O Reapetrechamento da Marinha

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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1425 em: Junho 08, 2024, 12:50:54 am »
As contas da Defesa neste país sempre foram para mim um mistério. Há o Orçamento, mas depois temos as cativações, mais a LPM, respectiva taxa de execução, as lei das Infraestruturas militares e, last but not least, as despesas com a GNR (entram onde? no Min Defesa ou da Adm Interna?? nunca percebi.....)

Se calhar esse 1% é um valor mais adequado, sim...

PS:

No OE, vem discriminado o valor que é gasto estritamente com a Defesa, sem contar com a parte da GNR. Não me lembro se era de 2022 ou 2023, mas o valor rondava os 0.94/0.96% do PIB (e isto incluía a cena das rendas das infraestruturas). Para fins de apresentar os valores à NATO, é que dizem que são 1.4% ou mesmo 1.6, dependendo do dia.

Sem incluir a GNR, mas gastando realmente 1.4%, daria um orçamento anual de 3570 milhões, com base no PIB actual. Mesmo que façamos uma estimativa exagerada, em que os custos generalizados dos 3 ramos (salários, operação e manutenção de meios, e infraestruturas) são de 3000 milhões/ano, sobravam 570 milhões estritamente para compras de material. Isto significa que a cada 10 anos, contávamos com 5700 milhões. Isto é o equivalente a comprar entre 25-30 F-35 todas as décadas.

Como é óbvio, não precisamos de comprar caças década sim, década sim. Caças duram pelo menos 30-35 anos. Fragatas podem durar 40 com um MLU a sério. Submarinos duram outros 30-35. MPAs (tipo P-8) podem durar 30-40. Baterias AA de médio/longo-alcance durante 30.
Estes são, assim de cabeça, os programas únicos mais caros que tipicamente temos. Outros programas dificilmente ultrapassam os 1000 milhões, e são mais passíveis de compras de oportunidade. UCAVs e drones Loyal Wingman, são difíceis de prever valores.

Vamos dizer que:
Caças novos - 5500 milhões
Fragatas novas - 5000 milhões ... vamos dizer que compramos 2 classes distintas "hi-low" e fica 3000 + 2000 respectivamente
Submarinos novos (3 ou 4) - 4000 milhões (e estou a exagerar aqui)
MPAs novos (classe P-8) - 1000-1500 milhões
Sistemas AA médio/longo-alcance - 3000 milhões

Vamos dividir estes investimentos por décadas:
-Década 1: Fragatas (3000M) + MPAs (1500M) - sobram 1200M
-Década 2: Caças (5500M) - sobram 200M
-Década 3: Fragatas leves (2000M) + Sistemas AA (3000M) - sobram 700M
-Década 4: Submarinos (4000M) - sobram 1700M

Com apenas 1.4% do PIB, dos quais menos de 600 milhões iriam para aquisições anualmente, é possível fazer isto em 4 décadas. Mesmo assim, sobram 3800M, que dá para renovar adiantar N outros programas mais pequenos.

As décadas seguintes seriam depois orientadas com base nos tempos de serviço de cada um dos meios, nas opções no mercado, e na relevância ou não de determinado sistema de armas, mas seguindo o mesmo princípio de dividir os grandes investimentos, por décadas distintas.
O nosso problema hoje, é que empurraram tudo para a década de 30, e está terá que ter um orçamento de quase 15 mil milhões, para meter a casa em ordem. O planeamento é metade do trabalho.

Com 1.5% - 3825M/ano. Pegando no exercício de cima, com 3000M para a gestão das FA, sobram 825M/ano para equipamento (8250M/década).
Com 1.7% - 4335M/ano. Podemos exagerar despesa anual de 3500M, e sobravam 835M/ano (8350M/década).
Com 2% do PIB, teríamos 5100M/ano de orçamento de Defesa. Que podíamos exagerar custos gerais de 4000M, e ainda assim havia 1100M/ano para equipamento.

Conclusão, com 1.5% do PIB verdadeiramente gasto em Defesa, já se resolvia, mediante bom planeamento e sem alimentar gorduras, uma boa parte dos problemas. Os 2% chegavam bem, nem era preciso irmos para os 2.5 ou mesmo 3% que alguns países falam, para termos umas FA de jeito.

