Espaço

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Re: Espaço
« Responder #225 em: Março 28, 2012, 09:20:08 pm »
Uma das luas de Saturno tem condições para albergar vida


Encélado, uma das muitas luas de Saturno, tem grandes potencialidades para albergar vida, acreditam os cientistas. A sonda Cassini, da NASA, obteve novos dados que confirmam este potencial, numa missão realizada ontem em que sobrevoou a região polar do sul daquele satélite natural.

Nesta aproximação, a nave espacial analisou os jactos que são projectados a partir daquilo que pode ser um oceano subterrâneo. Irrompem como se fossem géiseres através das fissuras que se encontram na superfície gelada da lua. Os cientistas acreditam que para confirmar definitivamente a presença de pequenos organismos basta apenas analisar o vapor de água que é emitido.

“Mais de 90 jactos de todos os tamanhos estão a expulsar o vapor de água, partículas de gelo e compostos orgânicos”, explica Carolyn Porco, investigadora da missão Cassini. A nave voou ontem a 46 milhas do pólo sul, confirmando que a salinidade das partículas de gelo é a mesma que as dos oceanos da Terra.

As medições térmicas das fendas de Encélado revelaram temperaturas suficientemente quentes. Os investigadores põem a hipótese de ser Saturno a proporcionar este calor. A sua força gravitacional faz com que a forma da lua mude um pouco todos os dias, à medida que o orbita, movimentos esses que geram calor.

A cientista acredita que o satélite natural, com o seu mar líquido debaixo da superfície, produtos orgânicos e uma fonte de energia pode albergar o mesmo tipo de vida que encontramos em ambientes semelhantes no nosso planeta.

“Pode parecer loucura”, diz, “mas os micróbios podem estar a cair sobre a superfície daquele pequeno mundo. É o lugar mais prometedor que se conhece para encontrar vida fora da Terra”, admite.

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Re: Espaço
« Responder #226 em: Março 29, 2012, 08:42:42 pm »
Novo motor permite exploração espacial "low-cost"


O primeiro protótipo de um motor ultra-compacto que permitirá o voo de pequenos satélites acabou de ser criado nos laboratórios da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL). O objectivo é reduzir drasticamente o custo da exploração espacial. Conseguir chegar à Lua utilizando apenas um décimo de litro de combustível poderá ser uma realidade com este motor iónico concebido pela MicroThrust, cientistas da EPFL e os outros parceiros europeus. Inaugura-se, assim, uma nova era de baixo custo para a exploração espacial.

O propulsor completo pesa apenas algumas centenas de gramas e foi projetado especificamente para impulsionar pequenos satélites com peso entre 1 e 100 quilogramas. Permitirá que alterem a sua órbita e mesmo que viajem para destinos distantes da Terra.

O protótipo recém-lançado será aplicado no CleanSpace One, um satélite em desenvolvimento na EPFL, projectado para limpar lixo espacial, e no OLFAR, um grupo de nano-satélites holandeses que irão captar sinais de radiofrequência ultra-baixa no lado oculto da Lua.

Compacto e eficiente

Desenhado para ser montado em pequenos satélites, o motor é extremamente compacto mas altamente eficiente. O protótipo pesa apenas 200 gramas, incluindo o combustível e o controlo electrónico. “Actualmente, os nano-satélites estão presos nas suas órbitas. O nosso objectivo é 'libertá-los'”, explica Herbert Shea, coordenador do projecto European MicroThrust e director do Laboratório de Micro-sistemas para Tecnologias Espaciais, da EPFL.

Actualmente, os satélites pequenos estão 'na moda' pois tanto a sua fabricação como o seu lançamento são relativamente baratos quando comparados com os satélites convencionais. No entanto, careciam de um sistema de propulsão eficiente que lhes daria verdadeira autonomia e permitisse realizar missões de exploração e observação.

Em vez de combustível fóssil, o novo mini-motor funciona com um líquido iónico – o componente químico EMI-BF4. É composto por moléculas carregadas de electricidade, chamadas iões, sendo que é líquido à temperatura ambiente.

