Preparar as FA para um conflito no curto prazo

  • 553 Respostas
  • 51536 Visualizações
*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9891
  • Recebeu: 5060 vez(es)
  • Enviou: 847 vez(es)
  • +5368/-1121
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #390 em: Março 06, 2025, 12:34:44 am »
A compra dos ST e dos AORs em princípio não terá sido contabilizada este ano, creio eu. Normalmente é tudo pago em tranches anuais.
 

*

Duarte

  • Investigador
  • *****
  • 3389
  • Recebeu: 457 vez(es)
  • Enviou: 1729 vez(es)
  • +2668/-1177
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #391 em: Março 06, 2025, 02:14:48 am »
Desconfio ainda que o dinheiro dado à Ucrãnia, virá da Defesa..

Todo o dinheiro investido em derrotar os orcos o mais longe possível é dinheiro muito bem investido.  c56x1
слава Україна!
“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"
The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
Trump é o novo Neville Chamberlain, mas com o intelecto de quem não conseguiu completar a 4a classe.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: LM, Charlie Jaguar, Lightning, nelson38899, Viajante, PTWolf

*

Charlie Jaguar

  • Investigador
  • *****
  • 6853
  • Recebeu: 7588 vez(es)
  • Enviou: 5142 vez(es)
  • +10194/-2932
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #392 em: Março 06, 2025, 11:37:00 am »
Duas notícias no Jornal de Negócios de hoje, infelizmente de novo para assinantes.

Citar
BEI quer ter mais de 8 mil milhões para projetos militares

Com os critérios de exclusão no mínimo, o BEI quer abranger um maior leque de projetos na área da defesa, além dos 14 que já estão na calha para receber financiamento. O banco não revela o valor de cada um deles, mas confirma que não há empresas portuguesas envolvidas.

O Banco Europeu de Investimento prepara-se para reduzir "o mais possível, até ao mínimo", a sua lista de critérios de exclusão para emprestar dinheiro, de forma a poder incluir o financiamento de um maior leque de projetos militares na Europa. Muitos deles estavam até agora vedados aos empréstimos do banco. A garantia foi dada esta quarta-feira pela presidente do Grupo BEI, Nadia Calviño, que não esclareceu, no...

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/bei-quer-ter-mais-de-8-mil-milhoes-para-projetos-militares

Citar
10 Perguntas e respostas sobre o que propõe Bruxelas para conseguir rearmar a Europa

António Costa reúne nesta quinta-feira os 27 em Conselho Europeu dedicado ao apoio à Ucrânia e ao rearmamento do bloco na reação de emergência ao afastamento dos EUA com a Administração de Donald Trump. Em cima da mesa, há já uma proposta de um novo instrumento financeiro e regras orçamentais mais flexíveis para despesas com Defesa. A Comissão Europeia estima que seja possível aumentar o investimento militar dos Estados-membros em 1,5% do PIB em quatro anos, em linha com o que se espera que sejam as novas metas da NATO.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/detalhe/10-perguntas-e-respostas-sobre-o-que-propoe-bruxelas--para-conseguir-rearmar-a-europa
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

*

Charlie Jaguar

  • Investigador
  • *****
  • 6853
  • Recebeu: 7588 vez(es)
  • Enviou: 5142 vez(es)
  • +10194/-2932
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #393 em: Março 06, 2025, 11:40:27 am »
Eleições em Maio, podem esquecer assinatura de contratos de armas, até ao final do ano. Cps

Sem esquecer a incógnita que será o resultado destas legislativas, que provavelmente poderão deixar tudo ainda mais confuso do que já está.

E com isso, quem se lixa? Os de sempre, os enteados enjeitados como é o caso das Forças Armadas, numa altura tão crítica como esta em que nos encontramos.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

*

Drecas

  • Investigador
  • *****
  • 2398
  • Recebeu: 1025 vez(es)
  • Enviou: 206 vez(es)
  • +567/-225
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #394 em: Março 06, 2025, 11:49:13 am »
Eleições em Maio, podem esquecer assinatura de contratos de armas, até ao final do ano. Cps

Sem esquecer a incógnita que será o resultado destas legislativas, que provavelmente poderão deixar tudo ainda mais confuso do que já está.

