uma pessoa a confirmar que o nosso PM e também o MRS, não perceberam a intenção da visita do Mark Rutte a Portugal!!!!!

https://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/detalhe/mark-rutte-vai-ver-quem-fez-os-trabalhos-de-casa

A não ser que o Montenegro esteja a fazer contas de não estar no Governo quando o cabeça laranja nos ameaçar em público!!!!!!

Deve ser mais uma "sábia", estilo Maria Castelo branco, dondocas que vivem nas bolhas dos seus condomínios privados
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 01, 2025, 12:09:08 pm
Deve ser mais uma "sábia", estilo Maria Castelo branco, dondocas que vivem nas bolhas dos seus condomínios privados

Também não sejas assim, que a moça é uma morenaça bonita e toda jeitosa.  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Fevereiro 03, 2025, 11:46:31 am
https://expresso.pt/expresso-fundamental/2025-02-03-ultimas-noticias-de-segunda-feira-dia-3-de-fevereiro-2025-8548fa71

Sempre a querer fugir :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 03, 2025, 12:08:23 pm
Deve ser mais uma "sábia", estilo Maria Castelo branco, dondocas que vivem nas bolhas dos seus condomínios privados

Também não sejas assim, que a moça é uma morenaça bonita e toda jeitosa.  :mrgreen:

Pena só ter cocó na cabeça

Mais uma que deve ter subido na horizontal

Farto desses pantomineuros 🤢🤮
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 03, 2025, 12:09:11 pm
https://expresso.pt/expresso-fundamental/2025-02-03-ultimas-noticias-de-segunda-feira-dia-3-de-fevereiro-2025-8548fa71

Sempre a querer fugir :mrgreen:

O medina sofreu um atentado?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 03, 2025, 12:54:20 pm
Corre por Bruxelas que o Mark Rutte vai fazer queixinhas ao tio Trump dos meninos europeus que se estão a portar mal...

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 03, 2025, 01:02:51 pm
https://expresso.pt/expresso-fundamental/2025-02-03-ultimas-noticias-de-segunda-feira-dia-3-de-fevereiro-2025-8548fa71

Sempre a querer fugir :mrgreen:

Somos mestres na nobre arte de fugir com o rabo à seringa neste tema, excepção feita a qualquer coisa vinda do Brasil...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 03, 2025, 01:08:00 pm
Corre por Bruxelas que o Mark Rutte vai fazer queixinhas ao tio Trump dos meninos europeus que se estão a portar mal...

Daí a posição risível que o nosso PR e PM defendem de considerar o total agregado (do crescimento) da despesa dos países europeus da NATO....
Ou seja, se a Polónia gasta mais de 4% isso cobre a nossa despesa com a Defesa...  :N-icon-Axe: :N-icon-Axe:

Acho muito bem que faça queixinhas ao Trump e que nos encostem à parede: se queremos continuar numa aliança e fazer a nosso quota-parte como todos os outros ou se pretendemos continuar numa posição desleixada e correr o risco de sermos expulsos por indecente e má figura!

O Rutte ainda vai ser o último a rir, vão ver....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Fevereiro 03, 2025, 01:10:42 pm
Corre por Bruxelas que o Mark Rutte vai fazer queixinhas ao tio Trump dos meninos europeus que se estão a portar mal...

Confirmo e acrescento, que se continuar esta posição, irá haver consequências.
Cps
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 03, 2025, 01:20:41 pm
Corre por Bruxelas que o Mark Rutte vai fazer queixinhas ao tio Trump dos meninos europeus que se estão a portar mal...

Confirmo e acrescento, que se continuar esta posição, irá haver consequências.
Cps

Se estas duas semanas que estão a abalar o mundo são a prova de possíveis consequências, ou mesmo retaliações, então não sei mesmo qual será o nosso futuro no seio da Aliança se não se adotar outra postura e abrirem os cordões à bolsa.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 03, 2025, 01:27:35 pm
Corre por Bruxelas que o Mark Rutte vai fazer queixinhas ao tio Trump dos meninos europeus que se estão a portar mal...

Confirmo e acrescento, que se continuar esta posição, irá haver consequências.
Cps

E acho muito bem, patriotismos à parte!

Se enquanto país não conseguimos perceber o momento e a situação geopolítica que atravessamos - ou se percebemos mas qual 'xico-esperto' insistimos em tourear os outros países para poupar uns tostões quando se gasta tanto dinheiro mal gasto na Defesa e não só - então somos funcionalmente inimputáveis, Como uma criança que não pode ficar entregue a si mesma
E só há uma forma de parendermos e arrepiar caminho, que é sermos expostos às consequèncias, sejam elas uma repreensão internacional, a perda de soberania por ausência de meios ou mesmo a expulsão da NATO.

E depois quem estiver no governo quando isso sucedor que descalce a bota....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 03, 2025, 06:21:37 pm
Corre por Bruxelas que o Mark Rutte vai fazer queixinhas ao tio Trump dos meninos europeus que se estão a portar mal...

Boa

Pode ser que anexem aqui o burgo  :snip:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 03, 2025, 06:22:21 pm
https://expresso.pt/expresso-fundamental/2025-02-03-ultimas-noticias-de-segunda-feira-dia-3-de-fevereiro-2025-8548fa71

Sempre a querer fugir :mrgreen:

Somos mestres na nobre arte de fugir com o rabo à seringa neste tema, excepção feita a qualquer coisa vinda do Brasil...

Nesses casos é logo de rabo para o ar  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 03, 2025, 08:17:33 pm
O PM defende um "PRR para a Defesa".

Citar
O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira um financiamento comum para a defesa europeia, inspirado no modelo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Luís Montenegro apontou a emissão de dívida comum como eventual solução.

https://eco.sapo.pt/2025/02/03/montenegro-defende-prr-para-a-defesa/

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/montenegro-sugere-exemplo-do-prr-para-a-defesa-europeia_a1631791

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Fevereiro 03, 2025, 09:10:08 pm
Died 1991
Born 2025

Welcome back portuguese defence policy
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 03, 2025, 09:44:32 pm
Died 1991
Born 2025

Welcome back portuguese defence policy

O que é que nasceu/está +ara nascer este ano que me passou completamente ao lado????
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 03, 2025, 09:49:03 pm
O PM defende um "PRR para a Defesa".

Citar
O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira um financiamento comum para a defesa europeia, inspirado no modelo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Luís Montenegro apontou a emissão de dívida comum como eventual solução.

https://eco.sapo.pt/2025/02/03/montenegro-defende-prr-para-a-defesa/

Mas é claro que defende!

Nem outra coisa seria de eperar, na melhor tradição nacional de 'empurrar com a barriga' ou 'os outros que paguem'.
Faxer uma análise fria, racional e tomar decisões que vão ao encontro das conclusões e das obrigações internacionais assumidas é que nem pensar.
E depois pensam que tudo ficará na mesma, que aqui nada acontece....

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/montenegro-sugere-exemplo-do-prr-para-a-defesa-europeia_a1631791
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Fevereiro 03, 2025, 09:49:32 pm
Died 1991
Born 2025

Welcome back portuguese defence policy

O que é que nasceu/está +ara nascer este ano que me passou completamente ao lado????

é só uma piada  :mrgreen:

Sobre a dependência pós 74 de Portugal de ajuda militar dos nossos aliados para a reconstrução das FAs

Tanto materialmente, como financeiramente
Algo que se vê várias vezes nas reuniões de ministros portugueses com diplomatas americanos por exemplo

É ver a compra das VdG
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Fevereiro 03, 2025, 10:14:25 pm
O PM defende um "PRR para a Defesa".

Citar
O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira um financiamento comum para a defesa europeia, inspirado no modelo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Luís Montenegro apontou a emissão de dívida comum como eventual solução.

https://eco.sapo.pt/2025/02/03/montenegro-defende-prr-para-a-defesa/

Mas é claro que defende!

Nem outra coisa seria de eperar, na melhor tradição nacional de 'empurrar com a barriga' ou 'os outros que paguem'.
Faxer uma análise fria, racional e tomar decisões que vão ao encontro das conclusões e das obrigações internacionai00s assumidas é que nem pensar.
E depois pensam que tudo ficará na mesma, que aqui nada acontece....

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/montenegro-sugere-exemplo-do-prr-para-a-defesa-europeia_a1631791

Se isso acontecer, poderemos ver uma série de equipamentos europeus, a cairem nas FA nacionais, como sejam o A-400M, SAMPT/T, IRIS-T, MEKOS,NH-90, entre outros....
Cps,
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Ghidra em Fevereiro 03, 2025, 11:09:31 pm
O PM defende um "PRR para a Defesa".

Citar
O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira um financiamento comum para a defesa europeia, inspirado no modelo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Luís Montenegro apontou a emissão de dívida comum como eventual solução.

https://eco.sapo.pt/2025/02/03/montenegro-defende-prr-para-a-defesa/

Mas é claro que defende!

Nem outra coisa seria de eperar, na melhor tradição nacional de 'empurrar com a barriga' ou 'os outros que paguem'.
Faxer uma análise fria, racional e tomar decisões que vão ao encontro das conclusões e das obrigações internacionai00s assumidas é que nem pensar.
E depois pensam que tudo ficará na mesma, que aqui nada acontece....

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/montenegro-sugere-exemplo-do-prr-para-a-defesa-europeia_a1631791

Se isso acontecer, poderemos ver uma série de equipamentos europeus, a cairem nas FA nacionais, como sejam o A-400M, SAMPT/T, IRIS-T, MEKOS,NH-90, entre outros....
Cps,
O mal disso vai ser os caças...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Fevereiro 04, 2025, 12:12:38 am
Alguém abriu os olhos ao Primeiro-Ministro!
O PM que recebeu e despachou o Mark Rutte não tinha a menor intenção de mexer uma palha para aumentar o investimento em Defesa, para além da previsão de atingir 2% em 2029. Alguém explicou quais são os enormes riscos de alguém ser o "carro-vassoura" em qualquer circunstãncia (quem menos investe em Defesa, neste caso)!

Já se fala à anos numa espécie de PRR para a Defesa Europeia! Para o Montenegro afirmar isto e termos o nosso antigo PM, agora Presidente do Conselho Europeu, reunir os líderes da UE e abordar o tema da Defesa...... é porque a probabilidade de nascer o PRR de Defesa é real!

Um aspecto muito positivo é que o PRR seguramente não vai permitir pagar salários!!!! Significa isso que será direccionado apenas para compra de equipamentos novos!!!! E Europeus, claro!!!!

E com as ameaças de tarifas aos aliados dos EUA, como o pouco inteligente Trump está a fazer.......
É fazer as contas como dizia o outro!
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Kalil em Fevereiro 04, 2025, 12:35:20 pm
O PM defende um "PRR para a Defesa".

Citar
O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira um financiamento comum para a defesa europeia, inspirado no modelo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Luís Montenegro apontou a emissão de dívida comum como eventual solução.

https://eco.sapo.pt/2025/02/03/montenegro-defende-prr-para-a-defesa/

Mas é claro que defende!

Nem outra coisa seria de eperar, na melhor tradição nacional de 'empurrar com a barriga' ou 'os outros que paguem'.
Faxer uma análise fria, racional e tomar decisões que vão ao encontro das conclusões e das obrigações internacionai00s assumidas é que nem pensar.
E depois pensam que tudo ficará na mesma, que aqui nada acontece....

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/montenegro-sugere-exemplo-do-prr-para-a-defesa-europeia_a1631791

Se isso acontecer, poderemos ver uma série de equipamentos europeus, a cairem nas FA nacionais, como sejam o A-400M, SAMPT/T, IRIS-T, MEKOS,NH-90, entre outros....
Cps,
O mal disso vai ser os caças...

Os caças serão sempre um problema a partir do momento em que um maníaco pode ditar a disponibilidade destes aos aliados europeus.
Quanto ao resto dos sistemas, a europa consegue produzir a sua maioria, basta que os principais líderes procurem bem e encontrem os respectivos tomates para colocar os diversos programas da indústria a trabalhar em verdadeira economia comum. Era uma boa resposta, e duplamente positiva, para as ameaças do troll laranja.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Fevereiro 04, 2025, 01:59:03 pm
Sendo um "sistema" com um conceito algo diferente e inovador... qual a "autonomia" de utilização (face aos antigos modelos) de países Tier 2 (ou mesmo o Reino Unido)?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 04, 2025, 07:38:29 pm
Vocês estão muito optimistas

Mais a mais o bosta, que por ele destruía Portugal de vez (deixou a tarefa a meio)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: mafets em Fevereiro 05, 2025, 10:44:49 am
O PM defende um "PRR para a Defesa".

Citar
O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira um financiamento comum para a defesa europeia, inspirado no modelo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Luís Montenegro apontou a emissão de dívida comum como eventual solução.

https://eco.sapo.pt/2025/02/03/montenegro-defende-prr-para-a-defesa/

Mas é claro que defende!

Nem outra coisa seria de eperar, na melhor tradição nacional de 'empurrar com a barriga' ou 'os outros que paguem'.
Faxer uma análise fria, racional e tomar decisões que vão ao encontro das conclusões e das obrigações internacionai00s assumidas é que nem pensar.
E depois pensam que tudo ficará na mesma, que aqui nada acontece....

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/montenegro-sugere-exemplo-do-prr-para-a-defesa-europeia_a1631791

Se isso acontecer, poderemos ver uma série de equipamentos europeus, a cairem nas FA nacionais, como sejam o A-400M, SAMPT/T, IRIS-T, MEKOS,NH-90, entre outros....
Cps,
O mal disso vai ser os caças...

 :mrgreen:

(https://i.insider.com/65d61a6ea610a9069d5adf59?width=1000&format=jpeg&auto=webp)

Saudações  :mrgreen:

O PM defende um "PRR para a Defesa".

Citar
O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira um financiamento comum para a defesa europeia, inspirado no modelo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Luís Montenegro apontou a emissão de dívida comum como eventual solução.

https://eco.sapo.pt/2025/02/03/montenegro-defende-prr-para-a-defesa/

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/montenegro-sugere-exemplo-do-prr-para-a-defesa-europeia_a1631791



P.S.Claro que sim, é preciso é não pagar.  :mrgreen:

P.S. 1 - É desta que vem um sistema AA.  :mrgreen:

https://english.alarabiya.net/News/world/2022/03/03/Germany-mulls-supplying-anti-aircraft-missiles-to-Ukraine-Source (https://english.alarabiya.net/News/world/2022/03/03/Germany-mulls-supplying-anti-aircraft-missiles-to-Ukraine-Source)

(https://euro-sd.com/wp-content/uploads/2023/07/GBAD1-1024x576.jpeg)

(https://euro-sd.com/wp-content/uploads/2023/07/GBAD8-696x452.jpg)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 09, 2025, 10:44:02 am
Até que enfim!

Citar
Comissão Europeia disposta a excluir investimentos em defesa do cálculo do défice

https://www.publico.pt/2025/02/09/economia/noticia/comissao-disposta-excluir-investimentos-defesa-calculo-defice-2121828


Outra notícia importante também presente no diário Público de hoje:

Citar
Governos têm até ao fim de Março para redistribuir fundos para projectos de defesa

https://www.publico.pt/2025/02/09/economia/noticia/governos-ate-fim-marco-redistribuir-fundos-projectos-defesa-2121829
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Fevereiro 09, 2025, 02:22:35 pm
Mas supostamente o dinheiro do PRR já não deveria ter estado todo alocado?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Fevereiro 10, 2025, 10:25:32 am
Pelas notícias que li os havia projectos muito atrasados e o governo andava a proceder a alterações para não se perder o dinheiro.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Fevereiro 10, 2025, 10:00:45 pm
Entretanto a Bélgica, essa potência, vai adquirir mais F-35A, sistemas SAM a baixa e média altitude, KC-390 ou C-295 para complementar os A-400M, e provavelmente helis Apache e Chinook, além da 3ª ASWF.

https://www.defensenews.com/global/europe/2025/02/10/nato-laggard-belgium-vows-defense-boost-with-more-f-35s-third-frigate/
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 11, 2025, 01:41:04 pm
Entretanto a Bélgica, essa potência, vai adquirir mais F-35A, sistemas SAM a baixa e média altitude, KC-390 ou C-295 para complementar os A-400M, e provavelmente helis Apache e Chinook, além da 3ª ASWF.

https://www.defensenews.com/global/europe/2025/02/10/nato-laggard-belgium-vows-defense-boost-with-more-f-35s-third-frigate/

E nós por cá sentados à sombra da bananeira...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 11, 2025, 02:03:59 pm
Vocês esperem sentadinhos que é para não se cansarem muito
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Fevereiro 12, 2025, 08:36:16 pm
Chamem o Hugo Soares do PSD, que ele resolve.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 12, 2025, 08:47:38 pm
Chamem o Hugo Soares do PSD, que ele resolve.

Essa personagem consegue ter um único raciocínio lógico que seja?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 12, 2025, 09:18:24 pm
O que se passou hoje foi extremamente revelador, por um lado, e por outro bastante grave. Trump parece querer confirmar os piores receios que muitos alvitravam, tanto para a Ucrânia como para toda a Europa, e o velho continente tem de começar a correr atrás do prejuízo o quanto antes. Não dá para perder mais tempo, e em Portugal alguém tem de convencer o poder político que é hora de agir, e não de protelar. A Europa pode estar na iminência de daqui a muito pouco tempo ter de enfrentar sozinha a Rússia.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 12, 2025, 10:00:12 pm
O que se passou hoje foi extremamente revelador, por um lado, e por outro bastante grave. Trump parece querer confirmar os piores receios que muitos alvitravam, tanto para a Ucrânia como para toda a Europa, e o velho continente tem de começar a correr atrás do prejuízo o quanto antes. Não dá para perder mais tempo, e em Portugal alguém tem de convencer o poder político que é hora de agir, e não de protelar. A Europa pode estar na iminência de daqui a muito pouco tempo ter de enfrentar sozinha a Rússia.

Não me surpreenderia se se verificasse um regresso ao nuclear. Países como a Alemanha, Polónia, Itália e até Espanha tèm tudo o que é necessário para a produção de armas nucleares....
Seria o regresso do MAD....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Fevereiro 12, 2025, 10:01:29 pm
O que se passou hoje foi extremamente revelador, por um lado, e por outro bastante grave. Trump parece querer confirmar os piores receios que muitos alvitravam, tanto para a Ucrânia como para toda a Europa, e o velho continente tem de começar a correr atrás do prejuízo o quanto antes. Não dá para perder mais tempo, e em Portugal alguém tem de convencer o poder político que é hora de agir, e não de protelar. A Europa pode estar na iminência de daqui a muito pouco tempo ter de enfrentar sozinha a Rússia.

Man, nem nos anos 80 e assim acordámos para a vida  :-X

Fiquem só com os NPOs, os Merlin, vendam o resto e entreguem as chaves
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Fevereiro 12, 2025, 10:11:09 pm
https://www.tsf.pt/5722306751/cada-macaco-no-seu-galho-psd-exige-a-gouveia-e-melo-respostas-sobre-cortes-na-despesa-social-para-investir-em-defesa/

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: imaginário em Fevereiro 12, 2025, 10:23:43 pm
https://www.tsf.pt/5722306751/cada-macaco-no-seu-galho-psd-exige-a-gouveia-e-melo-respostas-sobre-cortes-na-despesa-social-para-investir-em-defesa/

É por causa deste tipo de fanfarronice, de batráquios como este cromo, do palhaço mor que transformou a presidência da república num circo, que as pessoas vejam neste personagem ( que não é melhor que aqueles acima mencionados), alguém com responsabilidade e firmeza para Presidente da República. Mas são tão democratas, que se algum cidadão quiser concorrer á presidência da república, mas que não esteja conectado com um partido político, já haja objecções! Hipócritas de merda! É disso que a população está farta!
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 13, 2025, 06:41:02 am
O que se passou hoje foi extremamente revelador, por um lado, e por outro bastante grave. Trump parece querer confirmar os piores receios que muitos alvitravam, tanto para a Ucrânia como para toda a Europa, e o velho continente tem de começar a correr atrás do prejuízo o quanto antes. Não dá para perder mais tempo, e em Portugal alguém tem de convencer o poder político que é hora de agir, e não de protelar. A Europa pode estar na iminência de daqui a muito pouco tempo ter de enfrentar sozinha a Rússia.

Não me surpreenderia se se verificasse um regresso ao nuclear. Países como a Alemanha, Polónia, Itália e até Espanha tèm tudo o que é necessário para a produção de armas nucleares....
Seria o regresso do MAD....

Pelo menos havia mais segurança
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 13, 2025, 07:45:49 am
Não me surpreenderia se se verificasse um regresso ao nuclear. Países como a Alemanha, Polónia, Itália e até Espanha tèm tudo o que é necessário para a produção de armas nucleares....
Seria o regresso do MAD....

Quem concebeu o acrónimo "MAD" não podia estar mais correto. É que não só é uma loucura imaginarmos uma guerra nuclear em larga escala, como é também loucura achar que dessa catástrofe sairiam vencedores. Mas lá está, tem de haver pelo menos o mínimo de dissuasão, que é o princípio fundamental do conceito MAD, or else. O JFK disse-o bem durante a Crise dos Mísseis de Cuba, em 62:

Citar
We will not prematurely or unnecessarily risk the costs of worldwide nuclear war in which even the fruits of victory would be ashes in our mouth – but neither will we shrink from that risk at any time it must be faced.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Luso em Fevereiro 13, 2025, 09:20:32 am
O que se passou hoje foi extremamente revelador, por um lado, e por outro bastante grave. Trump parece querer confirmar os piores receios que muitos alvitravam, tanto para a Ucrânia como para toda a Europa, e o velho continente tem de começar a correr atrás do prejuízo o quanto antes. Não dá para perder mais tempo, e em Portugal alguém tem de convencer o poder político que é hora de agir, e não de protelar. A Europa pode estar na iminência de daqui a muito pouco tempo ter de enfrentar sozinha a Rússia.

Conversa.
Está tudo bem: nós defendemo-nos com pareceres jurídicos e superioridade moral.
Nem bazófia precisamos.

O sistema não admite soluções reais nem alternativas.
Conquistas de Abril...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 13, 2025, 09:39:05 am
Calma que é hoje

https://executivedigest.sapo.pt/noticias/nato-reune-hoje-ministros-da-defesa-para-aumentar-investimento-aliado-para-os-2-do-pib-ate-ao-verao/
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 13, 2025, 12:12:35 pm
Calma que é hoje

https://executivedigest.sapo.pt/noticias/nato-reune-hoje-ministros-da-defesa-para-aumentar-investimento-aliado-para-os-2-do-pib-ate-ao-verao/

É revelador ser uma reunião dos ministros da Defesa e Portugal se representar pelo embaixador na NATO, a fazer fé na notícia. O Nuno Melo anda assim táo atarefado ou continua a tradição do 'empurranço com a barriga' nestes assuntos???
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Kalil em Fevereiro 13, 2025, 12:42:03 pm
Calma que é hoje

https://executivedigest.sapo.pt/noticias/nato-reune-hoje-ministros-da-defesa-para-aumentar-investimento-aliado-para-os-2-do-pib-ate-ao-verao/

É revelador ser uma reunião dos ministros da Defesa e Portugal se representar pelo ambaixador na NATO, a fazer fé na notícia. O Nuno Melo anda assim táo atarefado ou continua a tradição do 'empurranço com a barriga' nestes assuntos???
 

O Nuno Melo já vai às reuniões na sede do Atlético Norte, e o homem não pode fazer tudo sozinho.

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: PTWolf em Fevereiro 13, 2025, 07:20:42 pm
Chamem o Hugo Soares do PSD, que ele resolve.

Essa personagem consegue ter um único raciocínio lógico que seja?

O Hugo Soares constatou o obvio... em que ponto(s) discordam dele?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Fevereiro 13, 2025, 11:30:16 pm
Portugal não vai poder fazer nada sozinho e não pode pôr-se a desenvolver projetos sozinho e sem ligação a mais nada nem ninguém.
Creio ser ponto assente que Portugal fará o que puder e aumentará as despesas militares, mas não pode entrar em compras militares sozinho porque não tem dimensão para o fazer.

A única forma aqui, é a União Europeia fazer algo como o que foi feito no caso das vacinas.
Os vários países apresentam as suas necessidades e a UE organiza as encomendas em conjunto.
Só assim será possível fazer alguma coisa.

Pelo simples fato de termos acesso a vacinas através da UE, estivemos nos primeiros lugares e pagámos dos preços mais baratos. E não nos podemos por a pensar em comprar a turcos, israelitas coreanos ou chineses ou indianos.
Isto tem que ser feito em conjunto, porque senão nem sequer vale a pena.

O individuo cor-de-laranja disse que a Europa está por sua conta e que a única coisa que pode contar é com o guarda-chuva nuclear americano.
Acredite quem quiser, porque vindo de uma pessoa pintada, a credibilidade dele é a mesma credibilidade que tem um qualquer humorista.

O que é mais impressionante é o tempo que já passou sem que alguma coisa fosse feita.

E depois parece que estão uns à espera dos outros.

Por alguma razão o Putin apoia a fascista francesa e o presidente Musk apoia a lésbica da Alemanha, que embora seja da Renania-do-norte-Westfalia,
 representa a velha Prússia e a direita americana apoia o pateta alegre da Inglaterra.
Com gente desta, fanáticamente contra a Europa, vai ser muito dificil fazer alguma coisa.


.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 14, 2025, 10:58:49 am
Portugal não vai poder fazer nada sozinho e não pode pôr-se a desenvolver projetos sozinho e sem ligação a mais nada nem ninguém.
Creio ser ponto assente que Portugal fará o que puder e aumentará as despesas militares, mas não pode entrar em compras militares sozinho porque não tem dimensão para o fazer.

A única forma aqui, é a União Europeia fazer algo como o que foi feito no caso das vacinas.
Os vários países apresentam as suas necessidades e a UE organiza as encomendas em conjunto.
Só assim será possível fazer alguma coisa.

Pelo simples fato de termos acesso a vacinas através da UE, estivemos nos primeiros lugares e pagámos dos preços mais baratos. E não nos podemos por a pensar em comprar a turcos, israelitas coreanos ou chineses ou indianos.
Isto tem que ser feito em conjunto, porque senão nem sequer vale a pena.

O individuo cor-de-laranja disse que a Europa está por sua conta e que a única coisa que pode contar é com o guarda-chuva nuclear americano.
Acredite quem quiser, porque vindo de uma pessoa pintada, a credibilidade dele é a mesma credibilidade que tem um qualquer humorista.

O que é mais impressionante é o tempo que já passou sem que alguma coisa fosse feita.

E depois parece que estão uns à espera dos outros.

Por alguma razão o Putin apoia a fascista francesa e o presidente Musk apoia a lésbica da Alemanha, que embora seja da Renania-do-norte-Westfalia,
 representa a velha Prússia e a direita americana apoia o pateta alegre da Inglaterra.
Com gente desta, fanáticamente contra a Europa, vai ser muito dificil fazer alguma coisa.


.

Sei que é uma La Palissada mas a solução passa obviamente pela união (em termos de políticas, produção e aquisição de meios) dos países europeus da NATO - e não só!!

Ah, e a continuar esta situação penso ser inevitável a activação da opção nuclear europeia (para além da França e UK, obviamente, sendo que a este nível o único verdadeiramente independente é a França, cortesia de DeGaulle)...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 14, 2025, 02:51:49 pm
Mais vale tarde que nunca.

Citar
(...) European Union countries will be able to significantly increase their spending on defense under a plan announced by European Commission President Ursula von der Leyen. Speaking at the Munich Security Conference on Friday, von der Leyen said she wanted to trigger an emergency clause that would allow governments greater leeway so that military expenditure would not be counted in their tightly controlled budget deficit limits.

I will propose to activate the escape clause for defense investments," she said. "This will allow member states to substantially increase their defense expenditure. Highly indebted European countries, such as Italy and Greece, have supported this escape clause, arguing that it would allow them to significantly increase defense spending without making other budget cuts.” (...)

https://www.politico.eu/article/von-der-leyen-proposes-triggering-clause-to-massively-boost-defense-spending/
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 14, 2025, 03:02:43 pm
Mais vale tarde que nunca.

Citar
(...) European Union countries will be able to significantly increase their spending on defense under a plan announced by European Commission President Ursula von der Leyen. Speaking at the Munich Security Conference on Friday, von der Leyen said she wanted to trigger an emergency clause that would allow governments greater leeway so that military expenditure would not be counted in their tightly controlled budget deficit limits.

I will propose to activate the escape clause for defense investments," she said. "This will allow member states to substantially increase their defense expenditure. Highly indebted European countries, such as Italy and Greece, have supported this escape clause, arguing that it would allow them to significantly increase defense spending without making other budget cuts.” (...)

https://www.politico.eu/article/von-der-leyen-proposes-triggering-clause-to-massively-boost-defense-spending/

Isto já devia ter sido feito logo no dia 24 de fevereiro de 2022.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Fevereiro 14, 2025, 03:27:43 pm

Isto já devia ter sido feito logo no dia 24 de fevereiro de 2022.


ou melhor em fevereiro de 2014.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Fevereiro 14, 2025, 05:50:31 pm
Não via com maus olhos colocar uma "condição" para as compras "isentas de deficit" terem (mesmo que através de "joint-venture", com fabrico / desenvolvimento) de ser da Europa ou parte de programas como o "European Sky Shield Initiative (ESSI)", desde que aprovados pela UE.

Fora detalhes... excelente notícia!
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Kalil em Fevereiro 15, 2025, 01:07:52 am
Não via com maus olhos colocar uma "condição" para as compras "isentas de deficit" terem (mesmo que através de "joint-venture", com fabrico / desenvolvimento) de ser da Europa ou parte de programas como o "European Sky Shield Initiative (ESSI)", desde que aprovados pela UE.

Fora detalhes... excelente notícia!

Essa condição é essencial, por dois motivos:
Para não desviar recursos financeiros da economia europeia para o exterior.
E para garantir que se solidifica a capacidade industrial europeia para o futuro, um pilar fundamental da independência militar.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 16, 2025, 07:33:02 pm
Citar
The United States has asked its European allies what they would need from Washington to participate in Ukraine security arrangements, according to a document seen by Reuters.

https://www.reuters.com/world/europe/us-asks-europeans-what-they-need-ukraine-security-guarantees-document-2025-02-16/

Gostaria de poder ler a nossa resposta a estas 6 perguntas.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 16, 2025, 08:55:23 pm
Citar
The United States has asked its European allies what they would need from Washington to participate in Ukraine security arrangements, according to a document seen by Reuters.

https://www.reuters.com/world/europe/us-asks-europeans-what-they-need-ukraine-security-guarantees-document-2025-02-16/

Gostaria de poder ler a nossa resposta a estas 6 perguntas.

Pois.

A nossa resposta será "Podemos enviar generais e comodoros. E Super Tucanos a partir de 2027".....  :mrgreen: :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Fevereiro 16, 2025, 09:10:40 pm
Portugal não participa na reunião e líderes europeus...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 16, 2025, 10:52:14 pm
IMHO há duas medidas que Portugal deve equacionar ontem no actual quadro geo-político:
1 - Retracção do dispositivo e meios na RCA. Há prioridades mais urgentes e não temos meios para dispersar
2 - Analisar muito seriamente o regresso do SMO: em que termos, qual o impacto na sociedade e FA's, custos, etc
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: legionario em Fevereiro 16, 2025, 11:39:51 pm
Já alguém aqui evocou as ações assimétricas ou não convencionais ?
Tínhamos ou temos ainda em Lamego uma Unidade treinada para ações desse tipo, esta capacidade deveria ser generalizada nas nossas F.A. pelo menos nos operacionasi, mas também entre alguns reservistas escolhidos.

Foi com ações subversivas que os nossos antepassados fizeram a vida negra aos invasores. É barato e muito eficaz. Deixa-se o invasor entrar (que remédio...)  e depois de estarem dentro das nossas cidades ou nos nossos campos passam a estar ao nosso alcance, não sei se me faço entender ?

No mar, a mesma coisa. Investir em meios convencionais, claro que sim, ... mas investir também em drones navais capazes de estourar uma grande unidade naval, capazes também de se abeirar dos portos inimigos e de fazer estragos e/ou  capazes de subir um rio em território inimigo para fazer a mesma coisa no interior das terras. Isto são exemplos rápidos, com tempo poderia aprofundar este tipo de doutrina mas penso que não é necessário para que se perceba a ideia.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Fevereiro 17, 2025, 12:42:16 am
Guerra assimétrica faz sentido, na perspectiva do país ser realmente invadido. Tirando Espanha, nenhum outro país "adversário" iria invadir Portugal por terra. No máximo, poderá haver uma tentativa de atacar e ocupar um dos arquipélagos (ou ambos). Para responder a esta possibilidade, investir em guerra assimétrica era começar a construir a casa... pela mobília e electrodomésticos, quando o que é preciso para defender um arquipélago, é capacidade de dissuadir de forma séria e eficaz um potencial adversário.

Os nossos antepassados realizaram guerra assimétrica com sucesso, numa altura em que o diferencial do poderia militar entre Portugal e outras nações era muito mais reduzido. Hoje a diferença é tão grande em termos militares, que a única coisa que se garantia, era a destruição do país, muitos portugueses mortos, e mais nada.

Eu antes prefiro "levar a guerra até eles", ao invés de desinvestir nas capacidade primárias, e depois colocar a população toda a dar o corpo às balas.

IMHO há duas medidas que Portugal deve equacionar ontem no actual quadro geo-político:
1 - Retracção do dispositivo e meios na RCA. Há prioridades mais urgentes e não temos meios para dispersar
2 - Analisar muito seriamente o regresso do SMO: em que termos, qual o impacto na sociedade e FA's, custos, etc

1 - Não concordo. Em primeiro lugar porque retracção de militares em FND faria sentido se o país já estivesse em conflito. Não estando em conflito, e com aquela FND a não custar nada por aí além, é benéfico do ponto de vista geopolítico e de ganho de experiência dos militares que lá estão.
Em segundo lugar, porque África pode ser um dos grandes TOs de uma 3ª Guerra Mundial. Quanto menos presença Ocidental houver em África, maiores os riscos da influência e da presença militar do "Eixo" Rússia, China, Irão, o que dificulta mais o trabalho da NATO caso tenha que combater um conflito, ao se abrir uma enorme frente com muitos kms quadrados. Até acho que a influência em África, deveria aumentar, puxando mais países para a esfera de influência do Ocidente. Casos tipo Cabo Verde e Marrocos são 2 exemplos, passando por Moçambique, etc.

O que não faz sentido, é investir em meios dedicados para missões de nicho em África, sendo preferencial a compra de meios que tenham utilidade nos TOs de baixa intensidade, mas também de alta intensidade.

2 - Também não concordo. SMO é caro, face aos ganhos reais de capacidades. Não estamos a falar de um SMO para termos pessoal suficiente para guarnecer 10 fragatas, operar 200 Leopard, pilotar 50 F-16... seria um SMO para ter carne para canhão, com pessoal mal equipado, e depois sem dinheiro para adquirir meios modernos e capazes.
Seria muito mais lógico tornar a FAP mais aliciante para manter pilotos de F-16 (e ir buscar ex-pilotos), e assim reforçar a frota de caças com mais pilotos e consequentemente mais aeronaves.

E numa altura em que devíamos aumentar a nossa indústria de Defesa, não faz muito sentido abdicar de uma parte considerável da população, que poderia trabalhar nesta área, para um SMO que não traz grandes ganhos às FA.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 17, 2025, 10:25:49 am
Citação de: dc link=topic=13912.msg460468#msg460468 date=1739752936
[quote author=sivispacem link=topic=13912.msg460456#msg460456 date=1739746334
IMHO há duas medidas que Portugal deve equacionar ontem no actual quadro geo-político:
1 - Retracção do dispositivo e meios na RCA. Há prioridades mais urgentes e não temos meios para dispersar
2 - Analisar muito seriamente o regresso do SMO: em que termos, qual o impacto na sociedade e FA's, custos, etc

1 - Não concordo. Em primeiro lugar porque retracção de militares em FND faria sentido se o país já estivesse em conflito. Não estando em conflito, e com aquela FND a não custar nada por aí além, é benéfico do ponto de vista geopolítico e de ganho de experiência dos militares que lá estão.
Em segundo lugar, porque África pode ser um dos grandes TOs de uma 3ª Guerra Mundial. Quanto menos presença Ocidental houver em África, maiores os riscos da influência e da presença militar do "Eixo" Rússia, China, Irão, o que dificulta mais o trabalho da NATO caso tenha que combater um conflito, ao se abrir uma enorme frente com muitos kms quadrados. Até acho que a influência em África, deveria aumentar, puxando mais países para a esfera de influência do Ocidente. Casos tipo Cabo Verde e Marrocos são 2 exemplos, passando por Moçambique, etc.

O que não faz sentido, é investir em meios dedicados para missões de nicho em África, sendo preferencial a compra de meios que tenham utilidade nos TOs de baixa intensidade, mas também de alta intensidade.

2 - Também não concordo. SMO é caro, face aos ganhos reais de capacidades. Não estamos a falar de um SMO para termos pessoal suficiente para guarnecer 10 fragatas, operar 200 Leopard, pilotar 50 F-16... seria um SMO para ter carne para canhão, com pessoal mal equipado, e depois sem dinheiro para adquirir meios modernos e capazes.
Seria muito mais lógico tornar a FAP mais aliciante para manter pilotos de F-16 (e ir buscar ex-pilotos), e assim reforçar a frota de caças com mais pilotos e consequentemente mais aeronaves.