Os iões são extraídos do líquido e depois ejectados por meio de um campo electrónico para gerar um impulso. Este é o princípio por detrás do motor: o combustível não é queimado, é expelido.

A velocidade de um micro-satélite com este motor pode atingir os 42 mil quilómetros por hora em seis meses de aceleração. “Calculamos que para atingir a órbita lunar, um nano-satélite de um quilograma com o nosso motor viajará seis meses e consumirá 100 mililitros de combustível”, explica Muriel Richard, cientista do EPFL.

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Re: Espaço
« Responder #227 em: Abril 02, 2012, 09:17:42 pm »
Empresa portuguesa no desenvolvimento de satélite espanhol


A empresa portuguesa Active Space Technologies anunciou hoje que está envolvida no desenvolvimento do telescópio que vai equipar o satélite espanhol de observação da terra SEOSAT, a lançar em 2013.

A empresa de Coimbra, fundada em 2004 por dois jovens estagiários na Agência Espacial Europeia (ESA) foi incumbida em Novembro último de desenvolver o projecto mecânico, térmico e estrutural desse instrumento óptico, bem como o seu fabrico, que deverá ficar concluído até ao próximo mês de Maio.

Ricardo Patrício, responsável técnico da empresa, explicou que nesta fase trata-se do protótipo, "que será praticamente igual ao modelo de voo", para se submeter a vários testes, nomeadamente de avaliação no balanceamento e comportamento estrutural dinâmico do satélite.

Trata-se – observou – de "um projecto completo, que abarca muitas competências" técnicas. "Este modelo serve para validação e qualificação do desenho actual, e passando os testes passa-se ao fabrico do modelo de voo", explicou, frisando que a Active Space Technologies conta também ser a responsável pela versão final que integrará o satélite.

O instrumento óptico, designado de UVAS (Ultraviolet Visible and near infrared Atmospheric Sounder), "tem por missão a observação da atmosfera terrestre, para determinação em alta resolução dos constituintes do ozono” e “de aerossóis, em especial sobre áreas urbanas", bem como "a observação, em alta resolução especial, dos mais importantes gases-estufa", explicou.

Segundo Ricardo Patrício, tal recolha de dados "irá permitir uma melhor compreensão dos gases-estufa e, em especial, permite a correlação das observações espaciais com os atuais modelos atmosféricos e de previsão meteorológica".

A empresa

A Active Space Technologies está também envolvida no desenvolvimento dos sistemas de protecção térmica para dois satélites, o Solar Orbiter, de observação do Sol, que a ESA pretende lançar no espaço em 2017, e do BepiColombo, uma missão espacial a Mercúrio, que envolve as agências espaciais europeia e japonesa, prevista para 2013.

Ricardo Patrício integrou em 2002 um programa de formação avançada na ESA, na Holanda, onde conheceu Bruno Carvalho, tendo ambos decidido fundar a empresa em 2004. No primeiro ano facturaram 15 mil euros, tendo encerrado o ano de 2011 com 400 mil euros. As encomendas para o ano em curso ultrapassam os 1,2 milhões de euros, e os contratos para 2013 rondam já os 800 mil euros. Mais de 90 por cento das receitas provém de clientes europeus. Possui já um centro técnico na Alemanha e uma representação comercial na Holanda.

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Re: Espaço
« Responder #228 em: Abril 09, 2012, 07:50:05 pm »
ESA vai a Marte com agência espacial russa


A Agência Espacial Russa (Roscosmos) e a Agência Espacial Europeia (ESA) vão cooperar no projecto de exploração de Marte ExoMars, do qual a NASA anunciou a sua retirada em Fevereiro passado. O director da Roscosmos, Vladimir Popovkin, e os director da ESA, Jean-Jacques Dordain, reuniram-se em Moscovo, tendo chegado hoje a um acordo preliminar.

O projecto, cujo custo ronda os 990 milhões de euros, estipulava que a NASA e a ESA enviassem a Marte uma sonda para orbitar o planeta, em 2016, e outra para explorar o seu subsolo, dois anos depois. A sonda seria lançada no foguetão Atlas, da agência norte-americana.

