Espaço

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Re: Espaço
« Responder #240 em: Maio 16, 2012, 09:48:04 pm »
Astronautas da Nasa vão viajar pelo sistema solar em 2021


O futuro Sistema de Lançamento Espacial (Space Launch System - SLS) em que a NASA está a trabalhar, será o veículo de lançamento mais potente até hoje construído. Servirá para para enviar astronautas para o espaço profundo: Lua, Marte e mesmo asteróides deverão ser os destinos. Está a ser projectado para transportar o Orion, nave que tem capacidade de transportar entre quatro e seis astronautas.
 
Todd May, director do programa, já informou que está previsto um voo de teste não tripulado da Orion em 2014, a que se seguirá um teste do próprio sistema SLS, em 2017, e uma missão conjunta do lançador e da cápsula, já com astronautas que durará entre 10 e 14 dias, tempo de ir até à Lua e voltar. Isto só acontecerá em 2021.
 
“Nesse momento teremos a capacidades de ir a qualquer lugar do sistema solar, sendo que o objectivo será levar o ser humano a Marte”, diz o investigador que lidera a equipa de engenheiros do centro Marshall de Voos Espaciais da NASA, em Huntsville.
 
Os investigadores estão também a preparar um lugar para que o SLS possa ser montado e afinado para o lançamento. Uma versão da cápsula Orion está já em fase de testes no Centro Kennedy e a SLS estará pronta para os testes daqui a uns meses.
 
A montagem final será feita naquele centro, antes do sistema ser acoplado ao foguete Delta IV, para uma missão não tripulada que vai pôr à prova os sistemas da nave e o seu escudo de calor. Muitos elementos do foguete já estão a ser testados, entre eles os motores e os propulsores de combustível.
 
A NASA está a centrar as suas atenções na versão do SLS desenhada para conseguir levar 70 toneladas para o espaço, o suficiente para enviar a nave Orion à Lua.
 
Em versões posteriores espera-se que possa pôr em marcha 130 toneladas, que seria suficiente para levar módulos de aterragem ou outras naves espaciais adequadas a qualquer destino do Sistema Solar.
 
Ciência Hoje
 

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Re: Espaço
« Responder #241 em: Maio 19, 2012, 06:21:02 pm »
Citar
The scheduled May 19th launch of the SpaceX Falcon 9 rocket and Dragon spacecraft on the first commercial venture to the International Space Station was aborted with t-minus zero-point-five seconds left in the countdown. Early data shows that high chamber pressure in Engine #5 caused a cutoff of all nine engines at T- 0.5 seconds.
:shock:
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Re: Espaço
« Responder #242 em: Maio 22, 2012, 07:03:07 pm »
Cápsula Dragon na orbita terrestre 10 minutos depois do lançamento


A cápsula não tripulada Dragon atingiu hoje a orbita terrestre, dez minutos depois de ter sido lançada na Florida, pelo foguetão Falcon 9, para o primeiro voo privado para a Estação Espacial Internacional, foi hoje anunciado.

Posteriormente, a Dragon deixou as duas antenas solares, antes de iniciar a viagem para um encontro histórico, na sexta-feira de manhã, na Estação Espacial Internacional (EEI).

Esta missão, que inclui o transporte de alimentos, abastecimentos e experiências para a EEI, que orbita a 385 quilómetros da Terra, é um passo crucial para a privatização da exploração espacial, segundo a NASA.

A NASA encerrou no fim do ano passado, após três décadas, o seu programa de vaivéns espaciais, que sustentou a construção, abastecimento e troca de tripulações na EEI, um projeto superior a 1.000 milhões de dólares (cerca de 1.300 milhões de euros), no qual participaram 16 nações.

A empresa SpaceX, com sede em Hawthorne (Califórnia), recebeu um contrato de 1.600 milhões de dólares do programa de Serviços de Transportes de Órbita Comerciais (COTS, em inglês) da NASA, para o fabrico da cápsula Dragon e 12 missões de aprovisionamento da EEI, uma vez que se completaram os voos de ensaio.

A NASA também concedeu contratos à empresa à "Orbital Sciences Corp", em Dulles (Virgínia), para o fabrico de uma nave capaz de transportar materiais para a EEI, como parte de um plano para contratar os serviços do sector privado para este tipo de missões.