E numa altura em que devíamos aumentar a nossa indústria de Defesa, não faz muito sentido abdicar de uma parte considerável da população, que poderia trabalhar nesta área, para um SMO que não traz grandes ganhos às FA.
[/quote]

Eu discordo de si. Em primeiro lugar porque o conflito já está aí. Depois porque a dimensão da ameaça na RCA é tal que náo e uma companhia de comandos que faz alterar o balanço de forças. Mas principalmente porque nos será solcitado um reforço dos meios no quadro da NATO e particularmente pelo enorme défice de militares que o EP tem (consequencia de um conjunto de factores difíceis de ultrapassar - demografia, baixas condições, pouco adesáo à vida militar, etc)
O eventual regresso do SMO idem - não para ter tripulações para 10 fragatas que não temos nem teremos, como é óbvio - mas antes pela necessidade de prever uma eventual situação de regresso ao passado. um pouco como acontece já noutros países europeus. Numa situação de conflito ou 'pré-conflito' tal passo será inevitável e há que analisar as suas possiveis consequèncias, como apontei, TEmos de nos preparar, no mínimo, e duvido que entre nós existam planos e/ou a logística para essa eventualidade.

Por isso defendo que se analisem melhor esses dois pontos
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: legionario em Fevereiro 17, 2025, 11:01:39 am
Quanto ao SMO :
Um militar do século XXI tem que ser um verdadeiro técnico formado nas modernas tecnologias. Um soldado SMO que serve durante 1 ou 2 anos nunca terá tempo para adquirir o calo necessário, mas apesar disso eu sou a favor do SMO. Os jovens devem sentir que fazem parte de uma comunidade e que esta tem de ser defendida da mesma maneira que a comunidade os deve defender (em todos os aspectos da vida).
O individualismo, apesar de estar na moda,  não convém a uma comunidade nacional, esta conversa daria pano para mangas, não sei se existe aqui pessoal com conhecimentos na área da sociologia ou da psicologia, estes poderiam desenvolver o tema melhor que eu. Dá-me muito trabalho organizar as ideias e expô-las por escrito e eu venho aqui para passar o tempo não para me esforçar muito.

Sobre a nossa presença em África. Se alguém pensa que a nossa liberdade e o nosso modo de vida se defende sómente dentro das nossas fronteiras está muito enganado, Preciso mesmo de justificar o que acabei de escrever ?

Se um inimigo nos atacar dentro de nossa casa nós temos que possuir absolutamente a capacidade de o golpear dentro das suas próprias fronteiras, seja ele quem for ! como o faremos e com que  meios é um outro debate.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 17, 2025, 12:08:52 pm
Quanto ao SMO :
Um militar do século XXI tem que ser um verdadeiro técnico formado nas modernas tecnologias. Um soldado SMO que serve durante 1 ou 2 anos nunca terá tempo para adquirir o calo necessário, mas apesar disso eu sou a favor do SMO. Os jovens devem sentir que fazem parte de uma comunidade e que esta tem de ser defendida da mesma maneira que a comunidade os deve defender (em todos os aspectos da vida).
O individualismo, apesar de estar na moda,  não convém a uma comunidade nacional, esta conversa daria pano para mangas, não sei se existe aqui pessoal com conhecimentos na área da sociologia ou da psicologia, estes poderiam desenvolver o tema melhor que eu. Dá-me muito trabalho organizar as ideias e expô-las por escrito e eu venho aqui para passar o tempo não para me esforçar muito.

Sobre a nossa presença em África. Se alguém pensa que a nossa liberdade e o nosso modo de vida se defende sómente dentro das nossas fronteiras está muito enganado, Preciso mesmo de justificar o que acabei de escrever ?

Se um inimigo nos atacar dentro de nossa casa nós temos que possuir absolutamente a capacidade de o golpear dentro das suas próprias fronteiras, seja ele quem for ! como o faremos e com que  meios é um outro debate.

Vã dizer isso aos israelita....

A formação e literacia dos nossos jovens já não tem nada a ver com a dos anos 60 ou 90 do século passado. Há funções que seriam impensáveis de exercer então e que agora seriam normais - drones, fpv ou não, IT skills, etc, etc.
Há que pensar nisso tudo, é o que eu estou a dizer

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: legionario em Fevereiro 17, 2025, 01:50:48 pm
A necessidade obrigou Israel a criar o excelente sistema de mobilização que eles têm...aliás os palestinos também são mentalizados e preparados para a guerra desde pequenos.
Se bem percebi o que escreveu, o colega é contra o SMO mas por outro lado citou o exemplo israelita que tem um SMO, fiquei sem perceber a sua ideia.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 17, 2025, 04:32:50 pm
A necessidade obrigou Israel a criar o excelente sistema de mobilização que eles têm...aliás os palestinos também são mentalizados e preparados para a guerra desde pequenos.
Se bem percebi o que escreveu, o colega é contra o SMO mas por outro lado citou o exemplo israelita que tem um SMO, fiquei sem perceber a sua ideia.

Eu não contra nem a favor. Ou melhor, em tempo de paz acho que não se justifica o SMO- Mas em tempo de guerra é claro que ele tem de existir. Por acho acho - como digo desde o ínício - que se tem de pensar na sua reintrodução. "Pensar", repito....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Fevereiro 17, 2025, 04:38:36 pm
Eu discordo de si. Em primeiro lugar porque o conflito já está aí. Depois porque a dimensão da ameaça na RCA é tal que náo e uma companhia de comandos que faz alterar o balanço de forças. Mas principalmente porque nos será solcitado um reforço dos meios no quadro da NATO e particularmente pelo enorme défice de militares que o EP tem (consequencia de um conjunto de factores difíceis de ultrapassar - demografia, baixas condições, pouco adesáo à vida militar, etc)
O eventual regresso do SMO idem - não para ter tripulações para 10 fragatas que não temos nem teremos, como é óbvio - mas antes pela necessidade de prever uma eventual situação de regresso ao passado. um pouco como acontece já noutros países europeus. Numa situação de conflito ou 'pré-conflito' tal passo será inevitável e há que analisar as suas possiveis consequèncias, como apontei, TEmos de nos preparar, no mínimo, e duvido que entre nós existam planos e/ou a logística para essa eventualidade.

Por isso defendo que se analisem melhor esses dois pontos

O conflito não está aí ainda, porque o que hoje decorre, não nos envolve directamente (ainda). Depois, temos de olhar para o que é que a NATO realmente precisa, e analisando os diferentes exércitos dos estados membros (mesmo ignorando os EUA por causa do Trump), o problema nunca será falta de pessoal. O que não falta na Europa são países continentais, que não têm dinheiro para investir em Força Aérea, nem precisam de Marinha, e esses sãos os países que recorrerão a um SMO para reforçara sua componente terrestre.

No caso português, o foco deveria ser a qualidade e não a quantidade, e principal ênfase nos meios aéreos e navais. O SMO serve apenas para desviar o foco destas prioridades, e permite às chefias passar a imagem de que o país está preparado para uma guerra, sem de facto estar.
A única situação que vejo onde um SMO poderia ser visto como verdadeiramente necessário (isto partindo do pressuposto que é improvável uma invasão do país), é se o conflito se alastrasse de tal forma a África, e fosse necessário ter tropas no terreno, e aí sim, dado desafio, ser necessário reforço das fileiras do Exército.

Na NATO, o papel de Portugal em conflito, é compensar o facto de países como a Albânia não possuírem Força Aérea e Marinha. E o papel de países como a Albânia, Bulgária e tantos outros, é compensar o facto de países como Portugal terem exércitos reduzidos e com pouco pessoal.

Em Portugal, o SMO pode colocar em risco o necessário investimento nos meios que são prioritários (e até na indústria de Defesa). Noutros países europeus, tipo Holanda, até pode fazer sentido um SMO, sendo aquele um país que tem FA modernas e capazes, e que portante, na perspectiva deles, falta pessoal para complementar esta qualidade com alguma quantidade.

Nos TOs em África, acho importante Portugal, e a CPLP e a UE/NATO, terem maior presença, precisamente para evitar que os russos e chineses usem os países africanos como base de operações, e até para obter mais "carne para canhão". A ideia seria puxar para o nosso lado o maior número de países possível, e impedir que se juntem a um eixo com a Rússia e a China.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Fevereiro 17, 2025, 05:01:31 pm
Sou da opinião que, as soluções encontradas por outros países para enfrentar a ameaça de um conflito, nem sempre podem/devem ser replicadas por cá.

Como tal, um país que faz fronteira com a Rússia, ou que não tenha outra forma de contribuir para a NATO, olha para o SMO como opção, nós temos N outras maneiras de o fazer.

Uma mobilização portuguesa, na minha opinião, não pode ser feita como o típico SMO - que normalmente apenas serve para encher as fileiras de soldados, servindo-se deles de carne para canhão - mas sim para algo que faça sentido para um país cuja integridade territorial, à partida, não esteja em risco.

Tem muito mais valor mobilizar mecânicos de veículos e aeronaves, mobilizar pessoal para a construção/manutenção naval, mobilizar pessoal para a produção de munições e afins, do que mobilizar 20 mil soldados para atirar para as "trincheiras" com capacetes velhos, sem NVG e com G-3.

É muito mais valioso para a NATO, Portugal ter uma mão cheia de estaleiros (com o tal pessoal mobilizado) capazes de realizar reparações/manutenção de navios nacionais e aliados. É mais valioso conseguirmos fornecer, durante um conflito, algumas dezenas de mecânicos para fazer manutenção de carros de combate mais perto da linha da frente. O mesmo para mecânicos de aeronaves (nomeadamente F-16, mas não só).

Até num conflito que se arraste durante vários anos, este é um formato muito mais sustentável ao longo do tempo face ao SMO. Se com o SMO a esperança média de vida dos militares é relativamente curta, ao mobilizar pessoal civil para fins logísticos/de apoio, a esperança média de vida é muito maior, e podem exercer funções durante muito mais tempo.

Dentro da NATO, não deverão faltar soldados, poderá sim faltar aquele pessoal que permita que a aliança se mantenha em conflito de forma prolongada.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 17, 2025, 05:02:31 pm
Bem sei que é sobre as FA's da Alemanha. Mas publico aqui por achar que há muito de comum nesta reportagem entre PT e DE

https://sicnoticias.pt/programas/reporteres-do-mundo/2025-02-15-video-oplano-secreto-da-alemanha-temos-de-acelerar-para-estarmos-prontos-antes-da-russia-546ab07a
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Malagueta em Fevereiro 17, 2025, 06:15:10 pm
Ao que parece  de acordo com a comunicação social Portugal não foi convidado, o que dá bem a imagem como somos vistos lá fora,

https://cnnportugal.iol.pt/videos/portugal-nao-recebeu-convite-varios-lideres-europeus-reunem-se-para-cimeira-de-emergencia-em-paris/67b303240cf28cf88767c4d2

Relativamente ao SMO, gostava mais de um modelo Norueguês, que só são chamados os números necessários para preencher as vagas em falta ( sejham homems ou mulheres )

"Todos os anos, as Forças Armadas norueguesas precisam de 8 a 10 mil novos recrutas, que serão escolhidos agora dentro de um universo de 60 mil homens e mulheres. "Nós não estamos implementando a obrigatoriedade às mulheres porque precisamos de mais soldados, mas porque queremos recrutar os melhores - não importa quem eles sejam", afirma a ministra da Defesa."

Este sistema teve um efeito na sociedade bastante peculiar, como só chamam os melhores, a sociedade civil, reconhece estes jovem que são chamados, sendo um motivo de orgulho e  prestigio, e  uma mais valia no currículo, para serem chamados nas futuras carreiras profissionais.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: legionario em Fevereiro 17, 2025, 06:16:17 pm
Como escrito mais acima, um militar do séc XXI precisa de meses de formação e nalguns casos de anos pois as armas são cada vez mais complexas...
 
Em caso de conflito, há muita diferença entre mobilizar gente que nunca usou uma arma em relação a pessoal que já as sabe utilizar mesmo sumáriamente.
Formação à parte, há outro critério que conta muito para a eficácia das F.A. : a experiência operacional.

Argumento por uma tropa profissional :
Na instituição que eu servi por cerca de 10 anos diz-se e com razão que só ao fim do primeiro contrato de 5 anos é que se tem um soldado formado e aguerrido, por isso se incentiva a que os "velhos"  (e bons) soldados voltem a assinar um novo contrato. Em Portugal tradicionalmente era o contrário : corriam com o pessoal contratado ao fim de poucos anos de serviço. Nem durante as guerras de África se formaram regimentos profissionais, o que foi um absurdo. Enviavam bandos de tropa miliciana para o terreno. O resultado mostra-nos que de cerca de 9000 mortos mais de metade sucumbiu devido a tretas que nada a tinham a ver com a guerra : muitos acidentes quer com armas quer fora de serviço e uma incrível indisciplina no seio da maioria das unidades da "tropa miliciana"...é só ler os relatos de antigos combatentes que o escreveram ou ouvir as estórias dos nossos familiares que serviram em África.

Argumento para o SMO :
Em caso de mobilização geral, o pessoal que já serviu voltará a ser chamado para os quartéis, é pois muito importante ter uma boa reserva de mobilização baseada em gente já com alguma experiência da vida militar.

Concluo :
O melhor sistema, na minha opinião,  seria combinar os dois tipos de engajamento : profissional e miliciano de maneira a que em muito pouco tempo pudéssemos reunir pelo menos 1% da população (100 000 soldados) para o serviço activo. Isto implica ter uma reserva activa, ou seja, civis (ex-militares que fazem períodos de treino 1 ou 2 vezes por ano) capazes de, em caso de necessidade, largar o seu posto de trabalho para se apresentar no quartel...mais ou menos o mesmo principio dos bombeiros volontários ou dos antigos regimentos de ordenanças.

Voilà, voilà, é esta a minha opinião  :)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Ghidra em Fevereiro 17, 2025, 07:00:52 pm
Guerra assimétrica faz sentido, na perspectiva do país ser realmente invadido. Tirando Espanha, nenhum outro país "adversário" iria invadir Portugal por terra. No máximo, poderá haver uma tentativa de atacar e ocupar um dos arquipélagos (ou ambos). Para responder a esta possibilidade, investir em guerra assimétrica era começar a construir a casa... pela mobília e electrodomésticos, quando o que é preciso para defender um arquipélago, é capacidade de dissuadir de forma séria e eficaz um potencial adversário.

Os nossos antepassados realizaram guerra assimétrica com sucesso, numa altura em que o diferencial do poderia militar entre Portugal e outras nações era muito mais reduzido. Hoje a diferença é tão grande em termos militares, que a única coisa que se garantia, era a destruição do país, muitos portugueses mortos, e mais nada.

Eu antes prefiro "levar a guerra até eles", ao invés de desinvestir nas capacidade primárias, e depois colocar a população toda a dar o corpo às balas.

IMHO há duas medidas que Portugal deve equacionar ontem no actual quadro geo-político:
1 - Retracção do dispositivo e meios na RCA. Há prioridades mais urgentes e não temos meios para dispersar
2 - Analisar muito seriamente o regresso do SMO: em que termos, qual o impacto na sociedade e FA's, custos, etc

1 - Não concordo. Em primeiro lugar porque retracção de militares em FND faria sentido se o país já estivesse em conflito. Não estando em conflito, e com aquela FND a não custar nada por aí além, é benéfico do ponto de vista geopolítico e de ganho de experiência dos militares que lá estão.
Em segundo lugar, porque África pode ser um dos grandes TOs de uma 3ª Guerra Mundial. Quanto menos presença Ocidental houver em África, maiores os riscos da influência e da presença militar do "Eixo" Rússia, China, Irão, o que dificulta mais o trabalho da NATO caso tenha que combater um conflito, ao se abrir uma enorme frente com muitos kms quadrados. Até acho que a influência em África, deveria aumentar, puxando mais países para a esfera de influência do Ocidente. Casos tipo Cabo Verde e Marrocos são 2 exemplos, passando por Moçambique, etc.

O que não faz sentido, é investir em meios dedicados para missões de nicho em África, sendo preferencial a compra de meios que tenham utilidade nos TOs de baixa intensidade, mas também de alta intensidade.

2 - Também não concordo. SMO é caro, face aos ganhos reais de capacidades. Não estamos a falar de um SMO para termos pessoal suficiente para guarnecer 10 fragatas, operar 200 Leopard, pilotar 50 F-16... seria um SMO para ter carne para canhão, com pessoal mal equipado, e depois sem dinheiro para adquirir meios modernos e capazes.
Seria muito mais lógico tornar a FAP mais aliciante para manter pilotos de F-16 (e ir buscar ex-pilotos), e assim reforçar a frota de caças com mais pilotos e consequentemente mais aeronaves.

E numa altura em que devíamos aumentar a nossa indústria de Defesa, não faz muito sentido abdicar de uma parte considerável da população, que poderia trabalhar nesta área, para um SMO que não traz grandes ganhos às FA.
Cabo verde e marrocos já são do lado ocidental o problema é o eixo do sahel desde as guinés até ao sudão é tudo pro russos tirando alguma zona controlada por rebeldes...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 17, 2025, 07:03:23 pm
Acho muito bem que Portugal não seja convidado.
Convidar uns parasitas que não servem para nada, só atrapalham, para quê?

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 17, 2025, 09:27:16 pm
Detesto ser desmancha-prazeres mas.....

https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/alemanha-e-paises-baixos-rejeitam-aumentar-a-divida-da-ue-para-gastar-na-defesa

(lá se vão os sonhos do rearmamento nacional)

Por outro lado, fica aqui uma sugestão para financiamento alternativo do aumento dos gastos com a Defesa: https://cnnportugal.iol.pt/tachos/tachinhos/cargos-politicos-batem-recorde-no-governo-de-montenegro/20250217/67b2f8b3d34ef72ee4425afd
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 18, 2025, 10:20:07 am
Acho muito bem que Portugal não seja convidado.
Convidar uns parasitas que não servem para nada, só atrapalham, para quê?

Não querendo fazer de advogado do Diabo, mas muitas outras nações da UE e NATO Europe também não foram convidadas: Bélgica, Noruega, Suécia, Finlândia, República Checa, Grécia, Roménia, Estados Bálticos, etc, etc. "Principais países europeus", como apareceu muitas vezes para a descrição desta cimeira de emergência.

E Portugal, por mérito/culpa própria, nem na 2ª divisão dos países europeus se encontra por esta altura. A relevância a todos os níveis é cada vez mais insignificante, e pelos indicadores que têm vindo a público a vontade da grande maioria da classe política e dirigente do nosso país é que assim permaneça.  ::)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Fevereiro 18, 2025, 02:22:59 pm
Atenção que relativamente às clausulas que permitem criar dívida para pagar armamentos, há dúvidas relativamente ao que a Van Der Leyen disse e sobre qual o sistema a que se estava a referir:
https://www.euractiv.com/section/economy-jobs/news/we-havent-heard-anything-von-der-leyens-defence-spending-scheme-bewilders-diplomats/

A reunião de algumas das cabeças coroadas da Europa, ao contrário do que tem sido divulgado, não aparenta ter sido sobre a Ucrânia, mas muito mais sobre a América.
A inclusão dos ingleses é meio esquisita, mas eles querem pelo menos tentar ser mediadores entre os americanos e a UE.

A acreditar nas palavras do Vance, os britânicos  estão metidos no mesmo saco que os restantes europeus. Há poucos dias atrás, até o extremista Nigel Farage, veio dizer que a Ucrânia deve fazer parte da NATO.

Alguma coisa terá que ser feita.
A reunião em Paris não era suposto ter nenhuma conclusão e todos vão esperar pelos resultados da eleição na Alemanha.
Se a extrema-direita se afirmar, mesmo que não ganhando, os alemães vão agir de forma mais cautelosa. Se os resultados puderem ser vistos pelos outros partidos de forma positiva (não aumento significativo da votação) então o virtual vencedor, a CDU, poderá levar a um endurecimento da posição alemã perante a Rússia.

Nesta Estória o elo mais fraco é a Itália, com a Meloni muito amiga do Ellon-Wooke-Musk. A Espanha também está demasiado à esquerda, mas aí tem as coisas mais facilitadas, porque na peninsula ibérica, a imagem geral da Russia sempre foi negativa ou muito negativa.


Entretanto os americanos mandaram um memorandum para os países europeus, a perguntar se estariam dispostos a enviar tropas para a Ucrânia e a perguntar quais seriam as suas necessidades em termos materiais, de forma a ver como é que os americanos podem ajudar.

Isto é claramente o TRump a tentar evitar que a Europa diga, que sim senhor, vamos rearmar, mas é com armas europeias e não americanas...

.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Fevereiro 18, 2025, 03:11:43 pm
Entretanto os americanos mandaram um memorandum para os países europeus, a perguntar se estariam dispostos a enviar tropas para a Ucrânia e a perguntar quais seriam as suas necessidades em termos materiais, de forma a ver como é que os americanos podem ajudar.

Isto é claramente o TRump a tentar evitar que a Europa diga, que sim senhor, vamos rearmar, mas é com armas europeias e não americanas...

O Trump acha que, ao atraiçoar a Ucrânia e (ao mesmo tempo) colocando em causa toda a decana política da NATO, poderá usar os Europeus para pagar a fatura ao vasto complexo industrial-militar dos EUA. Deixar a batata quente nas nossas mãos enquanto engorda mais um pouco a sua economia.  ::)

Seria preciso que os líderes europeus fossem, enquanto um todo, bem mais fracos e prostituídos do que creio serem. Não acredito neste cenário, mas não consigo dizer liminarmente que é impossível.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 18, 2025, 05:46:24 pm
Muito provavelmente na sequência da cimeira de emergência de Paris, a Dinamarca decidiu aumentar os seus gastos na Defesa para 3% do PIB.

https://lignesdedefense.ouest-france.fr/le-danemark-va-annoncer-un-plan-massif-de-rearmement-et-porter-sont-budget-de-la-defense-a-3-du-pib/
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Fevereiro 18, 2025, 05:54:11 pm
Muito provavelmente na sequência da cimeira de emergência de Paris, a Dinamarca decidiu aumentar os seus gastos na Defesa para 3% do PIB.

https://lignesdedefense.ouest-france.fr/le-danemark-va-annoncer-un-plan-massif-de-rearmement-et-porter-sont-budget-de-la-defense-a-3-du-pib/

O investimento dos nossos aliados pode ser muito bom para Portugal

Pode ser que passa a existir espaço para pagar uns 40-60% de três novas fragatas para nós  :mrgreen: :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 18, 2025, 06:15:28 pm
Muito provavelmente na sequência da cimeira de emergência de Paris, a Dinamarca decidiu aumentar os seus gastos na Defesa para 3% do PIB.

https://lignesdedefense.ouest-france.fr/le-danemark-va-annoncer-un-plan-massif-de-rearmement-et-porter-sont-budget-de-la-defense-a-3-du-pib/

O investimento dos nossos aliados pode ser muito bom para Portugal

Pode ser que passa a existir espaço para pagar uns 40-60% de três novas fragatas para nós  :mrgreen: :mrgreen:

100% ou nada  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 18, 2025, 07:06:51 pm
Muito provavelmente na sequência da cimeira de emergência de Paris, a Dinamarca decidiu aumentar os seus gastos na Defesa para 3% do PIB.

https://lignesdedefense.ouest-france.fr/le-danemark-va-annoncer-un-plan-massif-de-rearmement-et-porter-sont-budget-de-la-defense-a-3-du-pib/

O investimento dos nossos aliados pode ser muito bom para Portugal

Pode ser que passa a existir espaço para pagar uns 40-60% de três novas fragatas para nós  :mrgreen: :mrgreen:

100% ou nada  :mrgreen:

80% e não se fala mais no assunto, prontus!!!  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Kalil em Fevereiro 18, 2025, 07:13:35 pm
Entretanto os americanos mandaram um memorandum para os países europeus, a perguntar se estariam dispostos a enviar tropas para a Ucrânia e a perguntar quais seriam as suas necessidades em termos materiais, de forma a ver como é que os americanos podem ajudar.

Isto é claramente o TRump a tentar evitar que a Europa diga, que sim senhor, vamos rearmar, mas é com armas europeias e não americanas...

O Trump acha que, ao atraiçoar a Ucrânia e (ao mesmo tempo) colocando em causa toda a decana política da NATO, poderá usar os Europeus para pagar a fatura ao vasto complexo industrial-militar dos EUA. Deixar a batata quente nas nossas mãos enquanto engorda mais um pouco a sua economia.  ::)

Seria preciso que os líderes europeus fossem, enquanto um todo, bem mais fracos e prostituídos do que creio serem. Não acredito neste cenário, mas não consigo dizer liminarmente que é impossível.

Demorou muitos, demasiados, anos até que fosse possível alguém escrever isto aqui no fórum.

Se não estou em erro, o armamento é a 3a maior importação dos EUA para a UE.

Seria um osso difícil de engolir para a indústria americana, mas não impossível, pois com excepção dos famosos caças stealth e dos mísseis anti balísticos, a europa tem opções para quase tudo.

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Fevereiro 18, 2025, 10:35:27 pm
Cabo verde e marrocos já são do lado ocidental o problema é o eixo do sahel desde as guinés até ao sudão é tudo pro russos tirando alguma zona controlada por rebeldes...

Sim, mas é preciso mais. É preciso perceber se, num cenário de guerra global, teriam algum tipo de participação, seja militarmente, seja na cedência de bases/portos, caso se abrisse uma frente em África.

O que é certo, é que um país como Cabo Verde, se não permitisse ajuda estrangeira, seria facilmente controlado por forças do "Eixo". Se a Rússia ou particularmente a China, conseguissem usar Cabo Verde como base de operações, o status quo no Atlântico fica complicado para nós, principalmente com os EUA mais focados no Pacífico. Isto sem falar no risco real de haverem bases chinesas e/ou russas noutros países africanos.

Como escrito mais acima, um militar do séc XXI precisa de meses de formação e nalguns casos de anos pois as armas são cada vez mais complexas...
 
Em caso de conflito, há muita diferença entre mobilizar gente que nunca usou uma arma em relação a pessoal que já as sabe utilizar mesmo sumáriamente.
Formação à parte, há outro critério que conta muito para a eficácia das F.A. : a experiência operacional.

Argumento por uma tropa profissional :
Na instituição que eu servi por cerca de 10 anos diz-se e com razão que só ao fim do primeiro contrato de 5 anos é que se tem um soldado formado e aguerrido, por isso se incentiva a que os "velhos"  (e bons) soldados voltem a assinar um novo contrato. Em Portugal tradicionalmente era o contrário : corriam com o pessoal contratado ao fim de poucos anos de serviço. Nem durante as guerras de África se formaram regimentos profissionais, o que foi um absurdo. Enviavam bandos de tropa miliciana para o terreno. O resultado mostra-nos que de cerca de 9000 mortos mais de metade sucumbiu devido a tretas que nada a tinham a ver com a guerra : muitos acidentes quer com armas quer fora de serviço e uma incrível indisciplina no seio da maioria das unidades da "tropa miliciana"...é só ler os relatos de antigos combatentes que o escreveram ou ouvir as estórias dos nossos familiares que serviram em África.

Argumento para o SMO :
Em caso de mobilização geral, o pessoal que já serviu voltará a ser chamado para os quartéis, é pois muito importante ter uma boa reserva de mobilização baseada em gente já com alguma experiência da vida militar.

Concluo :
O melhor sistema, na minha opinião,  seria combinar os dois tipos de engajamento : profissional e miliciano de maneira a que em muito pouco tempo pudéssemos reunir pelo menos 1% da população (100 000 soldados) para o serviço activo. Isto implica ter uma reserva activa, ou seja, civis (ex-militares que fazem períodos de treino 1 ou 2 vezes por ano) capazes de, em caso de necessidade, largar o seu posto de trabalho para se apresentar no quartel...mais ou menos o mesmo principio dos bombeiros volontários ou dos antigos regimentos de ordenanças.

Voilà, voilà, é esta a minha opinião  :)

O melhor sistema, seja ele qual for, passa por um sistema que não vá roubar recursos (nomeadamente financeiros) ao necessário investimento em equipamento. O SMO clássico, tem o grave problema de ser o sonho molhado dos generais formados na doutrina da "carne para canhão".

Em Portugal, quando se fala em SMO, a retórica é esta, de arranjar uma carrada de gente, e depois "tudo ao molho e fé em Deus".

De notar que, o SMO debativo N vezes, e tão falado por oficiais e outros tantos, nada tem de profissional. Também não tem nada a ver com reservistas. É à boa moda antiga, de encher fileiras com putos de 18 anos, e atirá-los às feras.

Este modo de SMO não apoio de forma alguma, principalmente se a existência/independência do país não estiver em risco. Para contribuirmos para a NATO numa hipotética guerra mundial, não é preciso mobilizar uma percentagem significativa da população, é preciso termos umas FA minimamente capazes e eficazes.

Mobilizar 100 mil soldados, é impossível para Portugal, sendo este um país que não tem reservas para sustentar combates durante mais do que 1 semana. Teríamos uma grande quantidade de militares nas fileiras, pessimamente equipados. Para mim isto não tem nexo.

Agora, abrir a condição de reservistas, particularmente para as funções mais críticas e difíceis de formar pessoal, sem dúvida.
Criar uma unidade tipo Legião Estrangeira, com uns 1000-2000 elementos, idem.

De resto, tenhamos FA modernas e bem equipadas, e que se mobilize pessoal civil que permita que estas FA funcionem de forma sustentada.

Mobilizar o Zé, dar-lhe uma formação básica de umas semanas, e atirá-lo para a linha da frente, para morrer passado dois dias, não traz vantagem nenhuma.
Mobilizar o Zé, para produzir munições usadas pelos nossos militares, e conseguir desempenhar a sua função por um longo período de tempo, é muito mais útil.
Como o Zé, podemos ter o João, alocado à manutenção de viaturas do Exército, o Tiago num estaleiro a fazer manutenção de navios de guerra, a Maria na produção de fardamento, e por aí em diante.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: legionario em Fevereiro 18, 2025, 10:57:00 pm
O pessoal ficou traumatizado com o regresso da guerra das trincheiras, eu atrevo-me a dizer que essa maneira de fazer a guerra é uma especificidade russo-ucraniana. Os russos também se atolam em trincheiras porque têm o escrupulo de evitar bombardeamentos massivos para poupar a população civil, ... se assim não fosse tinham feito como Israel , arrazado tudo e passado por cima dos escombros para atingir os seus fins.

Eu não vou repetir os meus argumentos, seria inútil não é verdade ?

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Fevereiro 19, 2025, 12:17:52 am
O direito ao voto foi um erro fogo....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Fevereiro 19, 2025, 12:25:50 am
Os russos também se atolam em trincheiras porque têm o escrupulo de evitar bombardeamentos massivos para poupar a população civil

Isto é o Fórum Defesa, ou o Fórum Comédia?  :mrgreen:

Pensei que se escondiam em trincheiras porque não queriam morrer.  Quanto a "evitar bombardeamentos massivos para poupar a população civil" bem temos visto os resultados do humanismo e da benevolência dos russos.  ::)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Fevereiro 19, 2025, 03:33:37 am
O pessoal ficou traumatizado com o regresso da guerra das trincheiras, eu atrevo-me a dizer que essa maneira de fazer a guerra é uma especificidade russo-ucraniana. Os russos também se atolam em trincheiras porque têm o escrupulo de evitar bombardeamentos massivos para poupar a população civil, ... se assim não fosse tinham feito como Israel , arrazado tudo e passado por cima dos escombros para atingir os seus fins.

Eu não vou repetir os meus argumentos, seria inútil não é verdade ?

Os russos não fazem "bombardeamentos massivos" porque não conseguem, pois perdiam uma grande parte da sua frota de aeronaves ao tentar realizar ataques desses, sem conseguir suprimir/destruir as defesas AA ucranianas. Achar que é benevolência da parte russa, é só parvoíce.

Ninguém está traumatizado com a guerra de trincheiras naquele conflito, e já se sabe que num conflito de larga escala, possivelmente com várias frentes, nunca se iria resumir a esse tipo de guerra.

No caso português, o SMO é virtualmente inútil, quando a maior parte do nosso território é marítimo e um conflito seria primariamente aeronaval. De que nos serve ter 100 mil soldados sentados à espera que o inimigo dê à costa? Se o interesse desse inimigo for um dos arquipélagos, nem sequer temos capacidade de mover tanta gente e o respectivo material do continente para as ilhas. Torna-se uma medida inconsequente.
Na NATO sofremos de outro problema: não faltam países capazes de "dar" exércitos de dimensão considerável, e muito melhor equipados do que o nosso alguma vez seria se tivesse SMO. Uma brigada ligeira bem equipada, uma brigada média/pesada (mista) bem equipada, uma força naval moderna e uma força aérea bem composta, é tudo o que precisamos de "dar" à NATO.

Com SMO, íamos formar soldados à pressa, e a enviá-los mal equipados para uma frente para a qual não estão preparados. Não precisa de ser uma trincheira, basta serem enviados para uma frente mais a Norte no inverno, e seria um desastre.
Se para equipar um Exército bastante pequeno, com os mínimos aceitáveis em termos de equipamento individual, já é um pesadelo, o que seria com 50 a 100 mil soldados.  ::)

Um SMO às três pancadas não tem nexo. Não temos meios (veículos, navios, aeronaves) para tirar real partido de tanta gente, nem temos reservas de guerra que permitam formar esse pessoal, tal como não temos equipamento individual para todos.

A prioridade devia ser sempre ter umas FA bem equipadas e com capacidade de dissuasão, que permitam que uma guerra seja combate lá longe, ao invés do nosso próprio território. O SMO é tipo o plano C, caso os planos A e B falhem.

Entretanto, a "militarização" da GNR, podia servir de alternativa a um SMO. Aumentava-se o efectivo com uma força primariamente para defesa territorial, que já tem o pessoal no activo, e que permitia que o EP se focasse nas linhas da frente do conflito.
Dado emprego primariamente interno, as necessidades de equipamento/armamento para esta força seriam muito mais reduzidas, logo o investimento seria muito reduzido.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 19, 2025, 09:51:44 am
Bom, vou-me explicar melhor. Até parece que sou um fá do SMO. Não é o caso. Mas defendo que essa possibilidade tem de ser equacionada, nestes tempos que atravessamos que não sáo de guerra mas também já não são de paz.

E isso significa que nos temos de preparar. Se é óbvio que no caso nacional  (e não só, como é evidente) desde há algum tempo que aumentou o nível de exercícios - e espero que isso tenha também tido correspondència no aumento dos níveis de manutenção e disponibilidade dos equipamentos em serviço - parece-me também óbvio que a hipótese de SMO tem de ser equacionada.

Isso não significa que - caso seja o mesmo reactivado - o seja de forma generalizada. Como os finlandeses, creio, apenas seriam chamados os elementos necessários, não a totalidade do contingente. E para as funções consideradas adequadas (para as mais técnicas seriam a componente profissional), pelo tempo considerado necessário. Por exemplo.

Mas isso obrigaria a um meritoso trabalho prévio de análise e preparação, incluindo quem, quantos, como, no quê. por quanto tempo, a que custo, etc, etc.,
Não creio que a rejeição tout court do SMO seja a decisão mais apropriada. Há que ter planos B-
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: legionario em Fevereiro 19, 2025, 10:20:18 am
O pessoal ficou traumatizado com o regresso da guerra das trincheiras, eu atrevo-me a dizer que essa maneira de fazer a guerra é uma especificidade russo-ucraniana. Os russos também se atolam em trincheiras porque têm o escrupulo de evitar bombardeamentos massivos para poupar a população civil, ... se assim não fosse tinham feito como Israel , arrazado tudo e passado por cima dos escombros para atingir os seus fins.

Eu não vou repetir os meus argumentos, seria inútil não é verdade ?

Os russos não fazem "bombardeamentos massivos" porque não conseguem, pois perdiam uma grande parte da sua frota de aeronaves ao tentar realizar ataques desses, sem conseguir suprimir/destruir as defesas AA ucranianas. Achar que é benevolência da parte russa, é só parvoíce.

Ninguém está traumatizado com a guerra de trincheiras naquele conflito, e já se sabe que num conflito de larga escala, possivelmente com várias frentes, nunca se iria resumir a esse tipo de guerra.

No caso português, o SMO é virtualmente inútil, quando a maior parte do nosso território é marítimo e um conflito seria primariamente aeronaval. De que nos serve ter 100 mil soldados sentados à espera que o inimigo dê à costa? Se o interesse desse inimigo for um dos arquipélagos, nem sequer temos capacidade de mover tanta gente e o respectivo material do continente para as ilhas. Torna-se uma medida inconsequente.
Na NATO sofremos de outro problema: não faltam países capazes de "dar" exércitos de dimensão considerável, e muito melhor equipados do que o nosso alguma vez seria se tivesse SMO. Uma brigada ligeira bem equipada, uma brigada média/pesada (mista) bem equipada, uma força naval moderna e uma força aérea bem composta, é tudo o que precisamos de "dar" à NATO.

Com SMO, íamos formar soldados à pressa, e a enviá-los mal equipados para uma frente para a qual não estão preparados. Não precisa de ser uma trincheira, basta serem enviados para uma frente mais a Norte no inverno, e seria um desastre.
Se para equipar um Exército bastante pequeno, com os mínimos aceitáveis em termos de equipamento individual, já é um pesadelo, o que seria com 50 a 100 mil soldados.  ::)

Um SMO às três pancadas não tem nexo. Não temos meios (veículos, navios, aeronaves) para tirar real partido de tanta gente, nem temos reservas de guerra que permitam formar esse pessoal, tal como não temos equipamento individual para todos.