A NASA decidiu sair do projecto e não utilizar o seu foguetão devido a falta de verbas. Quando anunciou a desistência, admitiu que se ia focar mais nos seus próprios projectos, como o do telescópio espacial James Webb (JWST), sucessor do histórico Hubble, cujo lançamento se atrasou várias vezes, multiplicando o seu custo.

Depois desta retirada do ExoMars, a ESA viu-se obrigada a arranjar outros sócios para continuar com a missão. Este acordo preliminar com a Rússia estipula que ambos os lançamentos serão feitos com o foguetão russo Proton.

Apesar de já não fornecer o foguetão, a NASA afirma que não está completamente fora do projecto. Espera que alguma da tecnologia já desenvolvida possa ser utilizada numa missão posterior que ocorrerá entre 2018 e 2020.

O projecto ExoMars começou a ser desenvolvido em 2008. Desde então, tem sofrido vários cortes. Os EUA reduziram já o ano passado a quantidade de dinheiro investido. A ESA tinha-se comprometido a gastar mil milhões de euros e esperava que os EUA gastassem uma quantia semelhante.

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Re: Espaço
« Responder #229 em: Abril 09, 2012, 10:45:49 pm »
Radiotelescópio português vai cartografar Via Láctea


A Câmara da Pampilhosa da Serra vai inaugurar amanhã uma antena que visa cartografar a Via Láctea.

Trata-se de um pequeno radiotelescópio, denominado SRT (Small Radio Telescope), que funcionará em Portugal no âmbito do projecto europeu «Connecting Classrooms to the Milky Way», que contempla também a instalação de equipamentos idênticos em França, Espanha, Polónia e Roménia.

A coordenação deste projecto financiado pelo programa Comenius da Comissão Europeia, cabe à Universidade de Paris VI Pierre et Maria Curie. Em Portugal, a iniciativa é coordenada pelo Núcleo Interativo de Astronomia.

Segundo disse José Brito à Lusa, o objectivo é “tirar partido de equipamentos” que permitirão fazer do concelho “quase um centro de ciências” espaciais.

“Fazer mais do mesmo não adianta e não atrai”, declarou o presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra.

Domingos Barbosa, docente da Universidade de Aveiro, que tem acompanhado a instalação de diversas infra-estruturas tecnológicas na Pampilhosa da Serra, realçou que a antena STR “é um equipamento inovador, na fronteira da educação e da ciência”.

A antena portuguesa STR, tal como as restantes, no conjunto dos seis países da União Europeia que integram o projecto, “pode ser operada remotamente pela comunidade escolar”, através da Internet.

Esta inovação permitirá “a introdução de diversas temáticas de forma inovadora”, como o Sol, a galáxia Via Láctea, a matéria escura, o papel das tecnologias de informação e a electrónica.

No âmbito do projecto, vai ser desenvolvida pelos países envolvidos “a primeira rede europeia de radiotelescópios para educação”.

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Re: Espaço
« Responder #230 em: Abril 12, 2012, 06:54:17 pm »
Crateras de Marte podem ser local para albergar vida


A sonda Mars Express da Agência Espacial Europeia (ESA) registou várias cadeias de crateras de abaixamento na base de um dos maiores vulcões do Sistema Solar. Dependendo da maneira como se terão formado, poderão ser um lugar propício para procurar vida microbiana no planeta vermelho.
 
As imagens, recolhidas a 22 de Junho de 2011, mostram as formações de Tractus Catena – que partem da ladeira sudeste do Monte Alba, e são formadas por largas cadeias de depressões circulares que se estendem ao longo de fracturas na superfície marciana –, no quadrilátero de Arcadia. Esta zona faz parte da extensa região de Tharsis, onde também existe um grupo de enormes vulcões, em que se destacam os três conhecidos como Montes de Tharsis. A norte está o Monte Alba ou o Alba Patera, um dos maiores vulcões do Sistema Solar, em termos de superfície e volume.
 