Tanto a NASA como a SpaceX esperam que a cápsula não tripulada possa servir para o envio de alimentos, água e outros materiais para a EEI. A SpaceX espera, além disso, que no futuro possa também transportar astronautas a bordo do Dragon.

Lusa
 

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Re: Espaço
« Responder #243 em: Junho 05, 2012, 05:10:13 pm »
Empresa holandesa promete colónia em Marte até 2023


Uma empresa holandesa promete construir uma colónia em Marte até ao ano de 2023. Segundo o fundador da Mars One, Paul Verhoeven, quatro astronautas terão o objectivo de construir a primeira colónia fora do planeta Terra. As informações são do site Mashable.

O plano de açcão da empresa é ousado e detalhado: em quatro anos, a Mars One pretende lançar um satélite de comunicações para Marte; dois anos depois (2018), será possível determinar o local mais apropriado para a construção da colónia; em 2020, todo o material necessário (como placas solares e geradores de oxigénio) será enviado para o planeta vermelho.
 
No dia 14 de Setembro de 2022, segundo Verhoeven, será o dia do lançamento do foguete com os quatro astronautas fundadores da primeira colónia em Marte.
 
Um casal de astronautas seria enviado para o planeta vizinho a cada dois anos, com o objectivo de constituir uma família no local.
 
Para os idealizadores da Mars One, o dinheiro necessário para viabilizar um projecto dessa envergadura será conseguido através da venda dos direitos de transmissão das missões e de patrocínio de grandes empresas.

Lusa
 

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« Responder #244 em: Junho 15, 2012, 10:28:13 pm »
Uma nova janela para o espaço vai abrir.  :o
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Re: Espaço
« Responder #245 em: Junho 20, 2012, 08:16:02 pm »
Astronomia portuguesa essencial na missão Euclid da ESA


A astronomia feita em Portugal vai estar em destaque na missão espacial Euclid, da Agência Espacial Europeia (ESA). Coordenada pelo Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) e Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (CAAUL), esta participação integra o consórcio liderado por Yannick Mellier (Institut d'Astrophysique de Paris), que tem a seu cargo a coordenação científica da missão.
 
Em conversa com o Ciência Hoje, o investigador do CAUP António da Silva explicou os objectivos da missão e porque esta é a mais importante participação portuguesa na ESA.
 
A missão Euclid tem vários objectivos: “quer testar hipóteses acerca da origem do universo e perceber a natureza da energia e a da matéria escura, desvendando, também, como esta evoluiu ao longo do tempo”.
 
Isto vai permitir “perceber qual será o futuro do universo, verificar, com exactidão, como o universo pode evoluir”. O Euclid terá a igualmente a função de mapear a tipologia do universo, “fazer o seu mapa tridimensional”.
 
Outro objectivo importante, relacionado com todos os outros, é o teste à teoria da gravidade e da relatividade geral, pois vai tentar “perceber se a energia escura não será uma modificação da própria teoria da relatividade geral. Isto não quer dizer que a ponha em causa, mas poderá acrescentar-lhe alguma coisa”.
 
António da Silva considera que a participação portuguesa tem um papel “absolutamente essencial” na investigação. “O projecto divide-se no lançamento do foguete e no trabalho do consórcio internacional que vai dar o instrumento que permitirá as observações”, esclarece.
 
“Os nossos dois institutos têm uma função específica: temos a responsabilidade de construir um conjunto de simulações que definirão para onde vai apontar o instrumento durante os seis anos da missão, ou seja, o que vai observar. Temos de encontrar uma forma óptima de fazer a pesquisa. Por isso, o trabalho do CAUP e do CAAUL está no centro da investigação”.
 
“É a primeira vez que Portugal tem uma função tão relevante num consórcio científico de uma missão da ESA”. Este projecto vai permitir que se possam explorar mais aspectos do que os que estão acordados.“Qualquer investigador de outros centros nacionais pode contribuir, não precisa de ser destes centros de investigação”, refere.