A prioridade devia ser sempre ter umas FA bem equipadas e com capacidade de dissuasão, que permitam que uma guerra seja combate lá longe, ao invés do nosso próprio território. O SMO é tipo o plano C, caso os planos A e B falhem.

Entretanto, a "militarização" da GNR, podia servir de alternativa a um SMO. Aumentava-se o efectivo com uma força primariamente para defesa territorial, que já tem o pessoal no activo, e que permitia que o EP se focasse nas linhas da frente do conflito.
Dado emprego primariamente interno, as necessidades de equipamento/armamento para esta força seriam muito mais reduzidas, logo o investimento seria muito reduzido.

Sobre a GNR : estou completamente de acordo.

A GNR é uma força que quadrilha todo o território nacional, pelo menos o território continental. Ninguém melhor do que a Guarda conhece o país. Acho que deveriam estar equipados com material para fazer face a ameças inesperadas : intervenção imediata, ação contra-comando, sabotagens de infraestruturas, ...também deveriam ter reservistas (como a Gendarmerie francesa)

O SMO permite de ter uma reserva de mobilização a partir de pessoal já formado, não se trata pois de "formar à pressa" miúdos de 18/20 anos, estou a falar de homens feitos que seguem um programa periódico de treino mesmo depois de passar à disponibilidade.
Há muitos países para além da Suiça e de Israel que têm forças de reservistas, parte das quais preparadas para assumir imediatamente as suas funções.
Portugal, em teoria  tem 200 000 homens na reserva, na prática sabemos que só existe no papel mas seria uma boa ideia  aproveitar pessoal volontário proveniente das forças especiais, da logística, etc para selecionar uma pequena força reservista de reação rápida.

Concluindo, a principal vantagem do SMO é a de formar pessoal e de assegurar que em caso de necessidade, não seremos obrigados a formar às pressas pessoal que, de outro modo, se assustaria com o disparo de uma arma ou com a vida num quartel (muito diferente da vida doméstica).
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 19, 2025, 04:14:56 pm
O pessoal ficou traumatizado com o regresso da guerra das trincheiras, eu atrevo-me a dizer que essa maneira de fazer a guerra é uma especificidade russo-ucraniana. Os russos também se atolam em trincheiras porque têm o escrupulo de evitar bombardeamentos massivos para poupar a população civil, ... se assim não fosse tinham feito como Israel , arrazado tudo e passado por cima dos escombros para atingir os seus fins.

Eu não vou repetir os meus argumentos, seria inútil não é verdade ?

Mariupol, Volnovakha, Sievierodonetsk, Maryinka, Soledar, Bakhmut...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Fevereiro 19, 2025, 09:19:16 pm
Portugal adere à iniciativa para o escudo antimíssil europeu

Ministério da Defesa Nacional confirma ao ECO a adesão de Portugal ao Sky Shield que tem como objetivo promover o fortalecimento de capacidades europeias de defesa aérea.

Portugal aderiu à iniciativa European Sky Shield, uma proposta criada pelo chanceler alemão Olaf Scholz em 2022 para criar um futuro escudo antimíssil continental, confirma ao ECO o Ministério da Defesa Nacional.

“Portugal aderiu recentemente ao Sky Shield, com o objetivo de fortalecer o pilar europeu da NATO”, afirma ao ECO fonte oficial do Ministério da Defesa Nacional, sem mencionar qual o gasto para o país.

“Trata-se de uma iniciativa da Alemanha lançada em 2022, com o objetivo de promover o fortalecimento de capacidades europeias de defesa aérea de curto, médio e longo alcance, levando as nações participantes a adquirir em conjunto os equipamentos”, detalha o Ministério da Defesa Nacional.

Liderado pela Alemanha, este sistema de proteção antimíssil, que surgiu como resposta à invasão russa da Ucrânia, foi concebido com o objetivo de “criar um sistema europeu de defesa aérea e antimísseis através da aquisição comum de equipamentos de defesa aérea e mísseis pelas nações europeias”.

24 países europeus já aderiram a esta iniciativa, sendo Portugal e a Albânia os mais recentes. Para já, países como Espanha, França ou Itália não mostraram interesse em fazer parte desta iniciativa.

https://eco.sapo.pt/2025/02/19/portugal-adere-a-iniciativa-para-o-escudo-antimissil-europeu/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Luso em Fevereiro 19, 2025, 09:50:18 pm
O que é que Portugal trás para a mesa a não ser vinho, bacalhau e queijo da serra?
Nem o elementar tem.
Como a noção do ridículo, por exemplo...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Fevereiro 19, 2025, 10:18:59 pm
O que é que Portugal trás para a mesa a não ser vinho, bacalhau e queijo da serra?
Nem o elementar tem.
Como a noção do ridículo, por exemplo...
Não precisa de trazer nada, o ESSI é para facilitar compras conjuntas e reduzir custos

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 20, 2025, 07:39:48 am
O que é que Portugal trás para a mesa a não ser vinho, bacalhau e queijo da serra?
Nem o elementar tem.
Como a noção do ridículo, por exemplo...

Pode ser "estilo EPC", desculpa para umas passeatas e encher o bandulho

Neste país nada é para levar a sério
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 20, 2025, 10:27:10 am
Hoje, no DN. Nada que não se saiba, mas que sintetiza as causas da situação actual nas FA's:

https://www.dn.pt/pol%C3%ADtica/for%C3%A7as-armadas-os-alertas-dos-generais-em-10-pontos
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Luso em Fevereiro 20, 2025, 04:41:52 pm
O que é que Portugal trás para a mesa a não ser vinho, bacalhau e queijo da serra?
Nem o elementar tem.
Como a noção do ridículo, por exemplo...

Pode ser "estilo EPC", desculpa para umas passeatas e encher o bandulho

Neste país nada é para levar a sério

Por mais evidências que se apresentem - e ainda para mais com a recente comunicado do GREI - certo pessoal continua a acreditar em histórias da carochinha.
Parece desesperado por conservar uma narrativa falsa e completamente falida. E não me acredito que quem esteja a fazer isso seja por burrice ou estupidez. Porque nem são estúpidos nem burros.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Fevereiro 20, 2025, 05:42:01 pm


Quando, creio que no ano passado, foi anunciado o Skyshield, vimos várias pessoas a criticar o fato de Portugal não fazer parte.
Agora as criticas são porque fazemos parte e não servimos para nada ...


Este projeto faz todo o sentido e o governo percebeu que era um oportunidade e ainda bem.
Trata-se de uma iniciativa para centralizar compras racionalizar e baixar preços e uniformizar sistemas.

O problema que aqui vejo, é que os franceses e os italianos estão de fora e é imprescindivel que entrem principalmente porque na nova realidade que estamos a viver, a aceitação de sistemas americanos será cada vez mais contestadas.

Nas últimas 48 horas, tenho visto comentários que há dois meses atrás seriam improváveis.
Toda a gente está à espera das eleições alemãs.

A reunião organizada pelo Macron em Paris não foi tão infrutífera e inutil quanto se pensa e o que foi discutido, já tinha sido pensado anteriormente.

Ou seja: Como manter a Ucrânia independente, mesmo que sem o apoio dos americanos.
A utilização do dinheiro dos russos tem sido uma das possibilidades aventadas embora até agora ainda tenha opositores.

Não vão sair conclusões deste tipo de reuniões porque ninguém quer que as reações de criança mimada do Trump atrapalhem quaisquer negociações.

.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: nelson38899 em Fevereiro 20, 2025, 07:10:07 pm
Eu nem deveria informar o fórum, mas aqui vai.

Disseram-me de fonte segura que o estado tuga não vai gastar nem 2, nem 3, nem 5% em defesa, enquanto não houver sanções americanas ou europeias.

Uma vez que nem o Chega, nem o PS querem-se comprometer com esses números, pois o objectivo agora é ganhar as próximas eleições e isso só se consegue através do aumento do número de funcionários públicos, salários e as reformas.

Neste momento o objetivo dos partidos é aumentar para cima de 75%, o peso que as pensões e salários tem no orçamento de estado.

Se não houver PRR para a defesa não haverá investimentos avultados. 
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 20, 2025, 08:05:20 pm
Eu nem deveria informar o fórum, mas aqui vai.

Disse-me fonte segura que o estado tuga não vai gastar nem 2, nem 3, nem 5% em defesa, enquanto não houver sanções americanas ou europeias.

Uma vez que nem o Chega, nem o PS querem-se comprometer com esses números, pois o objectivo agora é ganhar as próximas eleições e isso só se consegue através do aumento do número de funcionários públicos, salários e as reformas.

Neste momento o objetivo dos partidos é aumentar para cima de 75%, o peso que as pensões e salários no orçamento de estado.

Se não houver PRR para a defesa não haverá investimentos avultados.

Infelizmente não me surpreeende nada....  :(
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Fevereiro 20, 2025, 10:13:10 pm
Infelizmente nem o PSD nem o PS têem pessoas com visão para investirem na Defesa e lucrarem com isso! Estou a lembrar-me da vantagem do país estar nos antípodas da rússia e ter energia barata disponível para deslocalizar fábricas para Portugal, mesmo que essa deslocalização implique comprometimento de gastos anuais para instalar essas fábricas.

Por exemplo, o Governo incentivar a instalação de uma fábrica em território nacional, com participação minoritária e com o compromisso de abastecer as nossas próprias FA! Ganhávamos em toda a linha!

Outro assunto, ouvi à minutos o Milhazes referir na SIC Notícias que a Rheinmetall pretende instalar uma fábrica de carros de combate em Portugal!!! A ser verdade é uma excelente notícia!!!!

Se conseguirmos instalar em território nacional uma fábrica de munições....... seria excepcional!!!!!
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Luso em Fevereiro 20, 2025, 10:45:04 pm
Infelizmente nem o PSD nem o PS têem pessoas com visão para investirem na Defesa e lucrarem com isso! Estou a lembrar-me da vantagem do país estar nos antípodas da rússia e ter energia barata disponível para deslocalizar fábricas para Portugal, mesmo que essa deslocalização implique comprometimento de gastos anuais para instalar essas fábricas.

Por exemplo, o Governo incentivar a instalação de uma fábrica em território nacional, com participação minoritária e com o compromisso de abastecer as nossas próprias FA! Ganhávamos em toda a linha!

Outro assunto, ouvi à minutos o Milhazes referir na SIC Notícias que a Rheinmetall pretende instalar uma fábrica de carros de combate em Portugal!!! A ser verdade é uma excelente notícia!!!!

Se conseguirmos instalar em território nacional uma fábrica de munições....... seria excepcional!!!!!

Só me espanta isso não ter acontecido mais cedo: mão de obra barata (que permite redução de custos e por consequência o aumento de reservas de guerra, país que faz do mesmo bloco geopolítico, longe de pontos de tensão, pessoal formado, sinergias com empresas locais, nomeadamente metalomecânica e polímeros.
Mas como isto é um país de advogados chico espertos e de jotinhas...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Fevereiro 20, 2025, 10:46:50 pm
Infelizmente nem o PSD nem o PS têem pessoas com visão para investirem na Defesa e lucrarem com isso! Estou a lembrar-me da vantagem do país estar nos antípodas da rússia e ter energia barata disponível para deslocalizar fábricas para Portugal, mesmo que essa deslocalização implique comprometimento de gastos anuais para instalar essas fábricas.

Por exemplo, o Governo incentivar a instalação de uma fábrica em território nacional, com participação minoritária e com o compromisso de abastecer as nossas próprias FA! Ganhávamos em toda a linha!

Outro assunto, ouvi à minutos o Milhazes referir na SIC Notícias que a Rheinmetall pretende instalar uma fábrica de carros de combate em Portugal!!! A ser verdade é uma excelente notícia!!!!

Se conseguirmos instalar em território nacional uma fábrica de munições....... seria excepcional!!!!!
Tenho duvidas que o milhazes esteja certo, não vi nada que aponea para isso

É que a Rheinmetall nem faz carros de combate  :mrgreen:

E os que vai fazer vão ser na Itália
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Fevereiro 20, 2025, 11:20:20 pm
Infelizmente nem o PSD nem o PS têem pessoas com visão para investirem na Defesa e lucrarem com isso! Estou a lembrar-me da vantagem do país estar nos antípodas da rússia e ter energia barata disponível para deslocalizar fábricas para Portugal, mesmo que essa deslocalização implique comprometimento de gastos anuais para instalar essas fábricas.

Por exemplo, o Governo incentivar a instalação de uma fábrica em território nacional, com participação minoritária e com o compromisso de abastecer as nossas próprias FA! Ganhávamos em toda a linha!

Outro assunto, ouvi à minutos o Milhazes referir na SIC Notícias que a Rheinmetall pretende instalar uma fábrica de carros de combate em Portugal!!! A ser verdade é uma excelente notícia!!!!

Se conseguirmos instalar em território nacional uma fábrica de munições....... seria excepcional!!!!!

Só me espanta isso não ter acontecido mais cedo: mão de obra barata (que permite redução de custos e por consequência o aumento de reservas de guerra, país que faz do mesmo bloco geopolítico, longe de pontos de tensão, pessoal formado, sinergias com empresas locais, nomeadamente metalomecânica e polímeros.
Mas como isto é um país de advogados chico espertos e de jotinhas...

Totalmente de acordo!
Mas julgo que no nosso caso há raízes históricas de ainda antes de eu ter nascido para o actual poder político, claramente de centro-esquerda, odiar ou temer as FA e os militares! Uma parte atribuo ao facto do poder militar forte, estar normalmente associado a um ditador no poder, seja ele militar ou não!

Não me esqueço as picardias de Mário Soares com o sr Gen Ramalho Eanes, que até levou a alterar a lei para o prejudicar pessoalmente (corte na pensão), que o Sr General respondeu e muito bem com a aprovação da lei e em seguida meteu o Estado em Tribunal! E ganhou! Outra bofetada de luva branca foi o pormenor de ser indemnizado pelo Estado, por todos os valores monetários que se viu privado e o mesmo ter oferecido esse montante para a caridade!!!!!

Também não me esqueço aquando de uma inauguração de uma auto-estrada, o Mário Soares ter ordenado a 2 GNR que desandassem dali para fora...... só porque estavam a fazer o que lhes pediram, fazer a escolta do autocarro!!!!!

A realidade é que passamos de um país com uma força militar apreciável para o seu tamanho, em 1974, para uma caricatura dos dias de hoje!!!! Apesar de relembrar que antes de 74 era natural que o tamanho das FA fossem maiores, não só devido ao tamanho territorial da altura, mas também dos conflitos que enfrentávamos!!!!!

Também relembro que pelo facto de sermos um país de centro-esquerda, somos formatados para atacar tudo o que é privado!!!! O lucro é um pecado!!!! Parece que gostamos de enriquecer ao invés as empresas estrangeiras!!!!! E em simultãneo somos avessos ao risco e atacamos qualquer um que decida a sua sorte quando aposta o seu património numa empresa!!!!! Até parece que gostamos mais das empresas que dão prejuízo, para termos de ir a seguir e paternalmente injectar o dinheiro de todos os portugueses para a salvar  ::)
Os políticos ficam bem na fotografia com o dinheiro de todos nós, mas o país sai sempre a perder!!!!!!

Somos demasiado conservadores e avessos ao risco!!!!

E depois também acho que é um problema, o facto da Assembleia da República estar cheia de advogados e funcionários públicos!!!!!!

Temos pouca gente com visão!!!!!

Somos pobres, mas desde 2022 podíamos ganhar tanto dinheiro com este conflito!!!
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 21, 2025, 09:16:00 am
Eu nem deveria informar o fórum, mas aqui vai.

Disseram-me de fonte segura que o estado tuga não vai gastar nem 2, nem 3, nem 5% em defesa, enquanto não houver sanções americanas ou europeias.

Uma vez que nem o Chega, nem o PS querem-se comprometer com esses números, pois o objectivo agora é ganhar as próximas eleições e isso só se consegue através do aumento do número de funcionários públicos, salários e as reformas.

Neste momento o objetivo dos partidos é aumentar para cima de 75%, o peso que as pensões e salários tem no orçamento de estado.

Se não houver PRR para a defesa não haverá investimentos avultados. 

O que escreveste vem de encontro ao que também deixei aqui há umas semanas atrás:

Ainda ontem um conhecido meu, que por esta altura trabalha na cúpula do PSD, afirmava off the record que o PM, quando confrontado internamente com a questão dos 5% do PIB para a Defesa, diz quase sempre de imediato "é que nem pensar!". E isso deixa-me (deixa-nos) curioso(s) para ver o que irá ser então daqui para a frente caso o Governo entretanto não mude de ideias.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 22, 2025, 03:56:01 pm
José Neves, presidente do cluster AED, que reúne as indústrias da Aeronáutica, Espaço e Defesa, defende que, se Portugal antecipasse neste momento o objetivo de investir 2% do PIB em defesa, só iria aumentar as importações para 95%, porque a indústria ainda não está preparada para aumentar a produção. Quatro anos é um bom prazo para chegar ao objetivo e o limite deve ser os 2,5%, segundo este.

Citar
"Antecipar agora o investimento em Defesa para 2% do PIB só aumenta as importações"

https://rr.pt/especial/duvidas-publicas/2025/02/22/antecipar-agora-o-investimento-em-defesa-para-2-do-pib-so-aumenta-as-importacoes/414674/?utm_source=cxultimas
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 22, 2025, 04:13:11 pm
José Neves, presidente do cluster AED, que reúne as indústrias da Aeronáutica, Espaço e Defesa, defende que, se Portugal antecipasse neste momento o objetivo de investir 2% do PIB em defesa, só iria aumentar as importações para 95%, porque a indústria ainda não está preparada para aumentar a produção. Quatro anos é um bom prazo para chegar ao objetivo e o limite deve ser os 2,5%, segundo este.

Citar
"Antecipar agora o investimento em Defesa para 2% do PIB só aumenta as importações"

https://rr.pt/especial/duvidas-publicas/2025/02/22/antecipar-agora-o-investimento-em-defesa-para-2-do-pib-so-aumenta-as-importacoes/414674/?utm_source=cxultimas

Oh shôr Putin, espere aí 4 anos faxabore
(https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2019/10/guerra.png?ixlib=php-1.1.0)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Fevereiro 22, 2025, 05:38:43 pm
Oh shôr Putin, espere aí 4 anos faxabore
(https://cdn-images.rtp.pt/arquivo/2019/10/guerra.png?ixlib=php-1.1.0)

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 22, 2025, 05:57:30 pm
Pelo menos temos os ST 🙏🙏🙏
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Fevereiro 22, 2025, 06:44:58 pm

Oh shôr Putin, espere aí 4 anos faxabore

Depois do desastre que tem sido a invasão da Ucrânia o pudim precisa de uns 10-12 anos para recuperar, se não cair duma janela a baixo primeiro.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 22, 2025, 06:56:58 pm

Oh shôr Putin, espere aí 4 anos faxabore

Depois do desastre que tem sido a invasão da Ucrânia o pudim precisa de uns 10-12 anos para recuperar, se não cair duma janela a baixo primeiro.

Ah então compreendo os nossos brilhantes estrategos e sábios, experts na área da defesa. Não há pressa.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Luso em Fevereiro 22, 2025, 09:11:38 pm

Oh shôr Putin, espere aí 4 anos faxabore

Depois do desastre que tem sido a invasão da Ucrânia o pudim precisa de uns 10-12 anos para recuperar, se não cair duma janela a baixo primeiro.

Ah então compreendo os nossos brilhantes estrategos e sábios, experts na área da defesa. Não há pressa.

O orçamento deve estar controlado de forma a permitir o mínimo de serviços que levem as pessoas não não se revoltar. O resto é para a dívida e para esquemas e manter estruturas partidárias.
Portanto, para não se perderem eleições não vão mexer nos serviços mínimos nem na dívida. Para arranjar dinheiro para a Defesa teriam que mexer nos esquemas de corrupção e financiamento partidário.
Para isso é que não vai haver dinheiro. Logo, o sistema é irreformável.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Fevereiro 22, 2025, 09:19:53 pm
Mais um com medo da super (im)potência russa.  :mrgreen:

https://foreignpolicy.com/2024/03/14/russia-military-war-nato-estonia-intelligence/

https://www.ifri.org/en/studies/russian-military-manpower-after-two-and-half-years-war-ukraine

https://carnegieendowment.org/research/2024/09/russian-military-reconstitution-2030-pathways-and-prospects

https://www.businessinsider.com/russian-military-reform-options-after-ukraine-are-challenging-2025-2

https://www.newsweek.com/russia-casualties-ukraine-five-years-reconstitute-army-admiral-sir-tony-radakin-1928858




Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 26, 2025, 06:45:52 am
O comandante em chefe himself:

17 de março: nesta data pode haver novidades sobre envio de militares portugueses para a Ucrânia - Marcelo explica

Presidente diz ainda que há disponibilidade para reforçar a presença portuguesa nos países vizinhos da Ucrânia

O Presidente da República considerou hoje que "ainda é cedo para se colocar a questão" de um eventual envio de militares para a Ucrânia e referiu que o Governo tem nesta matéria "uma iniciativa fundamental".

Em resposta a perguntas dos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu também que "o envio de forças nacionais destacadas tem de ter parecer do Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN)" e acrescentou: "Vamos esperar para ver e depois falaremos".

Questionado sobre um eventual envio de militares portugueses para a Ucrânia, o chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas começou por responder: "É uma questão sobre a qual não me posso pronunciar sem que o CSDN seja ouvido. Vamos ter uma reunião no dia 17 de março, mas ainda é cedo para se colocar a questão".

Sobre as negociações para a paz, o Presidente da República insistiu que tem de ser "uma paz justa, uma paz sustentável e uma paz compreensiva", não pode ser "para de repente avançar e falhar imediatamente", nem pode criar "uma sensação de insegurança na Ucrânia". E refere-se aos EUA como "antigos aliados" e diz que quer perceber se "a NATO é para levar a sério"

Quanto a Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa realçou que o país tem tido uma "contribuição para a segurança na Ucrânia em países vizinhos, em particular na Roménia e Eslováquia", e já manifestou disponibilidade para, "se fosse necessário reforçar essa posição em países vizinhos, com certeza".

https://cnnportugal.iol.pt/militares-soldados-portugueses-na-guerra-na-ucrania/donald-trump-nato-conselho-superior-de-defesa-nacional/17-de-marco-nesta-data-pode-haver-novidades-sobre-militares-portugueses-na-ucrania-marcelo-explica/20250225/67bddd8cd34e3f0bae9af156
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Malagueta em Fevereiro 26, 2025, 07:27:08 am

https://sicnoticias.pt/mundo/2025-02-25-video-portugal-vai-mesmo-enviar-militares-para-as-tropas-de-paz-na-ucrania--6f2e37ca

Entrevista do Menistro defesa e Nuno Rogeiro, que alem de falar sobre o tema do envio de tropas, fala da fabrica de munições, entre outros assuntos.

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https://eco.sapo.pt/2025/02/25/governo-quer-participacao-de-ate-51-em-futura-fabrica-de-municoes/

Governo quer participação de até 51% em futura fábrica de munições

A fábrica poderá estar operacional em mais ou menos três anos, segundo o ministro da Defesa. "O investimento esperado, supõe-se, será à volta de 45 milhões de euros", disse.

Oministro da Defesa afirmou esta terça-feira que o Governo pretende ter uma participação entre 35 e 51% numa futura fábrica de munições, cujo investimento deverá rondar os 45 milhões de euros e criar “mais de 100 postos de trabalho”.

“O que pretendemos é uma participação significativa entre 35% e 51%. A fábrica poderá estar operacional em mais ou menos três anos. O investimento esperado, supõe-se, será à volta de 45 milhões de euros, sendo que também há possibilidades de entregas em espécie, mas com uma criação de mais de 100 postos de trabalho”, adiantou Nuno Melo, numa audição na Assembleia da República.

Em resposta a perguntas do PS, Nuno Melo começou por criticar “a forma precipitada” como os socialistas “geriam a coisa pública”.

“Nós queremos partir para projetos, mas suficientemente pensados, o que significa que nós não queremos uma fábrica de munições por uma fábrica de munições. Queremos uma empresa que seja capaz de criar munições, gerando lucro para que depois não se transforme num buraco para o Estado”, salientou.

O Governo espera uma recuperação do investimento entre cinco a dez anos, “tendo em conta um plano de negócios que está, obviamente, também a ser tratado”, adiantou Nuno Melo. O ministro acrescentou que há um memorando de entendimento que está a ser trabalhado, um grupo técnico a analisar “detalhes logísticos”, e projetos a ser elaborados que serão apresentados “a seu tempo”.

“O nosso é o tempo que consideramos necessário para não garantirmos buracos ao Estado, porque, infelizmente, o Estado já tem que suportar suficientes buracos que depois geram prejuízo e não receita”, completou.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: legionario em Fevereiro 26, 2025, 09:37:36 am
"Baía do Tejo S.A."
"Arco Ribeirinho Sul S.A."
"Lisbon South Bay"

Os nossos políticos, os Conselheiros Acácios e os respectivos patrões são excelentes em arranjar nomes sonantes mas incapazes de arrancar rápidamente e em força com projectos válidos.
3 anos para construir uma fábrica de munições ?
Cambada de inúteis !

Tenho muita fé no nosso ministro da Defesa não sei é se ele vai conseguir remar contra a maré.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Fevereiro 26, 2025, 09:55:09 am
Os nossos políticos, os Conselheiros Acácios e os respectivos patrões são excelentes em arranjar nomes sonantes mas incapazes de arrancar rápidamente e em força com projectos válidos.
3 anos para construir uma fábrica de munições ?
Cambada de inúteis !

Criar uma comissão de estudo e acompanhamento do processo.
Elaborar um relatório preliminar.
Elaborar um relatório intermédio.
Elaborar um relatório final.
Elaborar um parecer e recomendação final ao Governo.
Publicar o concurso.
Escolher o vencedor.
Aguardar que o vencedor cumpra o CE e os prazos nele previstos.

Tudo isto demora tempo e custa dinheiro. Muito tempo e dinheiro.
 :-X ::)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 26, 2025, 10:55:07 am
Governo quer participar entre 35 e 51% em futura fábrica de munições e criar mais de 100 empregos

Nuno Melo diz que Governo "quer uma empresa que gere lucro para que depois não se transforme num buraco para o Estado", defendendo que projeto "poderá estar operacional em mais ou menos três anos".

(https://bordalo.observador.pt/v2/q:75/c:2000:1124:nowe:0:104/rs:fill:860/f:webp/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2025/01/13201106/44214946.jpg)

Agência Lusa

25 fev. 2025, 21:52 

O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, discursa durante a sessão de abertura da edição de 2025 do Dia da Defesa Nacional no Regimento de Cavalaria n.º 6 em Braga, 13 de janeiro de 2025. HUGO DELGADO/LUSAi
O ministro acrescentou que há um memorando de entendimento que está a ser trabalhado, um grupo técnico a analisar "detalhes logísticos"

HUGO DELGADO/LUSA

O ministro da Defesa afirmou esta terça-feira que o Governo pretende ter uma participação entre 35 e 51% numa futura fábrica de munições, cujo investimento deverá rondar os 45 milhões de euros e criar “mais de 100 postos de trabalho”.

“O que pretendemos é uma participação significativa entre 35% e 51%. A fábrica poderá estar operacional em mais ou menos três anos. O investimento esperado, supõe-se, será à volta de 45 milhões de euros, sendo que também há possibilidades de entregas em espécie, mas com uma criação de mais de 100 postos de trabalho”, adiantou Nuno Melo, numa audição na Assembleia da República.

Em resposta a perguntas do PS, Nuno Melo começou por criticar “a forma precipitada” como os socialistas “geriam a coisa pública”.

“Nós queremos partir para projetos, mas suficientemente pensados, o que significa que nós não queremos uma fábrica de munições por uma fábrica de munições. Queremos uma empresa que seja capaz de criar munições, gerando lucro para que depois não se transforme num buraco para o Estado”, salientou.

O Governo espera uma recuperação do investimento entre cinco a dez anos, “tendo em conta um plano de negócios que está, obviamente, também a ser tratado”, adiantou Nuno Melo.

O ministro acrescentou que há um memorando de entendimento que está a ser trabalhado, um grupo técnico a analisar “detalhes logísticos”, e projetos a ser elaborados que serão apresentados “a seu tempo”.

“O nosso é o tempo que consideramos necessário para não garantirmos buracos ao Estado, porque, infelizmente, o Estado já tem que suportar suficientes buracos que depois geram prejuízo e não receita”, completou.

https://observador.pt/2025/02/25/governo-quer-participar-entre-35-e-51-em-futura-fabrica-de-municoes-e-criar-mais-de-100-empregos/
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Fevereiro 26, 2025, 11:10:47 am
A entrevista teve o ponto positivo do Rogeiro, no final, relembrar que a situação é séria para não se perder tempo em perguntas sobre eleições presidenciais...

De resto continuamos na mesma - fala-se mais da "necessidade de Defesa", mas mais nada... e vem sempre o "fantasma" do Estado Social - se isto corre mal e para isso ajuda não levar a Defesa a sério, quero ver o que acontece ao Estado Social; o Ministro não resiste à picardia política ("os anteriores governos, mas nós em 10 meses") e ainda não perceberam a necessidade de pacto com (alguns) partidos na oposição e de explicar claramente o diagnostico da situação.

Não é, apenas, com "projecto de fábrica com 100 trabalhadores, a ver os detalhes no futuro" que lá vamos.       
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Malagueta em Fevereiro 26, 2025, 12:18:29 pm
Apesar de do fantasma do estado social, o ministro, fez menção que o investimento da FA, é independentemente  do estado social referido ainda o bom estado das contas públicas e o nosso crescimento e que deverá ser por ai o investimento nas FA.

O positivo é o aumento de efetivos, falou em ter 32 mil?

Neste momento existe investimento em curso e intenções., A fabrica de munições é positiva, mas acho 3 anos muito tempo.

Não falou do rumor sobre um fabrica de blindados. ( ai eu preferia uma fabrica de veiculo blindados de 4/6/8 rodas, por ter mais potencial de compra pelas nossas FA e de exportação.

Devia era falar com a  FN Herstal, para aproveitar o investimento que tem feito em viana, para montar um linha para SCAR L.

Uma nota,

Fiquei novamente com a sensação que existe, alguma "mau estar" ou "não sao bem visto" com a  Tekeaver o Nuno falou neles, e o MDN, começou logo a falar de outros players existentes no mercado nacianal.

Mesmo quando o Nuno falou do investimento do RU nos produtos  empresa,  o MDN voltou a desviar o assunto.

esta sensação já tinha  ficado uma vez  com o Almirante Gouveia Melo.


Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 26, 2025, 01:18:35 pm
O comandante em chefe diz que não sabe se a NATO é para levar a sério, portanto não se chateiem
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 26, 2025, 04:06:11 pm
Na audição ontem ao MDN na Comissão de Defesa Nacional, vários grupos parlamentares indagaram sobre os 2% do PIB para a Defesa e o João Nuno continuou a repetir a lenga-lenga de que esse valor deverá ser apenas alcançado em 2029. Ora, numa altura em que são vários os aliados europeus da NATO que publicamente afirmaram que pretendem chegar perto ou mesmo ultrapassar os 3% a breve trecho (casos recentes da Dinamarca, França e Reino Unido), em Portugal as semanas e meses passam-se e nada. A mente da classe política parece estar mais ocupada e interessada com o período eleitoral que aí se avizinha, entre autárquicas no final deste ano e presidenciais no início do próximo, e pouco tem mudado de facto.

O próprio MDN referiu ontem por várias ocasiões que o controlo do défice é fulcral, e parece haver uma ligeira esperança que a cimeira de Junho da NATO possa trazer novidades. Contudo até lá muito pode acontecer ou mudar, e por cá continua-se a arrastar os pés. Até quando, pergunto eu.

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 26, 2025, 10:49:26 pm
Na audição ontem ao MDN na Comissão de Defesa Nacional, vários grupos parlamentares indagaram sobre os 2% do PIB para a Defesa e o João Nuno continuou a repetir a lenga-lenga de que esse valor deverá ser apenas alcançado em 2029. Ora, numa altura em que são vários os aliados europeus da NATO que publicamente afirmaram que pretendem chegar perto ou mesmo ultrapassar os 3% a breve trecho (casos recentes da Dinamarca, França e Reino Unido), em Portugal as semanas e meses passam-se e nada. A mente da classe política parece estar mais ocupada e interessada com o período eleitoral que aí se avizinha, entre autárquicas no final deste ano e presidenciais no início do próximo, e pouco tem mudado de facto.

O próprio MDN referiu ontem por várias ocasiões que o controlo do défice é fulcral, e parece haver uma ligeira esperança que a cimeira de Junho da NATO possa trazer novidades. Contudo até lá muito pode acontecer ou mudar, e por cá continua-se a arrastar os pés. Até quando, pergunto eu.

Portugal está a meter todas as fichas nos eventuais mecanismos europeus de financiamento da Defesa. Até lá nem mais um faroleiro para as Berlengas, palpita-me.....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 27, 2025, 06:46:58 am
Na audição ontem ao MDN na Comissão de Defesa Nacional, vários grupos parlamentares indagaram sobre os 2% do PIB para a Defesa e o João Nuno continuou a repetir a lenga-lenga de que esse valor deverá ser apenas alcançado em 2029. Ora, numa altura em que são vários os aliados europeus da NATO que publicamente afirmaram que pretendem chegar perto ou mesmo ultrapassar os 3% a breve trecho (casos recentes da Dinamarca, França e Reino Unido), em Portugal as semanas e meses passam-se e nada. A mente da classe política parece estar mais ocupada e interessada com o período eleitoral que aí se avizinha, entre autárquicas no final deste ano e presidenciais no início do próximo, e pouco tem mudado de facto.

O próprio MDN referiu ontem por várias ocasiões que o controlo do défice é fulcral, e parece haver uma ligeira esperança que a cimeira de Junho da NATO possa trazer novidades. Contudo até lá muito pode acontecer ou mudar, e por cá continua-se a arrastar os pés. Até quando, pergunto eu.

"Parece"?

Eles APENAS governam para as eleições

Eu não percebo como é que continuam a acreditar que algo vai mudar
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 27, 2025, 02:41:59 pm
Aqui residirá - ou não! - a chave para o aumento das despesas com a Defesa em Portugal....

https://cnnportugal.iol.pt/guerra/ucrania/o-choque-de-trump-acordou-a-europa-e-estas-sao-as-ideias-para-recuperar-a-defesa/20250227/67c055e8d34ef72ee442d3bc
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Fevereiro 27, 2025, 03:09:35 pm
Aqui residirá - ou não! - a chave para o aumento das despesas com a Defesa em Portugal....

https://cnnportugal.iol.pt/guerra/ucrania/o-choque-de-trump-acordou-a-europa-e-estas-sao-as-ideias-para-recuperar-a-defesa/20250227/67c055e8d34ef72ee442d3bc

A grande questão da UE é a do costume. Teoricamente é uma federação, na prática é demasiadas vezes um saco de gatos que só olham para o seu umbigo.
SE conseguirmos criar projetos/produtos de defesa verdadeiramente comuns, SE conseguirmos ultrapassar os egocentrismos de cada país (especialmente os mais industrializados e economicamente fortes - Alemanha, França, Itália e Espanha) E não nos esquecermos do Reino Unido numa parceira europeia multilateral... SE.
Não será fácil conjugar todos os interesses em jogo. Mais ainda numa UE que está, como sempre, assoberbada e atolada em burocracia excessiva.

Como diz o coxo ao cego... Vamos indo e vamos vendo.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 27, 2025, 03:22:18 pm
Teoricamente a União Europeia é uma união económica e política de 27 Estados-membros independentes situados principalmente na Europa. A UE tem as suas origens na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e na Comunidade Económica Europeia, formadas por seis países em 1957.

O que poderá ser a UE no futuro? Eu não sou um federalista, mas vejo com bons olhos uma Confederação.

Citar
A confederação é um sujeito de direito internacional público de base territorial.
Consiste numa associação de Estados soberanos, instituída por tratado (o pactum confoederationis), que visa a prossecução de determinadas atribuições, em geral, em matérias de defesa nacional e relações externas.
O pacto confederativo estabelece uma estrutura orgânica própria, mas não estabelece uma relação de subordinação quanto aos membros da confederação. Os Estados que a integram conservam a sua personalidade jurídica internacional, mas a sua capacidade jus-internacional é limitada em função dos poderes que atribuíram à entidade confederativa.
Distingue-se da federação. A confederação é instituída por tratado e a sua pertença não determina uma perda de soberania, mas tão-só uma limitação na medida das atribuições estabelecidas no pacto confederativo. A federação é instituída por um ato de direito interno, uma Constituição, e os Estados constituintes transferem a sua soberania para o Estado federal.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Fevereiro 27, 2025, 03:45:05 pm
Independentemente da terminologia que se empregue, conseguir colocar a UE a falar e, acima de tudo, a FAZER em tempo útil e a uma só voz, será um desafio gigante. Teremos que dar uma resposta concreta muito em breve. E começar a colocá-la em prática tão depressa quanto possível, de preferência "para ontem".
Já perdemos tempo suficiente. Para bellum.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Fevereiro 27, 2025, 04:44:49 pm
Pessoas nós no máximo vamos ter 6 NPO para ASW e vamos ser felizes
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 27, 2025, 05:06:21 pm
Entonces, já habemus Rafale?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 27, 2025, 05:28:09 pm
Entonces, já habemus Rafale?

Silêncio total...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Fevereiro 27, 2025, 06:33:02 pm
Entonces, já habemus Rafale?

Silêncio total...

Ainda não se decidiram sobre a cor final dos Rafale a serem entregues se o cinza português, se o conza francês. Está difícil......
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 27, 2025, 09:12:39 pm
Branquinho e azul, com a cruz a vermelhinho.