A isto acrescem inúmeras oportunidades para a indústria nacional.
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1426 em: Junho 08, 2024, 05:02:04 am »
As contas da Defesa neste país sempre foram para mim um mistério. Há o Orçamento, mas depois temos as cativações, mais a LPM, respectiva taxa de execução, as lei das Infraestruturas militares e, last but not least, as despesas com a GNR (entram onde? no Min Defesa ou da Adm Interna?? nunca percebi.....)

Se calhar esse 1% é um valor mais adequado, sim...

PS:

No OE, vem discriminado o valor que é gasto estritamente com a Defesa, sem contar com a parte da GNR. Não me lembro se era de 2022 ou 2023, mas o valor rondava os 0.94/0.96% do PIB (e isto incluía a cena das rendas das infraestruturas). Para fins de apresentar os valores à NATO, é que dizem que são 1.4% ou mesmo 1.6, dependendo do dia.

Sem incluir a GNR, mas gastando realmente 1.4%, daria um orçamento anual de 3570 milhões, com base no PIB actual. Mesmo que façamos uma estimativa exagerada, em que os custos generalizados dos 3 ramos (salários, operação e manutenção de meios, e infraestruturas) são de 3000 milhões/ano, sobravam 570 milhões estritamente para compras de material. Isto significa que a cada 10 anos, contávamos com 5700 milhões. Isto é o equivalente a comprar entre 25-30 F-35 todas as décadas.

Como é óbvio, não precisamos de comprar caças década sim, década sim. Caças duram pelo menos 30-35 anos. Fragatas podem durar 40 com um MLU a sério. Submarinos duram outros 30-35. MPAs (tipo P-8) podem durar 30-40. Baterias AA de médio/longo-alcance durante 30.
Estes são, assim de cabeça, os programas únicos mais caros que tipicamente temos. Outros programas dificilmente ultrapassam os 1000 milhões, e são mais passíveis de compras de oportunidade. UCAVs e drones Loyal Wingman, são difíceis de prever valores.

Vamos dizer que:
Caças novos - 5500 milhões
Fragatas novas - 5000 milhões ... vamos dizer que compramos 2 classes distintas "hi-low" e fica 3000 + 2000 respectivamente
Submarinos novos (3 ou 4) - 4000 milhões (e estou a exagerar aqui)
MPAs novos (classe P-8) - 1000-1500 milhões
Sistemas AA médio/longo-alcance - 3000 milhões

Vamos dividir estes investimentos por décadas:
-Década 1: Fragatas (3000M) + MPAs (1500M) - sobram 1200M
-Década 2: Caças (5500M) - sobram 200M
-Década 3: Fragatas leves (2000M) + Sistemas AA (3000M) - sobram 700M
-Década 4: Submarinos (4000M) - sobram 1700M

Com apenas 1.4% do PIB, dos quais menos de 600 milhões iriam para aquisições anualmente, é possível fazer isto em 4 décadas. Mesmo assim, sobram 3800M, que dá para renovar adiantar N outros programas mais pequenos.

As décadas seguintes seriam depois orientadas com base nos tempos de serviço de cada um dos meios, nas opções no mercado, e na relevância ou não de determinado sistema de armas, mas seguindo o mesmo princípio de dividir os grandes investimentos, por décadas distintas.
O nosso problema hoje, é que empurraram tudo para a década de 30, e está terá que ter um orçamento de quase 15 mil milhões, para meter a casa em ordem. O planeamento é metade do trabalho.

Com 1.5% - 3825M/ano. Pegando no exercício de cima, com 3000M para a gestão das FA, sobram 825M/ano para equipamento (8250M/década).
Com 1.7% - 4335M/ano. Podemos exagerar despesa anual de 3500M, e sobravam 835M/ano (8350M/década).
Com 2% do PIB, teríamos 5100M/ano de orçamento de Defesa. Que podíamos exagerar custos gerais de 4000M, e ainda assim havia 1100M/ano para equipamento.

Conclusão, com 1.5% do PIB verdadeiramente gasto em Defesa, já se resolvia, mediante bom planeamento e sem alimentar gorduras, uma boa parte dos problemas. Os 2% chegavam bem, nem era preciso irmos para os 2.5 ou mesmo 3% que alguns países falam, para termos umas FA de jeito.