Ciência Hoje
 

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Re: Espaço
« Responder #246 em: Junho 25, 2012, 03:55:05 pm »
«Podemos encontrar um planeta como a Terra antes de 2022» dizem astrofísicos


Os astrofísicos não descartam a possibilidade de encontrar um pequeno planeta semelhante à Terra em menos de 10 anos, declarou esta segunda-feira Ignaci Ribas, um dos organizadores do «Cool Stars 17», a reunião internacional sobre estrelas frias que ocorre em Barcelona. Ribas explicou que os especialistas já identificaram mais de 800 planetas em redor das estrelas frias e que falta muito pouco para encontrarem um que seja muito parecido ao nosso.

Segundo o especialista, apesar de saberem onde esse planeta se encontra, a actual tecnologia ainda não é eficaz para este tipo de experiência. No entanto, se este planeta fosse habitado por seres inteligentes, Ribas destacou que seria possível conversar com eles através de sinais de rádio, embora essa troca de mensagens poderia demorar mais de 100 anos.

Ribas destacou que os planetas concentram-se em redor das estrelas frias, que representam 80% das que se vêem e há no universo, entre elas o Sol. Esses astros são chamados de «frios» porque a sua temperatura está abaixo dos 6 mil graus.

Na nossa galáxia há cerca de 200 mil estrelas frias, e as estrelas quentes, que representam 20%, possuem uma temperatura que oscila entre 20 mil e 50 mil graus.

Durante o encontro realizado em Barcelona, os especialistas constataram que as estrelas frias podem ser 10% maior do que se pensava, um dado que possui muita importância na hora de encontrar modelos de estudo.

Os especialistas envolvidos no «Cool Stars 17» também destacaram a chamada «música das estrelas», ou seja, as vibrações que esses corpos celestes possuem e que, de acordo com os astrofísicos, aparecem como uma série de frequências, algo similar as notas musicais.

Segundo Ribas, que é astrofísico do Instituto de Ciências do Espaço do CSIC-IEEC, o tom emitido pelas estrelas frias permite a identificação do seu tamanho, a sua composição e até a sua evolução.

Neste encontro em Barcelona também foram apresentados alguns resultados da missão Kepler (da Nasa), que possui o objectivo de detectar planetas extra-solares através destas frequências com uma técnica similar à sismografia, mas adaptada ao espaço.

Lusa
 

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Re: Espaço
« Responder #247 em: Junho 28, 2012, 07:45:37 pm »
Marte teve rios de água a correr no subsolo


Ao estudar rochas que vieram à superfície, em crateras de impacto, a Mars Express, nave da estação Espacial Europeia (ESA), encontrou evidências de que durante longos períodos de tempo, nos primeiros mil milhões de anos do Planeta Vermelho, existiu água em profundidade. As crateras de impacto são janelas naturais para a história das superfícies planetárias – quanto mais profunda, mais se consegue recuar no tempo. As rochas que ressaltam depois de um impacto dão-nos a hipótese de estudar o material que esteve escondido debaixo da superfície.
 
Num novo estudo, as naves da ESA e da NASA (Mars Express e Mars Reconnaissance Orbiter, respectivamente) amplificaram crateras, numa região das terras altas do sul de Marte, chamada Tyrrhena Terra, para tentar perceber a história da água na região.
 
Focando-se na composição química das rochas encrustadas nas paredes das crateras, na orla e elevações centrais, bem como nos materiais que as rodeiam, os cientistas identificaram 175 locais com minerais formados na presença de água.
 
“O vasto leque de crateras estudadas, de várias dimensões, de menos de um quilómetro de diâmetro até 84 quilómetros, indica que estes silicatos hidratados foram escavados das profundezas, a uma profundidade que vai de algumas dezenas de metros até aos milhares”, diz Damien Loizeau, o principal autor do estudo.
 
“A composição das rochas é tal que nos leva a concluir que a água subterrânea deve ter estado presente por um longo período, de forma a ter podido alterar a sua composição química.” Enquanto o material escavado pelos impactos parece ter estado em contacto próximo com a água, há pouca evidência de que as rochas à superfície, no espaço entre as crateras em Tyrrhena Terra, tenham sido alteradas.
 
“A circulação da água ocorreu a vários quilómetros de profundidade, há 3,7 mil milhões de anos, antes que a maior parte das crateras na região se tivesse formado,” acrescenta o co-autor da investigação Nicolas Mangold. Tudo isto “gerou uma grande diversidade de alterações químicas nas rochas que reflectem baixas temperaturas perto da superfície e altas temperaturas em profundidade, mas sem uma relação directa às condições à superfície naquele período”, conclui.
 
