Não me vou pronunciar muito sobre este negócio, por um lado por saber há já algum tempo que a opção pela 6ª célula era para ser ativada, e por outro porque não gosto do papel em que o nosso país se coloca agora, queira-se ou não muito semelhante a um mero concessionário/entreposto de vendas. Venham ou não daí de facto vantagens e mais valias para os cofres públicos. É a minha opinião pessoal, que isso fique aqui desde já bem claro.
Dito isto, há-que referir outros pontos: com o anúncio de hoje, e em 2 programas, o Estado Português entrega ao construtor aeronáutico Embraer um total a rondar os 1500 milhões de euros. Pois bem: não se quiseram gastar 500M€ em 2017/18 para a modernização Viper de 30 F-16 MLU; o Governo não está com muita vontade de pagar 300 a 350M€ pela modernização da frota EH-101 para AW101, e outros 250 a 300M€ para a modernização da frota C-295M (e ambos os sistemas de armas de construtores europeus). Porém, para a Embraer, nunca parecem haver hesitações ou problemas de liquidez. Prioridades, dirão alguns, e parece afinal que a paixão assolapada com o fabricante brasileiro não era um exclusivo do Partido Socialista, como tantos alvitravam. É, aparentemente, um desígnio nacional.
Reabastecedores de frota turcos, cargueiros táticos e aeronaves de apoio aéreo próximo/treino avançado brasileiras, e possivelmente até submarinos sul-coreanos... o ReArm Europe em Portugal vai servir para quê afinal?