(https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW7ReShGcxzzMUWV4yND4k_zewInDSZTDfPX-W688W6-tJbI0oY6IT0ubsPBC5FhiedPCztp42shqImLS6_dUwvkAr54xC010r5nMONevSFYQYbBTb3RJ_cgr-N4BS0VsXFaXXXQ/s1600/F86C.jpg)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Fevereiro 27, 2025, 09:21:21 pm
Azul e Branco como o coração
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 27, 2025, 09:28:32 pm
Azul e Branco como o coração

Luso, olha outro monárquico!

É isso não é Drecas, É ISSO NÃO É DRECAS?!...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Fevereiro 27, 2025, 09:44:37 pm
Azul e Branco como o coração

Luso, olha outro monárquico!

É isso não é Drecas, É ISSO NÃO É DRECAS?!...

Pode ser muita coisa  ;D
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 27, 2025, 10:44:50 pm
Azul e branco só conheço o sabão com que a minha avó lavava a roupa no tanque.  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 28, 2025, 09:43:41 am
Azul e Branco como o coração

Fdx 🤢🤮
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Fevereiro 28, 2025, 10:35:05 am
 :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 28, 2025, 11:49:35 am
 ::)

Citar
União Europeia procura dinheiro para Defesa, Lisboa tem dúvidas e receios sobre fundos

Europa estuda opções para financiar investimento comum em Defesa que passam pela criação de um “instrumento europeu específico”. Governo de Montenegro não quer usar fundos europeus em curso e prepara reprogramação de verbas do PT2030. Empréstimos podem pesar no Orçamento

A hostilidade de Donald Trump aumentou a pressão para os 27 para passarem da ambição ao dinheiro. Na reunião extraordinária de líderes convocada para a próxima quinta-feira são esperadas “as primeiras decisões” para financiar “no curto prazo” o reforço do investimento em defesa e tornar a “Europa mais soberana e mais bem equipada” — objetivo que o presidente do Conselho Europeu colocou na carta enviada aos chefes de Estado e de Governo.

https://expresso.pt/politica/defesa/2025-02-27-uniao-europeia-procura-dinheiro-para-defesa-lisboa-tem-duvidas-e-receios-sobre-fundos-e283c71a
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Fevereiro 28, 2025, 12:19:47 pm
::)

Citar
União Europeia procura dinheiro para Defesa, Lisboa tem dúvidas e receios sobre fundos
Europa estuda opções para financiar investimento comum em Defesa que passam pela criação de um “instrumento europeu específico”. Governo de Montenegro não quer usar fundos europeus em curso e prepara reprogramação de verbas do PT2030. Empréstimos podem pesar no Orçamento

A hostilidade de Donald Trump aumentou a pressão para os 27 para passarem da ambição ao dinheiro. Na reunião extraordinária de líderes convocada para a próxima quinta-feira são esperadas “as primeiras decisões” para financiar “no curto prazo” o reforço do investimento em defesa e tornar a “Europa mais soberana e mais bem equipada” — objetivo que o presidente do Conselho Europeu colocou na carta enviada aos chefes de Estado e de Governo.

https://expresso.pt/politica/defesa/2025-02-27-uniao-europeia-procura-dinheiro-para-defesa-lisboa-tem-duvidas-e-receios-sobre-fundos-e283c71a

Se estou a perceber bem, o Montenegro não quer usar os mecanismos atuais, Quer usar um (hipotético) futuro"fundo europeu de defesa". Assumindo que estou a ler bem nas entrelinhas, até concordo com o homem.
A não ser que se chegue à conclusão que não se irá criar um fundo específico e que os estados-membros terão que usar os mecanismos existentes.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Fevereiro 28, 2025, 01:26:15 pm
O que o Governo demonstra é que Defesa "é problema para amanhã", que os fundos existentes não devem ser desviados - por pouco que seja - para Defesa... depois logo se vê, de preferência com dinheiro de algures que não de cá.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 28, 2025, 01:44:01 pm
O que o Governo demonstra é que Defesa "é problema para amanhã", que os fundos existentes não devem ser desviados - por pouco que seja - para Defesa... depois logo se vê, de preferência com dinheiro de algures que não de cá.

Eu diria que o Montenegro tem um problema com a Defesa. O que tem safad um pouco a coisa é que o PP ficou com a pasta e se querem mostrar trabalho...vão ter que se esforçar.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Fevereiro 28, 2025, 02:14:36 pm
Sendo que a política, ie as opções realmente tomadas, é feita de sinais... como sinal que o governo anterior deu quando entre o orçamento chumbado (que provocou a queda do governo) e o novo orçamento diminuiu a dotação para a Defesa - e, entretanto, a Rússia tinha invadido a Ucrânia!   
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 28, 2025, 02:54:18 pm
Às vezes a sensação que dá um pouco, ou a percepção melhor dizendo como agora entrou no léxico, é que o Montenegro tem ali qualquer questão mal resolvida com os militares ou com a instituição militar. Não é a primeira vez que se exalta ou perde aquele sorriso sonso quando o assunto são os militares.

Tenha isto ou não um qualquer fundo de verdade, o facto é que um PM tem de estar acima das suas opiniões e convicções pessoais ao liderar os destinos dum país. Por exemplo, o Sócrates abominava os militares, creio que não estarei enganado ao afirmar que poucas vezes visitou ou entrou sequer numa unidade militar, porém isso não impediu que houvesse um grande esforço de reequipamento das Forças Armadas no seu primeiro mandato. Isto não é a apologia de Sócrates (seria a última pessoa a fazê-lo), é um facto inegável.

Clubismos à parte, o Montenegro ficou para mim apresentado num tempo de antena do PSD durante a campanha eleitoral para as legislativas do ano passado quando, ao ser indagado sobre a sua preferência clubística, disse ser da Seleção Nacional. Ora Luís Montenegro é um conhecido adepto ferrenho do Futebol Clube do Porto há largas décadas, fez inclusivamente parte do Conselho Superior do FCP, e numa pergunta relativamente inócua decidiu aldrabar com todos os dentes que tem na boca. Quantos anteriores ex-PM diziam sem qualquer problema que eram benfiquistas, sportinguistas, etc? Montenegro optou por mentir, e pelo que agora está na atualidade, não sei se não será uma característica da sua personalidade.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Fevereiro 28, 2025, 03:45:55 pm
É - como a maioria do "centrão" - caguinchas, tem receio de ser visto como despesista com "armas", coveiro do SNS / educação / pensionistas; tem de lado um partido "das direitas" mas que no fundo é populista e trocava a Defesa por votos e do outro um partido com muitos "da paz" e que quer é poder. Para além que lhe falta "gravitas" (e sentido de Estado) e capacidade para perceber o momento - falta a ele e aos outros; sendo que ele, no mínimo, devia tentar um pacto...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Fevereiro 28, 2025, 04:56:09 pm
O Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, e a Embaixadora de França em Lisboa, Helène Farnaud-Defromont, assinaram uma carta de intenções que viabiliza a venda de drones portugueses à França.

É a primeira vez que o governo francês assume a intenção de adquirir equipamentos militares fabricados pelas indústrias de defesa nacionais, num passado recente. Por sua vez, Portugal compromete-se a adquirir obuses Caesar franceses.

A cerimónia teve lugar na Câmara Muncipal do Porto e contou com a presença do Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, e com o Presidente de França, Emanuel Macron, no âmbito da visita de Estado a Portugal.

#mdn #defesanacional #nunomelo #portugal #assinatura #frança #drones #governo #macron
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Fevereiro 28, 2025, 08:34:51 pm
Às vezes a sensação que dá um pouco, ou a percepção melhor dizendo como agora entrou no léxico, é que o Montenegro tem ali qualquer questão mal resolvida com os militares ou com a instituição militar. Não é a primeira vez que se exalta ou perde aquele sorriso sonso quando o assunto são os militares.

Tenha isto ou não um qualquer fundo de verdade, o facto é que um PM tem de estar acima das suas opiniões e convicções pessoais ao liderar os destinos dum país. Por exemplo, o Sócrates abominava os militares, creio que não estarei enganado ao afirmar que poucas vezes visitou ou entrou sequer numa unidade militar, porém isso não impediu que houvesse um grande esforço de reequipamento das Forças Armadas no seu primeiro mandato. Isto não é a apologia de Sócrates (seria a última pessoa a fazê-lo), é um facto inegável.

Clubismos à parte, o Montenegro ficou para mim apresentado num tempo de antena do PSD durante a campanha eleitoral para as legislativas do ano passado quando, ao ser indagado sobre a sua preferência clubística, disse ser da Seleção Nacional. Ora Luís Montenegro é um conhecido adepto ferrenho do Futebol Clube do Porto há largas décadas, fez inclusivamente parte do Conselho Superior do FCP, e numa pergunta relativamente inócua decidiu aldrabar com todos os dentes que tem na boca. Quantos anteriores ex-PM diziam sem qualquer problema que eram benfiquistas, sportinguistas, etc? Montenegro optou por mentir, e pelo que agora está na atualidade, não sei se não será uma característica da sua personalidade.

Sócrates nunca entrou em nenhuma unidade militar.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 28, 2025, 09:23:38 pm
Sócrates nunca entrou em nenhuma unidade militar.

Era o que eu pensava, porém não tinha a certeza absoluta.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: PereiraMarques em Março 01, 2025, 12:12:41 am
Esteve duas vezes em Pedrouços.

https://arquivo-cave.defesa.gov.pt/details?id=3221

https://expresso.pt/actualidade/socrates-adverte-que-reforma-tem-caracter-de-estado=f455587
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Ghidra em Março 01, 2025, 04:19:54 am
Se o Montenegro não quer investir em equipamento  para esperar um fundo europeu da defesa até posso concordar se entretanto investir noutras situações como exemplo a Base de Ovar para permitir receber caças , o arsenal do alfeite ou reorganização dos quarteis extinguindo alguns e melhorar os outros... O que falta é vontade
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 01, 2025, 09:11:01 am
::)

Citar
União Europeia procura dinheiro para Defesa, Lisboa tem dúvidas e receios sobre fundos

Europa estuda opções para financiar investimento comum em Defesa que passam pela criação de um “instrumento europeu específico”. Governo de Montenegro não quer usar fundos europeus em curso e prepara reprogramação de verbas do PT2030. Empréstimos podem pesar no Orçamento

A hostilidade de Donald Trump aumentou a pressão para os 27 para passarem da ambição ao dinheiro. Na reunião extraordinária de líderes convocada para a próxima quinta-feira são esperadas “as primeiras decisões” para financiar “no curto prazo” o reforço do investimento em defesa e tornar a “Europa mais soberana e mais bem equipada” — objetivo que o presidente do Conselho Europeu colocou na carta enviada aos chefes de Estado e de Governo.

https://expresso.pt/politica/defesa/2025-02-27-uniao-europeia-procura-dinheiro-para-defesa-lisboa-tem-duvidas-e-receios-sobre-fundos-e283c71a
Tradução
"O pedinte está com medo de ficar sem a esmola"

Que nojo de país
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 01, 2025, 09:12:45 am
O que o Governo demonstra é que Defesa "é problema para amanhã", que os fundos existentes não devem ser desviados - por pouco que seja - para Defesa... depois logo se vê, de preferência com dinheiro de algures que não de cá.

Há que garantir votos nas próximas eleições
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Março 02, 2025, 03:52:58 pm
Por cá continua a mesma retórica de que "a guerra é lá longe". Mas esquecem-se que, se os EUA com Trump entrarem num caminho mais isolacionista, e sobretudo a alinharem-se com o "Eixo do mal", o risco de conflitos aumentam em todo o lado.
Por cá, quem acha que este maior risco de conflitos não nos vai afectar, é pura e simplesmente louco.

Agora imaginem se Trump conseguir o que quer, de destruir as instituições americanas, e aquilo começar a parecer-se mais com uma ditadura? Vamos ter a quase totalidade das potencias militares mundiais, no mesmo lado do espectro. Isto é demasiado perigoso para o mundo, e temos que evitar isso a todo o custo, esperando que nos EUA haja juízo para evitar uma "nazificação" daquilo, e ao mesmo tempo preparar as democracias para a eventualidade de tal não acontecer.

Na UE e NATO, precisávamos era de chamar mais países para este "grupo". A Austrália e o Japão certamente não vão confiar no Trump para os socorrer em caso de conflito, era tempo de propor a sua entrada na NATO/reestruturar a NATO para se tornar uma aliança global. A ideia do Canadá se juntar à UE creio já ter sido badalada algures. Procurar parceiros fora da Europa para a UE e/ou NATO, seria crucial.

Quanto à Defesa em concreto, é preciso deixarem-se de complicações desnecessárias. A NATO, na ausência dos EUA, precisa de tudo um pouco.
É preciso olhar para cada país, e perceber/delinear o que cada um pode realmente contribuir. Não podemos atirar-nos cegamente para a ideia de "uniformizar tudo", pois isso pode penalizar as indústrias de defesa de pequenos países e pequenas empresas do sector, tornando esta medida pouco popular. Uniformizar onde possível, mas sem radicalismos.
Também não podemos olhar para certos países, por exemplo Portugal, e dizer que "a nossa função é logística, porque somos pobres". Numa aliança militar, não faz sentido uns terem que investir forte e feio, tanto a nível financeiro, como de pessoal, e outros limitarem-se aos "mínimos" e em áreas "não combatentes". Todos têm que carregar o seu próprio peso, e contribuir de uma forma minimamente relevante.

É necessário perceber o que é que 2% do PIB (ou mesmo 2.5%) permitem que cada país tenha em termos de capacidades militares. Uma Albânia dificilmente terá capacidade de operar caças tão depressa, tudo bem, que usem o dinheiro para investir noutras capacidade militares, construindo uma força suficientemente moderna e capaz. Se contribuição da Albânia para a NATO, conseguir ser 1 ou 2 brigadas e 1 ou 2 esquadras de helicópteros ligeiros/médios, já é bastante positivo.

Sabemos que 2% do PIB/ano em defesa em Portugal, daria para muita coisa se fosse devidamente gasto (sem truques), sobretudo do ponto de vista qualitativo. Era tempo de elaborar um plano coeso de como construir umas FA competentes com esse dinheiro.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 03, 2025, 10:29:50 am
As cimeiras formais ou informais sucedem-se e Portugal nem aparece, naquela que é a altura mais crucial dos tempos mais recentes.

Mas lá está, se o Primeiro-Ministro estiver mais preocupado com a sua própria sobrevivência política, o que é o futuro da existência da nação, do país e do continente onde se situa perante isso?  ::)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 03, 2025, 11:07:45 am
As cimeiras formais ou informais sucedem-se e Portugal nem aparece, naquela que é a altura mais crucial dos tempos mais recentes.

Mas lá está, se o Primeiro-Ministro estiver mais preocupado com a sua própria sobrevivência política, o que é o futuro da existência da nação, do país e do continente onde se situa perante isso?  ::)

Para que é que eles lá querem o pedinte empata-fod@s?

Se Portugal saísse hoje da NATO e da UE ninguém lá fora dava pela diferença.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 04, 2025, 09:55:36 am
https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/flexibilizar-regras-orcamentais-e-800-mil_67c6c4c065adff5ae6ba8333

800 mil milhões, imaginem quantos tucanitos isso dava
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 04, 2025, 10:19:49 am
https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/flexibilizar-regras-orcamentais-e-800-mil_67c6c4c065adff5ae6ba8333

800 mil milhões, imaginem quantos tucanitos isso dava

De acordo com as palavras da própria Von der Leyen, agora não há desculpas para não investir na compra de equipamentos. Porém, como por cá o governo já parece um pouco estar ligado à máquina como o Papa, duvido que se assista a grandes anúncios relativamente a esta questão.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Março 04, 2025, 11:30:29 am
Se não for do cu (ano de eleições e tudo o que isso implica) será das calças (ai e tal taxas de juro).
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 04, 2025, 11:42:11 am
Até podiam ter maioria absoluta que não iam mexer uma palha
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 04, 2025, 01:04:15 pm
Bom, e o Primeiro-Ministro decidiu ir jogar golfe com que lhe paga as avenças, ao invés de se dedicar à questão da defesa da Europa, para o qual não teve tempo nem disponibilidade na agenda.  ::)

https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/luis-montenegro-jogou-golfe-com-dono-da-solverde-dois-dias-depois-do-debate-da-mocao-de-censura-do-chega/

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 04, 2025, 01:45:05 pm
Alguns milhões que viriam como esmolas de Bruxelas já não virão porque serão desviados para armamento para outros países, mas aí o governo já pode culpar os outros.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: tenente em Março 04, 2025, 02:19:16 pm
Bom, e o Primeiro-Ministro decidiu ir jogar golfe com que lhe paga as avenças, ao invés de se dedicar à questão da defesa da Europa, para o qual não teve tempo nem disponibilidade na agenda.  ::)

https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/luis-montenegro-jogou-golfe-com-dono-da-solverde-dois-dias-depois-do-debate-da-mocao-de-censura-do-chega/

E eu acrescento: para desse modo combinar a estratégia para a sua defesa no caso de haver comissão de inquérito.

Este cromo é à semelhança do seu dignissimo antecessor um acérrimo opositor aos investimentos na Defesa Nacional.

Este personagem assim como os anteriores PM, está-se positivamente a marimbar, ou melhor, até a cagar para as Segurança e Defesa Nacionais, se não estivesse, num ano, desde que tomou posse,  já teria tido tempo de aprovar algumas medidas nesse sentido e até, ter assinado alguns contratos para aquisição de material de combate de valor e quantidades significativas, mas é melhor ir pro green c'os amigalhaços !!!

Abraços
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: tenente em Março 04, 2025, 02:21:01 pm
https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/flexibilizar-regras-orcamentais-e-800-mil_67c6c4c065adff5ae6ba8333

800 mil milhões, imaginem quantos tucanitos isso dava

Ui, e em SaabGripen's ???
Era uma aquisição de aeronaves de primeira categoria ele era Esquadras de ataque na RCA, na Roménia, na Lituânia, na Eslováquia era um gosto de ver tanto Tutanito em missões CAS, CSAR, SAR, MEDEVAC, TRANSP TÁCTICO e Drone Terminator, enfim todo um leque de multimissoes apenas acessíveis ao Super,  O MAIOR, TuTaninho !!!

Abraço
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Março 04, 2025, 03:03:03 pm
https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/flexibilizar-regras-orcamentais-e-800-mil_67c6c4c065adff5ae6ba8333

800 mil milhões, imaginem quantos tucanitos isso dava

Ui, e em SaabGripen's ???
Era uma aquisição de aeronaves de primeira categoria ele era Esquadras de ataque na RCA, na Roménia, na Lituânia, na Eslováquia era um gosto de ver tanto Tutanito em missões CAS, CSAR, SAR, MEDEVAC, TRANSP TÁCTICO e Drone Terminator, enfim todo um leque de multimissoes apenas acessíveis ao Super,  O MAIOR, TuTaninho !!!

Abraço

Há uma missão meio secreta dos Tucanitos que a Embraer e a criatura ainda não mencionaram, que é a missão Anticoncepcional (consubstanciada na versão ST-29 AC).

Isto porque enquanto os pilotos e as pilotas estiveram aos comandos dos Tucanitos não há cá nada pra ninguém e, ergo, reduz-se a natalidade.

Era só, obrigadus!!!   :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Março 04, 2025, 09:55:53 pm
A UE vai apostar forte na Defesa, mas tenho dúvidas que este Governo, que está agora em morte cerebral, vá fazer muita coisa pela Defesa......
A Moção de Censura vai ser chumbada no Parlamento, mas vai nascer uma Comissão Parlamentar para colocar em lume brando o Governo!!!!

Tivesse esta crise acontecido à meses atrás e nem todo o lóbie da Embraer conseguia levar a bom termo a compra do ST  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: nelson38899 em Março 05, 2025, 07:56:38 am
Não revelando muito, mas há boas notícias!

A decisão de que se fala nos corredores é que o objectivo é mesmo deixar andar, pois não interesse em aumentar a dívida.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 05, 2025, 09:10:22 am
Defesa é o setor com maior execução do investimento público: conseguiu gastar 99,6% das verbas previstas em 2024

https://www.dn.pt/economia/defesa-%C3%A9-o-setor-com-maior-execu%C3%A7%C3%A3o-do-investimento-p%C3%BAblico-conseguiu-gastar-100-das-verbas-previstas
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Março 05, 2025, 10:52:38 am
Defesa é o setor com maior execução do investimento público: conseguiu gastar 99,6% das verbas previstas em 2024

https://www.dn.pt/economia/defesa-%C3%A9-o-setor-com-maior-execu%C3%A7%C3%A3o-do-investimento-p%C3%BAblico-conseguiu-gastar-100-das-verbas-previstas

Tks, CJ. E alguma alma caridosa consegue publicar a notícia na íntegra?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Março 05, 2025, 11:02:42 am
Defesa é o setor com maior execução do investimento público: conseguiu gastar 99,6% das verbas previstas em 2024

https://www.dn.pt/economia/defesa-%C3%A9-o-setor-com-maior-execu%C3%A7%C3%A3o-do-investimento-p%C3%BAblico-conseguiu-gastar-100-das-verbas-previstas

Como diria o outro... "Porreiro, páh".
Agora é só replicar todos os anos, se não for muito incómodo.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 05, 2025, 11:19:43 am
Não revelando muito, mas há boas notícias!

A decisão de que se fala nos corredores é que o objectivo é mesmo deixar andar, pois não interesse em aumentar a dívida.

E onde é que isso são boas notícias? 😱
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Março 05, 2025, 11:36:51 am
Pode ser somente fruto da minha ignorância sobre a matéria, mas causa-me algum espanto que o governo não invista bem mais na produção de UAV/(eventualmente)UCAV made in Portugal, atribuindo incentivos financeiros e abrindo concursos com vista à criação de protótipos que mais tarde poderiam ser produzidos para as FAP e eventualmente até exportados para os PALOP africanos.
 
É-me doloroso ver as FAP com tanto drone "da FNAC", quando muitos deles não tem particular complexidade e poderiam perfeitamente ser concebidos e produzidos localmente.
Sabendo que não é um sistema simples, será que não temos R&D para conceber e construir loitering ammo  made in PT para o Exército? Ou então participar nos programas europeus já em vigor e construí-los cá, com tech transfer.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 05, 2025, 03:58:28 pm
Infelizmente é outra notícia para assinantes, mas aqui fica na mesma.

Citar
Portugal fora do apoio da UE ao fabrico de munições

O programa atribui 513 milhões de euros em financiamento para aumentar a capacidade de produção. “Existem conversações em curso com potenciais investidores”, garante o ministério da Defesa.

https://www.dn.pt/política/portugal-fora-do-apoio-da-ue-ao-fabrico-de-munições
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 05, 2025, 04:45:57 pm
Agora que o montepreto vai de vela e vamos para eleições antecipadas é que não vai mesmo haver nada!  ::)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Março 05, 2025, 04:54:22 pm
Pode ser somente fruto da minha ignorância sobre a matéria, mas causa-me algum espanto que o governo não invista bem mais na produção de UAV/(eventualmente)UCAV made in Portugal, atribuindo incentivos financeiros e abrindo concursos com vista à criação de protótipos que mais tarde poderiam ser produzidos para as FAP e eventualmente até exportados para os PALOP africanos.
 
É-me doloroso ver as FAP com tanto drone "da FNAC", quando muitos deles não tem particular complexidade e poderiam perfeitamente ser concebidos e produzidos localmente.
Sabendo que não é um sistema simples, será que não temos R&D para conceber e construir loitering ammo  made in PT para o Exército? Ou então participar nos programas europeus já em vigor e construí-los cá, com tech transfer.

A falta de investimento e visão é de facto grave. Temos pelo menos 3 empresas de drones em Portugal, mas não vemos grandes encomendas por parte das FA para adquirir os seus produtos, infelizmente. Nem vemos propriamente investimento por parte do país nas ditas empresas para financiar projectos mais ambiciosos.

Acho difícil sermos capazes de desenvolver um UCAV sozinhos, principalmente algo na classe do MQ-9. Quanto muito algo na classe do Bayraktar TB2, que já seria uma grande notícia, mas mesmo neste caso seria dependeríamos de investimento público e eventualmente alguma parceria (principalmente na parte do armamento).
Onde havia grande potencial era, em vez de investir 200M em avionetas COIN, termos entrado num programa internacional (como o EuroDrone), para um UCAV com participação nacional.
Esta participação nacional aumentava os nossos conhecimentos na área, e estaríamos melhor preparados para mais tarde participar num programa de UCAV furtivo a jacto

Loitering munitions, tínhamos o Elanus em desenvolvimento, mas nunca mais se soube nada do assunto. Se calhar tinha sido interessante uma parceria com alguém que já tenha experiência neste sector, para facilitar o processo.

Infelizmente é outra notícia para assinantes, mas aqui fica na mesma.

Citar
Portugal fora do apoio da UE ao fabrico de munições

O programa atribui 513 milhões de euros em financiamento para aumentar a capacidade de produção. “Existem conversações em curso com potenciais investidores”, garante o ministério da Defesa.

https://www.dn.pt/política/portugal-fora-do-apoio-da-ue-ao-fabrico-de-munições

É o que dá não termos qualquer capacidade de produção de munições.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 05, 2025, 06:10:52 pm
É simples

Pelos vistos essas empresas não estão dispostas a negociatas para rechear bolsos

(https://serbenfiquista.com/forum_src/Smileys/serbenfiquista/whistling.gif)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Março 05, 2025, 08:14:18 pm
Eleições em Maio, podem esquecer assinatura de contratos de armas, até ao final do ano. Cps
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: miguelbud em Março 05, 2025, 09:08:02 pm
Defesa é o setor com maior execução do investimento público: conseguiu gastar 99,6% das verbas previstas em 2024

https://www.dn.pt/economia/defesa-%C3%A9-o-setor-com-maior-execu%C3%A7%C3%A3o-do-investimento-p%C3%BAblico-conseguiu-gastar-100-das-verbas-previstas

Tks, CJ. E alguma alma caridosa consegue publicar a notícia na íntegra?

O setor da Defesa Nacional destacou-se em 2024 como o programa orçamental com a maior taxa de execução do investimento público, conseguindo utilizar 99,6% das verbas previstas no Orçamento do Estado (OE). De acordo com um estudo da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), este desempenho contrasta com a subexecução global do investimento público, que ficou pelos 69% do total orçamentado.

Segundo explica o Diário de Notícias, enquanto na Defesa praticamente toda a dotação foi utilizada, outros setores registaram dificuldades significativas na execução das verbas disponíveis. Entre os programas mais afetados, a UTAO destaca a Saúde, com apenas 44% da execução prevista, o Ensino Básico e Secundário e Administração Escolar, que alcançou 58,7%, e a CP – Comboios de Portugal, cujo investimento ficou reduzido a meros 8,9%. A fraca execução orçamental contribuiu para um excedente orçamental que deverá ter atingido 1% do Produto Interno Bruto (PIB), bem acima dos 0,4% inscritos nas metas oficiais do governo.

Além do elevado nível de execução do investimento, a Defesa foi também um dos setores com maior crescimento na despesa total, incluindo despesa corrente e de capital. O orçamento da Defesa aumentou 35% face a 2023, atingindo um total de 3,1 mil milhões de euros, um reforço de 800 milhões de euros. Esta subida coloca o setor entre os três programas com maior crescimento orçamental em 2024, apenas superado pelo Ambiente (43%) e pelo programa das Finanças (36%), segundo dados do Ministério das Finanças.


A título de comparação, a despesa total da Administração Central cresceu apenas 11% no mesmo período, alcançando 91,5 mil milhões de euros. O reforço nominal de 800 milhões de euros para a Defesa é idêntico ao verificado na Saúde, embora este último setor tenha uma dimensão orçamental cinco vezes superior.

O aumento do investimento militar ocorre num momento de crescente tensão internacional, com a guerra na Ucrânia, o agravamento do conflito no Médio Oriente e uma crise na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). A União Europeia tem reforçado o apelo ao aumento dos gastos militares, preparando um plano ambicioso que deverá ser denominado “Rearmar a Europa” (Rearm Europe).

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou recentemente que “temos de rearmar a Europa com urgência” e anunciou que apresentará um plano abrangente aos líderes europeus no Conselho Europeu especial sobre Defesa, agendado para 6 de março. Já António Costa, presidente do Conselho Europeu, sublinhou a necessidade de “decisões a curto prazo para que a Europa se torne mais soberana, capaz e bem preparada para enfrentar os desafios imediatos e futuros à sua segurança”.

Portugal tem seguido esta orientação e assumiu junto da NATO o compromisso de aumentar progressivamente o investimento em Defesa até atingir 2% do PIB em 2029. O governo liderado por Luís Montenegro reforça que investir nas Forças Armadas “é uma prioridade política” e essencial para reverter o défice de investimento acumulado nos últimos anos.

O Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025) prevê um aumento do investimento em modernização das infraestruturas e equipamentos militares, com destaque para grandes projetos estruturantes. Entre eles estão a aquisição de novas aeronaves de transporte KC-390, num investimento global de mil milhões de euros, sendo que 154 milhões foram aplicados em 2024 e 161 milhões estão previstos para este ano.

Outro projeto significativo é a renovação da frota de navios patrulha, com um investimento total de 552 milhões de euros. Destes, 24 milhões foram executados em 2024, estando reservados 34 milhões para 2025. Além disso, o Centro de Operações de Defesa do Atlântico e a Plataforma Naval, financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), contam com um orçamento de 178 milhões de euros, com 88 milhões investidos no ano passado e 55 milhões previstos para este ano.

O governo também pretende reforçar a capacidade operacional das Forças Armadas, travando a redução do efetivo militar, que caiu em cerca de seis mil elementos desde 2015. O objetivo é melhorar a capacidade de recrutamento e retenção de militares, de forma a garantir o cumprimento das missões atribuídas.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: nelson38899 em Março 05, 2025, 09:17:08 pm
Fundos P2030, para a tropa gastar
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Março 05, 2025, 11:10:43 pm
Defesa é o setor com maior execução do investimento público: conseguiu gastar 99,6% das verbas previstas em 2024

https://www.dn.pt/economia/defesa-%C3%A9-o-setor-com-maior-execu%C3%A7%C3%A3o-do-investimento-p%C3%BAblico-conseguiu-gastar-100-das-verbas-previstas

Tks, CJ. E alguma alma caridosa consegue publicar a notícia na íntegra?

O setor da Defesa Nacional destacou-se em 2024 como o programa orçamental com a maior taxa de execução do investimento público, conseguindo utilizar 99,6% das verbas previstas no Orçamento do Estado (OE). De acordo com um estudo da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), este desempenho contrasta com a subexecução global do investimento público, que ficou pelos 69% do total orçamentado.

Segundo explica o Diário de Notícias, enquanto na Defesa praticamente toda a dotação foi utilizada, outros setores registaram dificuldades significativas na execução das verbas disponíveis. Entre os programas mais afetados, a UTAO destaca a Saúde, com apenas 44% da execução prevista, o Ensino Básico e Secundário e Administração Escolar, que alcançou 58,7%, e a CP – Comboios de Portugal, cujo investimento ficou reduzido a meros 8,9%. A fraca execução orçamental contribuiu para um excedente orçamental que deverá ter atingido 1% do Produto Interno Bruto (PIB), bem acima dos 0,4% inscritos nas metas oficiais do governo.

Além do elevado nível de execução do investimento, a Defesa foi também um dos setores com maior crescimento na despesa total, incluindo despesa corrente e de capital. O orçamento da Defesa aumentou 35% face a 2023, atingindo um total de 3,1 mil milhões de euros, um reforço de 800 milhões de euros. Esta subida coloca o setor entre os três programas com maior crescimento orçamental em 2024, apenas superado pelo Ambiente (43%) e pelo programa das Finanças (36%), segundo dados do Ministério das Finanças.


A título de comparação, a despesa total da Administração Central cresceu apenas 11% no mesmo período, alcançando 91,5 mil milhões de euros. O reforço nominal de 800 milhões de euros para a Defesa é idêntico ao verificado na Saúde, embora este último setor tenha uma dimensão orçamental cinco vezes superior.

O aumento do investimento militar ocorre num momento de crescente tensão internacional, com a guerra na Ucrânia, o agravamento do conflito no Médio Oriente e uma crise na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). A União Europeia tem reforçado o apelo ao aumento dos gastos militares, preparando um plano ambicioso que deverá ser denominado “Rearmar a Europa” (Rearm Europe).

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou recentemente que “temos de rearmar a Europa com urgência” e anunciou que apresentará um plano abrangente aos líderes europeus no Conselho Europeu especial sobre Defesa, agendado para 6 de março. Já António Costa, presidente do Conselho Europeu, sublinhou a necessidade de “decisões a curto prazo para que a Europa se torne mais soberana, capaz e bem preparada para enfrentar os desafios imediatos e futuros à sua segurança”.

Portugal tem seguido esta orientação e assumiu junto da NATO o compromisso de aumentar progressivamente o investimento em Defesa até atingir 2% do PIB em 2029. O governo liderado por Luís Montenegro reforça que investir nas Forças Armadas “é uma prioridade política” e essencial para reverter o défice de investimento acumulado nos últimos anos.

O Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025) prevê um aumento do investimento em modernização das infraestruturas e equipamentos militares, com destaque para grandes projetos estruturantes. Entre eles estão a aquisição de novas aeronaves de transporte KC-390, num investimento global de mil milhões de euros, sendo que 154 milhões foram aplicados em 2024 e 161 milhões estão previstos para este ano.

Outro projeto significativo é a renovação da frota de navios patrulha, com um investimento total de 552 milhões de euros. Destes, 24 milhões foram executados em 2024, estando reservados 34 milhões para 2025. Além disso, o Centro de Operações de Defesa do Atlântico e a Plataforma Naval, financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), contam com um orçamento de 178 milhões de euros, com 88 milhões investidos no ano passado e 55 milhões previstos para este ano.

O governo também pretende reforçar a capacidade operacional das Forças Armadas, travando a redução do efetivo militar, que caiu em cerca de seis mil elementos desde 2015. O objetivo é melhorar a capacidade de recrutamento e retenção de militares, de forma a garantir o cumprimento das missões atribuídas.


Calma lá, o Orçamento de Defesa aumentou 800M em 2024 face a 2023? Então esse aumento foi para onde? É que em 2024, praticamente nada mudou face ao ano anterior. A única hipótese que estou a ver, é tranches de pagamento de programas já decorridos, que talvez tenham sido alvo de cativações nos anos anteriores.

Porque de resto, um aumento de 800M num só ano, seria notório. A não ser que inventaram outro truque para fingir que se gasta.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Março 05, 2025, 11:42:08 pm
Calma lá, o Orçamento de Defesa aumentou 800M em 2024 face a 2023? Então esse aumento foi para onde? É que em 2024, praticamente nada mudou face ao ano anterior. A única hipótese que estou a ver, é tranches de pagamento de programas já decorridos, que talvez tenham sido alvo de cativações nos anos anteriores.

Porque de resto, um aumento de 800M num só ano, seria notório. A não ser que inventaram outro truque para fingir que se gasta.

Sem estar a ver exaustivamente as contas das FA, mas atendendo a que houve aumentos na Função Pública mínimos de 3%, encomendamos 12 ST ainda em 2024, 2 reabastecedores para a Marinha, ainda em 2024 ...... só aqui estão 400 milhões. Desconfio ainda que o dinheiro dado à Ucrãnia, virá da Defesa.........
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Março 06, 2025, 12:34:44 am
A compra dos ST e dos AORs em princípio não terá sido contabilizada este ano, creio eu. Normalmente é tudo pago em tranches anuais.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Março 06, 2025, 02:14:48 am
Desconfio ainda que o dinheiro dado à Ucrãnia, virá da Defesa..

Todo o dinheiro investido em derrotar os orcos o mais longe possível é dinheiro muito bem investido.  c56x1
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 06, 2025, 11:37:00 am
Duas notícias no Jornal de Negócios de hoje, infelizmente de novo para assinantes.

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BEI quer ter mais de 8 mil milhões para projetos militares

Com os critérios de exclusão no mínimo, o BEI quer abranger um maior leque de projetos na área da defesa, além dos 14 que já estão na calha para receber financiamento. O banco não revela o valor de cada um deles, mas confirma que não há empresas portuguesas envolvidas.

O Banco Europeu de Investimento prepara-se para reduzir "o mais possível, até ao mínimo", a sua lista de critérios de exclusão para emprestar dinheiro, de forma a poder incluir o financiamento de um maior leque de projetos militares na Europa. Muitos deles estavam até agora vedados aos empréstimos do banco. A garantia foi dada esta quarta-feira pela presidente do Grupo BEI, Nadia Calviño, que não esclareceu, no...

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/bei-quer-ter-mais-de-8-mil-milhoes-para-projetos-militares

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10 Perguntas e respostas sobre o que propõe Bruxelas para conseguir rearmar a Europa

António Costa reúne nesta quinta-feira os 27 em Conselho Europeu dedicado ao apoio à Ucrânia e ao rearmamento do bloco na reação de emergência ao afastamento dos EUA com a Administração de Donald Trump. Em cima da mesa, há já uma proposta de um novo instrumento financeiro e regras orçamentais mais flexíveis para despesas com Defesa. A Comissão Europeia estima que seja possível aumentar o investimento militar dos Estados-membros em 1,5% do PIB em quatro anos, em linha com o que se espera que sejam as novas metas da NATO.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/detalhe/10-perguntas-e-respostas-sobre-o-que-propoe-bruxelas--para-conseguir-rearmar-a-europa
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 06, 2025, 11:40:27 am
Eleições em Maio, podem esquecer assinatura de contratos de armas, até ao final do ano. Cps

Sem esquecer a incógnita que será o resultado destas legislativas, que provavelmente poderão deixar tudo ainda mais confuso do que já está.