As cadeias de crateras de abaixamento poderão ter uma origem vulcânica, mas também podem ser causadas pelas forças que se manifestam na crosta marciana, o que se traduz numa série de depressões paralelas conhecidas como grabens, ou fossas tectónicas. A lava emitida por um vulcão começa a solidificar na superfície, criando um tubo no qual continua a fluir a lava fundida. Quando cessa a actividade vulcânica, o tubo fica vazio, formando-se uma cavidade subterrânea. Ao longo do tempo, partes do tecto por cima da cavidade podem colapsar, deixando depressões circulares na superfície.
 
Na Terra, podem ser encontradas estruturas semelhantes, por exemplo nos flancos do vulcão Kilauea, no Hawai. Na Lua, a região de Hadley Rille, visitada pela nave Apollo 15, em 1971, poderá ter sido formada através do mesmo processo, há milhares de milhões de anos.
 
Mas o cenário mais arrojado é o que aponta para a acção da água subterrânea. Na Terra, há exemplos claros de estruturas semelhantes nas regiões de Karst – a palavra alemã para a região entre a Eslovénia e a Itália, onde este fenómeno foi estudado pela primeira vez.
 
Um dos exemplos mais famosos na Terra é a rede de ‘cenotes’, na península do Yucatan, no México. Estes poços profundos formam-se quando as rochas de calcário à superfície colapsam, expondo a água por baixo.
 
Origem de interesse

 
Esta origem acaba por ser a mais interessante no contexto da pesquisa por vida microbiana em Marte. Se as crateras de abaixamento são o resultado do colapso de cavidades subterrâneas, há a possibilidade de alguns microrganismos terem sobrevivido, protegidos da agressividade do ambiente à superfície.
 
A exploração robótica da superfície de Marte indica que a radiação no planeta é cerca de 250 vezes mais intensa do que na Terra, duplicando os níveis a que estão expostos os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional. Se esta cadeia de crateras está associada a um sistema de covas, no futuro poderão servir de refúgio aos astronautas que venham a explorar o Planeta Vermelho.
 
Independentemente do modo como se formaram, estas cadeias de crateras de abaixamento ilustram uma vez mais as múltiplas semelhanças entre os processos geológicos de Marte e da Terra, e apresentam interessantes objectivos para futuras missões de exploração.


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Re: Espaço
« Responder #231 em: Abril 16, 2012, 07:17:17 pm »
Nasa procura novas ideias para missões a Marte


A agência espacial norte-americana (Nasa) anunciou que está à procura de novas ideias para missões não tripuladas para explorar Marte, depois dos orçamentais inviabilizarem uma aliança prevista com este objectivo com a Agência Espacial Europeia (ESA).«A Nasa está a reformular o Programa de Exploração de Marte para responder aos objectivos científicos de alta prioridade e ao desafio do presidente de enviar seres humanos a Marte na década de 2030», informou a agência.

Um grupo começou a avaliar as possíveis opções para futuras missões, o que poderia implicar o envio para o planeta vermelho de uma nave orbital ou de um veículo robótico que pousará em 2018, dois anos depois do previsto no âmbito da agora inexistente associação com a Europa.

A Nasa lançou um apelo aberto aos cientistas de todo o mundo para «apresentar ideias e resumos online como parte do esforço da Nasa para encontrar as melhores e mais brilhantes ideias de investigadores e engenheiros em ciência planetária».

O Instituto Lunar e Planetário apresentará os projectos eleitos em Junho num workshop em Houston, Texas (centro-sul), informou a Nasa.

«O workshop será um fórum aberto para a apresentação, discussão e exame de conceitos, opções, capacidades e inovações para avançar na exploração de Marte», informou a Nasa em comunicado.

Lusa
 

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Re: Espaço
« Responder #232 em: Abril 17, 2012, 08:11:53 pm »
Primeiro voo privado para a Estação Espacial previsto  para dia 30 de Abril


A empresa norte-americana SpaceX tem uma “boa hipótese” de efectuar o primeiro voo privado para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em Inglês), como previsto, no final do mês corrente, anunciou hoje um dirigente da NASA, noticia a AFP.
 
