artigo interessante:
https://cnnportugal.iol.pt/guerra/china/ha-navios-de-guerra-da-china-a-aparecer-em-sitios-inesperados-e-a-alarmar-o-ocidente-chegamos-a-um-novo-normal/20250306/67c99e92d34e3f0bae9b4b56
Uma solução para o caso da Austrália e da Nova Zelândia, era uma entrada na NATO. Se os EUA, com Trump, não ajudarem Taiwan mediante uma invasão chinesa, não só as chances de sucesso da China aumentam, como depressa passarão à etapa seguinte, colocando os olhos nas Filipinas, Timor-Leste, Austrália, Nova Zelândia, e até nas pequenas ilhas circundantes. O Japão também não se livrará de ver pelo menos algumas das suas ilhas tomadas pelos chineses.
É preciso ter uma aliança global, com mais países, e que permita dar algumas condições de segurança a países que de outra forma podem ver-se isolados a enfrentar uma potência.
Não há como fugir à nossa realidade demográfica e industrial. É expectável que o paradigma de exponencial incremento da indústria de defesa europeia que agora se inicia, tanto a nível de R&D como de produção, não se esgote a curto/médio prazo.
Conjugando estes dois fatores, seria perfeitamente possível e desejável que se criassem condições em PT para receber futuramente parte desse investimento do BEI para projetos militares. Seria importante que alguém conseguisse ter esse rasgo e começasse a trabalhar ativamente nisto. O que não falta são opções. Desde as mais básicas como munição até às ligeiramente mais complexas como UAV/USV/UUV e eventualmente UCAV.
Sei que temos mentes muito muito capazes neste país. Que lhes seja dado apoio e oportunidade para explorar o seu potencial, com o necessário ROI para as FAP e Defesa Europeia.
Infelizmente, não parece haver grande vontade, ou imaginação, para fazer alguma coisa quanto a isso.
O que não faltam são ideias e opções. Desde o lado mais básico, como equipamento de protecção individual e munições de armas ligeiras, passando munições de calibres mais elevados, kits de bombas guiadas, até mísseis. Também se falou N vezes dos Mini UAVs, UAVs de vigilância, Loitering munitions, e participação num programa europeu de UCAVs. Também na construção naval. Também se falou na possibilidade de produzir uma viatura militar no país, de um fabricante europeu.
Em 3 anos de guerra, só houve avanços numa coisa - Super Tucano. Ironicamente, de todas as possibilidades de envolvimento da indústria nacional, fomos escolher um tipo de produto que o mercado europeu não precisa.
Tanta coisa que podia ser feita, mas parece que falta imaginação para propor o que quer que seja.