Na audição ontem ao MDN na Comissão de Defesa Nacional, vários grupos parlamentares indagaram sobre os 2% do PIB para a Defesa e o João Nuno continuou a repetir a lenga-lenga de que esse valor deverá ser apenas alcançado em 2029. Ora, numa altura em que são vários os aliados europeus da NATO que publicamente afirmaram que pretendem chegar perto ou mesmo ultrapassar os 3% a breve trecho (casos recentes da Dinamarca, França e Reino Unido), em Portugal as semanas e meses passam-se e nada. A mente da classe política parece estar mais ocupada e interessada com o período eleitoral que aí se avizinha, entre autárquicas no final deste ano e presidenciais no início do próximo, e pouco tem mudado de facto.
O próprio MDN referiu ontem por várias ocasiões que o controlo do défice é fulcral, e parece haver uma ligeira esperança que a cimeira de Junho da NATO possa trazer novidades. Contudo até lá muito pode acontecer ou mudar, e por cá continua-se a arrastar os pés. Até quando, pergunto eu.