Boas a todos:
Caro Miguel Sá, a informação relativa às versões CTR (Canhão de Tiro Rápido), seja no Exército com SP-30, seja nos Fuzileiros com a ORCWS, dispõem de uma tripulação de três (3) efectivos mais uma "esquadra" de quatro (4) atiradores. No post que iniciamente o "camarada forista" Lancero colocou, estava explicito aquilo que os austríacos quiseram vender à massa jornalística, logo ao comum dos leitores. O importante acima de tudo, é que estão a ser fabricadas por nós, em Portugal.
As versões de Transporte de Pessoal, sejam equipadas com armas de 12,7mm, ou com lança-grandas de 40 mm, têm uma tripulação de dois elementos: condutor e chefe de carro/atirador; na prática a capacidade de transporte será de sete (7) elementos. As versões equipadas com sistema RWS, o atirador (terceiro tripulante) possui um tipo de "Joy-stick" para manobrar o sistema de armas principal.
Todas as versões, sejam terrestres ou anfíbias têm capacidade prática de 2+7 elementos. Na versão Posto de Comando, existe a possibilidade de transportar quatro (4) elementos, mais os respectivos tripulantes (dois).
Relativamente à sua 2ª questão, repare bem o que seria reequipar todo o Exército com mísseis "Spike"; acho que simplesmente os MILAN passarão a existir SÓ na BRR, passando a BInt (tal como a BMec) a utilizar os TOW; não se deve esquecer o sistema ITAS - "Improved Target Adquired System", que equipará as viaturas Pandur, o que permite disparar mísseis TOW da última geração.
Com os Fuzos, é mais simples e barato substituir, os oito (

lançadores terrestres MILAN existentes, por novo sistema Spike, mas no Exército, cinquenta e tal (50-?) sistemas TOW seria mais dispendioso, de substituir. Mais vale uniformizar os equipamentos existentes!
Relativamente a poder ser ou não, disparado desde o interior da viatura, penso que esse pormenor, passe por construir, um sistema de lançador múltiplo. Confesso que entre ter 30 Pandur SP-30 mais 15 Pandur Anticarro, opino que seria mais eficiente e vantajoso ter 45 versões tipo ORCWS - canhão remoto + lançador anticarro. No entanto obrigaria a um maior investimento. Também acho que as versões equipadas com sistema RWS (Remote Weapon System) - sete (7) unidades, é bastante insignificante (comparadas às restantes 105 unidades equipadas com 12,7mm e 40mm), tendo em conta a possível utilização destas viaturas nos teatros de guerra assimétricos, em que estamos inseridos (Afeganistão, por exemplo).
Resta referir os 31 sistemas porta-morteiro, tipo "Soltam-Cardom" de 120mm, que poderá conferir uma autonomia e rentabilização prática das unidades posto de tiro, isto é dois (2) Pandur, equipados com este tipo de morteiro são perfeitamente autónomas, na capacidade de gestão e controle de fogos; isto é bastante importante, porque evita a existêsncia de uma 3ª viatura PCT - Posto de Controlo de Tiro (tal como existe na BMec, com os M106A1/A2 e M577A2 PCT).
Relativamente às versões de Engenharia, Evacuação Sanitária e de Manutenção/Recuperação, as versões que iremos adquirir (9/10/7 viaturas, respectivamente) acho o número perfeitamente aceitável para as exigências. Falta referir as quatro (4) versões de Vigilância do Campo de Batalha e as seis (6) versões Ponto de Acesso Rádio, que se analisarem, serão para equipar todas as unidades orgânicas da BInt, incluindo o Comando.
Em suma, espero que iremos ter:
105 Pandur II, versão de transporte de pessoal (12,7 e 40 mm);
31 Pandur II, versão porta-morteiro de 120 mm;
30 Pandur II, versão canhão de tiro rápido (SP-30);
16 Pandur II, versão posto de comando;
15 Pandur II, versão anti-carro (TOW-ITAS);
10 Pandur II, versão de evacuação sanitária;
9 Pandur II, versão de engenharia;
7 Pandur II, versão de transporte de pessoal (sistema RWS);
7 Pandur II, versão de manutenção e recuperação;
6 Pandur II, versão de ponto de acesso rádio;
4 Pandur II, versão de vigilância do campo de batalha.
Em opção poderemos (e deveremos ter):
33 Pandur II MGS, versão com canhão de 105mm.
Penso que a escolha foi acertada, por ser uma viatura blindada recente e por, com a sua aquisição conseguirmos, colmatar uma falha bastante importante no Exército Português. Mesmo que "a minha menina" BRIGADA DE SANTA GUIDA, fique descurada e esquecida, o essencial é que não voltaremos a ter que pedir blindados emprestados para assumirmos a nossa responsabilidade, enquanto nação soberana. Sim porque os Homens e Mulheres existem, or vezes os meios é que escasseiam.