Parece-me que estes sistemas de morteiro só fazem fogo directo para defesa da viatura, o que pode levar a supor que possuam limitações e relação a outros sistemas criados de raiz para fazer fogo directo (misseis ou canhões sem recuo).
Creio que os mais recentes sistemas da Patria, permitem fazer fogo contra em qualquer ângulo.
O fogo para defesa da viatura, depende da distância a que o inimigo estiver.
Mas aceito que o conceito da utilização dos morteiros para fogo directo pode não estar exactamente muito desenvolvido.
Mas alguém se lembra, por exemplo das AML armadas com um morteiro de 60mm ?
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O Tiro Directo pode ser anti-carro/anti-tanque
Estamos a falar na capacidade de o veículo fazer tiro directo, em apoio de forças no terreno, através da utilização de munição adequada para por exemplo atacar uma área protegida, destruindo e perfurando paredes.
Para este tipo de função não se vai utilizar munição perfurante anti-tanque
A utilização deste tipo de veículos, como apoio destina-se por exemplo a atacar unidades de infanteria, ou veículos de blindagem reduzida, onde a tropa apeada tenha dificuldade em progredir, e onde a progressão a pé seja demasiado perigosa.
Neste caso, é vantajoso ter capacidade para não só atacar com fogo na vertical, tipo morteiro, como também, é vantajosa a capacidade para destruir eventuais obstáculos (paredes ou afins) que se encontram no caminho.
Quanto às munições anti-tanque: em termos tácticos não há munições "melhores" do que outras. Cada tipo de munição é mais ou menos adequado para um determinado tipo de alvo (posições fortificadas e não fortificadas, viaturas mais ou menos blindadas
Em termos de munições, anti-tanque ou outras, há sempre munições melhores que outras.
Mesmo que o efeito seja o mesmo, há sempre o factor preço. E quando se tem que decidir o que comprar, o factor preço é sempre extremamente importante.
É o factor preço que faz a munição perfurante (subcalibre) mais barata, especialmente a de urânio empobrecido uma possibilidade mais atractiva.
A visão do PT é interessante. Qual será o alcance mínimo aceitável para tiro tenso com um morteiro de 120mm (de carregar pela culatra, claro)?
É que se o 105mm não serve para bater carros de combate modernos, para quê a sua utilização?
A menos que...
Servir, o 105mm serve.
O problema, quando se utiliza a munição mais adequada para atacar um tanque, que é a munição de energia cinética (perfurante) o impacto do disparo afecta o veículo (a acreditar nos relatórios sobre o Stryker).
Isto, claro, além dos problemas de enfrentar um tanque com um veículo praticamente "soft skin".
O pessoal devia saber que uma peça de 105mm num Pandur, é o melhor apoio fogo directo em combate urbano ou em campanha para apoiar a forças de infantaria etc...
Miguel -> O Pandur, com um canhão de 105mm bom em combate urbano ?
Não sei se será a melhor opção.
A utilização de carros de combate com canhões em zonas urbanasé sempre problemática, e o disparo da peça principal está sempre condicionado por uma quantidade de factores enorme. Muitas vezes, até a simples iluminação pública ou simples postes.
O canhão de 105mm é sempre bom, evidentemente, mas não sei se será assim TÃO bom.
Cumprimentos