E com isso, quem se lixa? Os de sempre, os enteados enjeitados como é o caso das Forças Armadas, numa altura tão crítica como esta em que nos encontramos.

Sempre já estão habituados  :mrgreen:
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Charlie Jaguar

*

Mentat

  • Perito
  • **
  • 474
  • Recebeu: 291 vez(es)
  • Enviou: 347 vez(es)
  • +79/-36
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #395 em: Março 06, 2025, 11:50:05 am »
Duas notícias no Jornal de Negócios de hoje, infelizmente de novo para assinantes.

Citar
BEI quer ter mais de 8 mil milhões para projetos militares

Com os critérios de exclusão no mínimo, o BEI quer abranger um maior leque de projetos na área da defesa, além dos 14 que já estão na calha para receber financiamento. O banco não revela o valor de cada um deles, mas confirma que não há empresas portuguesas envolvidas.

O Banco Europeu de Investimento prepara-se para reduzir "o mais possível, até ao mínimo", a sua lista de critérios de exclusão para emprestar dinheiro, de forma a poder incluir o financiamento de um maior leque de projetos militares na Europa. Muitos deles estavam até agora vedados aos empréstimos do banco. A garantia foi dada esta quarta-feira pela presidente do Grupo BEI, Nadia Calviño, que não esclareceu, no...

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/bei-quer-ter-mais-de-8-mil-milhoes-para-projetos-militares


Não há como fugir à nossa realidade demográfica e industrial. É expectável que o paradigma de exponencial incremento da indústria de defesa europeia que agora se inicia, tanto a nível de R&D como de produção, não se esgote a curto/médio prazo.
Conjugando estes dois fatores, seria perfeitamente possível e desejável que se criassem condições em PT para receber futuramente parte desse investimento do BEI para projetos militares. Seria importante que alguém conseguisse ter esse rasgo e começasse a trabalhar ativamente nisto. O que não falta são opções. Desde as mais básicas como munição até às ligeiramente mais complexas como UAV/USV/UUV e eventualmente UCAV.
Sei que temos mentes muito muito capazes neste país. Que lhes seja dado apoio e oportunidade para explorar o seu potencial, com o necessário ROI para as FAP e Defesa Europeia.
 

*

Mentat

  • Perito
  • **
  • 474
  • Recebeu: 291 vez(es)
  • Enviou: 347 vez(es)
  • +79/-36
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #396 em: Março 06, 2025, 11:56:06 am »
Eleições em Maio, podem esquecer assinatura de contratos de armas, até ao final do ano. Cps

Sem esquecer a incógnita que será o resultado destas legislativas, que provavelmente poderão deixar tudo ainda mais confuso do que já está.
E com isso, quem se lixa? Os de sempre, os enteados enjeitados como é o caso das Forças Armadas, numa altura tão crítica como esta em que nos encontramos.

Calma que o excedente do Oramento de Defesa pode legalmente ser usado no ano a seguir.
Em 2026 vamos ter IRIS-T SLM, Skynex 30, Rapid Rangers e EuroPULS em quantidade E com munição suficiente.
Confia, Joca! :mrgreen:
« Última modificação: Março 06, 2025, 11:56:27 am por Mentat »
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Charlie Jaguar

*

sivispacem

  • Investigador
  • *****
  • 1470
  • Recebeu: 819 vez(es)
  • Enviou: 856 vez(es)
  • +459/-529

*

sivispacem

  • Investigador
  • *****
  • 1470
  • Recebeu: 819 vez(es)
  • Enviou: 856 vez(es)
  • +459/-529

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9891
  • Recebeu: 5060 vez(es)
  • Enviou: 847 vez(es)
  • +5368/-1121
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #399 em: Março 06, 2025, 11:17:19 pm »
artigo interessante:

https://cnnportugal.iol.pt/guerra/china/ha-navios-de-guerra-da-china-a-aparecer-em-sitios-inesperados-e-a-alarmar-o-ocidente-chegamos-a-um-novo-normal/20250306/67c99e92d34e3f0bae9b4b56