E com isso, quem se lixa? Os de sempre, os enteados enjeitados como é o caso das Forças Armadas, numa altura tão crítica como esta em que nos encontramos.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Março 06, 2025, 11:49:13 am
Eleições em Maio, podem esquecer assinatura de contratos de armas, até ao final do ano. Cps

Sem esquecer a incógnita que será o resultado destas legislativas, que provavelmente poderão deixar tudo ainda mais confuso do que já está.

E com isso, quem se lixa? Os de sempre, os enteados enjeitados como é o caso das Forças Armadas, numa altura tão crítica como esta em que nos encontramos.

Sempre já estão habituados  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Março 06, 2025, 11:50:05 am
Duas notícias no Jornal de Negócios de hoje, infelizmente de novo para assinantes.

Citar
BEI quer ter mais de 8 mil milhões para projetos militares

Com os critérios de exclusão no mínimo, o BEI quer abranger um maior leque de projetos na área da defesa, além dos 14 que já estão na calha para receber financiamento. O banco não revela o valor de cada um deles, mas confirma que não há empresas portuguesas envolvidas.

O Banco Europeu de Investimento prepara-se para reduzir "o mais possível, até ao mínimo", a sua lista de critérios de exclusão para emprestar dinheiro, de forma a poder incluir o financiamento de um maior leque de projetos militares na Europa. Muitos deles estavam até agora vedados aos empréstimos do banco. A garantia foi dada esta quarta-feira pela presidente do Grupo BEI, Nadia Calviño, que não esclareceu, no...

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/bei-quer-ter-mais-de-8-mil-milhoes-para-projetos-militares


Não há como fugir à nossa realidade demográfica e industrial. É expectável que o paradigma de exponencial incremento da indústria de defesa europeia que agora se inicia, tanto a nível de R&D como de produção, não se esgote a curto/médio prazo.
Conjugando estes dois fatores, seria perfeitamente possível e desejável que se criassem condições em PT para receber futuramente parte desse investimento do BEI para projetos militares. Seria importante que alguém conseguisse ter esse rasgo e começasse a trabalhar ativamente nisto. O que não falta são opções. Desde as mais básicas como munição até às ligeiramente mais complexas como UAV/USV/UUV e eventualmente UCAV.
Sei que temos mentes muito muito capazes neste país. Que lhes seja dado apoio e oportunidade para explorar o seu potencial, com o necessário ROI para as FAP e Defesa Europeia.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Março 06, 2025, 11:56:06 am
Eleições em Maio, podem esquecer assinatura de contratos de armas, até ao final do ano. Cps

Sem esquecer a incógnita que será o resultado destas legislativas, que provavelmente poderão deixar tudo ainda mais confuso do que já está.
E com isso, quem se lixa? Os de sempre, os enteados enjeitados como é o caso das Forças Armadas, numa altura tão crítica como esta em que nos encontramos.

Calma que o excedente do Oramento de Defesa pode legalmente ser usado no ano a seguir.
Em 2026 vamos ter IRIS-T SLM, Skynex 30, Rapid Rangers e EuroPULS em quantidade E com munição suficiente.
Confia, Joca! :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Março 06, 2025, 09:22:05 pm
artigo interessante:

https://cnnportugal.iol.pt/guerra/china/ha-navios-de-guerra-da-china-a-aparecer-em-sitios-inesperados-e-a-alarmar-o-ocidente-chegamos-a-um-novo-normal/20250306/67c99e92d34e3f0bae9b4b56
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Março 06, 2025, 09:34:34 pm
E só mais este:

https://cnnportugal.iol.pt/videos/montenegro-considera-que-portugal-deve-aproveitar-a-oportunidade-de-contrair-emprestimos-para-investir-em-defesa/67ca04ef0cf28cf88767d052
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Março 06, 2025, 11:17:19 pm
artigo interessante:

https://cnnportugal.iol.pt/guerra/china/ha-navios-de-guerra-da-china-a-aparecer-em-sitios-inesperados-e-a-alarmar-o-ocidente-chegamos-a-um-novo-normal/20250306/67c99e92d34e3f0bae9b4b56

Uma solução para o caso da Austrália e da Nova Zelândia, era uma entrada na NATO. Se os EUA, com Trump, não ajudarem Taiwan mediante uma invasão chinesa, não só as chances de sucesso da China aumentam, como depressa passarão à etapa seguinte, colocando os olhos nas Filipinas, Timor-Leste, Austrália, Nova Zelândia, e até nas pequenas ilhas circundantes. O Japão também não se livrará de ver pelo menos algumas das suas ilhas tomadas pelos chineses.

É preciso ter uma aliança global, com mais países, e que permita dar algumas condições de segurança a países que de outra forma podem ver-se isolados a enfrentar uma potência.

Não há como fugir à nossa realidade demográfica e industrial. É expectável que o paradigma de exponencial incremento da indústria de defesa europeia que agora se inicia, tanto a nível de R&D como de produção, não se esgote a curto/médio prazo.
Conjugando estes dois fatores, seria perfeitamente possível e desejável que se criassem condições em PT para receber futuramente parte desse investimento do BEI para projetos militares. Seria importante que alguém conseguisse ter esse rasgo e começasse a trabalhar ativamente nisto. O que não falta são opções. Desde as mais básicas como munição até às ligeiramente mais complexas como UAV/USV/UUV e eventualmente UCAV.
Sei que temos mentes muito muito capazes neste país. Que lhes seja dado apoio e oportunidade para explorar o seu potencial, com o necessário ROI para as FAP e Defesa Europeia.

Infelizmente, não parece haver grande vontade, ou imaginação, para fazer alguma coisa quanto a isso.

O que não faltam são ideias e opções. Desde o lado mais básico, como equipamento de protecção individual e munições de armas ligeiras, passando munições de calibres mais elevados, kits de bombas guiadas, até mísseis. Também se falou N vezes dos Mini UAVs, UAVs de vigilância, Loitering munitions, e participação num programa europeu de UCAVs. Também na construção naval. Também se falou na possibilidade de produzir uma viatura militar no país, de um fabricante europeu.

Em 3 anos de guerra, só houve avanços numa coisa - Super Tucano. Ironicamente, de todas as possibilidades de envolvimento da indústria nacional, fomos escolher um tipo de produto que o mercado europeu não precisa.

Tanta coisa que podia ser feita, mas parece que falta imaginação para propor o que quer que seja.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Kalil em Março 06, 2025, 11:52:35 pm
Mas o que é a NATO sem os EUA, que contribuem com quase 2/3 do investimento? É uma aliança da Europa continental com o eterno e indivisivel aliado dos EUA, o UK?

E por que raio iriam os australianos,  que recentemente fizeram um acordo militar com o UK e os EUA, e cancelaram os 12 Barracudas franceses, afastar-se dos EUA quando a China é o seu maior inimigo comum?

Taiwan só existe graças ao apoio americano desde a sua fundação, desde o tempo do Kuomintang. É parte da área geográfica, da área de influência chinesa, e os seus habitantes são..  chineses.
Serve há 70 anos de tampão à expansão chinesa e ainda não foi invadido.

A Gronelândia é capaz de ser invadida primeiro, e não será pelos chineses.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Ghidra em Março 07, 2025, 01:55:01 am
Mas o que é a NATO sem os EUA, que contribuem com quase 2/3 do investimento? É uma aliança da Europa continental com o eterno e indivisivel aliado dos EUA, o UK?

E por que raio iriam os australianos,  que recentemente fizeram um acordo militar com o UK e os EUA, e cancelaram os 12 Barracudas franceses, afastar-se dos EUA quando a China é o seu maior inimigo comum?

Taiwan só existe graças ao apoio americano desde a sua fundação, desde o tempo do Kuomintang. É parte da área geográfica, da área de influência chinesa, e os seus habitantes são..  chineses.
Serve há 70 anos de tampão à expansão chinesa e ainda não foi invadido.

A Gronelândia é capaz de ser invadida primeiro, e não será pelos chineses.
Quais as garantias que Taiwan têm dos Estados Unidos de trump? A única coisa quem têm é que ninguém quer a China tome conta da industria de semicondutores nem o ocidente nem a Índia, nem o Japão. Mas isto não impede que trump negociar diretamente com a china uma troca de terreno por semicondutores. Eu não vejo os asiáticos tão contentes pelo que está passar na Ucrânia e acreditam podem ter o mesmo destino
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 07, 2025, 06:36:21 am
E no entanto

https://odessa-journal.com/the-ministry-of-agrarian-policy-and-food-of-ukraine-signed-an-agreement-to-expand-the-list-of-ukrainian-agricultural-exports-to-china
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Kalil em Março 07, 2025, 09:56:07 am
Mas o que é a NATO sem os EUA, que contribuem com quase 2/3 do investimento? É uma aliança da Europa continental com o eterno e indivisivel aliado dos EUA, o UK?

E por que raio iriam os australianos,  que recentemente fizeram um acordo militar com o UK e os EUA, e cancelaram os 12 Barracudas franceses, afastar-se dos EUA quando a China é o seu maior inimigo comum?

Taiwan só existe graças ao apoio americano desde a sua fundação, desde o tempo do Kuomintang. É parte da área geográfica, da área de influência chinesa, e os seus habitantes são..  chineses.
Serve há 70 anos de tampão à expansão chinesa e ainda não foi invadido.

A Gronelândia é capaz de ser invadida primeiro, e não será pelos chineses.
Quais as garantias que Taiwan têm dos Estados Unidos de trump? A única coisa quem têm é que ninguém quer a China tome conta da industria de semicondutores nem o ocidente nem a Índia, nem o Japão. Mas isto não impede que trump negociar diretamente com a china uma troca de terreno por semicondutores. Eu não vejo os asiáticos tão contentes pelo que está passar na Ucrânia e acreditam podem ter o mesmo destino

Com Trump, ninguém tem garantias de nada, em matéria nenhuma.
Entre Taiwan, Coreia do Sul e Japão, os EUA têm uma dúzia se bases militares a cercar a China, e até agora, nada aponta no sentido de baixar a guarda nessa região, bem pelo contrário.

No entanto, a melhor forma de assegurar a indústria de semicondutores é esta ser transferida para a america do norte, e isso é um plano em curso. Caso isso aconteça, aí sim, Taiwan pode ficar em maus lençóis, mas eles sabem disso.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Março 07, 2025, 10:56:37 am
No entanto, a melhor forma de assegurar a indústria de semicondutores é esta ser transferida para a america do norte, e isso é um plano em curso. Caso isso aconteça, aí sim, Taiwan pode ficar em maus lençóis, mas eles sabem disso.

O plano era esse. Até que...

https://www.reuters.com/technology/trump-wants-kill-527-billion-semiconductor-chips-subsidy-law-2025-03-05/ (https://www.reuters.com/technology/trump-wants-kill-527-billion-semiconductor-chips-subsidy-law-2025-03-05/)

Caso isto avance, o CHIPS Act será rasgado e os EUA continuarão (tal como o resto do mundo) extraordinariamente dependentes de Taiwan como manufactoring hub dos chips mais avançados e complexos.
Contextos políticos à parte, como é que alguém nos EUA que tenha meio dedo de testa pode achar que esta medida do Trump, caso se torne realidade, é benéfica para o país?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 07, 2025, 11:20:16 am
No entanto, a melhor forma de assegurar a indústria de semicondutores é esta ser transferida para a america do norte, e isso é um plano em curso. Caso isso aconteça, aí sim, Taiwan pode ficar em maus lençóis, mas eles sabem disso.

O plano era esse. Até que...

https://www.reuters.com/technology/trump-wants-kill-527-billion-semiconductor-chips-subsidy-law-2025-03-05/ (https://www.reuters.com/technology/trump-wants-kill-527-billion-semiconductor-chips-subsidy-law-2025-03-05/)

Caso isto avance, o CHIPS Act será rasgado e os EUA continuarão (tal como o resto do mundo) extraordinariamente dependentes de Taiwan como manufactoring hub dos chips mais avançados e complexos.
Contextos políticos à parte, como é que alguém nos EUA que tenha meio dedo de testa pode achar que esta medida do Trump, caso se torne realidade, é benéfica para o país?

Eu sei quem é que seria beneficiado disto tudo...

TSMC Starts Building Its First European Chip Plant
September 3, 2024

Author: Kim Iskyan

Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, the world’s biggest semiconductor chip maker, broke ground in early August on its first facility in Europe, an $11 billion fabrication plant in Dresden, Germany. TSMC holds a 70% stake in the venture, called the European Semiconductor Manufacturing Company, with German automotive chip maker Infineon Technologies, the Netherlands’ NXP Semiconductors, and automotive parts supplier Bosch each taking a 10% stake. The venture will receive subsidies worth roughly half the total investment from the German government.


The chip factory is part of the company’s long-term strategy to diversify beyond its base of Taiwan. The main focus of the factory, which is slated to launch operations in late 2027, will be to supply the continent’s automotive industry, which accounts for 5.7% of EU GDP and 12.9 million jobs, or 6.8%, of total EU employment as of 2021. Semiconductor chips are essential to engine performance, safety features, and infotainment in automobiles.


The new European venture also represents something of an insurance policy for TSMC. Taiwan is viewed by China as a breakaway province, and Beijing often strongly reiterates its long-term desire to bring the self-governing island back under the control of the mainland—with potentially serious consequences for Taiwan’s chip production. The Dresden plant deal will likely be a point of concern for China, which is Germany’s largest trade partner, and the German government has already gone to lengths to downplay the political ramifications of the venture, focusing instead on the business angle.


The EU, for its part, is also seeking to increase chip production, with an aim of doubling its share of global semiconductor chip manufacturing to 20% by 2030. A $33 billion facility planned by US chip giant Intel, which would be the largest European chips project, is still awaiting EU regulators’ approval, however.

https://gfmag.com/technology/tsmc-chip-plant-germany/
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Fmfg em Março 07, 2025, 12:32:07 pm
https://www.rtp.pt/noticias/mundo/rearmar-a-europa-plano-de-bruxelas-recebe-luz-verde-dos-lideres_n1638914

"A Comissão Europeia, por sua vez, anunciou que quer ainda disponibilizar aos Estados-membros cerca de 150 mil milhões de euros sob a forma de empréstimos para financiamento conjunto de investimentos na sua defesa.

Estes fundos devem ser utilizados para investimentos conjuntos, entre pelo menos dois Estados-Membros, em áreas onde as necessidades são mais urgentes, como a defesa antiaérea, mísseis, drones e sistemas antidrones, ou sistemas de artilharia."

"O primeiro-ministro defendeu que Portugal deve “aproveitar a oportunidade” de contrair empréstimos no âmbito do novo instrumento europeu para defesa e investir mais nesta área devido ao alívio nas apertadas regras orçamentais da UE.

“Evidentemente que Portugal deve aproveitar a oportunidade de poder ter empréstimos e poder ter um mecanismo de flexibilidade para utilização sem colocar em causa a sua trajetória, ou seja, de garantir financiamento em boa condição, e ao mesmo tempo de poder continuar a mostrar um resultado financeiro que o coloca neste momento num dos melhores desempenhos à escala europeia”, disse Luís Montenegro, numa conferência de imprensa à margem da cimeira."
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Março 07, 2025, 02:25:59 pm
Um dia destes, provavelmente muito à tardinha e lá pela fresca, as nossas FA irão adquirir MALE (Medium altitude long endurance) UAV/UCAV.
Só tomei conhecimento deste sistema hoje. Europeu,  com generoso payload e flexibilidade.

https://www.airbus.com/en/products-services/defence/uas/eurodrone (https://www.airbus.com/en/products-services/defence/uas/eurodrone)

Supostamente as primeiras entregas serão de 2030 em diante.
Serão sistemas caros, seguramente. Pelo que pude ler online, serão acima de 140 milenas cada Eurodrone.
Dado que permitem uma generosa flexibilidade de missões, incluindo AsW, e mesmo sabendo que são equipamentos caros, encomendaria "imediatamente" uns 2 a 3 sistemas (cada sistema comporta 3 UAV).

(https://mediarenditions.airbus.com/kXvI7UgFMLCvC_JCCrdwr-kE6Kkvw87ONeHDM8fzv7I/resize?src=kpkp://airbus/38/676/676105-kwwl4ke0q3.jpg&w=1280&h=1600&t=fill&f=webp)

Onde é que pus a cadeira, mesmo?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 07, 2025, 05:14:03 pm
O PM está é preocupado com a CPI, não tem tempo para estes fait divers
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Março 08, 2025, 02:24:24 am
Um conflito a curto prazo, não é para 2030  infelizmente ...

Entretanto, na guerra a sério, que deveria ser a nossa bitola, os ucranianos estão a produzir quase 10.000 drones por dia.

Os Russos estão em guerra há três anos.
Têm centenas de milhares de baixas, mas estão habituados à realidade dos dias de hoje no campo de batalha, que é controlado e dominado por drones.
Nos últimos dias há notícias de áreas em que os combates se limitam a ataques de drones de parte a parte.

As viaturas de reconhecimento deixaram de ter qualquer papel nessa função. As que existem precisam ser poderosamente protegidas, porque são alvos fáceis.

Esta guerra está a ser combatida por drones de 500 Euros, equipados com explosivos.
Os russos estão a utilizar burros, porque estes são dificilmente identificados por sistemas de infravermelhos e ao mesmo tempo não precisam de gasolina.

Temo que se tivéssemos capacidade para enviar um batalhão para um campo de batalha destes, metade dos nossos militares fugia nas primeiras 48 horas.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Março 09, 2025, 01:37:25 am
Um dia destes, provavelmente muito à tardinha e lá pela fresca, as nossas FA irão adquirir MALE (Medium altitude long endurance) UAV/UCAV.
Só tomei conhecimento deste sistema hoje. Europeu,  com generoso payload e flexibilidade.

https://www.airbus.com/en/products-services/defence/uas/eurodrone (https://www.airbus.com/en/products-services/defence/uas/eurodrone)

Supostamente as primeiras entregas serão de 2030 em diante.
Serão sistemas caros, seguramente. Pelo que pude ler online, serão acima de 140 milenas cada Eurodrone.
Dado que permitem uma generosa flexibilidade de missões, incluindo AsW, e mesmo sabendo que são equipamentos caros, encomendaria "imediatamente" uns 2 a 3 sistemas (cada sistema comporta 3 UAV).

(https://mediarenditions.airbus.com/kXvI7UgFMLCvC_JCCrdwr-kE6Kkvw87ONeHDM8fzv7I/resize?src=kpkp://airbus/38/676/676105-kwwl4ke0q3.jpg&w=1280&h=1600&t=fill&f=webp)

Onde é que pus a cadeira, mesmo?

O EuroDrone já foi falado algumas vezes por aqui. Mas é algo recente, pelo menos em termos dos detalhes, que não me recordo de até há pouco tempo, este drone ser apresentado como um UCAV.
Agora um UCAV que poderá utilizar armamento quase para todos os gostos, inclusive mísseis JSM, é uma clara mais valia.

Em termos dos custos, será que é mesmo 140M cada, e não 140M cada "unidade", ou seja, cada sistema com 3 drones? É que 140M cada, é quase tão caro como um P-8, e bem mais caro que um F-35, e com esse preço não seria competitivo no mercado. 140M por um conjunto de 3 já faz mais sentido, e coincide mais com os valores do MQ-9.

Algo que gostava de ver, era que pegassem no AR5 e no futuro ARX, e testassem a incorporação de algum armamento mais leve.

Um conflito a curto prazo, não é para 2030  infelizmente ...

Entretanto, na guerra a sério, que deveria ser a nossa bitola, os ucranianos estão a produzir quase 10.000 drones por dia.

Os Russos estão em guerra há três anos.
Têm centenas de milhares de baixas, mas estão habituados à realidade dos dias de hoje no campo de batalha, que é controlado e dominado por drones.
Nos últimos dias há notícias de áreas em que os combates se limitam a ataques de drones de parte a parte.

As viaturas de reconhecimento deixaram de ter qualquer papel nessa função. As que existem precisam ser poderosamente protegidas, porque são alvos fáceis.

Esta guerra está a ser combatida por drones de 500 Euros, equipados com explosivos.
Os russos estão a utilizar burros, porque estes são dificilmente identificados por sistemas de infravermelhos e ao mesmo tempo não precisam de gasolina.

Temo que se tivéssemos capacidade para enviar um batalhão para um campo de batalha destes, metade dos nossos militares fugia nas primeiras 48 horas.

Sim, o reequipamento das FA portuguesas tem de ser visto em 2 etapas:
-curto prazo: dando prioridade a programas que dêem alguma capacidade de combate ao país, e de rápida execução;
-médio/longo prazo: programas que já se sabe que vão demorar anos até avançarem, ou que estão planeados para daqui a vários anos/não são prioritários.

A compra de um UCAV MALE, é absolutamente necessária mais tarde ou mais cedo. Se fosse possível a curto prazo, perfeito (opções israelitas, americanas ou turcas já no mercado), se quisermos esperar por um produto multinacional europeu, tipo EuroDrone, é esperar e dar prioridade a outros programas.

E as nossas necessidades têm que ser tratadas assim. O caso das VdG, ou decidimos fazer um upgrade bem mais robusto do que o que está planeado, ou cancelamos o upgrade, e avançamos já com um concurso para aquisição de novas fragatas, ou procuramos uma solução em segunda-mão. Não podemos é andar aqui no meio termo, meio indecisos.

Entre os programas de curto prazo, algumas das prioridades deviam girar em torno dos F-16, dos P-3 e respectivo armamento, e na aquisição de sistemas AA, adquirindo o mais depressa possível alguns dos sistemas incluídos no ESSI (pelo menos Skyranger 30 (BrigInt), RapidRanger  e respectivos radares ligeiros (BRR/Fuzos) e IRIS-T SLM - deixando Patriot e Arrow 3 como sonho molhado difícil de concretizar a curto prazo).

É absolutamente necessária a compra de loitering munitions. Harop/Harpy ou equivalentes (do lado mais "high end"), e Switchblade 300 ou similar (do lado "low end") - e pedir transferência de tecnologia para sermos capazes de desenvolver as nossas próprias LM. Os Harop, e outras loitering munitions, também podem ser lançados de navios, o que podia ser importante numa eventual "militarização" dos NPO/expansão de capacidades das VdG, conferindo-lhes armamento stand-off em módulos contentorizados.

Camcopter S100 para a MGP e quiçá EP. Se se confirmar o rumor do interessa da MGP nos Lynx Wildcat, era avançar com esta aquisição ASAP. Acelerar o processo dos helicópteros do EP, nomeadamente aumentando o nº de UH-60 e incluir desde o início armamento no programa.

É crucial adquirir novos mísseis anti-carro.

Era também necessário definir de uma vez por todas o que raio se quer fazer da BrigMec. Se a querem manter, então pensem em investir a sério naquilo, caso contrário, mais vale fundir com a BrigInt. E adquiram um IFV de lagartas de uma vez por todas, algo que é necessário independentemente do rumo que escolham para a BrigMec. A isto acrescento versões lança-pontes, recuperação e engenharia dos Leo.

Na questão das viaturas de reconhecimento, estas forças continuarão a existir, mas deverão ter acesso aos seus próprios drones. Dependendo da unidade que equipem, e do veículo que possuírem, até poderiam usar um UAV maior, tipo AR-3 VTOL.
Estas unidades até conseguirão cumprir a sua missão, mantendo-se relativamente afastadas da linha da frente.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Ghidra em Março 09, 2025, 06:53:51 pm
Ainda vamos ficar no centro do furacão

Descobertas terras raras na fronteira de Portugal e Espanha. Tesouro escondido pode mudar o futuro da Europa

https://executivedigest.sapo.pt/noticias/descobertas-terras-raras-na-fronteira-de-portugal-e-espanha-tesouro-escondido-pode-mudar-o-futuro-da-europa/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 09, 2025, 08:22:11 pm
Sabemos nós lá como vai estar o mundo em 2030, se ainda existir mundo
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 17, 2025, 09:06:15 am
Livro Branco da Defesa reforça aposta da UE em “projectos pan-europeus de larga escala”

https://www.publico.pt/2025/03/17/mundo/noticia/livro-branco-defesa-reforca-aposta-ue-projectos-paneuropeus-larga-escala-2126185
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Março 17, 2025, 12:55:50 pm
Livro Branco da Defesa reforça aposta da UE em “projectos pan-europeus de larga escala”

https://www.publico.pt/2025/03/17/mundo/noticia/livro-branco-defesa-reforca-aposta-ue-projectos-paneuropeus-larga-escala-2126185

Fico à espera do Livro Branco da UE "Como Passar do Palavreado aos Actos"

(mas obrigado pela publicação do link do Público.... )
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 17, 2025, 04:22:22 pm
 :mrgreen:

https://executivedigest.sapo.pt/noticias/ucrania-mne-insiste-ser-totalmente-extemporaneo-pensar-em-apoio-no-terreno-em-caso-de-paz-2/
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 19, 2025, 08:25:04 am
:mrgreen:

https://executivedigest.sapo.pt/noticias/ucrania-mne-insiste-ser-totalmente-extemporaneo-pensar-em-apoio-no-terreno-em-caso-de-paz-2/

Esses já não contam para nada.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 19, 2025, 01:25:50 pm
:mrgreen:

https://executivedigest.sapo.pt/noticias/ucrania-mne-insiste-ser-totalmente-extemporaneo-pensar-em-apoio-no-terreno-em-caso-de-paz-2/

Esses já não contam para nada.

Sim que se o PS ganhar irão para lá resmas  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Março 19, 2025, 09:28:04 pm
Disclaimer: como é óbvio concordo e acho absolutamente necessário que Portugal invista mais na Defesa. Ponto.

Mas acho que o nosso ainda pm deve ter estes assuntos ainda por esclarecer na sua cabecinha. Ou seja, investir em indústrias de defesa (e acho muito bem!) não é, necessariamente, "investir em defesa".

Por exemplo: um hipotético investimento nas OGMA é automaticamente considerado como um investimento em Defesa? Apoios à Wet Sea também o são? apoios à Tekever ou outras empresas fabricantes de drones também o são?
Não, claramente.

O apoio que o governo pode e deve exercer passa por adquirir os produtos e/ou serviços que essas empresas possam prestar ao sector da Defesa. 
Podem também ocorrer situações em que o Estado entenda que é do seu interesse ser ele mesmo o 'patrão' de algum investimento - oor exemplo, na instalação de uma fábrica de munições. Mas desconfio profundamente dessas situações, por não acreditar na veia empresarial e dinamismo do Estado, que deve deixar aos privados a iniciativa mesmo que, como deveria ser o caso, deva existir um forte controle sobre as vendas que se venham a realizar.

Ter mais Estado é que não, já chega o que temos! 

https://sicnoticias.pt/pais/2025-03-19-video-montenegro-defende-mais-investimento-na-defesa-como-estimulo-a-economia-bed7a7b2
 
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: nelson38899 em Março 24, 2025, 10:39:43 pm
Estava aqui a pensar, porque não sair da NATO e privatizar a nossa defesa e segurança pública?

Todos os anos abríamos um concurso publico internacional, e o que apresentá-se a melhor proposta ganhava.

Fazíamos o mesmo na saúde e educação
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Março 25, 2025, 01:48:19 am
Espero que isso seja sarcasmo.

Se não for, isso seria "Vender a alma ao diabo".
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Ghidra em Março 25, 2025, 03:39:16 am
Faz me lembrar  a Espanha de Carlos IV. Porque não alguém oferecer um preço espetacular e ocupar todos os quartéis e pontos estratégicos e declara-se dono disto tudo?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: miguelbud em Março 25, 2025, 09:04:13 am
Portugal cortou mais de três mil milhões de euros em Defesa nos últimos dez anos
https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/portugal-cortou-mais-de-tres-mil-milhoes-de_67e261086125ac66366cf0f2
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 25, 2025, 09:05:06 am
Portugal cortou mais de três mil milhões de euros em Defesa nos últimos dez anos
https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/portugal-cortou-mais-de-tres-mil-milhoes-de_67e261086125ac66366cf0f2

PS what else
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 25, 2025, 09:14:00 am
Portugal cortou mais de três mil milhões de euros em Defesa nos últimos dez anos
https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/portugal-cortou-mais-de-tres-mil-milhoes-de_67e261086125ac66366cf0f2

PS what else

A notícia original está no DN, pena que seja apenas para assinantes.

Citar
Cortes orçamentais na Defesa ultrapassam os três mil milhões de euros na última década

Desde 2014, governos "pouparam" 1,8 mil milhões de euros em despesa corrente e 1,3 mil milhões em investimentos não realizados. Meta da NATO, de 2% do PIB, podia estar cumprida, não fosse isso.

https://www.dn.pt/economia/cortes-or%C3%A7amentais-na-defesa-ultrapassam-os-tr%C3%AAs-mil-milh%C3%B5es-de-euros-na-%C3%BAltima-d%C3%A9cada

Pois é, agora corre-se atrás do prejuízo...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: miguelbud em Março 25, 2025, 09:27:25 am
Portugal cortou mais de três mil milhões de euros em Defesa nos últimos dez anos
https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/portugal-cortou-mais-de-tres-mil-milhoes-de_67e261086125ac66366cf0f2

PS what else

E agora que autoridade moral terá o Presidente do Conselho Europeu para pedir aos estados membros que invistam na Defesa?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 25, 2025, 09:51:33 am
Portugal cortou mais de três mil milhões de euros em Defesa nos últimos dez anos
https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/portugal-cortou-mais-de-tres-mil-milhoes-de_67e261086125ac66366cf0f2

PS what else

E agora que autoridade moral terá o Presidente do Conselho Europeu para pedir aos estados membros que invistam na Defesa?

Então mas ele não foi o primeiro a aconselhar cautela e caldos de galinha?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: miguelbud em Março 25, 2025, 12:56:19 pm
Nao P44, há 15 dias disse isto:


...
O presidente do Conselho Europeu advertiu hoje que, perante a "enorme pressão" sobre o multilateralismo, a União Europeia (UE) tem de perceber as "implicações mais abrangentes" para a segurança do conflito na Ucrânia, exortando ao reforço do investimento em defesa.


https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/antonio-costa-pede-reforco-da-defesa-na-ue-perante-enorme-pressao
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 25, 2025, 01:47:08 pm
Nao P44, há 15 dias disse isto:


...
O presidente do Conselho Europeu advertiu hoje que, perante a "enorme pressão" sobre o multilateralismo, a União Europeia (UE) tem de perceber as "implicações mais abrangentes" para a segurança do conflito na Ucrânia, exortando ao reforço do investimento em defesa.


https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/antonio-costa-pede-reforco-da-defesa-na-ue-perante-enorme-pressao

Sim que o costa nunca mentiu na vida :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Março 25, 2025, 03:28:46 pm

Citar
Cortes orçamentais na Defesa ultrapassam os três mil milhões de euros na última década

Desde 2014, governos "pouparam" 1,8 mil milhões de euros em despesa corrente e 1,3 mil milhões em investimentos não realizados. Meta da NATO, de 2% do PIB, podia estar cumprida, não fosse isso.

https://www.dn.pt/economia/cortes-or%C3%A7amentais-na-defesa-ultrapassam-os-tr%C3%AAs-mil-milh%C3%B5es-de-euros-na-%C3%BAltima-d%C3%A9cada


Mas, sou só eu que estou a ver isto, ou estou a fazer mal as contas ?
É que 1800 milhões  + 1300 milhões, ao longo de dez anos dá 3100 milhões de Euros, ou seja 310 milhões de Euros por ano.
(não estamos seguramente a falar de 3100 milhões por ano)

Isto dá entre 0.10% e 0.15% do PIB dependendo dos anos.
Como é que podiamos ter chegado aos 2% com estes 0.1% a 0.15%
Se andamos (com numeros falsificados) pelos 1.4 em média, como é que 1.4 (um ponto quatro)  MAIS  0.1(zero ponto um)  dá 2 (dois) ?

O que os números mostram, é que se trata de valores que deveriam andar pelo necessário para se manter pelo menos os meios disponíveis em estado de operacionalidade, e poderiam mesmo ter sido criadas algumas reservas de guerra, coisa de que se houve falar há muito tempo, muito tempo andas da guerra na Ucrânia.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Março 25, 2025, 04:09:28 pm
Tendo em conta que nós gastamos 0.9% do PIB em Defesa por ano, seriam necessários quase 3000M/ano para chegar aos 2%.

Para atingir os 2%, com base nos truques usados por cá que nos colocam nos 1.4/1.5%, seriam necessários pelos menos1500M/ano.

Esses 3000M ao fim dos últimos 10 anos, devem ser só das cativações, e talvez alguns cancelamentos/adiamentos que decorreram.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Março 25, 2025, 04:45:00 pm
devem ser só das cativações, e talvez alguns cancelamentos/adiamentos que decorreram.

Cada vez que um político neste país falasse ou escrevesse a palavra cativação, devia ser obrigatório por lei ser-lhe imediatamente mostrada uma imagem de alta resolução de um cadafalso.
Tenho um ódio visceral a cativações orçamentais.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: nelson38899 em Março 25, 2025, 10:40:32 pm
Espero que isso seja sarcasmo.

Se não for, isso seria "Vender a alma ao diabo".

Não é sarcasmo!

É uma solução tão válida quanto as outras.

Hoje em dia as coisas só funcionam quando não há funcionários públicos. Os sindicados ou são controlados pela extrema-direita, ou esquerda e como tal o único desejo deles é destruir o estado.

Como tal mais vale privatizar tudo.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Lightning em Março 25, 2025, 11:55:39 pm
Espero que isso seja sarcasmo.

Se não for, isso seria "Vender a alma ao diabo".

Não é sarcasmo!

É uma solução tão válida quanto as outras.

Hoje em dia as coisas só funcionam quando não há funcionários públicos. Os sindicados ou são controlados pela extrema-direita, ou esquerda e como tal o único desejo deles é destruir o estado.

Como tal mais vale privatizar tudo.

Depois pediam um aumento, e se não tivessem o que queriam não faziam greve, faziam era logo um golpe de estado.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Março 26, 2025, 10:00:09 am
Ricardo Pinheiro Alves: Compras da Defesa têm de ser “próximas dos mil milhões”

O presidente da IdD, que gere as participações públicas na área da Defesa e apoia as empresas do setor, reconhece que as compras de equipamento previstas na Lei de Programação Militar tenham de aumentar mais do dobro nos próximos cinco anos. E admite entraves a maiores compras a empresas portuguesas.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2025-03/img_900x560$2025_03_25_19_59_15_498346.jpg)

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/defesa/detalhe/ricardo-pinheiro-alves-compras-da-defesa-tem-de-ser-proximas-dos-mil-milhoes
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 27, 2025, 03:14:43 pm
(https://pbs.twimg.com/media/GnDjVnyWAAASua0?format=jpg)

 :arrow:  https://acrobat.adobe.com/id/urn:aaid:sc:eu:71016944-84a2-4cf0-a8f0-2abe4f110e28?viewer%21megaVerb=group-discover
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 27, 2025, 03:42:35 pm
Quando começarem a anunciar cortes na saúde e na educação para financiar a defesa cá estaremos para ver  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Março 27, 2025, 05:37:54 pm
Quando começarem a anunciar cortes na saúde e na educação para financiar a defesa cá estaremos para ver  :mrgreen:

Basta não contratarem os Professores brasileiros (os cheganos iam apreciar) e a Saúde basta fazer isto:

 :arrow: https://iniciativaliberal.pt/programa2022/saude-para-todos-mais-escolha-menos-espera-melhor-saude/
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 27, 2025, 07:32:02 pm
Quando começarem a anunciar cortes na saúde e na educação para financiar a defesa cá estaremos para ver  :mrgreen:

Basta não contratarem os Professores brasileiros (os cheganos iam apreciar) e a Saúde basta fazer isto:

 :arrow: https://iniciativaliberal.pt/programa2022/saude-para-todos-mais-escolha-menos-espera-melhor-saude/
campanha eleitoral a esta hora? c56x1
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 27, 2025, 07:32:41 pm

NEXTA
@nexta_tv
🇸🇪 Sweden announces biggest military buildup since the Cold War

Stockholm to raise defense spending from 2.4% → 3.5% of GDP by 2030.

A clear signal: Nordic security is now a top priority.

 ::)
E estes não devem aldrabar como os tugas
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Março 27, 2025, 08:42:31 pm

NEXTA
@nexta_tv
🇸🇪 Sweden announces biggest military buildup since the Cold War

Stockholm to raise defense spending from 2.4% → 3.5% of GDP by 2030.

A clear signal: Nordic security is now a top priority.

 ::)
E estes não devem aldrabar como os tugas

Já faltou mais para serem os países europeus a questionarem Portugal (e muito bem, digo eu!) pelo nível das despesas com a Defesa e com o nível de aldrabice que Lisboa seguramente continuará a fazer - ou estão a ver Lisboa a admitir que no OE de 2025 irá gastar 0,95% com a Defesa, expurgando pensóes dos militares, despesas com a GNR e as rendas que começaram a ser conbradas às FA's?????

TEmos uma longa tradição de tauromaquia e maior ainda de 'habilidade criativa' com os números
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Março 27, 2025, 08:58:45 pm
Os países europeus só vão começar a fazer perguntas, quando as começarem a fazer aos espanhóis, que conseguem gastar ainda menos que nós...

Portanto, ainda temos a Espanha como saco de pancada para aparar as mais violentas ...  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Fmfg em Março 27, 2025, 09:07:26 pm
Os países europeus só vão começar a fazer perguntas, quando as começarem a fazer aos espanhóis, que conseguem gastar ainda menos que nós...