“Tudo parece estar preparado para um lançamento em 30 de Abril, mas é preciso ser prudente, porque ainda há trabalho a fazer”, afirmou o responsável pelos programas espaciais da agência espacial dos Estados Unidos, William Gerstenmaier, durante uma conferência de imprensa.
 
As declarações de Gerstenmaier ocorreram depois de uma reunião, de mais de quatro horas, no centro espacial da NASA em Houston, no Estado do Texas, entre os responsáveis da missão da agência espacial e da SpaceX.
 
Adiantou ainda que uma outra reunião estava prevista para 23 de Abril, para fazer novo ponto da situação quanto aos preparativos deste primeiro voo de demonstração da cápsula Dragon, da SpaceX, disparada pelo lançador Falcon 9.
 
Esta cápsula, em piloto automático, será, se tudo se passar como previsto, o primeiro engenho privado a ligar-se à ISS. O lançamento está previsto para o Cabo Canaveral, no estado da Florida, perto do Centro Espacial Kennedy.
 
Com o fim, em Julho de 2011, do programa das naves espaciais norte-americanas, que tinha permitido a construção da ISS, a NASA explicou que entendia ser tempo de confiar a missão dos voos de reabastecimento e de transporte dos astronautas para a estação ao sector privado.
 
Para o frete da ligação à ISS, a NASA seleccionou, para além da SpaceX, a Orbital Sciences Corporation, para um contrato avaliado em 3,5 mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros). As empresas julgadas mais capazes de transportar os astronautas – para além da SpaceX, a Boeing, a Sierra Nevada e a Blue Origin – já receberam 270 milhões de dólares.
 
Depois do último voo de uma nave espacial norte-americana, em Julho de 2011, a NASA depende nas naves russas Soyouz para transportar os seus astronautas até à ISS, pelo menos até 2015.

Ciência Hoje
 

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Re: Espaço
« Responder #233 em: Abril 21, 2012, 05:53:37 pm »
Citar
NASA's Space Telescope's Sunshield Deployment Structure to Use TenCate's Advanced Composites
SpecialChem - Mar 8, 2012

High performance composites from TenCate Advanced Composites in Fairfield (California), USA, are utilized in the manufacture of the mid-boom sunshield deployment structure of NASA's James Webb Space Telescope, world's premier astrophysics observatory. The launch of this telescope is planned for 2018.

TenCate Advanced Composites provided pre-impregnated composite materials under contract to Northrop Grumman Aerospace Systems and its business unit Astro Aerospace, which recently completed fabrication of the sunshield deployable mid booms composite tubes for NASA's James Webb Space Telescope. These high performance materials become an even stiffer structure as they are loaded.

Michael Cichon, Director of Product Marketing of TenCate Advanced Composites USA explains: "TenCate is the leading supplier of composite prepregs to the North American satellite industry. The high performance composites utilized on these sunshield tubes or masts that deploy the tennis court-sized sunshield are more than twice as stiff as advanced composites used on commercial aircraft. Equally important, these composite materials must perform reliability in space under harsh thermal cycling conditions."

Premier astrophysics observatory

The James Webb Space Telescope is a large infrared observatory that will look back in time to 13.5 billion years ago when stars, galaxies and planets were formed in the early universe. Slated for launch in 2018, this NASA telescope is the world's premier astrophysics observatory and is expected to make unprecedented discoveries about the cosmos. The sunshield's role is to provide a thermally stable environment for the telescope's primary mirror and instruments. The sunshield mid-boom tubes utilize proprietary RS-3C cyanate ester-based composite materials of TenCate and TenCate Cetex® thermoplastic composites.
http://www.omnexus.com/news/news.aspx?id=29949&lr=dom12772la1&li=61060968
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Re: Espaço
« Responder #234 em: Abril 24, 2012, 10:17:43 pm »
Consórcio quer explorar minérios nos asteróides na órbita da Terra


Metais preciosos e minerais raros poderão começar a ser extraídos dos asteróides na órbita da Terra dentro de poucos anos, segundo as ambições de uma empresa que conta com investidores como o realizador James Cameron e Larry Page e Eric Schmidt, do Google.

