Pelo contrário, a percepção que tenho (e pode estar errada) é que o Russo comum já percebeu que ele e os amigos são corruptos até ao tutano, mas no entanto são os corruptos que estão a fazer frente a meio mundo. Isso para o Russo comum vale muito! E ele não está num beco, ele com estas jogadas está a ganhar cada vez mais respeito e poder de negociação.
Eu não acredito que o Putin seja isso tudo, a questão é que os outros são francamente maus!!! 
O mundo dito ocidental está entregue a pessoas que não têm capacidade, não tem coragem e não têm visão (excepto do seu próprio futuro).
Cabeça de Martelo -> O facto de o russo comum ver o Putin como um criminoso que faz frente ao ocidente, não altera em nada o facto de Putin estar sem opções.
E ele está sem opções exactamente por causa do que você disse acima:
ele e os amigos são corruptos até ao tutano, mas no entanto são os corruptos que estão a fazer frente a meio mundo
Se o Putin não fizer frente a alguém e mostre que é um líder forte, afinal ele é o quê ?
Até os russos têm um ponto de ebulição e Putin sabe disso. A economia russa não está num bom momento e isso é evidente para quem analiza os resultados (sem olhar para os canais de propaganda russos, que nem para limpar o xx servem).
Quanto às democracias europeias, Estados Unidos, Canadá e Japão trata-se de um grupo de mais de 30 países. Do outro lado está apenas um.
Você não pode querer que todos eles coordenem de um momento para o outro ações que podem afetar a estabilidade em todo o planeta, pois não ?
Aquilo que Putin fez, terá que ser respondido, mas é o tempo que vai permitir decidir o que vem aí.
Uma resposta imediata ao Putin, não dava tempo para pensar a ninguém.
A resposta tem que ser lenta, medida, doseada e em patamares, cada vez mais forte.
Para o mundo ocidental, que chegou a considerar a Russia um país normal, que o aceitou na OMC e estabeleceu com a Russia relações economicas normais, partindo do principio de que a Russia respeitaria as regras, não há forma de mudar as regras do jogo de um momento para o outro.
Vários países querem sanções, outros - como a Bulgária - aceitam sanções se houver compensação. Isto é uma negociação entre todos.
Importante, é que a Europa poderá estar perante uma revolução, em que os países periféricos da Europa Ocidental, voltam a assumir uma importância que tinham perdido.
Nos últimos 20 anos, os países da Europa de Leste e a Alemanha foram atirados para o centro da Europa, por causa da sua relação priviligiada com a Russia e com o enorme mercado russo.
Se isso se fechar, esses países passam a ser a fronteira remota da Europa, numa espécie de segunda versão da cortina de ferro.