Comparando estes dados com a geologia de Mawrth Vallis, uma das mais vastas regiões marcianas ricas em argila, vemos que esta última apresenta uma distribuição dos minerais hidratados muito mais uniformes, o que indica uma relação mais próxima com os processos à superfície.
 
“O papel da água líquida em Marte é de grande importância para a sua habitabilidade e este estudo, feito pela Mars Express, descreve uma vasta zona em que a água em profundidade esteve presente, por um longo período de tempo”, diz Olivier Witasse, cientista de projecto da ESA.

Ciência Hoje
 

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Re: Espaço
« Responder #248 em: Julho 01, 2012, 01:25:37 pm »
China vai construir uma nave espacial maior para missões mais prolongadas


A China vai construir uma nave espacial maior para missões mais prolongadas no tempo depois do sucesso da Shenzhou9 que abre agora a possibilidade de construção de uma estação espacial tripulada ou mesmo colocar um homem na lua, revelaram especialistas internacionais.A viagem de 13 dias da Shenzhou9, que regressou à terra na sexta-feira, foi a mais prolongada missão espacial chinesa e integrou, pela primeira vez, uma mulher entre os três astronautas. Durante o voo, a equipa de astronautas conseguiu também pela primeira  vez uma acoplagem manual ao modelo Tiangong1, uma manobra de alto risco  e feita em velocidade.

Na próxima missão, que deverá acontecer no final deste ano ou em 2013, a Shenzhou10 vai novamente efetuar a manobra de acoplagem à Tiangong1, explicou Morris Jones, um perito australiano que acompanha o programa espacial chinês.

O modulo Tiangong1 foi colocado em órbita em setembro do ano passado e Morris Jones explica que após a próxima missão nenhum astronauta irá novamente ao modulo porque, a China deverá lançar no espaço em poucos anos uma versão  sofisticada da versão atual que será denominada de Tiangong2.

Para Isabelle Sourbes-Verger, uma especialista no programa espacial  chinês a trabalhar no Centro Nacional Francês de Investigação Cientifica, quando a China lançar o modelo dois da Taingong então o seu programa espacial vai crescer significativamente.

Lusa
 

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« Responder #249 em: Julho 02, 2012, 07:43:51 pm »
 

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Re: Espaço
« Responder #250 em: Julho 04, 2012, 07:18:47 pm »
Nasa apresenta cápsula que levará astronautas ao espaço profundo




A cápsula espacial Órion, que está a ser apresentada como a mais avançada concebida pelos americanos, já se encontra no Centro Espacial Kennedy, na Florida (EUA).

Pelo calendário da Nasa (agência espacial dos Estados Unidos), o lançamento - sem tripulação a bordo - que marcará uma nova era de missões será em 2017. Mas antes disso a nave terá que passar por testes de voo, que começam daqui a dois anos.
 
Os planos, segundo a Nasa, é usar a Órion para o transporte de astronautas ao espaço profundo. A Apollo 17 foi a última a ser enviada para além da órbita terrestre ao pousar na superfície lunar em 1972.
 
Entre as possíveis missões futuras da Órion, a Nasa lista esperançosa asteróides e, quem sabe, Marte.
 
O astronauta Rex Walheim, que participou no desenvolvimento da Órion, afirmou que a cápsula pode tornar-se a mais importante nos próximos 30 anos de exploração humana no Sistema Solar.

Lusa
 

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Re: Espaço
« Responder #251 em: Julho 11, 2012, 06:57:14 pm »
Viver no espaço poderia retardar envelhecimento


Viver no espaço poderia desacelerar o processo de envelhecimento muscular, aponta um estudo desenvolvido pela Agência Europeia Espacial (ESA), que, por sua vez, levou uma variedade de vermes para a Estação Espacial Internacional para desenvolver a sua experiência.A equipa de cientistas que conduziu essa pesquisa descobriu que sete genes destes nematóides permaneciam inactivos no espaço, o que aparentemente teria permitido uma melhor adaptação a esse entorno.

Segundo a ESA, que iniciou esse trabalho em 2004, os vermes que não tinham esses genes desactivados em laboratórios conseguiam «viver mais e tinham melhor saúde no espaço».