A isto acrescem inúmeras oportunidades para a indústria nacional.

Sim, é 1,05% (projecção 2024 do PIB 270.500 ME, orçamento para a Defesa de 2.850,1 ME).
Donde essas contas ainda maior folga teriam.
Mas o despudor e o nível de manipulação dos diferentes governos com as conta da Defesa é de bradar aos céus...
Cumprimentos,
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1427 em: Junho 08, 2024, 09:23:53 am »
As contas são meros exercícios de engenharia financeira para justificar o injustificável

Estou capaz de apostar o esquerdo em como a bimby e a 3a serie dos NPOs hiper mega phudereitor nunca serão construidos.
« Última modificação: Junho 08, 2024, 09:26:34 am por P44 »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1428 em: Junho 08, 2024, 11:13:18 am »
As contas são meros exercícios de engenharia financeira para justificar o injustificável

Estou capaz de apostar o esquerdo em como a bimby e a 3a serie dos NPOs hiper mega phudereitor nunca serão construidos.

Se isto rebentar (outra vez) e estarmos no limbo outra década, já sei quem vou culpar.

O Putin? O Trump? O Orban? O Sánchez? Esses tipos são umas meninas em comparação esta personagem.

Não meus caros, o Emo/woke do fórum... P44!  :N-icon-Axe:


















 :mrgreen:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1429 em: Junho 08, 2024, 11:21:58 am »
Eu tenho as costas largas  :mrgreen:

Olha,olha, outros burros que não percebem nada disto!!!

https://www.defensenews.com/naval/2024/06/07/australia-fast-tracks-its-hunt-for-replacement-frigates/

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1430 em: Junho 08, 2024, 12:32:06 pm »
Eu tenho as costas largas  :mrgreen:

Olha,olha, outros burros que não percebem nada disto!!!

https://www.defensenews.com/naval/2024/06/07/australia-fast-tracks-its-hunt-for-replacement-frigates/

Seja o que eles escolherem, não será o que a Marinha Portuguesa vai querer, pelo menos enquanto estiver sobre a regência do actual CEMA.

Citar
- Plataforma com cerca de 140 metros
- Pista rolante: No mínimo 80 m de comprimento e 6 de largura;
- A ponte, CO e CP terão uma proteção balística de nível 2;
- Propulsão elétrica, podendo ser combinado com turbinas a gás caso necessário para cumprir com os requisitos de velocidade;
- Velocidades superiores a 25 nós, bem como sustentar velocidades mínimas de 12 nós com até sea state 5;
- Combustível para 45 dias a 12 nós;
- Aguada e víveres (exceto frescos): para 45 dias;
- Radar 3 D rotativo (NS100/NS200/TRS-4D Rotator);
- Hangar capaz de albergar não só o helicóptero médio orgânico e aos sistemas não tripulados aéreos. Este terá ainda ligação interior à baía multipropósito.
- Baía multipropósito para soluções contentorizadas;
- Capacidade de transportar 1 FFZ e respectivas viaturas;
- Operar VENT aéreos de asa rotativa e de asa fixa (VTOL e STOL) capazes de efetuar tarefas de diversa natureza;
- Operação de UUV, AUV, USV, etc.;
- Um sistema de mísseis de médio e longo alcance com lançadores verticais;
- Uma peça de artilharia, que permitirá efetuar tiro antiaéreo e de superfície;
- Dois CIWS;
- Um sistema de mísseis antinavio e alvos terrestres de longo alcance;
- O CIWS deverá ter um modo de operação para a superfície;
- RWS de 12,7 mm que permitirão arcos de fogo de 360º em conjunto;
- lançamento de torpedos em ambos os bordos;

...

Se esquecermos a pista rolante, ficávamos com algo como as futuras Type 32 ou as MRCV.





Se não a Marinha vai ficar com algo assim (só que mais pequeno):



Se o aspecto relacionado com o transporte de uma FFZ for considerada essencial, então só estou a ver uma opção...o tão falado Crossover.