Portanto, ainda temos a Espanha como saco de pancada para aparar as mais violentas ...  :mrgreen:
Os espanhóis fazem aldrabice mas ao contrário, eles dividem a % de investimento por vários ministérios de todos os seu programas nacionais de armamento desses as F100, F110, S80 e por aí fora eles gastam bastante acima do que declaram só que assim a opinião pública espanhola fica contente e não reclama, são inteligentes e pensam na sua Defesa e indústria de Defesa. Portugal é completamente o oposto.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: papatango em Março 27, 2025, 09:24:31 pm
Isso é verdade, pelo menos parcialmente, já que os espanhóis também contabilizam despesas com a segurança social dos militares, como despesas em defesa, mas não altera os numeros oficiais.

Quando os espanhóis incluirem os custos com a Guardia Civil nas despesas militares, aí já ficam praticamente em cima dos 2% do PIB.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Lusitaniae em Março 27, 2025, 11:40:37 pm
Will Portugal be safe in a possible third world war?

resposta do Grok...

Predicting Portugal's safety in a hypothetical third world war is inherently speculative, as it depends on the nature, scope, and participants of such a conflict. However, we can assess factors based on Portugal’s historical behavior, geopolitical position, and current status that might influence its safety.
Portugal has a track record of neutrality in major global conflicts when possible. During World War II, it remained officially neutral under Salazar’s regime, balancing trade with both the Allies and Axis powers while avoiding direct involvement. This neutrality was partly strategic—Portugal’s location on Europe’s western edge, away from the main theaters of war, and its control of the Azores islands made it valuable but not a primary target. In World War I, it only joined after Germany declared war on it in 1916, prompted by Portugal seizing German ships at Britain’s request. Historically, Portugal prefers to stay out of fights unless dragged in by alliances or direct threats.
Geographically, Portugal’s position is a double-edged sword. Tucked away in the southwest corner of Europe, it’s not on the frontline of potential clashes between major powers like Russia and NATO’s eastern members. The Atlantic Ocean to its west and south provides a natural buffer. However, its NATO membership since 1949 ties it to the Western bloc. In a global conflict involving NATO—say, against Russia or China—Portugal could be drawn in, especially if the Azores, a key strategic point for transatlantic military operations, become contested. Lajes Field in the Azores has long been a critical airbase for the U.S. and NATO, which could make it a target.
Today, Portugal’s military is modest. It spends about 1.5% of GDP on defense (below NATO’s 2% target), with a small, professional force focused on peacekeeping and homeland security rather than large-scale combat. Its air defenses and heavy weaponry are limited, which might deter it from being seen as a major player but also leaves it less equipped to repel an attack. Posts on X have echoed this, with some users claiming Portugal’s military wouldn’t last long in a high-intensity war—though that’s more opinion than fact.
Safety-wise, Portugal’s lack of direct borders with volatile regions (unlike Eastern Europe) and its low profile in global rivalries could keep it out of the crosshairs. It’s not a nuclear power, doesn’t host foreign nuclear weapons (unlike some NATO allies), and isn’t embroiled in major disputes. The Global Peace Index consistently ranks it among the world’s most peaceful countries—4th in 2023—reflecting internal stability and minimal involvement in foreign conflicts.
In a third world war scenario, Portugal’s fate hinges on the conflict’s dynamics. If it’s a NATO-Russia showdown, the Azores might draw attention, but mainland Portugal could avoid direct hits unless the war escalates wildly. A broader war with nuclear or cyber elements changes everything—distance matters less when missiles or digital attacks can strike anywhere. Historical neutrality suggests Portugal would try to sit it out if allowed, but alliances could override that.
So, would it be safe? Relatively speaking, yes—its location and low-threat status help. But no place is truly “safe” in a global war; it’s more about degrees of risk. Portugal’s not a prime target, but it’s not untouchable either. What kind of war are you imagining when you ask this? That could sharpen the answer.

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 28, 2025, 07:59:31 am
Até o Grok enganaram  :mrgreen:

De certeza que os ciganos são originários da Roménia? Cá para mim...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Março 28, 2025, 09:54:28 am
Até o Grok enganaram  :mrgreen:

De certeza que os ciganos são originários da Roménia? Cá para mim...

São, Mas vêm para cá para reciclagem e 'evolução profissional'...
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Malagueta em Março 28, 2025, 11:15:56 am
https://cnnportugal.iol.pt/defesa/portugal/fui-representante-de-portugal-na-nato-e-o-que-ouvia-de-outros-paises-nao-era-agradavel-portugal-faz-uma-chico-espertice-para-evitar-gastar-mais-em-defesa/20250327/67e4405cd34e3f0bae9c28d1

"Fui representante de Portugal na NATO e o que ouvia de outros países não era agradável": Portugal faz "uma chico-espertice" para evitar gastar mais em Defesa

Enquanto a dimensão das ameaças enfrentadas pela NATO cresce, uma regra da a aliança permite mascarar a fragilidade das defesas de alguns dos seus membros. É o que faz Portugal, mas até há casos piores, como o de Espanha
Quando a Rússia invadiu e anexou a Crimeia, em 2014, muitos temeram o pior. Vladimir Putin mostrava-se cada vez mais ousado e a postura agressiva do Kremlin fez soar todos os alarmes nos países de leste, onde a memória da ocupação soviética ainda está viva. A NATO respondeu com a recomendação do aumento dos gastos da Defesa para, pelo menos, 2% do PIB, de forma a devolver à aliança as capacidades que vinha a perder ao longo de anos de desarmamento. Só que o acordo não encontrou uma definição rígida do que constitui um "gasto em Defesa", deixando margem a interpretação e permitindo aos líderes políticos de vários países europeus "inflacionar contabilisticamente" os seus gastos em Defesa.

Portugal, que pertence ao grupo de membros da NATO que menos gasta em Defesa em relação ao PIB, não é uma exceção. Em 2023, o nosso país declarou à aliança um gasto de 1,48% do PIB em Defesa, aproximadamente 3,9 mil milhões de euros, de acordo com um documento da Aliança Atlântica. No entanto, o gasto real nos três ramos das Forças Armadas é inferior. Apesar de não aumentarem a capacidade das forças armadas, os dados enviados à NATO incluem as despesas do país com a Guarda Nacional Republicana (GNR) e com as pensões dos militares, o que inflaciona as contas portuguesas em 1,6 mil milhões de euros, praticamente metade do gasto total. Em 2024 a percentagem de despesa aumentou para 1,55%, sendo que o aumento do suplemento de risco pago à GNR - 200 euros mensais a mais para cada guarda - teve uma forte contribuição.

Eu fui representante de Portugal na NATO e sei perfeitamente aquilo que ouvia de outros países e que não era agradável. Se queremos ser levados a sério não podemos andar com artifícios para tentar enganar os nossos parceiros. Esse artifício tem de acabar de uma vez por todas. A incorporação das contas da GNR nos gastos da Defesa é uma chico-espertice", afirma o major-general Isidro de Morais Pereira, analista de Defesa e antigo representante de Portugal na NATO, referindo-se a uma prática que é permitida pela Aliança Atlântica, e que países como Espanha, com a Guardia Civil, ou França, com a Gendarmerie, também fazem.

Isto significa que, retirados estes gastos, Portugal gastou pouco mais de 1% do PIB em modernização e investimento das Forças Armadas. Algo que acontece porque o compromisso com a NATO permite contabilizar como gastos em Defesa forças paramilitares, desde que tenham uma função militar e estejam sob o comando militar em cenários de guerra, que é o caso da GNR, apesar de estar sob a tutela do Ministério da Administração Interna, de onde sai o dinheiro para as despesas desta força. Em caso de guerra, a GNR passaria a estar sob a alçada do chefe do Estado-Maior-General d​as Forças Armadas.

"Não é correto incluir os gastos de pessoal da GNR no orçamento da Defesa. Mesmo em Portugal, nas contas públicas, a GNR recebe o seu orçamento do Ministério da Administração Interna. Se não vem do orçamento da Defesa em termos internos em Portugal, porque é que há de ser orçamento da Defesa quando enviamos os números para a NATO?", questiona Isidro de Morais Pereira.

Mas Portugal está longe de estar sozinho no que toca à inflação dos seus gastos de Defesa perante a NATO. A 13 de março, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou uma nova abordagem para impulsionar os gastos da Defesa do país sem aumentar necessariamente o investimento em mais equipamento militar. Sánchez entende que é irrealista para um país como Espanha, que percentualmente ainda gasta menos que Portugal, preparar o seu exército para combater tanques russos, que jamais seriam capazes de atravessar os Pirineus. Para o primeiro-ministro espanhol, a ameaça russa "é híbrida". E é por isso que o governo de Madrid quer preparar uma estratégia "360 graus" que pretende incorporar os esforços para reduzir emissões de carbonos, resposta às alterações climáticas, cibersegurança e combate ao terrorismo como sendo gastos em Defesa.

A medida permitiria a Espanha, que gasta apenas 1,28% do PIB em Defesa - é mesmo o país da NATO que tem a percentagem mais baixa -, aumentar significativamente os seus gastos em Defesa sem, na prática, aumentar os gastos em Defesa, numa altura em que os membros da aliança já não encaram a meta de 2% estabelecida em 2014 como suficiente para contrariar a ameaça russa no flanco leste. A expectativa é mesmo que a NATO aumente para 3% do PIB o gasto de Defesa mínimo já na próxima cimeira de junho, em Haia. Um número que obrigaria quase todos os países a acelerarem os gastos - em 32 Estados-membros, só Polónia (4,12%), Estónia (3,43%), Letónia (3,15%), Grécia (3,08%) e Estados Unidos (3,38%) gastam acima disso em 2024.

Itália, que não chegou aos 1,5% do PIB em Defesa em 2024, também tem uma parte significativa dos seus gastos ligados à existência da sua polícia armada, os carabinieri. No entanto, a vasta maioria dos 32 mil milhões de euros que Itália tem para o orçamento da Defesa são gastos em salários de pessoal e pensões. A par de uma situação financeira mais restrita, com a dívida pública bastante elevada, o executivo de Georgia Meloni sugeriu incorporar medidas de estímulo à competitividade económica na contabilidade dos dados de Defesa reportados à NATO.

"Não vale a pena andar a encontrar artifícios. Os portugueses e os europeus têm direito a ter um aparelho militar credível. Os países têm de colocar a indústria a funcionar e constituir reservas de guerra, para comprar os equipamentos que, neste momento, não temos", insiste Isidro de Morais Pereira.

Aumento da produção
Para criar uma capacidade de Defesa capaz de dissuadir potenciais inimigos da Europa, investimentos em polícias, alterações climáticas e em competitividade económica não são suficientes. Para isso, é preciso entregar às Forças Armadas de cada país as capacidades necessárias para fazer frente às ameaças que se aproximam, colocando encomendas às empresas europeias, de forma a que a indústria militar seja capaz de responder às necessidades dos países da União Europeia.

E as principais empresas da indústria europeia, que desde 2021 viram a sua capitalização bolsista aumentar 64%, estão dispostas a expandir a capacidade de produção, mas insistem que para isso têm de receber encomendas e contratos a longo prazo que justifiquem os investimentos de vários milhares de milhões em abrir novas fábricas e novas linhas de produção. Armin Papperger, CEO do gigante industrial alemão Rheinmetall, afirmou que a empresa já investiu centenas de milhões de euros por conta própria, mas alertou que o ritmo depende dos pedidos de compras

"O fim da Guerra Fria levou-nos a abandonar a indústria militar, que foi obrigada a aplicar uma lógica de duplo uso, produzindo para o mercado civil e militar. Só que nenhuma indústria de Defesa sobrevive se não tiver encomendas para o fornecimento. Se esse cenário se mantiver, vamos continuar a ter uma capacidade de resposta muito curta", defende o major-general Agostinho Costa.

Algumas áreas específicas da indústria militar europeia têm demonstrado um forte progresso. A produção de munições de 155mm, por exemplo, que estava praticamente paralisada no início da invasão russa, é um desses casos. Empresas de pólvora aumentaram significativamente a sua capacidade de produção e as fábricas de produção de projéteis passaram de produzir cerca de 250 mil munições por ano para 1,5 milhões de unidades em 2025.

Uma outra área onde a indústria europeia tem demonstrado capacidade em subir a capacidade de produção é na produção de sistema de defesa antiaérea de curto alcance, como é o caso do modelo da empresa alemã Diehl Defence, o IRIS-T SLM. O gigante industrial é agora capaz de produzir aproximadamente 500 mísseis interceptores por ano. A vasta maioria destes projéteis são enviados para a Ucrânia. Sistemas que têm provado a sua utilidade no campo de batalha, como as armas antitanque NLAW, AT4 e Carl Gustaf produzidos pelos suecos da Saab, também viram a sua produção disparar, sendo capazes de fabricar 400 mil unidades por ano.

Noutros casos, a indústria não foi mesmo capaz de se adaptar sem o aumento real dos gastos da Defesa dos países europeus. A produção de mísseis de longo alcance é uma das áreas onde o continente está mais atrasado. O único país europeu que produz estas armas é a França, que tem o conglomerado MBDA a produzir os mísseis SCALP (também conhecidos como Storm Shadow na variante britânica). No entanto, a sua produção é bastante reduzida quando comparada à capacidade de produção russa. Estima-se que França produza apenas entre 50 a 100 mísseis por ano. Moscovo produz uns estimados 1.200 mísseis cruzeiro por ano.

Só que os custos para recuperar as capacidades são significativos. De acordo com uma análise do think tank belga Bruegel, os países europeus precisam de recrutar mais 300 mil soldados e de gastar mais 250 mil milhões de euros por ano para poder colmatar a ausência do apoio norte-americano, em caso de um conflito de larga escala. Estes valores seriam o suficiente para adquirir os 1.400 tanques e os dois mil veículos de infantaria necessários para recompor os exércitos europeus

Atualmente a capacidade de resposta não responde aos níveis de ambição. Quem conhecer bem a estrutura militar percebe que nós temos de parar para pensar. Isto vai obrigar-nos a mudar de estrutura. A ter outra logística e a pensar noutro tipo de recrutamento militar", refere Agostinho Costa.

Para os especialistas, inverter esta tendência depende quase exclusivamente de vontade política. No entanto, para países como Espanha, Itália e França, a decisão de aumentar significativamente o investimento em Defesa coloca ainda mais pressão no orçamento de Estados que já contam com níveis de dívida pública e défices orçamentais elevados. A juntar aos elevados níveis de endividamento, soma-se o facto de estes países já terem taxas de impostos bastantes altas, reduzindo ainda mais a margem para obter mais financiamento para gastos em Defesa.

Em Espanha, por exemplo, a dívida pública está projetada para chegar aos 101% PIB em 2026 e o défice do país poderia ultrapassar os 4%, se aumentarem os gastos com Defesa em 1% do PIB. Itália também está a operar no limite da sua capacidade financeira. O governo italiano é aquele que mais sofre do endividamento, com a dívida pública a atingir os 138% em 2024 e com um défice de 3,4% no mesmo ano. França não está muito melhor. Nem mesmo uma das mais elevadas cargas fiscais da Europa é suficiente para tapar o défice orçamental francês, que atingiu 6,1% do PIB em 2024, ou para tapar o buraco da dívida francesa, que está projetada chegar aos 114,7% do PIB este ano.

Portugal, depois de anos mais complicados com valores bem acima dos 100% de dívida, tem um cenário mais folgado que estes países. O governo português atingiu um excedente orçamental de 0,7% do PIB em 2024, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística. No mesmo sentido, a dívida pública portuguesa tem vindo a diminuir progressivamente, baixando de 112,4% do PIB em 2022 para 95,9% em 2024. Ainda assim, a subida da meta da NATO para 3% poderia obrigar o próximo governo português a ter de voltar a endividar o país ou a fazer cortes noutras áreas.

Qualquer aumento da despesa em Defesa poderia exigir cortes nas áreas "sagradas" das democracias europeias, como a Saúde, Educação e Segurança Social. A decisão de cortar nestas áreas é considerada por muitos decisores políticos como algo "politicamente sensível" ou até mesmo arriscado. Só que face à dimensão da ameaça e ao esforço conjunto feito por quase todos os países europeus, esse esforço tem de ser partilhado por todos.

Basta ver o que disse o ministro das Finanças nesta mesma quarta-feira, na sequência da apresentação dos resultados. É que a Comissão Europeia quer avançar com um plano que prevê a possibilidade de os Estados-membros da União Europeia ativarem a cláusula de salvaguarda nacional até abril (para poderem gastar sem correrem o risco de ter procedimentos por défice excessivo) e adotem rapidamente o regulamento relativo ao reforço do armamento e do fabrico europeus

Questionado se Portugal tinha, na sequência desse mesmo plano, mais margem para investir na Defesa, Joaquim Miranda Sarmento salientou que o plano orçamental de médio prazo que foi entregue em Bruxelas "prevê um crescimento da despesa com Defesa até 2% do PIB até 2029".

"Naturalmente que há alguma margem para poder antecipar, até porque as regras orçamentais vão ser flexibilizadas e portanto Portugal poderá também beneficiar", admitiu o ministro das Finanças, salientando que "haverá em junho uma nova reunião da NATO para a atualização dos planos de cada país".

"Os nossos países andaram focados em missões de paz e direcionados para a segurança. O cenário internacional mudou. E agora os países europeus começam a perceber que estão subdimensionados para o cenário mais provável, que é um conflito de alta intensidade. Neste momento, a nossa capacidade de resposta está em causa. Temos de repensar toda a estrutura militar, mas para isso é precisa coragem política para tomar medidas difíceis", alerta o major-general Agostinho Costa.

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 28, 2025, 01:01:47 pm
Tomara nós enganar como os espanhóis

Ao menos tínhamos umas FAs de jeito

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: mayo em Março 28, 2025, 06:44:45 pm
Em Franças , a Gendarmerie, as pensões e os antigos combatentes , estão incluídos no orçamente da defesa !
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Março 28, 2025, 11:38:10 pm
Os países europeus só vão começar a fazer perguntas, quando as começarem a fazer aos espanhóis, que conseguem gastar ainda menos que nós...

Portanto, ainda temos a Espanha como saco de pancada para aparar as mais violentas ...  :mrgreen:

A grande diferença, é que antes de questionarem, vão olhar para as capacidades militares de cada país, e depois sim, fazer paralelismos com o suposto orçamento.

Quem olha para as FA espanholas, ainda consegue acreditar que gastam na Defesa o que alegam gastar. Olham para as FA portuguesas, e fica à vista de todos que não gastamos nem de perto aquilo que dizemos gastar. A diferença reside aqui.

(https://pbs.twimg.com/media/GnDjVnyWAAASua0?format=jpg)

 :arrow:  https://acrobat.adobe.com/id/urn:aaid:sc:eu:71016944-84a2-4cf0-a8f0-2abe4f110e28?viewer%21megaVerb=group-discover

1000 milhões em equipamento todos os anos, seria um bom ponto de partida. Diria até que é o mínimo, sendo que esse valor devia ser atingido, sem contar com a verba para a operação/manutenção dos meios.
Portugal gastando 2% do PIB anualmente, seria um valor bem acima dos 5000M/ano, portanto esses 1000M representariam menos de 20%.

Com 10000M (ou mais) a cada 10 anos em reequipamento, dava para fazer muitíssima coisa, desde que devidamente gastos. Ainda por cima com a possibilidade de um maior investimento na nossa indústria de Defesa.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 30, 2025, 10:33:25 am
Citar
Almirante António Silva Ribeiro defende financiamento de 21,7 mil milhões de euros para salvar Forças Armadas

Almirante António Silva Ribeiro preconiza “capacidades dissuasoras e expedicionárias credíveis”. Investimento na defesa com horizonte para se atingir os 3% do PIB .

O anterior chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (FA), almirante António Silva Ribeiro, defende ao CM que o reequipamento das FA não pode esperar mais e o financiamento deve ser reforçado, apresentando uma visão estratégica que aplica, no horizonte de 10 anos, 21,7 mil milhões de euros em equipamentos, infraestruturas, reservas de guerra, condição militar e no aumento do efetivo de 23 mil para 30 mil militares. São incrementos do PIB para a defesa, que atingirão, ao décimo ano, os 3% a que “quer pela União Europeia quer pela NATO o PIB dos países na defesa deverá chegar”.

https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/almirante-antonio-silva-ribeiro-defende-financiamento-de-21-7-mil-milhoes-de-euros-para-salvar-forcas-armadas
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Março 30, 2025, 03:02:30 pm
Citar
Almirante António Silva Ribeiro defende financiamento de 21,7 mil milhões de euros para salvar Forças Armadas

Almirante António Silva Ribeiro preconiza “capacidades dissuasoras e expedicionárias credíveis”. Investimento na defesa com horizonte para se atingir os 3% do PIB .

O anterior chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (FA), almirante António Silva Ribeiro, defende ao CM que o reequipamento das FA não pode esperar mais e o financiamento deve ser reforçado, apresentando uma visão estratégica que aplica, no horizonte de 10 anos, 21,7 mil milhões de euros em equipamentos, infraestruturas, reservas de guerra, condição militar e no aumento do efetivo de 23 mil para 30 mil militares. São incrementos do PIB para a defesa, que atingirão, ao décimo ano, os 3% a que “quer pela União Europeia quer pela NATO o PIB dos países na defesa deverá chegar”.

https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/almirante-antonio-silva-ribeiro-defende-financiamento-de-21-7-mil-milhoes-de-euros-para-salvar-forcas-armadas

Pois, falar agora é fácil, Mas enquanto lá esteve (e antes como CEMA) o que é que fez????
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Março 30, 2025, 07:39:49 pm
Mais um que acordou agora para a vida mas enquanto lá esteve fez bola.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Março 30, 2025, 07:49:19 pm
Quando lá esteve...defendeu a compra dos Tucanos....

Cada vez mais o objetivo será os 3 %, e confirmando-se esse valor, temos via verde para os programas mais onerosos:

-Fragatas novas;
-F-35;
-Eurocanard... Typhoon II;
-Mais SSG;
-Sistema SAM a média e alta altitude;
-Crossovers;
-NH-90´s;
-A-400M;
-A-330 MRTT;
-M-346;
-Ascod ou Lynx;
-Leo 2A7
-Sistemas CI3;
-Defesa Aérea Bases;
-Reservas de Guerra;
-Drones Armados;
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: PTWolf em Março 30, 2025, 09:12:44 pm

Cada vez mais o objetivo será os 3 %, e confirmando-se esse valor, temos via verde para os programas mais onerosos:


Não vejo nenhum governo de esquerda  fazer esse tipo de compras
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Kalil em Março 30, 2025, 11:29:09 pm
A lista de compras que o ex-CEMFA lançou no jornal é extensa mas eu diria que suficientemente equilibrada para não assustar os leitores.
Não engloba tanto armamento como o descrito acima.

Contempla a substituição(?) do pandur, novos caças (14 F-35 por 2,5Meur), um novo submarino (600M) e novas fragatas. Não percebi bem esta parte porque fala em 5 navios, com um investimento de 1,7M nos próximos 10 anos mais 1,8M a partir de 2035.

Foi um bom exercício.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Março 31, 2025, 01:36:36 am

Cada vez mais o objetivo será os 3 %, e confirmando-se esse valor, temos via verde para os programas mais onerosos:


Não vejo nenhum governo de esquerda  fazer esse tipo de compras

Mais do que isso, se já está difícil cumprir com os 2%, ninguém acredita que cumpram com 3%. Mesmo 2.5% já seria um luxo.

O que poderia ser feito é, dada a urgência de diversos programas, disponibilizar nos próximos 5 anos, uma verba de 2000M/ano estritamente para equipamento, para fazer "catch up" das necessidades.

Incluiria nesta verba, a substituição das VdG ASAP, modernização dos F-16 PA I, reservas de guerra (incluindo novos tipos de armamento), VSHORAD nas 3 brigadas, MRAD, novo IFV, reforço da verba para a modernização dos Pandur, e mais alguns programas aqui e ali.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Lancero em Março 31, 2025, 09:55:48 am
Mais um que acordou agora para a vida mas enquanto lá esteve fez bola.

Fez o que eu e tu faríamos com as condições e orçamentos que teve.
Nós se calhar só não comíamos tanto lavagante
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Lancero em Março 31, 2025, 09:58:22 am
A lista de compras que o ex-CEMFA lançou no jornal é extensa mas eu diria que suficientemente equilibrada para não assustar os leitores.
Não engloba tanto armamento como o descrito acima.

Contempla a substituição(?) do pandur, novos caças (14 F-35 por 2,5Meur), um novo submarino (600M) e novas fragatas. Não percebi bem esta parte porque fala em 5 navios, com um investimento de 1,7M nos próximos 10 anos mais 1,8M a partir de 2035.

Foi um bom exercício.
Eu acho que percebi.
A Marinha só quer novas fragatas em 2035. Cinco navios.
Ele avança com metade do dinheiro já neste plano, e o restante fica para o pós -plano. Ou seja, precavem já o início do pagamento do programa.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: PereiraMarques em Março 31, 2025, 12:52:06 pm
https://cdn.cmjornal.pt/files/principais-programas-de-reequipamento-a-10-anos-das-forcas-armadas
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 31, 2025, 12:57:11 pm
https://cdn.cmjornal.pt/files/principais-programas-de-reequipamento-a-10-anos-das-forcas-armadas

Continuam a insistir no NavPol? Não se percebe.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Março 31, 2025, 01:06:18 pm
https://cdn.cmjornal.pt/files/principais-programas-de-reequipamento-a-10-anos-das-forcas-armadas

Continuam a insistir no NavPol? Não se percebe.

O meu amigo  nunca teve responsabilidades de gestão orçamental numa empresa, pois não???

Cá para mim o NAVPOL é o 'buffer', ou seja, aquilo em que se corta quando nos pedirem para reduzir o orçamento....  ;) ;) c56x1
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Março 31, 2025, 01:11:15 pm
https://cdn.cmjornal.pt/files/principais-programas-de-reequipamento-a-10-anos-das-forcas-armadas

Continuam a insistir no NavPol? Não se percebe.

A lista não é oficial

(Mas sim)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 31, 2025, 01:50:00 pm
O meu amigo  nunca teve responsabilidades de gestão orçamental numa empresa, pois não???

Cá para mim o NAVPOL é o 'buffer', ou seja, aquilo em que se corta quando nos pedirem para reduzir o orçamento....  ;) ;) c56x1

Bem visto, meu amigo.  ;)

Bom, com 400M€ já se pode ir buscar o Johan de Witt com MLU já feito e tudo.  :mrgreen: ::)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Março 31, 2025, 02:34:10 pm
Parece-me que a Marinha continua a querer ter "navio grande e impressionante, com capacidade para Estado-Maior e lugares comando para serem preenchidos... e duplo uso"; e o poder político também gosta.

Dois NRE+, uma "plataforma Naval Multifuncional (NRP D.João II)" e... o "HNLMS Johan de Witt"? Companhia Nacional de Navegação...  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Março 31, 2025, 03:35:17 pm
Again
Não é oficial e o orçamento é bem maus reduzido
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Março 31, 2025, 03:53:58 pm
A insistência no NAVPOL, brinquedo a custar 400M, continua a ser absurda.

Quase tão absurda como a não inclusão de baterias MRAD, uma prioridade clara.

A substituição das Pandur tão cedo parece-me absurda, e com custos estupidamente elevados - enquanto a BrigMec continua na m*rda com M-113.

Apenas 1 submarino adicional, implica que seria criada uma classe diferente para um único submarino, já que este seria forçosamente diferente dos nossos U-214. 2 ainda justificava - cancelando o NAVPOL, estaríamos a 200M de distância de conseguir 2 submarimos em vez de 1.

Continuar a adiar a substituição das fragatas, particularmente das VdG, para 2035 é absurdo.

O problema da Defesa em Portugal é este. Mesmo que haja dinheiro, a tomada de decisão deixa muito a desejar. Estourar 2000M na substituição dos Pandur, que é um meio relativamente moderno, em vez de se investir na substituição dos meios obsoletos, é algo que me ultrapassa. Achar que o NAVPOL tem uso militar numa Marinha sem capacidade de o escoltar, é apenas cómico.

Again
Não é oficial e o orçamento é bem maus reduzido

É uma ideia apresentada apenas. Por ser uma ideia apresentada, pode e deve ser desconstruída antes de avançar para a tomada de decisão.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Março 31, 2025, 06:30:34 pm
O NAVPOL na LPM atual é a 98M de euros


LPM que se espera que aumente no futuro
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Março 31, 2025, 06:31:41 pm
Citar
Almirante António Silva Ribeiro defende financiamento de 21,7 mil milhões de euros para salvar Forças Armadas

Almirante António Silva Ribeiro preconiza “capacidades dissuasoras e expedicionárias credíveis”. Investimento na defesa com horizonte para se atingir os 3% do PIB .

O anterior chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (FA), almirante António Silva Ribeiro, defende ao CM que o reequipamento das FA não pode esperar mais e o financiamento deve ser reforçado, apresentando uma visão estratégica que aplica, no horizonte de 10 anos, 21,7 mil milhões de euros em equipamentos, infraestruturas, reservas de guerra, condição militar e no aumento do efetivo de 23 mil para 30 mil militares. São incrementos do PIB para a defesa, que atingirão, ao décimo ano, os 3% a que “quer pela União Europeia quer pela NATO o PIB dos países na defesa deverá chegar”.

https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/almirante-antonio-silva-ribeiro-defende-financiamento-de-21-7-mil-milhoes-de-euros-para-salvar-forcas-armadas

Coincidência ou não a idD concorda com um valor desses embora num espaço de tempo mais reduzido
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Março 31, 2025, 08:00:09 pm
Parece-me que a Marinha continua a querer ter "navio grande e impressionante, com capacidade para Estado-Maior e lugares comando para serem preenchidos... e duplo uso"; e o poder político também gosta.

Dois NRE+, uma "plataforma Naval Multifuncional (NRP D.João II)" e... o "HNLMS Johan de Witt"? Companhia Nacional de Navegação...  :mrgreen:

Sempre justifica mais uma catrefada de Comodoros, Contra-almirantes  e Vice-almirantes  ::)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Março 31, 2025, 09:02:38 pm

Dois NRE+, uma "plataforma Naval Multifuncional (NRP D.João II)" e... o "HNLMS Johan de Witt"? Companhia Nacional de Navegação...  :mrgreen:

C-130H, C-295, KC-390, etc.TAM: Transportes Aéreos Militares  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: nelson38899 em Março 31, 2025, 09:24:31 pm


A substituição das Pandur tão cedo parece-me absurda, e com custos estupidamente elevados - enquanto a BrigMec continua na m*rda com M-113.


Again
Não é oficial e o orçamento é bem maus reduzido

É uma ideia apresentada apenas. Por ser uma ideia apresentada, pode e deve ser desconstruída antes de avançar para a tomada de decisão.

Quem disse isso? Eu hoje tive com quem vai fazer o MLU aos Pandures e nada indica que vai ser substituído.

O que se prevê é torres RWS, mais blindagem e quem sabe um novo motor.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Março 31, 2025, 11:08:22 pm

Dois NRE+, uma "plataforma Naval Multifuncional (NRP D.João II)" e... o "HNLMS Johan de Witt"? Companhia Nacional de Navegação...  :mrgreen:

C-130H, C-295, KC-390, etc.TAM: Transportes Aéreos Militares  :mrgreen:

No futuro, provavelmente A-400M, C-390, C-295 e A-330 MRTT....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Abril 01, 2025, 12:34:38 am
O NAVPOL na LPM atual é a 98M de euros


LPM que se espera que aumente no futuro

98M não dá para nada. No máximo um LST100, e mesmo assim não sei.

Os valores apresentados naquela lista, nada têm a ver com a LPM.

O que me parece, é que mesmo com 21.7 mil milhões, conseguem adquirir muito pouca coisa. Como é que com tanto dinheiro, mantinham de fora qualquer melhoria à BrigMec, não incluir a substituição das VdG com uma verba realista, e nem a porra de baterias MRAD.

Quem disse isso? Eu hoje tive com quem vai fazer o MLU aos Pandures e nada indica que vai ser substituído.

O que se prevê é torres RWS, mais blindagem e quem sabe um novo motor.

Ver a publicação PereiraMarques.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Abril 01, 2025, 12:38:57 am
Também me faz confusão a ambição de passar de 23 mil para 30 mil militares, algo com um custo de 2200M aparentemente, mas depois não se ver nos restantes investimentos a compra de meios que justifiquem/potenciem este incremento de pessoal.

Suponho que aqueles milhares de militares extra, vão ter que ir a pé, ou vai tudo corrido a M-113.

Mais valia uma ambição mais contida e realista, tipo 25-27 mil militares. Caso contrário é rebentar dinheiro em carne para canhão.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Abril 01, 2025, 12:40:39 am
O NAVPOL na LPM atual é a 98M de euros


LPM que se espera que aumente no futuro

98M não dá para nada. No máximo um LST100, e mesmo assim não sei.

Os valores apresentados naquela lista, nada têm a ver com a LPM.

O que me parece, é que mesmo com 21.7 mil milhões, conseguem adquirir muito pouca coisa. Como é que com tanto dinheiro, mantinham de fora qualquer melhoria à BrigMec, não incluir a substituição das VdG com uma verba realista, e nem a porra de baterias MRAD.

Quem disse isso? Eu hoje tive com quem vai fazer o MLU aos Pandures e nada indica que vai ser substituído.

O que se prevê é torres RWS, mais blindagem e quem sabe um novo motor.

Ver a publicação PereiraMarques.

Vão ser 2 Crossover, a 200 ME cada um.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Abril 01, 2025, 12:58:25 am
Por esse preço, seriam numa versão quase civil, não?

Se for essa a opção, o problema mantém-se, que é a falta de escoltas. E fica a questão, porque não juntar o útil ao agradável, e comprar 3 Crossover da versão combatente (139CF), juntando os 400M, a outros 2000M para fragatas (pegando inclusive nos 120M do MLU das VdG)?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Malagueta em Abril 01, 2025, 11:24:07 am
Bom dia,

A coisas positivas, pelo menos já se fala em investimentos e não em despesas, vamos é ver se passam das intenções a concretização.

https://www.dn.pt/economia/portugal-precisa-de-mais-de-27-mil-milh%C3%B5es-de-euros-para-chegar-aos-2-do-pib-na-defesa

Citar
Portugal precisa de mais de 27 mil milhões de euros para chegar aos 2% do PIB na Defesa
O futuro do setor foi o tema da participação da idD na conferência do Exército Português que reuniu Governo, empresas nacionais e estrangeiras para falar dos investimentos nesta área.

Se Portugal quiser atingir os 2% do PIB em investimentos na área da Defesa até 2029, vai ter que aumentar a despesa em 27 mil milhões de euros nos próximos quatro anos. O número foi apresentado por Ricardo Pinheiro Alves, presidente do conselho de administração da idD Portugal Defence durante a sua participação na conferência organizada pelo Exército português sobre a Indústria da Defesa, da qual o DN é media partner, esta segunda-feira (31).

Falando para os participantes reunidos no quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, Ricardo Pinheiro Alves destacou que Portugal "vai ter que fazer esta despesa", destacando que o número até poderá aumentar, dependendo da próxima cimeira da NATO, agendada para julho em Haia, nos Países Baixos.

"Portugal vai ter que investir em equipamentos e sistemas pelos menos 5,5 milhões de euros. Se na cimeira de Haia, no próximo mês de julho tiver uma decisão de, em vez de ser 2% do PIB ser 3%, ou 3,5%, o valor será muito superior dos investimentos que serão necessários. Portanto há aqui uma série de oportunidades e não só", destacou o gestor.

https://www.dn.pt/economia/ministro-da-economia-diz-que-portugal-tem-na-ind%C3%BAstria-da-defesa-uma-oportunidade-de-ouro

Citar
Ministro da Economia diz que "Portugal tem na indústria da Defesa uma oportunidade de ouro"
Pedro Reis acredita que o país está bem preparado para se diferenciar neste setor e fala na criação de um 'roadmap' para as empresas interessadas.

Numa época em que "muitos países estão à procura de si próprios, de um futuro para as suas economias", Portugal tem na indústria da Defesa "uma oportunidade de ouro", acredita o ministro da Economia.

Em intervenção durante a conferência organizada pelo Exército português sobre a Indústria da Defesa, da qual o DN é media partner, o governante lembrou que "um mercado, um segmento da economia, vale acima de tudo pela dimensão da procura potencial. E é difícil encontrar outro setor em que essa procura esteja tão assegurada, num longo prazo, com esta materialidade, com esta definição".

Pedro Reis acredita que Portugal "pode afirmar-se neste setor, diferenciar-se, atrair investimentos externos, atrair talento e desenvolver talento" e, como tal, "aumentar o valor de sua economia em termos nacionais" a reboque do investimento na indústria da Defesa, até porque já tem "setores consolidados" em indústrias conexas, do têxtil à metalomecânica, entre outras.

m época de crise política interna, em pré-campanha para legislativas antecipadas, o investimento na Defesa deve ser um tema consensual, defende o ministro da Economia. "É um tema que tem capacidade para atravessar ciclos, legislaturas e, se quisermos, ideologias. Temos agora aqui identificada uma estratégia. Portugal pode ser um caso especial nesta matéria. Deixamos essa recomendação a quem ficar com essa responsabilidade após as eleições", disse.