Uma solução para o caso da Austrália e da Nova Zelândia, era uma entrada na NATO. Se os EUA, com Trump, não ajudarem Taiwan mediante uma invasão chinesa, não só as chances de sucesso da China aumentam, como depressa passarão à etapa seguinte, colocando os olhos nas Filipinas, Timor-Leste, Austrália, Nova Zelândia, e até nas pequenas ilhas circundantes. O Japão também não se livrará de ver pelo menos algumas das suas ilhas tomadas pelos chineses.

É preciso ter uma aliança global, com mais países, e que permita dar algumas condições de segurança a países que de outra forma podem ver-se isolados a enfrentar uma potência.

Não há como fugir à nossa realidade demográfica e industrial. É expectável que o paradigma de exponencial incremento da indústria de defesa europeia que agora se inicia, tanto a nível de R&D como de produção, não se esgote a curto/médio prazo.
Conjugando estes dois fatores, seria perfeitamente possível e desejável que se criassem condições em PT para receber futuramente parte desse investimento do BEI para projetos militares. Seria importante que alguém conseguisse ter esse rasgo e começasse a trabalhar ativamente nisto. O que não falta são opções. Desde as mais básicas como munição até às ligeiramente mais complexas como UAV/USV/UUV e eventualmente UCAV.
Sei que temos mentes muito muito capazes neste país. Que lhes seja dado apoio e oportunidade para explorar o seu potencial, com o necessário ROI para as FAP e Defesa Europeia.

Infelizmente, não parece haver grande vontade, ou imaginação, para fazer alguma coisa quanto a isso.

O que não faltam são ideias e opções. Desde o lado mais básico, como equipamento de protecção individual e munições de armas ligeiras, passando munições de calibres mais elevados, kits de bombas guiadas, até mísseis. Também se falou N vezes dos Mini UAVs, UAVs de vigilância, Loitering munitions, e participação num programa europeu de UCAVs. Também na construção naval. Também se falou na possibilidade de produzir uma viatura militar no país, de um fabricante europeu.

Em 3 anos de guerra, só houve avanços numa coisa - Super Tucano. Ironicamente, de todas as possibilidades de envolvimento da indústria nacional, fomos escolher um tipo de produto que o mercado europeu não precisa.

Tanta coisa que podia ser feita, mas parece que falta imaginação para propor o que quer que seja.
 

*

Kalil

  • Especialista
  • ****
  • 1158
  • Recebeu: 386 vez(es)
  • Enviou: 241 vez(es)
  • +178/-1153
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #400 em: Março 06, 2025, 11:52:35 pm »
Mas o que é a NATO sem os EUA, que contribuem com quase 2/3 do investimento? É uma aliança da Europa continental com o eterno e indivisivel aliado dos EUA, o UK?

E por que raio iriam os australianos,  que recentemente fizeram um acordo militar com o UK e os EUA, e cancelaram os 12 Barracudas franceses, afastar-se dos EUA quando a China é o seu maior inimigo comum?

Taiwan só existe graças ao apoio americano desde a sua fundação, desde o tempo do Kuomintang. É parte da área geográfica, da área de influência chinesa, e os seus habitantes são..  chineses.
Serve há 70 anos de tampão à expansão chinesa e ainda não foi invadido.

A Gronelândia é capaz de ser invadida primeiro, e não será pelos chineses.
 

*

Ghidra

  • Membro
  • *
  • 246
  • Recebeu: 99 vez(es)
  • Enviou: 75 vez(es)
  • +200/-105
  • 🙈🙉🙊
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #401 em: Março 07, 2025, 01:55:01 am »
Mas o que é a NATO sem os EUA, que contribuem com quase 2/3 do investimento? É uma aliança da Europa continental com o eterno e indivisivel aliado dos EUA, o UK?