« Última modificação: Junho 08, 2024, 01:58:29 pm por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1431 em: Junho 08, 2024, 03:20:02 pm »
A questão é que a solução lógica passa por 2 classes, ao invés de apenas uma.

Os Crossover que conhecemos hoje, têm uma capacidade de combate muito limitada para serem as únicas fragatas em serviço, o que obriga a adquirir pelo menos 7, para compensar.
Os MRCV, se vierem equipados como alguns dos desenhos, e forem fabricados na Europa, facilmente ultrapassam os 1000 milhões/unid.
As Type 32 idem.

Se esquecermos a pista rolante, ficávamos com algo como as futuras Type 32 ou as MRCV.

A pista rolante devia ter sido elimina dos critérios 5 segundos depois de ter sido sugerida. Quando queres obter navios de guerra, com boas capacidades ofensivas e defensivas, e contidos num orçamento específico, não vais lixar o processo a reinventar o conceito. Pista corrida que ainda por cima será militarmente inútil, pela falta de UCAVs relevantes que pudessem operar nelas.

Se não a Marinha vai ficar com algo assim (só que mais pequeno):



Vai vai. Vai é ver que um LHD assim, construído com padrões militares, mesmo que mais pequeno com 9000 toneladas, terá um custo estratosférico. Nota que o navio da foto, está menos armado que uma fragata classe Brandenburg alemã. Encurtando mais o dito navio, menos espaço sobra para armamento adicional.

Já agora, vejam um MLU proposto para as Brandenburg:

As VdG para justificarem um MLU, teriam de ficar quase assim, salvo os 2 RAM.

Citar
Se o aspecto relacionado com o transporte de uma FFZ for considerada essencial, então só estou a ver uma opção...o tão falado Crossover.

Esse critério só faz sentido numa Marinha que não tenha navios anfíbios próprios, nem PNMs nem AORs com capacidade de transportar material e Fuzos. A MGP quer 2 AORs com essa capacidade, um PNM com essa capacidade, e ainda fantasia com um NAVPOL. Assim, não faz sentido empastelar as fragatas com essa capacidade, sendo o espaço muito mais útil para outras coisas.

Agora, se me dissesses que, a Marinha abdica do NAVPOL, e compra 7 ou 8 Crossover, 4 131C ASW e 3/4 139CF AAW (modificados), aí tudo bem. Ou a Marinha ficar com 3/4 Crossover 131C + 3 fragatas convencionais com maior foco AAW. Nestes casos, a capacidade anfíbia dos Crossover é interessante.

Se a Marinha quer NAVPOL:
-abdica da fantochada de MPSS de combate, e simplesmente compra fragatas (ou fragatas + MRCV);
-opta por um LHD em vez de um LPD, onde aí sim, o convés de voo corrido permite operar UAV/UCAVs mais relevantes.

Neste caso, uma MGP com 1 LHD (ou 2) feito na Coreia do Sul (mais barato) e 5-7 fragatas decentes "hi-low" em grande parte fabricados em Portugal, faria mais sentido.
A quantidade de fragatas varia muito, porque depende de preços e capacidades. 5 ASWF se calhar custam aproximadamente o mesmo que 3 F-110 e 3 Alfa 4000, ou o mesmo que 4 FCX-30 e 3 FCX-40 por exemplo.
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1432 em: Junho 08, 2024, 03:49:05 pm »
São navios com dimensões e capacidade muito diferentes entre si. Se fosse a Saab a ganhar o concurso  como aconteceu no caso alemão, as nossas VG nunca receberiam o Giraffe 1x e os misseis continuariam a ser os Harpoon.

Já agora, esse infográfico está errado, trocaram o 1x pelo 4A e vice versa. O 4A é que é o radar multifuncional AESA de médio a longo alcance.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1433 em: Junho 08, 2024, 04:05:07 pm »
São navios que, pré-MLU, já eram superiores às nossas BD pós-MLU.

Sim, trocaram o 1X e o 4A. No lugar do 1X podíamos ter o AMB.

