Preparar as FA para um conflito no curto prazo

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #555 em: Junho 18, 2025, 07:30:23 pm »

Sem saber alguns dos detalhes mais importantes (preços e alcance de detecção), é uma solução que permite contornar dois dos maiores problemas das FAP.  Total falta de capacidade AEW e falta de operacionais.
É uma solução a considerar.
 
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Subsea7

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #556 em: Junho 18, 2025, 11:29:49 pm »
No futuro a FAP poderá adquirir mais 2 a 3 KC-390, na versão AEW/C.
Cps
 
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JohnM

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #557 em: Junho 19, 2025, 04:22:54 am »

Sem saber alguns dos detalhes mais importantes (preços e alcance de detecção), é uma solução que permite contornar dois dos maiores problemas das FAP.  Total falta de capacidade AEW e falta de operacionais.
É uma solução a considerar.
Maior autonomia de vôo, cerca de 25 horas, muito mais barato de comprar e operar… é só vantagens… Como eu disse noutro tópico, aviões AEW tripulados são alvos prioritários em qualquer conflito. Estes são mais difíceis de encontrar e destruir, além de não colocarem tripulantes humanos em risco…
 

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PTWolf

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #558 em: Junho 19, 2025, 12:28:39 pm »
No futuro a FAP poderá adquirir mais 2 a 3 KC-390, na versão AEW/C.
Cps

Esta é aquela versão "modular" que estavamos também a ajudar a desenvolver?
 

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Subsea7

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #559 em: Junho 19, 2025, 01:11:34 pm »
No futuro a FAP poderá adquirir mais 2 a 3 KC-390, na versão AEW/C.
Cps

Esta é aquela versão "modular" que estavamos também a ajudar a desenvolver?

Não, essa é outra, tipo ISR...
 

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dc

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #560 em: Junho 19, 2025, 03:01:26 pm »
Maior autonomia de vôo, cerca de 25 horas, muito mais barato de comprar e operar… é só vantagens… Como eu disse noutro tópico, aviões AEW tripulados são alvos prioritários em qualquer conflito. Estes são mais difíceis de encontrar e destruir, além de não colocarem tripulantes humanos em risco…

Provavelmente terão sensores menos poderosos, mas pelo preço de um único AWACS "convencional", compram-se 2 ou 3 UAVs com esta capacidade. Pelo preço de 2 ou 3 AWACS, podíamos ter uma frota de 6 a 9 UAVs AEW, o que nos dava uma excelente capacidade de aviso antecipado, com um elevado grau de redundância.

Outra vantagem, é a pequena dimensão destes drones, sendo mais fácil escondê-los em hangares, e a capacidade de operarem em pistas muito curtas, podendo servir-se de aeródromos regionais.

Mas, se for como o Subsea diz, o lobby Embraer poderá falar mais alto.
 

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dc

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #561 em: Junho 19, 2025, 03:25:05 pm »
https://executivedigest.sapo.pt/noticias/e-se-a-russia-escolher-atacar-portugal-os-riscos-as-ameacas-e-as-portas-de-entradas-dos-ataques/

Isso já eu digo aqui há bastante tempo. A malta está na fé que um conflito com a Rússia, ou pior, uma 3ª Guerra Mundial, se vai limitar à frente Leste. Já eu acho que a Rússia vai querer obrigar a que os países europeus combatam em 2 ou 3 frentes, e vai tentar eliminar a capacidade logística, de produção e meios estratégicos para lá da linha da frente.

Basta conseguirem bases aéreas e navais em África, para ter novos vectores de ataque. A isto somar-se-ão formas de guerra não-convencional, com ciberataques, terrorismo, etc.

Se os EUA estiverem empastelados no MO, e eventualmente na China, dificilmente conseguiriam apoiar os europeus, com ou sem Trump no poder.

Dependendo do nível de ameaça vinda de África, e de quantos países aliados teria a Rússia neste continente, poderá ser necessário não só ataques aéreos e com mísseis de longo alcance contra bases russas, mas também operações por terra para lidar com o problema.

Não dá apenas para ficar numa postura defensiva, até porque a capacidade de interceptar mísseis balísticos, de cruzeiro e hipersónicos é consideravelmente mais cara que os próprios mísseis. A melhor forma de reduzir o impacto destes mísseis, é eliminando-os e a suas plataformas de lançamento, antes de os lançarem.


Entretanto, uma coisa chamou a atenção no artigo:
Citar
“Todas as cidades da Europa estão protegidas por uma coisa que se chama ‘missile defense’. É um projeto da NATO que está em vigor desde 2021 e protege as cidades com mais de 120 mil habitantes, mas só para mísseis não hipersónicos”

Isto não é verdade. Só em Portugal, temos pelo menos 3 cidades destas, que não têm qualquer nível de protecção. Noutros paises há-de ser igual, já que não possuem baterias suficientes para fazer BMD em todas as grandes cidades.

Mesmo que houvesse uma bateria por cidade, seria insuficiente, pois seria fácil saturar esta bateria.

Também me parece absurdo os russos terem Monte Real ou o Alfeite ao alcance dos seus mísseis, e preferirem dispará-los contra um prédio aleatório em Lisboa. Militarmente não faz sentido, tal como não faz sentido na perspectiva civil, porque se há maneira de fazer uma população apoiar o esforço de guerra, é quando a própria está a ser alvo de ataques.

A prioridade dos países europeus será sempre proteger alvos estratégicos.
 

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Mentat

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #562 em: Junho 19, 2025, 04:08:10 pm »
Maior autonomia de vôo, cerca de 25 horas, muito mais barato de comprar e operar… é só vantagens… Como eu disse noutro tópico, aviões AEW tripulados são alvos prioritários em qualquer conflito. Estes são mais difíceis de encontrar e destruir, além de não colocarem tripulantes humanos em risco…

Provavelmente terão sensores menos poderosos, mas pelo preço de um único AWACS "convencional", compram-se 2 ou 3 UAVs com esta capacidade. Pelo preço de 2 ou 3 AWACS, podíamos ter uma frota de 6 a 9 UAVs AEW, o que nos dava uma excelente capacidade de aviso antecipado, com um elevado grau de redundância.

Outra vantagem, é a pequena dimensão destes drones, sendo mais fácil escondê-los em hangares, e a capacidade de operarem em pistas muito curtas, podendo servir-se de aeródromos regionais.

Idealmente teríamos um misto de AEW&C tripulados e de AEW não tripulados.  c56x1
Mas estamos em Portugal e temos ZERO capacidade AEW com ou sem control. Sistema tripulado ou não seria um salto gigantesco em termos de capacitação.
 

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dc

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #563 em: Hoje às 03:41:42 pm »
Com UAVs numa quantidade decente bastava. A componente de Controlo no ar, pode ser feita por outras plataformas, nomeadamente o P-3 ou o seu substituto, ou mesmo por um MRTT configurado internamente para tal.

A prioridade seria mesmo ter mais capacidade de detecção de ameaças, sem depender inteiramente de meios terrestres e navais, e que ao mesmo tempo tenha custos comportáveis.

Agora, entre aquilo que idealizamos aqui, e o que dentro das FA se discute, pode ir uma grande distância.