Inicialmente, a empresa Planetary Resources, com sede em Bellevue, Washington, vai concentrar-se em desenvolver e vender equipamento espacial robótico, a baixos custos, disseram os fundadores da empresa, Peter Diamandis e Eric Anderson.

Mas, dentro de cinco a dez anos, a Planetary Resources pretende avançar para serviços de prospecção nas centenas de asteróides que passam relativamente perto da Terra e extrair as suas matérias-primas. “Se acreditarmos que é importante que as gerações futuras tenham prosperidade, precisamos de obter recursos de algum lado”, disse Eric Anderson hoje à estação de televisão norte-americana ABC. “Os asteróides próximos da Terra são muito, mas muito mais apelativos do que qualquer outro local.”

Esta tarde a empresa dará uma conferência de imprensa para divulgar os seus planos. Mas Anderson deu algumas pistas e disse que a Planetary Resources quer procurar duas coisas no espaço: água e metais preciosos como a platina e o paládio, úteis tanto na Terra – para o fabrico de componentes electrónicos ou ourivesaria – como em futuras viagens no espaço, uma vez que a água pode ser explorada para obter hidrogénio (para combustível) e oxigénio.

Anderson explicou que a ideia é começar a uma pequena escala, com um telescópio na órbita da Terra – que poderá ser lançado dentro de 18 a 24 meses – para procurar asteróides que passam perto do planeta e que tenham a mistura certa de minerais.

“Se olharmos, do ponto de vista histórico, para aquilo que levou a Humanidade a fazer os seus maiores investimentos na exploração e transporte concluímos que foi a procura de recursos, sejam eles as especiarias no caso dos europeus ou a corrida ao ouro, petróleo, madeira ou terras na América”, disse Diamandis à agência Reuters. “Tudo aquilo a que damos valor na Terra – metais, minerais, energia, água – existe em quantidades quase infinitas no espaço”, acrescentou. “Existe a oportunidade de criar uma empresa cuja missão é ser capaz de ir, identificar e aceder a alguns desses recursos e perceber como disponibilizá-los onde são necessários.”

Questionado pelo jornal New York Times, Anderson recusou avançar quanto dinheiro conseguiu a empresa reunir, limitando-se a dizer: “é muito”. “Temos uma visão a longo prazo”, disse Anderson à agência Reuters. “Não estamos à espera de que esta empresa seja um sucesso financeiro da noite para o dia. Vai levar tempo.”

Diamandis e Anderson já estão no sector do turismo espacial, com uma empresa chamada Space Adventures e que já tem oito viagens previstas para a Estação Espacial Internacional.

A Planetary Resources – onde trabalham actualmente perto de 20 pessoas, incluindo o antigo gestor de missões a Marte, da NASA, Chris Lewicki – foi criada há três anos mas só agora está a divulgar o seu trabalho.

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Re: Espaço
« Responder #235 em: Abril 24, 2012, 10:42:48 pm »
Já esperava esta noticia à tanto tempo.  :mrgreen:
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Espaço
« Responder #236 em: Abril 25, 2012, 11:24:58 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Espaço
« Responder #237 em: Abril 26, 2012, 06:50:09 pm »
Sonda Dawn revela a composição do asteróide Vesta


A sonda espacial Dawn, da NASA, revelou novos pormenores sobre a composição do asteróide gigante Vesta. Descobriu ferro (Fe) e magnésio (Mg) em abundância, a temperaturas entre os -10 e os -100 graus centígrados. A sonda conseguiu também encontrar novas pistas sobras as alterações de temperatura do corpo, assim como a sua estrutura interna.
 
Os dados foram apresentados na reunião da União Europeia de Geociências, em Viena de Áustria, um encontro em que se pretende ajudar os cientistas a entender melhor os primórdios do Sistema Solar e os processos que dominaram a sua formação.
 