O resultado, que se mostrou surpreendente ao contrastar com o estado de fraqueza dos humanos após as suas viagens espaciais, fez os investigadores questionarem como poderiam reagir os músculos dos astronautas. Desta forma, recolheram uma mostra de André Kuipers, que estava em missão espacial até ao dia 1 de Julho.

Neste momento, os cientistas esperam que o astronauta recupere da viagem para comparar o estado dos seus músculos com o da amostra extraída do seu corpo antes da sua partida.

A espécie de verme estudada, Caenorhabditis elegans, partilha aproximadamente 55% dos genes com os seres humanos.

Lusa
 

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Re: Espaço
« Responder #252 em: Julho 19, 2012, 09:10:52 pm »
Missão Neemo simula a visita a um asteróide


O astronauta da Agência Espacial Europeia (ESA) Tim Peake passou recentemente 12 dias debaixo de água com três outros aquanautas para tentar descobrir como é que os astronautas poderão explorar os asteróides. A missão Neemo simulou a visita a um asteróide a 15 milhões de quilómetros da Terra, quase 39 vezes mais longe do que a Lua.
 
A esta distância, uma mensagem da Terra leva cerca de 50 segundos a chegar à tripulação. Mesmo que um astronauta responda imediatamente a uma mensagem do posto de controlo terrestre, os operadores na Terra ainda terão que esperar pelo menos um minuto e 40 segundos para ouvir a resposta. Quaisquer assuntos urgentes ou interrupções são impossíveis.
 
Neemo foi a primeira operação complexa na qual astronautas e equipa de controlo consideraram os atrasos temporais nas comunicações e por isso tiveram de aprender como é que estes intervalos temporais afectam as comunicações.
 
Hervé Stévenin, da ESA, tem anos de experiência a comunicar para a tripulação da Estação Espacial Internacional e foi convidado para a missão: “Na Estação, quando falamos com os astronautas a resposta é instantânea. Na Neemo, tivemos que repensar completamente as comunicações – estávamos a ouvir o passado e a falar ao futuro, tudo ao mesmo tempo”.
 
Os controladores conseguiram contornar o atraso das comunicações. Primeiro, usaram cronómetros para os ajudar a perceber em que momento deveriam esperar receber uma resposta dos astronautas subaquáticos. A seguir tornou-se óbvio que algumas mensagens de voz deveriam ser anunciadas. Hervé explica: “Enviámos mensagens importantes anunciando o destinatário e o assunto da mensagem. Por exemplo, 'Aquarius, MCC [Centro de Controle da Missão], Espaço para Terra Um, mensagem para Tim' em dez segundos”. A pausa dava tempo aos aquanautas para pararem o que estavam a fazer e prestarem atenção. Isto evitou mensagens de repetição que poderiam atrasar o trabalho durante três minutos ou mais.
 
Finalmente, um novo sistema de comunicação foi testado. Muitas mensagens não urgentes foram enviadas através de um programa de chat, o que permitiu várias conversas ao mesmo tempo, semelhantes aos programas de chat da Internet. Os astronautas podiam ler mensagens e responder no seu próprio tempo.
 
Chat de texto
 
Hervé acrescenta: “Nós descobrimos que o chat de texto é o sistema de comunicação mais adequado para as missões em asteróides, completado com mensagens de voz para manter o lado humano. Se uma mensagem de voz for complexa, enviar também a mesma mensagem por texto ajuda muito”.
 
Esta foi uma das simulações subaquáticas mais complexas alguma vez realizadas. Mais de 80 engenheiros, mergulhadores e outros técnicos trabalharam 14 horas por dia para apoiar os aquanautas da unidade móvel de controlo da NASA.
 
Além das tarefas de comunicação, Hervé tem também apoiado a missão como mergulhador: “Ser um mergulhador Neemo ajuda a perceber os constrangimentos e os desafios do meio ambiente em que os aquanautas trabalham”, concluiu.

Ciência Hoje
 

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Re: Espaço
« Responder #253 em: Julho 26, 2012, 01:50:29 am »
China instala na Argentina antena de observação espacial


A Argentina e a China assinaram um acordo de cooperação espacial, que prevê a instalação na Patagónia, no sul, de uma antena chinesa para observar o espaço, informou na quarta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros argentino.