"Na prática, quer queiramos, quer não, independentemente do que se venha a passar nos próximos anos, os desafios políticos e geoestratégicos estão lá. A necessidade de reforço da capacidade da Defesa está lá. É um tema que entronca no cerne da soberania estratégica", acrescentou o ministro, lembrando que "o tema vai pedir investimentos a uma escala absolutamente gigante", com "um plano de fôlego a nível europeu". Afinal, Bruxelas já anunciou um plano de 800 mil milhões de euros para reindustrialização do setor da Defesa na União Europeia e é preciso "acelerar esta agenda".

"Portanto, as condições estão todas criadas para ser absolutamente impactante e profundo na economia europeia e, em particular, na economia portuguesa", resumiu Pedro Reis, anunciando que a prioridade, no futuro imediato, é, em cooperação com o Ministério da Defesa, "lançar um roadmap claro, aberto, com um portal de informação permanentemente atualizado" para as empresas interessadas em investir neste setor, assumindo também a importância de uma "maior agilidade e flexibilidade nas regras de contratualização

https://www.dn.pt/pol%C3%ADtica/n%C3%A3o-%C3%A9-despesa-%C3%A9-investimento-montenegro-quer-cluster-da-ind%C3%BAstria-de-defesa-em-portugal

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"Não é despesa, é investimento". Montenegro quer cluster da indústria de Defesa em Portugal
Primeiro-ministro salienta as oportunidades criadas pelo contexto geopolítico atual no setor da Defesa e defende "estabilidade" do país como fator de atratividade, apesar da crise interna atual.

Em vez de aumento de despesa, reforço de investimento. O primeiro-ministro quer olhar para a indústria de Defesa como uma oportunidade de revitalizar o setor industrial português, aproveitando o contexto geopolítico que estimula o aumento de investimento dentro da União Europeia, e aponta mesmo à criação de um cluster de indústrias de defesa no País.

Em intervenção na abertura da conferência organizada pelo Exército sobre Indústria de Defesa, no quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, Montenegro defendeu que Portugal "tem hoje condições excelentes para albergar investimentos na área da defesa porque tem excelentes recursos humanos, porque tem uma economia dinâmica, das mais dinâmicas da Europa, porque tem estabilidade financeira, porque tem capacidade de financiamento, porque tem um Estado que está a trabalhar, uma Administração Central que está a trabalhar, porque tem incentivos que estão dirigidos diretamente a este setor de atividade, porque tem um know-how técnico e tecnológico, quer na área da aeronáutica, da robótica, da metalomecânica... Nós temos, efetivamente, tudo para ter um cluster das indústrias de defesa que seja competitivo e que se possa integrar numa estratégia europeia onde, e eu tenho defendido isso no Conselho Europeu, possamos ser complementares uns aos outros à escala europeia".

Para o primeiro-ministro, tão importante quanto reconhecer a oportunidade histórica neste setor é fazer passar a mensagem correta aos portugueses em relação às necessidades de fazer aumentar o orçamento de Defesa nos próximos anos. Por isso, defende, não se trata de olhar para esse reforço como uma mera obrigatoriedade de honrar os compromissos internacionais - os 2% do PIB até 2029 já assumidos perante a NATO -, mas sim encará-lo como oportunidade de investimento para valorizar a economia nacional e aumentar a capacidade de produção própria neste setor, reduzindo a dependência do exterior.

"Falo em investimento na área da Defesa e uso propositadamente a palavra investimento. Bem sei que nos últimos tempos se criou uma onda noticiosa à volta da despesa da Defesa, do aumento da despesa na Defesa. Pois eu creio que é possível contextualizar melhor o que é que se quer dizer com essa expressão e sobretudo o que é que a política deste governo português pretende quando fala em investimento e não em despesa. Faz toda a diferença se olharmos para isso não na ótica apenas de fazer despesa, mas numa ótica de promover investimento. Para ser mais direto e claro nós podemos aumentar os recursos financeiros alocados à Defesa apenas comprando material a quem produz ou podemos nós próprios produzir toda a panóplia de equipamentos que são necessários para ter uma base bem apetrechada", descreveu o chefe do Governo, na sua primeira intervenção pública após o episódio de saúde que o obrigou a internamento na última sexta-feira.



Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Abril 01, 2025, 12:10:57 pm
Os discursos ao vivo foram grande treta honestamente, mas prontos isso sou eu :)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Abril 01, 2025, 01:48:57 pm
Os discursos ao vivo foram grande treta honestamente, mas prontos isso sou eu :)

Do que está transcrito do discurso do Montenegro, varia entre propaganda pura a quantidades copiosas de hopium. Ou seja, o normal de um político a discursar.
Há ali algumas factualidades pelo meio, mas são a exceção.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Abril 01, 2025, 01:55:58 pm
Os discursos ao vivo foram grande treta honestamente, mas prontos isso sou eu :)

E dia 1 de abril
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Abril 02, 2025, 02:05:17 am
Eu acabo por ter curiosidade em saber o que as nossas chefias políticas e militares estão à espera que aconteça com um evento destes. Estão à espera que as empresas invistam na nossa indústria, assim do nada por iniciativa própria?

O que as empresas querem, é que se compre os seus produtos, e só com a perspectiva de uma aquisição, é que vão investir no país criando unidades de produção de alguma coisa.

Para programas multinacionais, também é preciso tomar a iniciativa, e entrar neles, não é ficar à espera de um convite.

A nossa Defesa tem diversas urgências, no entanto nada se decide durante anos. Ninguém é capaz de estruturar um plano, que sirva de base para perceber que programas devemos esperar envolvimento da indústria nacional, e em que programas isto não faz sentido acontecer (por questões financeiras, por não haver mercado interno, por ser um programa demasiado urgente).

Depois de perceber que programas são demasiado urgentes para tentar envolver a indústria nacional (e avançar com eles de uma vez por todas), podemos olhar para o resto e nesses simples ter uma ligação com a nossa indústria.

Podíamos investir na construção naval, começando por fragatas. Podíamos produzir lanchas CB-90 para os Fuzos.

Podíamos, mediante a compra dos RapidRanger necessários para as unidades ligeiras, negociar a produção nacional dos mísseis LMM.

Podíamos, mediante a compea de Skyranger 30 para a BringInt e BrigMec, incluir no negócio a produção das respectivas munições de 30mm em Portugal, e integrar os LMM.

Podíamos, perante uma aquisição de 5 ou 6 baterias IRIS-T SLM, negociar a produção nacional dos lançadores e/ou mísseis - e estudar junto com o fabricante, uma versão modular naval (contentorizada) deste sistema (com testes em NPOs).

Podíamos entrar no projecto EuroDrone, para produzir partes da aeronave.

Entrar no programa A321MPA, trazendo para Portugal parte da produção da aeronave. Quiçá aproveitar a deixa, para uma hipotética versão ELINT da mesma aeronave, ou mesmo AEW.

Procurar produzir determinados tipos de munições, seja para armas ligeiras, seja armamento "complexo" para navios/aeronaves, seja o que for, desde que faça sentido para nós e em termos de mercado externo.

Isto são exemplos de cabeça. Não faltarão boas ideias. Agora não fazer aquisições nenhumas, e ficar sentado à espera que as empresas espetem fábricas em Portugal, é que me parece absurdo.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Ghidra em Abril 02, 2025, 04:22:52 am
A insistência no NAVPOL, brinquedo a custar 400M, continua a ser absurda.

Quase tão absurda como a não inclusão de baterias MRAD, uma prioridade clara.

A substituição das Pandur tão cedo parece-me absurda, e com custos estupidamente elevados - enquanto a BrigMec continua na m*rda com M-113.

Apenas 1 submarino adicional, implica que seria criada uma classe diferente para um único submarino, já que este seria forçosamente diferente dos nossos U-214. 2 ainda justificava - cancelando o NAVPOL, estaríamos a 200M de distância de conseguir 2 submarimos em vez de 1.

Continuar a adiar a substituição das fragatas, particularmente das VdG, para 2035 é absurdo.

O problema da Defesa em Portugal é este. Mesmo que haja dinheiro, a tomada de decisão deixa muito a desejar. Estourar 2000M na substituição dos Pandur, que é um meio relativamente moderno, em vez de se investir na substituição dos meios obsoletos, é algo que me ultrapassa. Achar que o NAVPOL tem uso militar numa Marinha sem capacidade de o escoltar, é apenas cómico.

Again
Não é oficial e o orçamento é bem maus reduzido

É uma ideia apresentada apenas. Por ser uma ideia apresentada, pode e deve ser desconstruída antes de avançar para a tomada de decisão.

se o NAVPOL, fosse o damen XO 131 A este acho cabia na nossa marinha como um navio anfibio que pode ser configurado para ASW

(https://1.bp.blogspot.com/-5waARnfGEME/VmT5lqWrKII/AAAAAAAAojQ/zXJkn6MS5i4/s1600/XO_4.png)

Armamento conta com  1 x 127mm gun, 2 x 35mm Millennium gun, 2 x 12.7mm
RC Force Protection, 2 x SRBOC and 2 x SIMBAD
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Abril 02, 2025, 11:22:28 am
Eu acabo por ter curiosidade em saber o que as nossas chefias políticas e militares estão à espera que aconteça com um evento destes. Estão à espera que as empresas invistam na nossa indústria, assim do nada por iniciativa própria?

O que as empresas querem, é que se compre os seus produtos, e só com a perspectiva de uma aquisição, é que vão investir no país criando unidades de produção de alguma coisa.

Para programas multinacionais, também é preciso tomar a iniciativa, e entrar neles, não é ficar à espera de um convite.

Para isso precisas de um Governo em funções e com "estabilidade" para se preocupar com o médio prazo; e compras com um mínimo de significado (ie a compra dos "RapidRanger" é demasiado pequena e a Thales até já cá tem presença muito acima da média). Ter ramos das Forças Armadas com vontade disso e planos também ajuda... e aí a Marinha - e o Gouveia e Melo - tentou pelo menos mostrar algo.

Se o novo Governo a sair das eleições não tiver logo problemas no fim do ano (aprovar orçamento) talvez as coisas comecem andar... agora deve estar tudo parado (ainda mais).   
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Abril 02, 2025, 11:43:17 am
6 Fragatas novas e mísseis/torpedos em quantidade.
2 submarinos novos e torpedos em quantidade.
Sistemas de Lançamento Múltiplo de Foguetes
Sistemas VShorad
Sistemas MShorad
Sistemas medidas defensivas eletrónicas
Novos sistemas ACar apeados e montados
F-16 block 70/72 e misseis para as variadas missões em quantidade
Sistemas de Alerta Aéreo Antecipado e Controle
Sistemas de reabastecimento aéreo
Aquisição de UAV/UCAV em quantidade (nacionais onde for possível)

Se "só" isto fosse feito, com competência , visão estratégica e interconectividade entre os 3 ramos... Seria um salto quântico para as nossas FA.
Continuaríamos a precisar de mais efetivos, mas são outros 500.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Malagueta em Abril 02, 2025, 01:18:39 pm
Este evento teve algumas virtudes

deixo mais esta artigo, a parte que sublinho, nomeadamente Urovesa, trabalhava com tantos fornecedores portugueses-

Uma nota será que o iniciar da jacinto no mercado da defesa, vem de ja ser subcontrata pela  urovesa?

https://www.dn.pt/economia/fabricantes-mundiais-veem-oportunidades-na-ind%C3%BAstria-de-defesa-nacional

Citar
Fabricantes mundiais veem oportunidades na indústria de Defesa nacional
"Precisamos mesmo de acelerar. E cada empresa tem de pensar: qual é a minha parte nisto? Em que posso contribuir?", avisou o representante da gigante alemã Rheinmetall.

Para o chefe de Estado-Maior do Exército, a modernização das Forças Armadas portuguesas passa por um "modelo virtuoso" que junte grandes players internacionais da indústria da Defesa com empresas portuguesas que possam agregar-se e acrescentar valor a este setor. Por isso, a Conferência Land Defence Industry Day, que se realizou esta segunda-feira no quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, abriu-se também a representates de alguns dos grandes fabricantes internacionais que operam na indústria, precisamente com o intuito de promover o contacto com empresas nacionais, como anunciara ao DN o general Mendes Ferrão.

No terceiro painel da conferência, representantes da alemã Rheinmetall, da espanhola Urovesa e da subsidiária europeia da General Dynamics expuseram a uma plateia recheada de potenciais interessados as características que procuram nas parcerias com outras empresas.

Eduardo Martinez, da gigante alemã Rheinmetall, que será um dos motores do grande reforço do investimento germânico na Defesa, salientou as novas condições impostas ao mercado: "rapidez, adaptação e disponibilidade". "Significa isto que não temos dez anos para o desenvolvimento e produção de novos sistemas, porque agora estamos em contexto de conflito e precisamos dos veículos amanhã. Portanto, não temos dez anos para desenvolver e fazer alguma coisa. Temos três a quatro anos", sublinhou.

Esta necessidade imediata de resposta face às ameaças geopolíticas leva a uma chamada à ação de mais empresas, tanto do setor da Defesa como de indústrias conexas ou outras que possam ver aqui uma oportunidade de requalificação. "Precisamos mesmo de acelerar. Temos de ver o que está disponível no mercado, o que está quase desenvolvido e o que se adapta a cada exército. E depois cada empresa tem de pensar: qual é a minha parte nisto? O que posso contribuir para que isto exista?", descreveu Martinez, lembrando a lição clássica de "um importante empresário americano, que sempre disse: nunca se perde uma crise". "Acho que estamos em crise, mas há sempre oportunidades para todos nós", reforçou.

Da espanhola Urovesa, que nos últimos anos forneceu ao Exército português 139 unidades do seu veículo militar mais comercializado, o VAMTAC - uma viatura ligeira tática blindada - chegou o exemplo de uma ligação já bem sucedida com a indústria da Defesa nacional. Além do contrato com o Exército em 2018, cujo valor final rondou os 60 milhões de euros, Justo Sierra, CEO da empresa galega, lembrou a cadeia de empresas portuguesas com as quais a Urovesa já trabalha, como a EID, a Rodasa, a Jacinto (subcontratadas), a LTA (parceiro tecnológico), a Beyond Composite, a Sunviauto ou a Rosc (fornecedores). E salientou o "valor técnico e tecnológico" que as empresas portuguesas aportam à cadeia de produção da Urovesa, num "salto qualitativo evidente" em relação à "imagem passada que em Espanha se tinha da indústria portuguesa".

Por fim, o austríaco Bernd Godovits, representante da General Dynamics, que tem cerca de 4500 fornecedores em toda a Europa, 3000 empregados e 45 clientes, 20 dos quais países da NATO/UE. Entre eles Portugal: a fabricante fornece ao Exército português os veículos Pandur. Godovits reforçou a importância acrescida da "colaboração industrial" e do "trabalho em conjunto" nesta nova era de reforço do setor da Defesa europeia definido como prioritário por Bruxelas.

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Kalil em Abril 03, 2025, 12:14:35 am
A insistência no NAVPOL, brinquedo a custar 400M, continua a ser absurda.

Quase tão absurda como a não inclusão de baterias MRAD, uma prioridade clara.

A substituição das Pandur tão cedo parece-me absurda, e com custos estupidamente elevados - enquanto a BrigMec continua na m*rda com M-113.

Apenas 1 submarino adicional, implica que seria criada uma classe diferente para um único submarino, já que este seria forçosamente diferente dos nossos U-214. 2 ainda justificava - cancelando o NAVPOL, estaríamos a 200M de distância de conseguir 2 submarimos em vez de 1.

Continuar a adiar a substituição das fragatas, particularmente das VdG, para 2035 é absurdo.

O problema da Defesa em Portugal é este. Mesmo que haja dinheiro, a tomada de decisão deixa muito a desejar. Estourar 2000M na substituição dos Pandur, que é um meio relativamente moderno, em vez de se investir na substituição dos meios obsoletos, é algo que me ultrapassa. Achar que o NAVPOL tem uso militar numa Marinha sem capacidade de o escoltar, é apenas cómico.

Again
Não é oficial e o orçamento é bem maus reduzido

É uma ideia apresentada apenas. Por ser uma ideia apresentada, pode e deve ser desconstruída antes de avançar para a tomada de decisão.

se o NAVPOL, fosse o damen XO 131 A este acho cabia na nossa marinha como um navio anfibio que pode ser configurado para ASW

(https://1.bp.blogspot.com/-5waARnfGEME/VmT5lqWrKII/AAAAAAAAojQ/zXJkn6MS5i4/s1600/XO_4.png)

Armamento conta com  1 x 127mm gun, 2 x 35mm Millennium gun, 2 x 12.7mm
RC Force Protection, 2 x SRBOC and 2 x SIMBAD

Até a versao logística do XO 131 cumpria esse propósito, com menos armas/menor custo.
Com dimensões à medida da doca em Viana, e boas relações com a Damen, já vi coisas mais mirabolantes a avançar.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: miguelbud em Abril 03, 2025, 08:33:59 pm
Rangel pede acordo de regime para antecipar ainda mais meta de 2% do PIB em Defesa
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/rangel-pede-acordo-de-regime-para-antecipar-ainda-mais-meta-de-2-do-pib-em-defesa/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Fmfg em Abril 04, 2025, 12:21:09 am
Rangel pede acordo de regime para antecipar ainda mais meta de 2% do PIB em Defesa
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/rangel-pede-acordo-de-regime-para-antecipar-ainda-mais-meta-de-2-do-pib-em-defesa/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
A pressão cada vez é maior estão a ficar apertados, é óbvio que terá de ser antecipado a meta dos 2% para 2026 e que o mais provável é que terá de ser 2.5% a 3% futuramente, é óbvio que ninguém quer dar o esse passo sem ter concordância total dos principais partidos para que isso não seja usado como arma para perderem votos. Ainda não perceberam que neste momento o investimento na defesa é visto como algo absolutamente necessário pela grande maioria da população e que neste momento isso não acarreta perda de votos, desde a guerra, a chegada de Trump ao poder e o constante alarmismo que vê na TV no que respeita á defesa da Europa mudou completamente a visão da população em relação ao investimento na defesa.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Abril 04, 2025, 12:34:11 am
se o NAVPOL, fosse o damen XO 131 A este acho cabia na nossa marinha como um navio anfibio que pode ser configurado para ASW

(https://1.bp.blogspot.com/-5waARnfGEME/VmT5lqWrKII/AAAAAAAAojQ/zXJkn6MS5i4/s1600/XO_4.png)

Armamento conta com  1 x 127mm gun, 2 x 35mm Millennium gun, 2 x 12.7mm
RC Force Protection, 2 x SRBOC and 2 x SIMBAD

Desde que não substituísse fragatas, e funcionasse opcionalmente como navio logístico com capacidade de fazer ASW. E certamente não teria o canhão de 127mm, que é bastante caro.

Mas mesmo assim, continua a ser dinheiro em mais um meio logístico, numa Marinha que tem falta de meios de combate. Daí que a compra de 3 na versão 139CF pelo menos permitia o colmatar 2 lacunas.

Para isso precisas de um Governo em funções e com "estabilidade" para se preocupar com o médio prazo; e compras com um mínimo de significado (ie a compra dos "RapidRanger" é demasiado pequena e a Thales até já cá tem presença muito acima da média). Ter ramos das Forças Armadas com vontade disso e planos também ajuda... e aí a Marinha - e o Gouveia e Melo - tentou pelo menos mostrar algo.

Se o novo Governo a sair das eleições não tiver logo problemas no fim do ano (aprovar orçamento) talvez as coisas comecem andar... agora deve estar tudo parado (ainda mais).   

Mas também acho que as FA têm culpa aqui. Ninguém consegue apresentar ideias aos governantes, para tentar obter resultados. Ninguém na Marinha apresentou a ideia de encomendar fragatas a curto prazo, e nesse programa incluir remodelações no Alfeite + antiga Lisnave? Ou até associar a privatização do Alfeite, com uma encomenda de fragatas? Ou o Exército propor a produção dos mísseis LMM em portugal como parte da compra de RapidRanger adicionais?

Existem ideias que não exigem uma mega estabilidade governamental, apenas exigem força de vontade e um plano coerente.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Abril 11, 2025, 10:58:34 am
Já tardava...

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NATO agrava défice português em 4,7 mil milhões de euros e dívida em 8,5 mil milhões nos próximos 4 anos

Em 2024, Portugal gastou 1,5% do PIB na defesa, mas meta dos aliados exige 2% em 2029. Governo promete antecipar objetivo. Impacto "afeta sustentabilidade” da dívida, diz o CFP.

Luís Reis Ribeiro
Publicado a: 11 Abr 2025, 07:34

O esforço que Portugal (os contribuintes) terá de fazer para atingir a nova meta da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), para os gastos militares, para subir a sua despesa anual dos atuais 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2%, deverá ter custo muito significativo para os portugueses e traduzir-se num agravamento bastante cavado do défice público e da dívida. De acordo com cálculos do DN/Dinheiro Vivo a partir de novos dados do Conselho das Finanças Públicas (CFP) que constam do estudo divulgado esta quinta-feira, estamos a falar numa carga de mais 4,7 mil milhões de euros sobre os contribuintes no saldo orçamental (défice) e de mais 8,5 mil milhões de euros na dívida que irá ser acumulada no período de 2026 a 2029.

A meta da NATO de 2% do PIB para a Defesa implica Portugal gastar 6 mil milhões de euros, anualmente. Em 2029, este valor, calculado em função do Produto Interno Bruto (PIB) nominal, já com a inflação projetada, deve equivaler a 7 mil milhões. A pressão para cumprir a meta de 2% da NATO deve gerar um prejuízo acumulado para o saldo orçamental (alimentando assim o défice que se prevê reaparecer a partir de 2026, inclusive) na ordem dos 1,4% do PIB nos próximos quatro anos (2026 a 2029).

Admitindo os valores do CFP para o PIB nominal em cada um desses anos, significa que o custo adicional acumulado imposto pela NATO - agora por causa das guerras em curso e dos riscos de agressão cada vez maiores, mas também por causa da pressão elevada que tem vindo do maior membro da aliança, os EUA, para que os europeus gastem mais em armas e tropas - vai ultrapassar os 4,7 mil milhões de euros no período de quatro anos considerado (até 2029 inclusive). Na dívida, a mesma coisa. O rácio vai subir todos os anos e cada vez mais até 2029 por conta do reforço exigido para se chegar aos 2% da NATO. Isto traduz-se numa subida acumulada do peso da dívida de 2,5% do PIB, isto, é mais 8,5 mil milhões de euros que ficam para as gerações futuras pagarem aos credores internacionais por conta dos planos militares atuais.


Défice regressa

O excedente orçamental público deverá desaparecer de vez este ano, mas as contas públicas portuguesas deverão, ainda assim, manter-se em equilíbrio, isto é, o saldo final ficam em 0% do PIB, prevê o CFP. Depois o défice regressa e um dos novos fatores de pressão negativa sobre o saldo público será a despesa militar, que agravará o défice e a dívida de forma significativa e permanente, como referido.

Ainda sem computar os efeitos das políticas destrutivas de Donald Trump nas tarifas (e num cenário de políticas invariantes, isto é, sem novas medidas além das que hoje vigoram), o CFP acrescenta que Portugal regressará aos défices públicos já em 2026 e que as contas públicas permanecerão deficitárias daí em diante. No novo estudo Perspetivas Económicas e Orçamentais 2025-2029, a entidade que avalia a qualidade das finanças portuguesas, presidida por Nazaré da Costa Cabral, revê ainda o crescimento deste ano em baixa ligeira. Portugal vai crescer menos este ano do que o esperado há seis meses, 2,2% em vez de 2,4%.

Mais Defesa, mais despesa

“Para 2025 projeta-se um saldo orçamental equilibrado (0% do PIB), embora a projeção seja sensível a alguns fatores como o grau de execução do investimento público, dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e evolução dos impostos diretos, em particular do IRS, e da utilização de mecanismos de contenção orçamental, pelo que não se pode excluir a possibilidade de um ligeiro excedente orçamental”, mas a partir de 2026 “aponta-se para o regresso a uma situação de défices orçamentais”, refere.

O CFP decidiu estimar o impacto no saldo orçamental e na dívida pública (em contas nacionais, o que é relevante para o Pacto de Estabilidade) que decorre da “concretização da meta de gasto de 2% do PIB em despesas em Defesa”, isto é, do adicional de gastos que terá de ser cumprido todos os anos. No final do ano passado, o rácio português estava nos 1,5%, mas com a ascensão de Donald Trump ao poder nos EUA e a pressão crescente que tem feito sobre os aliados da NATO (para estes gastarem muito mais), até aquela meta de 2% está cada vez mais a prazo e vai, muito provavelmente, ter de subir para um rácio de gastos militares na ordem dos 3% do PIB ou mais ao ano, por país.

“Portugal é dos países da UE que apresenta gastos relativos em defesa mais baixos. No ano de 2024, estes corresponderam a 1,5% do PIB, um montante insuficiente face aos compromissos assumidos no âmbito na NATO em 2014”, repara o CFP, que no entanto alerta para “o impacto que esta despesa [reforço] terá na evolução do saldo orçamental e da dívida pública, afetando a sua sustentabilidade”.


(https://i.postimg.cc/bNf7LWyX/cfp-defesa-10abr2025.png)

https://www.dn.pt/economia/nato-agrava-d%C3%A9fice-portugu%C3%AAs-em-47-mil-milh%C3%B5es-de-euros-e-d%C3%ADvida-em-85-mil-milh%C3%B5es-nos-pr%C3%B3ximos-4-anos
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Abril 11, 2025, 02:29:31 pm
Já começa o choro.

Alguém que lhes diga que 1/3 daqueles 1,5%, é gasto com a GNR.

Obras públicas megalómanas é que não contam para o défice.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Abril 11, 2025, 04:32:18 pm
Já tardava...

Citar
NATO agrava défice português em 4,7 mil milhões de euros e dívida em 8,5 mil milhões nos próximos 4 anos

Em 2024, Portugal gastou 1,5% do PIB na defesa, mas meta dos aliados exige 2% em 2029. Governo promete antecipar objetivo. Impacto "afeta sustentabilidade” da dívida, diz o CFP.
O Ministro das Finanças desmente os déficites, mesmo a contar com o expectável investimento na Defesa:

Governo confia em excedentes este ano e nos próximos apesar de incerteza

Apesar de as instituições nacionais de referência estarem a apontar para a entrada em défice, Miranda Sarmento confia que crescimento suportará novos excedentes.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2025-03/img_900x560$2025_03_21_19_58_25_498244.jpg)

O Governo desvalorizou esta sexta-feira a previsão de saldo orçamental nulo para este ano e um regresso aos défices em 2026 do Conselho de Finanças Públicas (CFP), apontando estar "confortável" e "confiante" em excedentes neste e nos próximos anos.

"Estamos confortáveis, [mas] naturalmente atentos. Naturalmente, a incerteza sobre a economia gera maior dificuldade, mas com crescimentos na ordem dos 2% [doPIB], que é também a projeção do Conselho de Finanças Públicas e a projeção de todas as entidades que seguem a economia portuguesa, nós estamos confiantes que manteremos superávites nos próximos anos", disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, à margem da reunião informal do Eurogrupo, em Varsóvia.

Um dia após o CFP ter previsto um saldo orçamental equilibrado este ano e o regresso a uma situação de défices orçamentais a partir de 2026, o governante reagiu: "Posso garantir que, com estas condições económicas, com a informação que temos hoje, nós projetamos excedentes orçamentais para os próximos anos".

"E recordo que em outubro nós entregámos um plano orçamental médio prazo a Bruxelas, [...] que prevê superávites nos próximos anos -- menos em 2026, é verdade, por causa do efeito dos empréstimos PRR --, mas prevê superávites nos próximos anos e prevê um crescimento da despesa líquida primária dentro daquilo que era o teto assumido pela Comissão Europeia", elencou ainda Joaquim Miranda Sarmento.

Na quinta-feira, o CFP também anteviu que a economia portuguesa cresça 2,2% em 2025, revendo em baixa as projeções feitas em setembro.

Sobre esta questão, o ministro das Finanças lembrou as projeções "robustas" do Governo, mas admitiu que, "naturalmente a incerteza internacional prejudica as previsões de crescimento e as decisões dos agentes económicos".

"Nós estamos muito comprometidos em manter o equilíbrio das contas públicas. Superámos as expectativas em 2024, temos uma posição orçamental robusta em 2025 e temos confiança que, obviamente, com o crescimento económico de 2% ou até acima de 2% as contas públicas continuarão equilibradas", concluiu.

No Orçamento do Estado para este ano, o Governo estimou um excedente orçamental de 0,3% do PIB em 2025 e de 0,1% do PIB no ano seguinte.

Em 2024, Portugal registou um excedente de 0,7% do PIB, superando a previsão de 0,4%.

Segundo dados divulgados na quinta-feira, o Conselho de Finanças Públicas antecipa um défice orçamental de 1% do PIB em 2026 devido ao impacto de medidas aprovadas, como o IRS Jovem.

Também o Banco de Portugal já veio prever um défice orçamental de 1% do PIB em 2026, assentando esta estimativa num aumento da despesa pública.

Por seu lado, o Governo tem vindo a garantir que mantém o compromisso com o equilíbrio orçamental, desvalorizando previsões de défice.

As previsões macroeconómicas estão a ser influenciadas por uma combinação de fatores, incluindo as políticas protecionistas dos Estados Unidos devido à imposição de tarifas elevadas, que têm desencadeado tensões comerciais e instabilidade nos mercados financeiros, com receios de desaceleração económica e inflação persistente.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/governo-confia-em-excedentes-este-ano-e-nos-proximos-apesar-de-incerteza
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: legionario em Abril 11, 2025, 09:41:53 pm
Ainda se pode ter esperança numa normalização das relações com os EUA mas se assim não fôr iremos assistir a um grande salto em frente na criação de um Corpo de Defesa europeu.
Teremos sempre uma Guarda Nacional claro mas o essencial da defesa será da competência da UE...ou acham que Bruxelas vai entrar com dinheiro para compras militares e não vai mandar nada quanto à organização, comando e atribuições do destino do investimento ?

Estou a pensar em criar um tópico intitulado : " A Guarda Nacional portuguesa, equipamentos", ...os colegas achariam este tópico pertinente ?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Abril 12, 2025, 05:07:40 am
Isso da UE seria meter os pés pelas mãos, e obrigavaa destruir para reconstruir. O principal é uniformizar ao máximo, por questões logísticas e de economia de escala, de resto, é perfeitamente expectável que cada país mantenha um elevado grau de independência e a sua própria capacidade militar consoante as suas necessidades.

Certas capacidades precisariam de ser conjuntas, como um Estado Maior, uma classe de PAs, uma esquadra de AWACS, uma frota auxiliar (de navios logísticos, navios hospital, etc), satélites, escudo BMD, escola de pilotos, etc.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Abril 13, 2025, 12:48:49 am
Portugal vê proposta de novo mecanismo da UE para defesa como "início de discussão"

Ministros das Finanças da União Europeia discutem hoje o financiamento da aposta comunitária em defesa e a criação de um mecanismo europeu comum.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2024-12/img_900x561$2024_12_04_15_40_15_491173.jpg)

O Governo português vê a proposta de um novo mecanismo europeu de defesa para aquisições conjuntas e financiamento de projetos de grande escala como "um ponto de partida interessante de discussão", embora admitindo "dúvidas legítimas dos Estados-membros".

Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) discutem hoje o financiamento da aposta comunitária em defesa e um relatório do grupo de reflexão económica Bruegel, encomendado pela presidência polaca do Conselho, que propõe a criação de um mecanismo europeu comum, semelhante ao fundo de resgate da zona euro após a anterior crise financeira, mas desta vez focado na segurança.

Falando sobre esta proposta na chegada à reunião informal do Ecofin, em Varsóvia, o ministro português da tutela, Joaquim Miranda Sarmento, apontou à Lusa que "esta proposta do Bruegel é um ponto de partida interessante de discussão".

"A Europa, nas várias crises que teve, tem tido capacidade de combinar instrumentos que já existem com novos instrumentos. [...] Tem vários aspetos em aberto, vários aspetos que geram naturalmente discussão e algum antagonismo entre Estados-membros, mas é um bom ponto de partida e por isso é que a Comissão Europeia marcou esta discussão para hoje", acrescentou.

Realizada em Varsóvia pela presidência do Conselho da UE assumida pela Polónia, a reunião informal do Ecofin -- composto pelos ministros das Finanças da União -- visa discutir como aumentar as oportunidades de investimento e financiar a defesa e segurança da Europa, num contexto de tensões geopolíticas.

Servirá também para a analisar a proposta de um novo Mecanismo Europeu de Defesa, uma instituição intergovernamental semelhante ao Mecanismo Europeu de Estabilidade que foi criado para assistência financeira, mas desta vez para criar um mercado único da indústria, financiar projetos de grande escala e incluir parceiros fora da UE (como Reino Unido).

Para Portugal, entre os pontos positivos estão "a questão do 'procurement' [compras conjuntas], a questão dos projetos de grande escala, a questão da cooperação entre os Estados-membros, a questão do financiamento que depois permitiria ir ao mercado e [...] alavancar esse financiamento em recursos superiores".

"Tem vários aspetos positivos, mas também tem outros, até mais de natureza militar, que geram dúvidas aos Estados-membros e que são dúvidas legítimas", adiantou Joaquim Miranda Sarmento à Lusa.

Vários países, com a Alemanha à cabeça, já rejeitaram esta ideia, nomeadamente por prever a participação de países de fora da UE e assentar em nova emissão de dívida comum, de acordo com fontes comunitárias ouvidas pela Lusa.

O Bruegel já veio estimar que a UE possa ter de gastar 250 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 3,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB), para a sua segurança face à guerra da Ucrânia causada pela invasão russa.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/portugal-ve-proposta-de-novo-mecanismo-da-ue-para-defesa-como-inicio-de-discussao-caudio
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: P44 em Abril 13, 2025, 09:00:20 am
Rangel pede acordo de regime para antecipar ainda mais meta de 2% do PIB em Defesa
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/rangel-pede-acordo-de-regime-para-antecipar-ainda-mais-meta-de-2-do-pib-em-defesa/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
A pressão cada vez é maior estão a ficar apertados, é óbvio que terá de ser antecipado a meta dos 2% para 2026 e que o mais provável é que terá de ser 2.5% a 3% futuramente, é óbvio que ninguém quer dar o esse passo sem ter concordância total dos principais partidos para que isso não seja usado como arma para perderem votos. Ainda não perceberam que neste momento o investimento na defesa é visto como algo absolutamente necessário pela grande maioria da população e que neste momento isso não acarreta perda de votos, desde a guerra, a chegada de Trump ao poder e o constante alarmismo que vê na TV no que respeita á defesa da Europa mudou completamente a visão da população em relação ao investimento na defesa.

Pela grande maioria da população? Onde?
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Fmfg em Abril 13, 2025, 10:22:11 am
Rangel pede acordo de regime para antecipar ainda mais meta de 2% do PIB em Defesa
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/rangel-pede-acordo-de-regime-para-antecipar-ainda-mais-meta-de-2-do-pib-em-defesa/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
A pressão cada vez é maior estão a ficar apertados, é óbvio que terá de ser antecipado a meta dos 2% para 2026 e que o mais provável é que terá de ser 2.5% a 3% futuramente, é óbvio que ninguém quer dar o esse passo sem ter concordância total dos principais partidos para que isso não seja usado como arma para perderem votos. Ainda não perceberam que neste momento o investimento na defesa é visto como algo absolutamente necessário pela grande maioria da população e que neste momento isso não acarreta perda de votos, desde a guerra, a chegada de Trump ao poder e o constante alarmismo que vê na TV no que respeita á defesa da Europa mudou completamente a visão da população em relação ao investimento na defesa.

Pela grande maioria da população? Onde?
Falo com muita gente diariamente e todos ou quase todos são favoráveis ao investimento na Defesa e ainda mais depois do Trump ser eleito.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Abril 13, 2025, 12:23:25 pm
Portugal vê proposta de novo mecanismo da UE para defesa como "início de discussão"

Ministros das Finanças da União Europeia discutem hoje o financiamento da aposta comunitária em defesa e a criação de um mecanismo europeu comum.

(https://cdn.jornaldenegocios.pt/images/2024-12/img_900x561$2024_12_04_15_40_15_491173.jpg)

O Governo português vê a proposta de um novo mecanismo europeu de defesa para aquisições conjuntas e financiamento de projetos de grande escala como "um ponto de partida interessante de discussão", embora admitindo "dúvidas legítimas dos Estados-membros".

Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) discutem hoje o financiamento da aposta comunitária em defesa e um relatório do grupo de reflexão económica Bruegel, encomendado pela presidência polaca do Conselho, que propõe a criação de um mecanismo europeu comum, semelhante ao fundo de resgate da zona euro após a anterior crise financeira, mas desta vez focado na segurança.

Falando sobre esta proposta na chegada à reunião informal do Ecofin, em Varsóvia, o ministro português da tutela, Joaquim Miranda Sarmento, apontou à Lusa que "esta proposta do Bruegel é um ponto de partida interessante de discussão".

"A Europa, nas várias crises que teve, tem tido capacidade de combinar instrumentos que já existem com novos instrumentos. [...] Tem vários aspetos em aberto, vários aspetos que geram naturalmente discussão e algum antagonismo entre Estados-membros, mas é um bom ponto de partida e por isso é que a Comissão Europeia marcou esta discussão para hoje", acrescentou.

Realizada em Varsóvia pela presidência do Conselho da UE assumida pela Polónia, a reunião informal do Ecofin -- composto pelos ministros das Finanças da União -- visa discutir como aumentar as oportunidades de investimento e financiar a defesa e segurança da Europa, num contexto de tensões geopolíticas.