Mas estou a falar na configuração, daquilo que pode ser um navio dos anos 90 com um MLU a sério.
Que as fragatas alemãs são maiores eu sei. Mas as fragatas alemãs são capazes de receber 32 Mk-41 (16 já instalados, 16 opcionais) e 2 RAM. As nossas VdG ficar-se-iam por 2 Phalanx e "apenas" 16 Mk-41 para ESSM. Colocava na mesma 2 radares numa configuração idêntica, independentemente do fabricante. Substituía o canhão principal por um de 76mm moderno e mais versátil. Modernizava os Harpoon para Block II.
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1434 em: Junho 08, 2024, 04:50:55 pm »
Se a Saab ganha-se o concurso o que eu acredito que fosse instalado era exactamente o Sea Giraffe AMB e não o muito mais capaz Giraffe 4A e ou tu instalavas um ou o outro já 1X seria um complemento aos dois acima mencionados (algo como o Thales NS50 e o SM400 Block 2).



Citar
Thales will provide two highly complementary radars, the SM400 Block 2 and the NS50. The SM400 radar, a multifunction S-Band radar, is designed to simultaneously provide long-range air and surface surveillance, helicopter control and weapon control functions at a range up to 400 km. The NS50 radar, together with TSA 6000 IFF1 interrogator, offers an additional layer of protection providing superior air and surface detection, tracking and classification.

A solução Saab, Sea Giraffe 1X e Sea Giraffe 4A:

« Última modificação: Junho 08, 2024, 06:59:09 pm por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1435 em: Junho 08, 2024, 04:51:26 pm »
Oh cabeça mas tu com este CEMA esquece fragatas

O homem só quer bimbys...até a porcaria das LFC têm de ter pista!!!!

O homem vai ser o reinventor da roda!!!

E no fim a montanha vai parir um rato e não vais ter népia!!!!

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1436 em: Junho 08, 2024, 06:11:24 pm »
Oh cabeça mas tu com este CEMA esquece fragatas

O homem só quer bimbys...até a porcaria das LFC têm de ter pista!!!!

O homem vai ser o reinventor da roda!!!

E no fim a montanha vai parir um rato e não vais ter népia!!!!

Ver abaixo:

Se não, a Marinha vai ficar com algo assim (só que mais pequeno):



- Um sistema de mísseis de médio e longo alcance com lançadores verticais;
- Uma peça de artilharia, que permitirá efetuar tiro antiaéreo e de superfície;
- Dois CIWS;
- Um sistema de mísseis antinavio e alvos terrestres de longo alcance;
- O CIWS deverá ter um modo de operação para a superfície;
- RWS de 12,7 mm que permitirão arcos de fogo de 360º em conjunto;
- lançamento de torpedos em ambos os bordos

...







Porque é que uma carrinha parou de repente à frente do escritório com uns fulanos a gritar:

- Onde está ele, apanhem esse gajo!  ???
« Última modificação: Junho 08, 2024, 06:19:15 pm por Cabeça de Martelo »
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1437 em: Junho 08, 2024, 08:00:04 pm »
As tentativas de inventar a roda
É o que é muito aqui explanado a favor de algo hipotético com base numas declarações de fantasia.

Somos únicos realmente.

Ainda agora vi uma foto de uma publicação de noticias sobre as eleições, em que está um ex operacional das FP25 " o professor", assassino do Inspector da PJ Álvaro Militão, militante de um partido, a acompanhar a sua fofinha candidata ás eleições da UE. Então deixa-me na dúvida onde estou.
Por isso, não acredito em nada que esta gente pretende.
Não passam de malabaristas e ilusionistas

Então, não teremos nada de relevante nas FA que dê a este País algum significado em termos da sua soberania, pois já a perdemos internamente.
Não a perdemos para a Europa ou outro imperialismo qualquer, como as vezes se ouve em discursos de ressabiados.
Perdemos simplesmente por falta de assumir a Nacionalidade, navegando ao sabor de interesses pessoais

Aqui ao lado, Espanha, não importa quem a governa em dado momento, mas tem sentido de Estado, de Pátria, orgulho. que por cá não existe, senão na bola.
Por isso nada é feito em prol de algo maior que os interesses obscuros ou  só mesmo patéticos de alguns envolvidos 
« Última modificação: Junho 08, 2024, 08:01:44 pm por Pescador »
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1438 em: Junho 08, 2024, 10:46:35 pm »
Se a Saab ganha-se o concurso o que eu acredito que fosse instalado era exactamente o Sea Giraffe AMB e não o muito mais capaz Giraffe 4A e ou tu instalavas um ou o outro já 1X seria um complemento aos dois acima mencionados (algo como o Thales NS50 e o SM400 Block 2).