As imagens foram registadas a  680 quilómetros acima da superfície do asteróide e mostram uma grande variedade de minerais à superfície da rocha, muitos deles compostos de ferro e magnésio. Esta composição encontra-se com frequência nas rochas vulcânicas da Terra. As imagens também revelam brechas de rochas fundidas, que terão sido produzidas durante os impactos contra detritos espaciais.
 
Harald Hiesinger, um dos autores do estudo, assinalou que com esta descoberta poderá estudar-se a pormenor a variedade de rochas que compõem a superfície do asteróide. Além disso, na cratera Tarpeya, perto do pólo sul de Vesta, as imagens revelam faixas de minerais que se estendem pelas encostas íngremes da cratera.
 
As camadas mais próximas da superfície do asteróide evidenciam uma contaminação de rochas espaciais que 'bombardearam' o asteróide, enquanto as camadas mais abaixo preservam a maior parte das suas características originais.

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« Responder #238 em: Maio 03, 2012, 06:53:28 pm »
ESA vai procurar vida nas luas de Júpiter


A Agência Espacial Europeia (ESA) vai explorar as luas geladas de Júpiter em 2030. Entre vários objectivos, a missão JUICE (Jupiter Icy Moon Explorer) vai procurar sinais de vida. O satélite será lançado no foguetão Ariane 5, em 2022, do centro espacial europeu de Kurú (na Guiana Francesa). O estudo será realizado nos satélites Io, Europa, Ganimedes e Calisto, indica a ESA em comunicado.
 
Os cientistas, que suspeitam que estas luas podem albergar oceanos internos, querem que a missão se concentre na procura de restos de vida e que estude quais as condições que rodeiam a formação de planetas, a emergência da vida e o funcionamento do sistema solar.
 
JUICE vai também analisar a atmosfera e a magnetosfera de Júpiter e a interacção com os seus satélites naturais. A sonda vai visitar Calisto, o objecto do sistema solar com maior número de crateras, e efectuará dois voos sobre Europa, para medir a espessura da sua crosta gelada e inspecionar os lugares mais aptos para uma futura exploração in situ.
 
A seguir, em 2032, missão vai orbitar Ganimedes para estudar a sua superfície gelada e estrutura interna, assim como o oceano do seu subsolo. Ganimedes é a única lua do sistema solar que gera o seu próprio campo magnético e JUICE quer observar pormenorizadamente as suas características.
 
Esta missão vai também esclarecer como se formam os gigantes gasosos e os mundos que o gravitam. É uma etapa necessário, explica a ESA, para a futura exploração do sistema solar externo. A missão é a primeira de grande envergadura seleccionada para o programa Visão Cósmica 2015-2025.

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« Responder #239 em: Maio 12, 2012, 12:10:39 am »
O meteorito de Chaves, o asteróide Vesta e a sonda Dawn


O geólogo José Fernando Monteiro interessou-se pelo meteorito de Chaves e, em 1988, classificou-o. Disse que o meteorito, que tinha caído em 1925 na aldeia de Vilarelho da Raia, a oito quilómetros de Chaves, era um pedacinho do asteróide Vesta, o segundo maior do sistema solar. Esta sexta-feira, a revista Science publica um conjunto de artigos com os primeiros resultados da sonda espacial Dawn, a esquadrinhar Vesta desde Julho do ano passado, que vão ao encontro da classificação do geólogo português.

Fernando Monteiro morreu em 2005, aos 43 anos. O estudioso de meteoritos e de crateras de impacto tinha classificado o meteorito de Chaves ainda na sua tese de mestrado, no final da década de 1980. É um howardito, um tipo raro de meteoritos, disse então Fernando Monteiro, que foi, aliás, o primeiro português a classificar um meteorito.

A hipótese de Vesta como a fonte destes meteoritos ganhou força quando, em 1996, o telescópio Hubble descobriu uma enorme cratera no pólo sul do asteróide. Alguma coisa colidiu com o asteróide e arrancou-lhe um valente bocado que deixou uma enorme cicatriz e atirou inúmeros fragmentos para o espaço.