Servirá também para a analisar a proposta de um novo Mecanismo Europeu de Defesa, uma instituição intergovernamental semelhante ao Mecanismo Europeu de Estabilidade que foi criado para assistência financeira, mas desta vez para criar um mercado único da indústria, financiar projetos de grande escala e incluir parceiros fora da UE (como Reino Unido).

Para Portugal, entre os pontos positivos estão "a questão do 'procurement' [compras conjuntas], a questão dos projetos de grande escala, a questão da cooperação entre os Estados-membros, a questão do financiamento que depois permitiria ir ao mercado e [...] alavancar esse financiamento em recursos superiores".

"Tem vários aspetos positivos, mas também tem outros, até mais de natureza militar, que geram dúvidas aos Estados-membros e que são dúvidas legítimas", adiantou Joaquim Miranda Sarmento à Lusa.

Vários países, com a Alemanha à cabeça, já rejeitaram esta ideia, nomeadamente por prever a participação de países de fora da UE e assentar em nova emissão de dívida comum, de acordo com fontes comunitárias ouvidas pela Lusa.

O Bruegel já veio estimar que a UE possa ter de gastar 250 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 3,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB), para a sua segurança face à guerra da Ucrânia causada pela invasão russa.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/portugal-ve-proposta-de-novo-mecanismo-da-ue-para-defesa-como-inicio-de-discussao-caudio


HAHAHAHAHAHAH

Somos um bando de incompetentes

Então todos os países conseguem fazer compras conjuntas há décadas mas nós precisamos da UE para isto........

Já se sabe que isto não vai mudar nada na Defesa, mas prontos o qje importa agora é "lutar" por fundos europeus para Defesa, mudar a nossa mentalidade dentro da Defesa, a forma como fazemos as coisas etc etc isso é que nem pensar
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Abril 13, 2025, 03:13:26 pm
Nós até já participámos em programas conjuntos, e saltámos fora assim que vimos os custos.

Eu também acho que os governos que vamos tendo, vão fazer de tudo para não investir na Defesa. Mesmo que a UE e a NATO pressionem, vão arranjar forma de ir empurrando com a barriga, fazendo tudo muito devagar, na esperança que a guerra acabe e que possam voltar a imaginar o mundo das papoilas saltitantes.

Até agora, nem sequer foram capazes de elaborar um plano que defina as prioridades. Continuam com fantochadas de NAVPOLs, avionetas COIN, SMOs para ter mão de obra barata para cortar relva, e por aí em diante.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Malagueta em Abril 15, 2025, 10:02:34 am
https://eco.sapo.pt/2025/04/15/portugal-ataca-economia-da-defesa-com-drones-avioes-e-veiculos-anti-motim/

Portugal ataca economia da defesa com drones, aviões e veículos anti-motim

Portugal vai investir 5 mil milhões de euros na defesa e várias empresas nacionais estão a investir neste segmento. Não restam dúvidas que é "uma oportunidade" que o país não pode desperdiçar.

Num mundo conturbado, a defesa assume um papel principal e várias empresas portuguesas estão a olhar para o setor como uma “oportunidade” de negócio, sejam drones, aviões militares, veículos anti-motim, placas de proteção balística e até intercomunicadores de última geração. A Tekever, EID, Beyond Composite, Jacinto e a idD Portugal Defence não têm dúvidas que todos podem sair a ganhar numa altura que Portugal vai investir cinco mil milhões de euros na defesa até 2029.

“O setor da defesa apresenta oportunidades significativas para Portugal e para as empresas portuguesas“, assegura ao ECO, Ricardo Mendes, CEO da Tekever, referência europeia no segmento dos drones de reconhecimento. A Tekever é um exemplo de uma empresa portuguesa que desenvolveu sistemas e tecnologias avançadas de defesa, atualmente utilizados por organizações, governos e agências de segurança em todo o mundo.

O líder da empresa das Caldas da Rainha que ficou conhecida pelo seus drones serem utilizados pela força britânica na Ucrânia, assegura que “reforçar as capacidades de defesa da Europa não passa apenas por aumentar o investimento — é essencial investir com inteligência e transformar o ecossistema industrial”.

Ricardo Mendes conta que, em 2019, abraçaram os primeiros grandes projetos de vigilância à escala europeia ao começarem a operar para a Agência Europeia da Segurança Marítima (EMSA), e para o governo britânico na vigilância do Canal da Mancha. “São os dois maiores projetos de drones da Europa”, assegura.

Atualmente os drones da Tekever, que podem voar até 20 horas consecutivas, monitorizam oleodutos em África “prevenindo danos causados por terrorismo, roubo e refinarias ilegais — protegendo infraestruturas energéticas críticas”.

Munida com um novo financiamento de 70 milhões de euros angariados em novembro do ano passado, a Tekever emprega mais de 800 pessoas espalhadas entre os escritórios em Portugal, Reino Unido (onde inclusive já fabrica), França e EUA.

Dos aviões aos veículos anti-motim
Portugal apresentou o primeiro avião civil-militar numa feira no Brasil, a primeira aeronave projetada e fabricada em Portugal, que deverá realizar o primeiro voo em 2028. Batizada de LUS-222 é um bimotor de asa alta com porta de carga traseira projetado pelo Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), a Força Aérea Portuguesa e a empresa Geosat.

O avião terá a capacidade de transportar 19 passageiros ou até duas toneladas de carga, podendo atuar em missões militares, missões de busca e salvamento e também na aviação comercial regional. A aeronave terá um alcance de até 2.100 quilómetros e poderá atingir velocidade de até 370 quilómetros por hora.

Localizada na Charneca da Caparica, a EID voou também até ao Brasil para apresentar na LAAD 2025, a maior feira de Defesa e Segurança da América Latina, um sistema de intercomunicadores de última geração desenvolvido a 100% in-house.

A empresa vende sistemas integrados de comunicação para o setor da defesa em países europeus e da NATO, bem como nações da América Latina, Médio Oriente, Sudeste Asiático e Austrália.

“O reforço da capacidade militar na Europa, impulsionado pelo atual contexto internacional, traduz-se numa oportunidade significativa para a empresa expandir a sua presença e estabelecer novas parcerias estratégicas”, diz ao ECO Gregory Flippes, diretor comercial da EID.

Com sede em Canelas, Vila Nova de Gaia, a Beyond Composite desenvolve produtos para o setor da defesa, nomeadamente placas de proteção balística para serem inseridos em coletes balísticos, capacetes e escudos com proteção balística para os soldados.

A empresa, que foi fundada por investigadores da Universidade do Minho e recentemente adquirida pela Sonae Capital Industrials, continua empenhada no negócio da defesa. Fernando Cunha, CEO da Beyond Composite, conta ao ECO que estão a “desenvolver e implementar uma estratégia de investigação e desenvolvimento a curto, médio e longo prazo que passará por desenvolver produtos mais leves, com melhor performance e com novas funcionalidades, tais como monitorização do impacto balístico e proteção eletromagnética”.

O líder da empresa considera que as oportunidades estão “sobretudo na Europa, mas também na América Latina”, e que surgem “através de concursos Internacionais para aquisição destes equipamento de proteção pessoal, mas também através do desenvolvimento de parcerias locais e estratégicas”.

Fundada há 71 anos pelo bombeiro voluntário Jacinto Marques de Oliveira, a Jacinto começou a produzir, na década de 80, em parceria com a Salvador Caetano, veículos de combate a incêndio, até que no final de 2016 começaram a olhar para a defesa com outros olhos. Iniciaram o percurso na defesa com a produção de um veículo anti-motim para a GNR, um contentor para o exército português e no final do ano passado cinco veículos anti-motim para a República Dominicana.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2025/03/whatsapp-image-2025-03-31-at-12-57-42.jpeg)

A empresa de Esmoriz, que emprega 170 pessoas e fatura 50 milhões de euros, quer estar na linha da frente da defesa e lançou oficialmente esta semana uma linha de produtos direcionados à defesa e segurança nas áreas militares e polícia

“Esperamos que esta aposta possa alavancar a entrada de uma empresa portuguesa na produção de veículos de defesa militar que muito elevaria esta indústria em Portugal”, diz ao ECO o diretor-geral, Jacinto Reis, que pertence à quarta geração da família.

A Jacinto está neste momento a disputar um concurso de 200 milhões para produzir 800 veículos para o exército argentino.

Portugal vai investir cinco mil milhões na defesa
Na abertura do Land Defence Industry Day, que decorreu esta semana no Quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, o primeiro-ministro insistiu no investimento em defesa, classificando-a como uma “prioridade”, numa altura que Portugal é o quinto país da UE que menos gasta do PIB para defesa. Consciente desta lacuna, Luís Montenegro, anunciou na quinta-feira que o Governo vai “antecipar a meta de 2% do PIB de investimento em Defesa que estava previsto até 2029″, através de um “amplo consenso político”, e “sem por em causa o Estado social e estabilidade das contas públicas”.

Sem se comprometer com prazos, o chefe do Executivo afirmou apenas que o objetivo é contribuir “para o dinamismo da indústria nacional, potenciando a capacidade exportadora”, “investir em “drones de última geração” e nos setores aeronáutico e marítimo.

Ricardo Pinheiro Alves, presidente da idD Portugal Defence, antecipa que “considerando os 2%, Portugal vai investir na defesa cinco mil milhões de euros, entre 2025 e 2029, em equipamentos e outros investimentos”, diz o líder idD Portugal Defence. “É uma oportunidade ótima para as empresas portuguesas e mesmas as próprias organizações, como a NATO ou a UE, vão investir mais”, afiança Ricardo Pinheiro Alves.

Do calçado à mecânica de precisão todos podem sair a ganhar
Luís Montenegro considera que a “indústria portuguesa pode reconfigurar-se para produzir equipamentos de defesa”, destacando que “Portugal tem excelentes condições para albergar investimentos na área da defesa”. O presidente da idD Portugal Defence corrobora a ideia do primeiro-ministro em gestão e destaca que “Portugal está bem posicionado para aproveitar as oportunidades na defesa” e que “há todas as razões para as perspetivas serem otimistas”.

O porta-voz da idD Portugal Defence não tem dúvidas que a defesa poderá ser uma oportunidade para setores como o “agroalimentar, que pode fornecer rações de combate, ou o têxtil e calçado, sem esquecer a mecânica de precisão, que podem fornecer peças únicas de engenharia”. “São áreas em que Portugal é muito forte, como os materiais compósitos, coletes de proteção, IA nos drones aéreos ou navais, entre outros”, salienta Pinheiro Alves, que nota que “há mais empresas com interesse no setor e a recolher informação”.

“Temos vindo a visitar empresas que não trabalham com a defesa, como as empresas que fornecem o setor automóvel e têm capacidade para fornecer o exército com blindados — Tudo que é a parte mecânica os portugueses conseguem fazer”, conclui o líder da entidade promotora de políticas públicas para a Economia da Defesa.

“A indústria da defesa passou a ser uma prioridade“, conclui o presidente da idD Portugal Defence,
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Anthropos em Abril 15, 2025, 03:19:19 pm
Só um à parte - esse "contentor" que foi fornecido ao Exército, e que não foi só um, bem que devia ter ido para trás pela quantidade de defeitos, anomalias e detalhes que não cumpriam o caderno de encargos.

Mas, naturalmente, à boa maneira da tropa, foi "impingido" pelo CmdLog ao utilizador, que não o queria receber (e com razão). No entanto, com as palavras "ou recebem isto, ou não recebem nada", resolveu-se  ::)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Abril 15, 2025, 05:59:14 pm
O contentor refere-se ao quê concretamente?  É um contentor de missão específico?


Aquilo que estou a ver com base no artigo, é que se está a criar uma narrativa/expectativa de que Portugal pode gastar 5000M em reequipamento até 2029, e que este dinheiro será totalmente ou em grande parte gasto com produtos nacionais.

As prioridades de aquisições das FA centram-se em equipamentos que não são produzidos em Portugal, como armamento para caças e navios, defesas aéreas das várias camadas, etc, mas já estou a ver que o que vai acontecer é o país gastar quase todo aquele dinheiro em produtos "nacionais" sem qualquer critério, e no fim as FA continuam com as lacunas graves que hoje conhecemos.

Vai ser preciso seriedade na tomada de decisão, adquirindo os produtos nacionais que fazem falta para as FA, e produtos estrangeiros que são realmente necessários, tentando aí sim trazer para Portugal alguma coisa associada aos produtos escolhidos, como a construção de fragatas, produção de determinadas munições, fabrico do blindado escolhido para a BrigMec, etc.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Abril 15, 2025, 09:34:44 pm
O contentor refere-se ao quê concretamente?  É um contentor de missão específico?

https://jacintodefense.com/pt/
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Abril 15, 2025, 10:31:26 pm
O AI slop como imagem do Tudor.....epa, não dá grande presságio

Vamos ver quão longe conseguem ir
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: dc em Abril 16, 2025, 12:55:44 am
Também reparei nessa imagem.  :mrgreen:

O desafio vai ser as coisas passarem de marketing, para produtos realmente de qualidade para ter encomendas internas e externas.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Abril 24, 2025, 09:35:40 am
Citar
“Escândalo” ou “entendimento”? Isenção para investir em defesa divide partidos

Governo e PS acordaram pedir à Comissão Europeia um escape para poder aumentar despesas em Defesa. E apesar de se falar numa “solução”, PCP, BE e PAN criticam a medida.

Rui Miguel Godinho
Publicado a: 23 Abr 2025, 23:21

https://www.dn.pt/pol%C3%ADtica/esc%C3%A2ndalo-ou-entendimento-isen%C3%A7%C3%A3o-para-investir-em-defesa-divide-partidos
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Abril 29, 2025, 03:37:56 pm
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Portugal já sinalizou que vai activar a cláusula de escape nacional para gastar mais na defesa

Para já, ainda só a Alemanha formalizou o pedido para utilizar este mecanismo excepcional para aumentar a despesa militar até 1,5% do PIB. Prazo termina no fim do mês.

O Governo já formalizou junto do comité Económico e Financeiro do Conselho da União Europeia a intenção de activar a cláusula de escape nacional para aumentar o investimento no sector da defesa até 1,5% do produto interno bruto (PIB) sem comprometer o cumprimento das regras de disciplina orçamental do Pacto de Estabilidade e Crescimento, conforme pediu o executivo comunitário.

https://www.publico.pt/2025/04/29/economia/noticia/portugal-ja-sinalizou-vai-activar-clausula-escape-nacional-gastar-defesa-2131207
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Junho 09, 2025, 11:02:33 pm
Cá é melhor todos esperarmos sentados...

Citar
NATO needs 400% increase in air and missile defence, Rutte will say in London

https://www.reuters.com/business/aerospace-defense/nato-needs-400-increase-air-missile-defence-rutte-will-say-london-2025-06-09/
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Subsea7 em Junho 10, 2025, 09:07:43 pm
Cá é melhor todos esperarmos sentados...

Citar
NATO needs 400% increase in air and missile defence, Rutte will say in London

https://www.reuters.com/business/aerospace-defense/nato-needs-400-increase-air-missile-defence-rutte-will-say-london-2025-06-09/

Até Agosto, a NATO vai solicitar a lista pormenorizada das capacidades aéreas, navais e de defesa área que Portugal terá de edificar.... Nelas vão constar as baterias a média e a alta altitude.
Cps
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Junho 10, 2025, 09:08:49 pm
 :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

que piada.....

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Junho 10, 2025, 10:09:31 pm
Cá é melhor todos esperarmos sentados...

Citar
NATO needs 400% increase in air and missile defence, Rutte will say in London

https://www.reuters.com/business/aerospace-defense/nato-needs-400-increase-air-missile-defence-rutte-will-say-london-2025-06-09/

Até Agosto, a NATO vai solicitar a lista pormenorizada das capacidades aéreas, navais e de defesa área que Portugal terá de edificar.... Nelas vão constar as baterias a média e a alta altitude.
Cps

Aposto simples contra dobrado que isto vai acabar com o Rutte a cortar os pulsos depois de perceber a dimensão e o engenho da arte tuguense de 'empurrar com a barriga'....  :mrgreen:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Charlie Jaguar em Junho 13, 2025, 08:50:14 am
Não constitui novidade para ninguém. Pouco ou nada irá mudar.

Citar
Investimento na Defesa: ganhar a guerra dos 2% sem disparar muitos euros

NATO. O Governo está a estudar a contabilidade criativa dos aliados para chegar aos 2% em Defesa sem ser apenas com despesa militar

O Governo está a analisar a contabilidade criativa dos outros aliados para encontrar a forma mais económica de chegar à Cimeira da NATO — que se realiza a 24 e 25 de junho, em Haia — sem que Portugal seja apanhado pelo carro-vassoura de Donald Trump, que vai pedir contas aos paí­ses que ainda não atingiram o compromisso de gastar 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa. Luís Montenegro lançou a bomba no discurso de tomada de posse, ao assumir “a antecipação do objetivo de alcançar 2% do PIB” com encargos militares “se possível já em 2025”, e depois o comandante supremo das Forças Armadas contextualizou esse anúncio no dia 10 de junho. Marcelo Rebelo de Sousa revelou que, mais do que despesa nova, o Executivo está a avaliar como os outros países reportam à NATO despesas com “proteção civil ou infraestruturas”, mas que “têm utilização militar”, na filosofia em voga do duplo uso, militar e civil.

https://expresso.pt/politica/2025-06-12-investimento-na-defesa-ganhar-a-guerra-dos-2-sem-disparar-muitos-euros-94d3e53b
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Junho 13, 2025, 09:18:19 am
Ou a NATO (e a UE e, independentemente, alguns aliados) fazem uma "auditoria" mais fina ao nosso investimento - separando investimento em equipamento puramente militar e avaliando as capacidades militares que temos, até por comparação com outros - ou investimos em uns 16x F-35 sem misseis / 2 fragatas e está feito, que o resto fica no "criativo". 
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Junho 13, 2025, 09:33:32 am
Para além da contabilidade criativa (aldrabar), o Governo vai utilizar verbas do PRR que estão por gastar, para atingir a meta dos 2% de investimento na Defesa!
Há bastante dinheiro que não vai ser usado pelo país (PRR), por causa da burocracia, e que pode ser alocado à Defesa:

Dinheiro do PRR e refazer contas na calculadora: como Portugal quer chegar a 2% do PIB em Defesa

Governo vai poder, pela primeira vez, usar fundos europeus. Marcelo pede que se inclua nos gastos de Defesa verbas com aumento do salário dos militares.

https://www.publico.pt/2025/06/13/politica/noticia/dinheiro-prr-refazer-contas-calculadora-portugal-quer-chegar-2-pib-defesa-2136340

Resumidamente, e a meses do PRR encerrar (2026), o país concluíu 33% dos investimentos previstos e tem cerca de 14% em fase de conclusão, dos mais de 22 mil milhões previstos!!!!!!
Bem ponderado a Defesa pode recuperar muito dinheiro necessário para o rearmamento só com o PRR, porque o Estado e Autarquias já não têem tempo de o gastar com obras, é fisicamente e logisticamente impossível!

https://recuperarportugal.gov.pt/monitorizacao/
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: LM em Junho 13, 2025, 09:38:55 am
"Desviado", é essa a palavra que o DN usa na capa sobre o PRR e a Defesa...  ::)

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Ghidra em Junho 13, 2025, 11:14:36 am
Mas para o caso da defesa os prazos mantêm se?
Tb pode ser complicado em meses usar o dinheiro...

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Mentat em Junho 13, 2025, 11:23:18 am
Se a NATO passar a ter um crivo bem mais apertado no que aceita como representando despesa, estas brincadeiras tendem a desaparecer.
Este tipo de contabilidade criativa, de "engenharia financeira" repugna-me.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Junho 13, 2025, 11:52:30 am
Mas para o caso da defesa os prazos mantêm se?
Tb pode ser complicado em meses usar o dinheiro...

O problema da execução do PRR (e por experiência própria), é a enorme espera e desespera pelas obras a realizar no ãmbito do PRR!!!!! Especialidades de obras e com a sobrecarga de trabalho de Engenheiros e Arquitectos, levam muitos meses e muitas dores de cabeça, depois vem a consulta preliminar para estipular o preço médio a colocar a concurso e de seguida vem o concurso público internacional a cima dos 750.000€ (só aqui demora mais de 2 meses a concluír)..... depois tem de rezar para que haja alguma empresa aceite a obra e que os concorrentes não reclamem para o tribunal, senão está a ver o tempo que vai ficar pendurado num Tribunal, o PRR já fechou a torneira!!!!!!!

Compras de equipamentos é diferente, mas é verdade que o PRR exige a entrega dos mesmos!!!!! Se o Estado usar dinheiro na Defesa, tem de garantir a Bruxelas que recebe o equipamento até 2026 (não sei se é permitido passar Junho de 2026).

Os prazos são de facto apertados!!!!!! A não ser que o material a adquirir exista em prateleira ou seja entregue até 2026!!!!!!!

Mas só pelo facto de poder usar este dinheiro, acho que vale todo o esforço que é necessário fazer para o usar! Na pior das hipóteses há 12 meses para usar o dinheiro e na melhor 18 meses!!!!! Perguntem já ao Governo quanto podem utilizar e comecem já as consultas preliminares. Compras de ocasião, por exemplo aviões que ainda não tenham dono (A-400, Typhon, .....), ou perguntar a países se não querem vender fragatas "semi-novas" aos franceses ou aos Italianos, desta forma usamos o dinheiro do PRR a tempo e esses países podem encomendar novas que seguramente vão demorar anos a construír!!!!! Algo deste género!
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: PTWolf em Junho 13, 2025, 12:08:31 pm
eu já era feliz se chegassemos aos 2% REAL do PIB
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: sivispacem em Junho 13, 2025, 01:13:25 pm
Se a NATO passar a ter um crivo bem mais apertado no que aceita como representando despesa, estas brincadeiras tendem a desaparecer.
Este tipo de contabilidade criativa, de "engenharia financeira" repugna-me.

Diria que é muito bem capaz de ser essa a intenção, ao definirem-se objectivos quantitativos para determinados equipamentos e capacidades. Acabam-se as 'habilidades'....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Junho 13, 2025, 01:53:02 pm
Não

As definições de objetivos de forças e capacidades de equipamentos sempre existiram e aliás nós estamos constantemente a falhar em cumprir isso mesmo

Para além de modificar QOs no Exército pouco se tem feito para cumprir estes requisitos



Sobre a parte financeira a NATO até está infelizmente cada vez mais aberta a alargar o que é permitido,

Na questão dos 5% tem-se falado na divisão 3.5% para gastos militares e 1.5% para infraestruturas, e estas não serão bases militares de certeza
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: legionario em Junho 13, 2025, 02:14:51 pm
Mais do que preparar as FA para um conflito no curto prazo, é o país e as suas estruturas no seu todo que têm que se preparar para a salvaguarda das vidas e dos bens nacionais, neste sentido, acho que a Proteção Civil tem um papel muito importante,... é esta que fica em primeira linha nas ações de informação, prevenção e socorro.

A defesa de Portugal passa ou deve passar pela organização das forças que integram a Proteção Civil : Bombeiros Municipais e Voluntários, PSP, GNR, Segurança Social (p/ apoio aos refugiados), etc.
Termos alguma capacidade para atacar o inimigo mas não termos a capacidade de proteger e de socorrer as populações faz de Portugal um país muito deficitário nesta matéria.

- Quantos hospitais de campanha tem Portugal ?
- Quantos quarteis de bombeiros dispõem de um espaço próprio para recolher e tratar refugiados e feridos de forma a aliviar a pressão que será exercida sobre as Unidades tradicionais de saúde e de acolhimento de refugiados ?
- Existe algum plano para mobilizar e colocar rapidamente os profissionais de saúde reformados (mas ainda capazes) ?
- Os diversos postos da GNR e da PSP conhecem os sítios sensíveis da sua região que devem a todo o custo ser protegidos das ações de sabotagem ? têm os meios e o pessoal para isso ?
- A Cruz Vermelha tem estoques estratégicos armazenados ?

No que diz respeito a armas, repito que a nossa prioridade deveria ser as armas defensivas como os sistemas AA  e os drones.

Comece-se pelo mais básico, é uma atitude mais inteligente.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 13, 2025, 02:38:04 pm
- Quantos hospitais de campanha tem Portugal ?

Temos o Agrupamento Sanitário.

 :arrow: https://www.operacional.pt/uma-manha-no-agrupamento-sanitario-do-exercito/

 :arrow: https://x.com/Exercito_pt/status/1635691103746764807

 :arrow: https://x.com/Exercito_pt/status/1523625209466875907

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Drecas em Junho 13, 2025, 04:01:52 pm
Não

As definições de objetivos de forças e capacidades de equipamentos sempre existiram e aliás nós estamos constantemente a falhar em cumprir isso mesmo

Para além de modificar QOs no Exército pouco se tem feito para cumprir estes requisitos



Sobre a parte financeira a NATO até está infelizmente cada vez mais aberta a alargar o que é permitido,

Na questão dos 5% tem-se falado na divisão 3.5% para gastos militares e 1.5% para infraestruturas, e estas não serão bases militares de certeza

Três exemplos de não cumprimento

Na defesa aérea é igual
(https://i.ibb.co/xt0f1BbG/Screenshot-2025-06-13-154540.png) (https://ibb.co/KpkL2fg7)
(https://i.ibb.co/LXkpkbYD/Screenshot-2025-06-13-154654.png) (https://ibb.co/sdm3mkbp)
(https://i.ibb.co/FbZnh7hQ/Screenshot-2025-06-13-154324.png) (https://imgbb.com/)
(https://i.ibb.co/VWsF1nTg/Screenshot-2025-06-13-154344.png) (https://imgbb.com/)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: legionario em Junho 13, 2025, 07:22:11 pm
- Quantos hospitais de campanha tem Portugal ?

Temos o Agrupamento Sanitário.

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Se o "caldo entornar" o nosso maior problema vai ser a gestão de refugiados e de feridos que afluirão de toda a Europa. Temos que pensar nisso e prever. O pessoal gosta muito de debater o armamento mas há muitas outras coisas que contam num conflito (como aquelas que mencionei antes).
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Viajante em Junho 13, 2025, 09:34:07 pm
Portanto umas bandeiras com a foice e o martelo e uns pensos rápidos, mais produtos agrícolas para sustentar quem vem a correr fugir do conflito a leste!!!!
Tomem nota!!!!!

Esta "estória" já foi aqui repetida imensas vezes, os europeus não devem rearmar-se para não ofenderem a rússia..... porque sim!
Antes pelo contrário, agora como no passado, devemos apostar na Europa fortaleza e deixar que China - EUA - rússia se anulem uns aos outros, enquanto fornecem o que for necessário à Ucrãnia para desestabilizar a rússia para que esta colapse como país!!!!!
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: legionario em Junho 13, 2025, 10:22:39 pm
Judeu Errante   :
tu és especialmente malicioso. Não foi isso que eu escrevi. Eu chamei a atenção para outras lacunas importantes no nosso sistema de defesa, neste caso a Proteção Civil (e a defesa civil do território).
Às tuas pompom-girls (o burguês hipócrita e o "ex-professor de francês especialista em linguagem de estrebaria" ) que põem likes em tudo o que é abrenúncios como tu e o Apone, digo : argumentem homens, não se escondam !!
Gentinha fraca e vulgar !

Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Junho 14, 2025, 03:40:18 pm
Será também oportuno construir campos especias de detenção para quando eclodir a guerra albergar a quinta coluna pro-Rússia, vendidos e outros traidores variados.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 14, 2025, 04:04:04 pm
- Quantos hospitais de campanha tem Portugal ?

Temos o Agrupamento Sanitário.

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 :arrow: https://x.com/Exercito_pt/status/1523625209466875907


Se o "caldo entornar" o nosso maior problema vai ser a gestão de refugiados e de feridos que afluirão de toda a Europa. Temos que pensar nisso e prever. O pessoal gosta muito de debater o armamento mas há muitas outras coisas que contam num conflito (como aquelas que mencionei antes).

Mas isso já aconteceu... quando a Rússia invadiu a Ucrânia.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Galicia em Junho 14, 2025, 04:07:47 pm
argumentem homens, não se escondam !!

Fofo, tens toda a razão.  Gostava imenso de argumentar com vossa iminência.

Mas o problema é que não se consegue "argumentar" contra a "extrema-direita-woke" aqui no fórum porque 90% dos posts são apagados.
Os moderadores protegem-vos (aparentemente, vocês precisam dessa ajuda...) da realidade e do contraditório puro e duro.

Compreendes?  Resta gozar com a vossa cara e com quem vos protege.  :snip:
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: legionario em Junho 14, 2025, 07:10:04 pm
argumentem homens, não se escondam !!

Fofo, tens toda a razão.  Gostava imenso de argumentar com vossa iminência.

Mas o problema é que não se consegue "argumentar" contra a "extrema-direita-woke" aqui no fórum porque 90% dos posts são apagados.
Os moderadores protegem-vos (aparentemente, vocês precisam dessa ajuda...) da realidade e do contraditório puro e duro.

Compreendes?  Resta gozar com a vossa cara e com quem vos protege.  :snip:

Antes de mais lamento que o teu mentor PT esteja ausente do FD, ele chegou a escrever-te alguns comentários para tu publicares em teu nome...alguns até eram interessantes. Infelizmente, entregue a ti próprio,  só consegues publicar asneiredo, ofensas e videos chocantes.

Em seguida, eu nunca pedi comentários teus, tomara eu que desaparecesses de vez  pois és um fardo que o FD carrega.
Não és inteligente, não és culto, és incapaz de assimilar novos conhecimentos, em suma : estorvas aqui , ainda não percebeste ?

Queixas-te das injustiças de que és vítima aqui no Fórum ? Não estás tu a ser injusto ? Tens não sei quantos perfis aqui no FD, foste expulso várias vezes, continuas a voltar com outro perfil e os moderadores aceitam-te ...ainda te queixas da moderação ?

Sobre a extrema-direita wok, não sei o que é...o que eu sei é que o teu logotipo e o teu nome "Galicia" corresponde à 14ª Divisão SS "Waffen Grenadier"

Explica-me então como é que um nazi como tu que ostensivamente faz uso de logotipos e de terminologias nazis vem aqui acusar os outros de extremismo ! Devias ser expulso pá !!

"The 14th Waffen Grenadier Division of the SS (1st Galician) (German: 14. Waffen-Grenadier-Division der SS (galizische Nr. 1); Ukrainian: 14-та гренадерська дивізія СС «Галичина», romanized: 14-ta hrenaderska dyviziya SS "Halychyna"), commonly referred to as the Galicia Division, was a World War II infantry division of the Waffen-SS, the military wing of the German Nazi Party, made up predominantly of volunteers with Ukrainian ethnic background from the area of Galicia, later also with some Slovaks."


Fica aqui a ligação para todos os interessados constatarem onde é que o Galicia foi buscar o seu nome e o seu logotipo :

https://en.wikipedia.org/wiki/14th_Waffen_Grenadier_Division_of_the_SS_(1st_Galician)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: legionario em Junho 14, 2025, 07:45:04 pm
- Quantos hospitais de campanha tem Portugal ?

Temos o Agrupamento Sanitário.

 :arrow: https://www.operacional.pt/uma-manha-no-agrupamento-sanitario-do-exercito/

 :arrow: https://x.com/Exercito_pt/status/1635691103746764807

 :arrow: https://x.com/Exercito_pt/status/1523625209466875907


Se o "caldo entornar" o nosso maior problema vai ser a gestão de refugiados e de feridos que afluirão de toda a Europa. Temos que pensar nisso e prever. O pessoal gosta muito de debater o armamento mas há muitas outras coisas que contam num conflito (como aquelas que mencionei antes).

Mas isso já aconteceu... quando a Rússia invadiu a Ucrânia.


Uma experiência pessoal : eu tinha uma intervenção cirúrgica (retirar a vesícula) prevista há já uns meses quando recebi uma notificação do Hospital (de Leiria)  que cancelou a mesma porque teve que "cativar" não sei quantas camas que seriam destinadas aos ucranianos. Tive que esperar quase 2 anos para ser operado.
Imaginemos que em vez de 50 000 refugiados, fossem alguns milhões a vir para cá. É isso que vai acontecer. Ninguém está preparado.
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Galicia em Junho 14, 2025, 11:40:20 pm
Antes de mais.... [blá, blá, blá... tretas]

Fica aqui a ligação para todos os interessados constatarem onde é que o Galicia foi buscar o seu nome e o seu logotipo :

https://en.wikipedia.org/wiki/14th_Waffen_Grenadier_Division_of_the_SS_(1st_Galician)

Antes de mais confesso que não "pesco" 80% das tuas referências - mais valias escreveres em Aramaico.  Deves estar a confundir ou tens de calibrar melhor o cérebro.

Tenho muita consideração por vários membros aqui do fórum - é por eles, e a pedido deles, que participo de quando em vez.   
Quando ao PT, que penso ser o "Papatango", nunca comuniquei com ele directamente.  Mas é um dos poucos, muito poucos, com capacidade de intervenção.

Quando a ser inculto.... essa é boa.  Um caso clássico de "projecção".  Basta comparar os teus posts e "contribuições" - és muito básico e limitado.  E não tens culpa, nada contra.
Mas é apenas humilhante para ti puxares esse assunto.

Quando á proteção dos "extremos" aqui no fórum, acho que não existem muitas dúvidas.  È a opinião geral dos participantes (e até existe um relatório sobre isso).

Agora, numa coisa tenho de te tirar o chapéu!  Conseguiste descobrir a referência á  "Galician".  Como?!  :mrgreen:
Só tinhas o símbolo da 14. Waffen-Grenadier-Division der SS (galizische) e o nick " Galicia".  Meu deus, como conseguiste relacionar?  E ainda adicionaste a página da Wikipédia.
Excelente, já equacionaste uma carreira na Judiciária ou no SIS?  :mrgreen:

Essa divisão era uma unidade militar como a Das Reich, Panzer Lehr, a 82nd "All American" ou o BAOR.
Ponto.

Podes voltar ao teu clubinho de fanáticos e, já sabes, sempre que necessário, pede a intervenção superior para te safar.
O que é sintomático dos betinhos-fanáticos - não se conseguem defender sozinhos. 
Como se costuma dizer; "eu borrava a cara de trampa" se tivesse de ir chorar que me defendessem num fórum.  Constrangedor.  Mas cada um é como é.
Por isso é que dá um certo gozo malhar-vos na tola.

Vamos ver quando tempo "dura" este post....
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: Duarte em Junho 15, 2025, 12:08:55 am
(https://i.postimg.cc/zvxDhgzY/Im-a-Not-See.jpg)
Título: Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
Enviado por: legionario em Junho 15, 2025, 12:40:48 am
Antes de mais.... [blá, blá, blá... tretas]

Fica aqui a ligação para todos os interessados constatarem onde é que o Galicia foi buscar o seu nome e o seu logotipo :

https://en.wikipedia.org/wiki/14th_Waffen_Grenadier_Division_of_the_SS_(1st_Galician)

Antes de mais confesso que não "pesco" 80% das tuas referências - mais valias escreveres em Aramaico.  Deves estar a confundir ou tens de calibrar melhor o cérebro.

Tenho muita consideração por vários membros aqui do fórum - é por eles, e a pedido deles, que participo de quando em vez.   
Quando ao PT, que penso ser o "Papatango", nunca comuniquei com ele directamente.  Mas é um dos poucos, muito poucos, com capacidade de intervenção.

Quando a ser inculto.... essa é boa.  Um caso clássico de "projecção".  Basta comparar os teus posts e "contribuições" - és muito básico e limitado.  E não tens culpa, nada contra.
Mas é apenas humilhante para ti puxares esse assunto.

Quando á proteção dos "extremos" aqui no fórum, acho que não existem muitas dúvidas.  È a opinião geral dos participantes (e até existe um relatório sobre isso).

Agora, numa coisa tenho de te tirar o chapéu!  Conseguiste descobrir a referência á  "Galician".  Como?!  :mrgreen:
Só tinhas o símbolo da 14. Waffen-Grenadier-Division der SS (galizische) e o nick " Galicia".  Meu deus, como conseguiste relacionar?  E ainda adicionaste a página da Wikipédia.
Excelente, já equacionaste uma carreira na Judiciária ou no SIS?  :mrgreen:

Essa divisão era uma unidade militar como a Das Reich, Panzer Lehr, a 82nd "All American" ou o BAOR.
Ponto.

Podes voltar ao teu clubinho de fanáticos e, já sabes, sempre que necessário, pede a intervenção superior para te safar.
O que é sintomático dos betinhos-fanáticos - não se conseguem defender sozinhos. 
Como se costuma dizer; "eu borrava a cara de trampa" se tivesse de ir chorar que me defendessem num fórum.  Constrangedor.  Mas cada um é como é.
Por isso é que dá um certo gozo malhar-vos na tola.

Vamos ver quando tempo "dura" este post....

Isso mesmo. É a pedido de vários colegas que vens aqui...até se atropelam.  Quem é que te chama para aqui ? o Apone ?
Tens tantos perfis que consegues, em meia dúzia de semanas atribuir-te centenas de "karmas". Achas mesmo que ninguém percebe ?  :rir:

Não respondo a uma série de afirmações tuas porque não sei do que estás a falar.
Não conheço relatório nenhum.
O unico que chora aqui és tu e desde sempre. Chegaste a ter a alcunha de "Calimero" quando usavas outro perfil, já te esqueceste ?

Escolheste usar un "nickname" associado aos nazis, usas um logotipo de uma divisão SS tristemente famosa e orgulhas-te de ser nazi, tudo bem, problema teu mas dá uma péssima imagem a este Forum. Se esse relatório de que falas existe e se tem um teor negativo é em parte graças a ti.

O resto da tua conversa, que queres que te diga ? Se há uma razão válida para eu ser criticado é o facto de te estar a dar trela  :)