Citar
Thales will provide two highly complementary radars, the SM400 Block 2 and the NS50. The SM400 radar, a multifunction S-Band radar, is designed to simultaneously provide long-range air and surface surveillance, helicopter control and weapon control functions at a range up to 400 km. The NS50 radar, together with TSA 6000 IFF1 interrogator, offers an additional layer of protection providing superior air and surface detection, tracking and classification.

A solução Saab, Sea Giraffe 1X e Sea Giraffe 4A:



Atenção que para um MLU às VdG, a solução procurada não é um mastro integrado, mas sim radares individuais. Nas Anzac o mastro integrado foi colocado a meio do navio, possivelmente por questões de balanço. Isto obrigava a grandes alterações às VdG.

Se a ideia passasse por ter 2 radares distintos, substituindo 1 por 1 os actuais (também seria possível abdicar de um deles, e ter apenas 1 radar principal mais poderoso).

O essencial a reter, quando mostrei a fragata alemã, é o armamento. Porque espetar radares novos, mas o armamento ser exactamente o mesmoque elas tinham nos anos 90, mais um par de RWS, é atirar dinheiro ao rio.

Ver abaixo:

Se não, a Marinha vai ficar com algo assim (só que mais pequeno):



- Um sistema de mísseis de médio e longo alcance com lançadores verticais;
- Uma peça de artilharia, que permitirá efetuar tiro antiaéreo e de superfície;
- Dois CIWS;
- Um sistema de mísseis antinavio e alvos terrestres de longo alcance;
- O CIWS deverá ter um modo de operação para a superfície;
- RWS de 12,7 mm que permitirão arcos de fogo de 360º em conjunto;
- lançamento de torpedos em ambos os bordos

...







Porque é que uma carrinha parou de repente à frente do escritório com uns fulanos a gritar:

- Onde está ele, apanhem esse gajo!  ???

Outra vez? Esta cena de pegar em LPD/LHD/MPSS, e fingir que lá porque lhe espetam algum armamento, substitui fragatas, tem de acabar.

O navio da foto nunca será adquirido por ninguém como navio combatente, será sim adquirido como navio logístico, que ao contrário dos equivalente fabricados nos anos 90/início de 2000, possui muito mais capacidade de auto-defesa.

O Cavour e o Trieste italianos possuem 2 e 3 OM de 76mm respectivamente, 32 e 16 VLS respectivamente, e ambos com sensores bem mais avançados que as nossas fragatas. E mesmo assim, mesmo tendo F-35 a bordo, eles não só não abdicam de fragatas, como procuram ter uma força de escoltas enorme.
 

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mafets

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1439 em: Junho 09, 2024, 08:24:23 am »
Ele é massisso, ele é individamento, mas as fotos é que são confusas. Oh valha-me Deus!

Já dizia um amigo meu "quando não se sabe f..., até os c... empatam ".  :mrgreen: Já para não dizer que a culpa é do Putin, da esquerda e dos comunas.  :mrgreen: E viva as paredes de texto a falar da menopausa da tartaruga em vez das fotos bonitinhas e emjoys. E nem vale a pena fazer um desenho que os óculos são do tempo da troika...  :mrgreen:

Enfim, siga com fotos e emjoys que é para baralhar os incautos...  :mrgreen:

Saudações  :mrgreen:

P.S. Os ERJ não davam jeito. Por causa do Lesing (calma, não é Tap é Portugalia. A segunda não foi adquirida pela primeira)...   :mrgreen:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Portug%C3%A1lia_Airlines



P.S. Temos de pensar fora da caixa como aqueles grandes patriotas, o passos, o picas.  :mrgreen: Um são 130 milhões na bimby, o outro 120 milhões no cancelamento do Nh90. Mas não existe dinheiro e as fotos são confusas.  :mrgreen:


https://visao.pt/atualidade/politica/2015-01-13-os-milhoes-que-voaramf806357/
« Última modificação: Junho 09, 2024, 08:34:57 am por mafets »
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