Eu confesso que me perco nomeio das fotografias bonitinhas, e no meio de emoticons que não entendo ...
A marinha portuguesa não pode comprar navios,
porque não tem nem vai ter o dinheiro.
Não o tem porque para o fazer teria que fazer o que fez com a TAP, ou seja, uma
operação de emergência, financiada com o recurso a mais divida pública.
O recurso a mais divida para manter a empresa a funcionar, permite poder vende-la (em vez de pura e simplesmente acabar com ela) e evitar gastar milhões ou milhares de milhões com o custo dos milhares de desempregados que o fim da empresa iria criar.
Fico com a impressão que há quem pretenda que Portugal compre navios de guerra, se enterre em mais divida externa, e para seguir a mesma linha de raciocinio, para depois vender a marinha a algum eventual investidor externo.
Será isso ?

Mas há pior ... Com os números conhecidos, aparentemente vamos ter que emitir dívida até para a manutenção anual dos futuros navios de guerra do tipo fragata moderna com capacidade de defesa aérea, já que os nossos custos são seguramente elevados.
Até parece que há muitos técnicos especializados, a fazer fila para entrar na marinha de guerra portuguesa, onde vão receber um terço ou no máximo metade do salário...
Um terço do salário que lhes podem pagar em outros lugares da Europa, uma Europa onde não há barreiras à livre circulação de pessoas...
Só a Damen, já contratou uma carrada deles.
Para mais, os custos com salários são uma fração do total dos custos, só com a manutenção dos navios, onde a manutenção de uma enorma quantidade de equipamentos operacionais, é um dos fatores.
E queremos ficar com os aviões da TAP para a Força Aérea

? ? ?
Mas há ssim tantos os aviões da TAP que não pertencem às empresas de Leasing ?
Ou vamos roubar as empresas de Leasing e sequestrar os aviões ? ? ?

A marinha se tiver meios navais modernos, deverá disponibiliza-los para a NATO e para o fazer tem que ter os navios completamente operacionais e com
todos os equipamentos segundo as normas a que o país se obrigou.
A marinha de outro país, mesmo com os mesmos meios,
nao tem as mesmas obrigações e se não tiver num ano os meios para modernizar ou reparar, vai faze-lo no ano seguinte.
Parece que muita gente não teve noção - a acreditar no que se vai ouvindo, mesmo na comunicação social - do nivel de canibalização necessário para colocar uma fragata da classe Karel Doorman operacional...
O que eu disse há umas páginas atrás é muito, muito simples...Concluindo a dificuldade em garantir operacionalidade e "certificação NATO comprovada" para os navios que temos. Quem conhece a situação provavelmente concluiu que para a nossa realidade, é melhor nem pensar em fragatas...
A única forma de
responder à atual situação de catástrofe, é garantir verbas do Orçamento do Estado, sem recorrer a individamento exagerado.
Neste momento isso aparenta estar em estudo ao nível da União Europeia...
Mas mais tarde ou mais cedo vai ter que se pagar o dinheiro...
Pensar que o país se pode armar, sem cortar salários, benesses sociais, enfrentar sindicatos de médicos e professores, não é pensar com lógica.