O acordo foi assinado entre a Comissão argentina de Atividades Espaciais e a Agência chinesa de Lançamento e Controlo de Satélites, especifica o comunicado do Ministério, citado pela AFP.

O objetivo é "definir os parâmetros para o estabelecimento de instalações terrestres de acompanhamento, comando e recolha de dados", ainda segundo o texto.

O acordo lança ainda as "bases para uma futura colaboração, que incluirá a instalação de uma antena para realizar pesquisa no espaço longínquo na província de Neuquèn", no sul do país, informa ainda o ministério.

O governo sublinhou que este "é um projeto da maior importância" para o país, que vai permitir "desenvolver as atividades de exploração interplanetária, estudos do espaço longínquo, observação astronómica, seguimento e controlo de satélites e aquisição de dados científicos".

A Agência Espacial Europeia está a terminar a instalação de uma antena na província argentina de Mendoza, no centro-oeste do país, dedicada a missões de exploração do espaço longínquo por satélite.

A China tornou-se em 2003 o terceiro país a enviar pelos seus próprios meios homens para o espaço.

A Argentina é um dos países da América do Sul mais avançados no domínio espacial.

Lusa
 

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Re: Espaço
« Responder #254 em: Julho 26, 2012, 07:10:50 pm »
Português ganha 250 mil euros para estudar galáxias


David Sobral acaba de ganhar um ‘Veni’ de 250 mil euros da Organização Holandesa para Investigação Científica (NWO, na sigla inglesa) para desenvolver um projecto de investigação nos próximos três anos.
 
“Conseguir um financiamento tão prestigiante num concurso tão competitivo e num outro país é algo muito gratificante. É um reconhecimento não só do trabalho que tenho desenvolvido nos últimos anos, mas também do método que tenciono implementar para responder a muitas perguntas que continuam sem resposta no que toca à formação e evolução de galáxias como a nossa”, revela ao Ciência Hoje o investigador português actualmente na Universidade de Leiden, Holanda.
 
O projecto financiado, intitulado «Das Primeiras Galáxias ao Pico da Formação Estelar no Universo», pretende descobrir como é que galáxias como a nossa se formaram e evoluíram desde a formação das primeiras galáxias, há cerca de 13 mil milhões de anos, até aos dias de hoje.
 
Isto implica não só identificar galáxias tal como eram há vários milhões de anos, mas sobretudo compreender em que ‘ambiente’ vivem, quão ‘ricas’ são (quanta massa em estrelas têm), quão produtivas são (quantas estrelas estão a formar), etc. Uma vez combinados, estes dados vão possibilitar uma visão única sobre o que muda, o que não muda, e quais os processos responsáveis por existirem galáxias como a nossa.
 
Algo que torna este projecto único é a utilização de uma só técnica para identificar e estudar galáxias de forma homogénea ao longo da história do Universo, enquanto que previamente cada amostra de galáxias era seleccionada de uma forma ligeiramente diferente, resultando em dados heterogéneos e com os quais era mais difícil compreender o que se está a passar.
 
“Através do projecto que vou desenvolver vai ser finalmente possível eliminar muitas das incertezas e incógnitas que têm limitado a nossa compreensão. Não só resultará em amostras altamente completas e ‘limpas’, como serão as maiores alguma vez recolhidas. Vai ser possível perceber o que é mais importante: a ‘genética’ ou o ‘ambiente’ para a evolução de galáxias, e como e quando é que ambos os ‘fenómenos’ tomam lugar. E, espero, juntamente com contribuições de outros investigadores, que resulte numa compreensão muito mais detalhada e profunda não só da história de formação estelar no Universo inteiro desde o seu início, mas sobretudo dar-nos as ferramentas para sabermos pelo menos as razões principais que fizeram da nossa galáxia aquilo que hoje ela é”, explica David Sobral.
 
O projecto, de “forte componente observacional”, começa no início de Setembro e vai ser desenvolvido na Universidade de Leiden (Observatório de Leiden).
 
“Na Holanda há acesso privilegiado a telescópios rádio e ainda a telescópios que operam no óptico e infra-vermelho que se encontram nas Canárias”, sublinha o astrónomo.

Ciência Hoje