E por que raio iriam os australianos,  que recentemente fizeram um acordo militar com o UK e os EUA, e cancelaram os 12 Barracudas franceses, afastar-se dos EUA quando a China é o seu maior inimigo comum?

Taiwan só existe graças ao apoio americano desde a sua fundação, desde o tempo do Kuomintang. É parte da área geográfica, da área de influência chinesa, e os seus habitantes são..  chineses.
Serve há 70 anos de tampão à expansão chinesa e ainda não foi invadido.

A Gronelândia é capaz de ser invadida primeiro, e não será pelos chineses.
Quais as garantias que Taiwan têm dos Estados Unidos de trump? A única coisa quem têm é que ninguém quer a China tome conta da industria de semicondutores nem o ocidente nem a Índia, nem o Japão. Mas isto não impede que trump negociar diretamente com a china uma troca de terreno por semicondutores. Eu não vejo os asiáticos tão contentes pelo que está passar na Ucrânia e acreditam podem ter o mesmo destino
« Última modificação: Março 07, 2025, 02:12:38 am por Ghidra »
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 20829
  • Recebeu: 7006 vez(es)
  • Enviou: 8017 vez(es)
  • +8124/-12981
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

Kalil

  • Especialista
  • ****
  • 1158
  • Recebeu: 386 vez(es)
  • Enviou: 241 vez(es)
  • +178/-1153
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #403 em: Março 07, 2025, 09:56:07 am »
Mas o que é a NATO sem os EUA, que contribuem com quase 2/3 do investimento? É uma aliança da Europa continental com o eterno e indivisivel aliado dos EUA, o UK?

E por que raio iriam os australianos,  que recentemente fizeram um acordo militar com o UK e os EUA, e cancelaram os 12 Barracudas franceses, afastar-se dos EUA quando a China é o seu maior inimigo comum?

Taiwan só existe graças ao apoio americano desde a sua fundação, desde o tempo do Kuomintang. É parte da área geográfica, da área de influência chinesa, e os seus habitantes são..  chineses.
Serve há 70 anos de tampão à expansão chinesa e ainda não foi invadido.

A Gronelândia é capaz de ser invadida primeiro, e não será pelos chineses.
Quais as garantias que Taiwan têm dos Estados Unidos de trump? A única coisa quem têm é que ninguém quer a China tome conta da industria de semicondutores nem o ocidente nem a Índia, nem o Japão. Mas isto não impede que trump negociar diretamente com a china uma troca de terreno por semicondutores. Eu não vejo os asiáticos tão contentes pelo que está passar na Ucrânia e acreditam podem ter o mesmo destino

Com Trump, ninguém tem garantias de nada, em matéria nenhuma.
Entre Taiwan, Coreia do Sul e Japão, os EUA têm uma dúzia se bases militares a cercar a China, e até agora, nada aponta no sentido de baixar a guarda nessa região, bem pelo contrário.

No entanto, a melhor forma de assegurar a indústria de semicondutores é esta ser transferida para a america do norte, e isso é um plano em curso. Caso isso aconteça, aí sim, Taiwan pode ficar em maus lençóis, mas eles sabem disso.
 

*

Mentat

  • Perito
  • **
  • 474
  • Recebeu: 291 vez(es)
  • Enviou: 347 vez(es)
  • +79/-36
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #404 em: Março 07, 2025, 10:56:37 am »
No entanto, a melhor forma de assegurar a indústria de semicondutores é esta ser transferida para a america do norte, e isso é um plano em curso. Caso isso aconteça, aí sim, Taiwan pode ficar em maus lençóis, mas eles sabem disso.

O plano era esse. Até que...

https://www.reuters.com/technology/trump-wants-kill-527-billion-semiconductor-chips-subsidy-law-2025-03-05/

Caso isto avance, o CHIPS Act será rasgado e os EUA continuarão (tal como o resto do mundo) extraordinariamente dependentes de Taiwan como manufactoring hub dos chips mais avançados e complexos.
Contextos políticos à parte, como é que alguém nos EUA que tenha meio dedo de testa pode achar que esta medida do Trump, caso se torne realidade, é benéfica para o país?
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Duarte