Conhecida como Reia Sílvia, essa cratera do Vesta foi passada a pente fino pela sonda Dawn – lançada no espaço em 2007 da agência norte-americana NASA –, tal como todo o restante asteróide.

Vários artigos, entre os seis publicados na Science por equipas internacionais, identificam agora este asteróide como sendo realmente a fonte dos meteoritos do tipo howardito, e também do tipo eucrito e diogenito, que por vezes atingem a Terra. O olhar próximo do asteróide, como nunca antes sucedeu, revelou que os minerais na superfície do asteróide são os mesmos que estão presentes naqueles tipos de meteoritos.

Mais: com 19 quilómetros de profundidade e 500 quilómetros de diâmetro (um pouco menos do que o próprio asteróide, que tem 530), a Reia Sílvia é suficientemente grande para dela terem resultado os meteoritos do tipo howardito, eucrito e diogenito.

Assim sendo, fica reforçada a tese de que o meteorito de Chaves veio de Vesta até Portugal. Deste meteorito, recuperaram-se quase três quilos: o maior fragmento, com 2,4 quilos, está no Museu do Instituto Superior de Engenharia do Porto, enquanto outros dois (de 200 e 120 gramas) encontram-se no Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico da Faculdade de Ciências do Porto. O Museu de História Natural de Paris tem ainda 61 gramas.

Asteróide é um planeta bebé

Mas Vesta, que foi descoberto em 1807, está cravejado de crateras resultantes do impacto de meteoritos. Reia Sílvia é a mais recente, formada há aproximadamente 1000 milhões de anos, quase por cima de outra, a Veneneia, de 400 quilómetros de diâmetro. Ora o estudo dos materiais ejectados nestas e noutras colisões, que os arrancaram de camadas menos superficiais, permitiu concluir que Vesta já não é um mero asteróide, mas um planeta bebé.

No início da sua formação e do sistema solar, há 4500 milhões de anos, Vesta estava a caminho de se tornar um planeta, à medida que ia atraindo e acumulando mais matéria. Estava a formar camadas internas distintas, como a Terra, com uma crosta, um manto e um núcleo de ferro (com 110 quilómetros de diâmetro). É aliás o único asteróide que se sabe ter sobrevivido desde os tempos conturbados do início do sistema solar, em que tudo chocava com tudo, facto que os cientistas atribuem à existência do núcleo de ferro.

A sua geologia revela assim características da Lua, dos planetas terrestres e dos asteróides. “Vesta é um corpo de transição entre os asteróides e os planetas. É semelhante a muitos pequenos planetóides que foram os blocos de construção dos planetas e, ao mesmo tempo, tem muitas características de um pequeno planeta, tendo derretido e formado uma crosta e núcleo”, disse David O’Brien, um dos cientistas da missão, citado num comunicado.

Ao ir ao encontro destes calhaus que sobraram da formação de planetas rochosos, como a Terra, Marte e Mercúrio, ideia da NASA é que a Dawn permita compreender melhor a formação do sistema solar. A sonda vai manter-se perto do Vesta até Agosto, altura em que seguirá viagem até Ceres, o maior asteróide do sistema solar, onde chegará em 2015.

“Vesta é uma janela para o passado inicial da história do sistema solar. A compreensão da história dos impactos no sistema solar é importante para compreender a evolução da Lua e dos planetas, incluindo como a vida evoluiu na Terra. Com o estudo dos impactos em Vesta através das suas crateras, podemos saber mais sobre os impactos na Terra primitiva”, referiu ainda David O’Brien. “Os dados da Dawn permitiram que Vesta deixasse de ser um objecto desfocado com alguns pixéis nas imagens do telescópio espacial Hubble, para se tornar um objecto geológico, que podemos estudar do ponto de vista geológico”, acrescentou, por sua vez, Aileen Yingst, também da missão.

Se cá estivesse, Fernando Monteiro, um dos poucos cientistas portugueses que estudava meteoritos e as suas crateras, só podia ficar contente com os primeiros resultados da visita da Dawn ao Vesta.

Público