Espaço

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Re: Espaço
« Responder #285 em: Novembro 27, 2012, 10:53:19 pm »
Mars Express e Curiosity trabalham em conjunto


A uns dias de ser anunciada a descoberta em Marte que “pode mudar os livros de história” (como disse o investigador John Grotzinger, da NASA) é relatada a primeira colaboração entre a sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), e o robô Curiosity, da agência norte-americana.
 
Pela primeira vez, a primeira transmitiu dados do Curiosity. Estes incluem imagens detalhadas da Rocknest3, que foram recebidas pela antena da ESA na Austrália. Foi um pequeno mas significativo passo – diz a ESA em comunicado – no caminho de uma maior cooperação entre as duas agências.

No passado dia 6 de Outubro, a Mars Express apontou a sua antena de comunicações até à superfície de Marte para receber o sinal enviado pelo Curiosity. O veículo da NASA transmitiu dados científicos recolhidos no Rocknest ao satélite da ESA durante 15 minutos.

Algumas horas mais tarde, a Mars Express fez uma manobra para apontar a sua antena para a Terra e começou a transmitir a informação para o Centro Europeu de Operações Espaciais em Darmstadt (Alemanha) através da antena de 35 metros de diâmetro que a ESA tem em New Norcia (Austrália). Os dados foram postos imediatamente à disposição do laboratório JPL da NASA, onde foram processados e analisados.

 Entre os dados transmitidos encontram-se imagens registadas a 4 de Outubro pelo instrumento ChemCam do Curiosity. Esta câmara é composta por um espectrómetro de pulverização induzida por laser que dispara em direcção a um objecto e analisa a composição química do material vaporizado.

 O laser é capaz de apontar para elementos com menos de um milímetro de diâmetro. A análise espectrométrica revela informação sobre a microestrutura dos minerais presentes na rocha.

 A sonda Mars Express tinha já colaborado com missões a Marte da NASA em outras ocasiões – como a Phoenix, Spirit e Opportunity. Registou também o sinal da Curiosity durante a sua chegada a Marte no mês de Agosto. Está previsto que durante a missão do Curiosity se realizem mais colaborações deste género.
 
Ciência Hoje
 

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Re: Espaço
« Responder #286 em: Novembro 28, 2012, 01:18:39 pm »
Ir viver para Marte custará 387 mil euros


O multimilionário Elon Musk, fundador e chefe-executivo da empresa privada de transportes espaciais "Space X", quer estabelecer uma colónia em Marte para cerca de 80 mil pessoas cujo preço de viagem rondará os 387 mil euros.

A ideia essencial da "Space X" é que as condições de vida numa possível colónia em Marte não sejam inferiores às da Terra, diz o site espanhol Psyn Noticias.

Segundo o site do jornal britânico The daily Mail, as ambições iniciais de Musk serão pequenas sendo que, numa primeira fase do projeto, só viajarão para o Planeta Vermelho cerca de 10 pessoas.

De acordo com o empresário, citado pelo Psyn Noticias, os primeiros colonos a chegar a Marte terão que levar consigo imensos suplementos, nomeadamente: equipamento para a produção de fertilizante, oxigénio e metano a partir dos elementos naturais da atmosfera de Marte. Os pioneiros terão ainda que levar materiais para construir cúpulas transparentes, cujo ambiente interior será propício ao cultivo de produtos. Deste modo, à medida que os colonos forem aumentando a sua autossuficiência, mais pessoas poderão viajar para o Planeta e cada vez com menos materiais, sendo prevista a a capacidade populacional de 80 mil pessoas.

Já foram divulgados os custos monetários dos bilhetes, caso as viagens se tornem possíveis, e estes rondarão os 387 mil euros, diz o Psyn Noticias.

Segundo o The Huffington Post, Musk afirma que "o preço dos bilhetes não poderá ser muito elevado, para que pessoas de países desenvolvidos, nos seus quarenta anos, possam juntar dinheiro suficiente para realizar a viagem".

DN
 

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Re: Espaço
« Responder #287 em: Novembro 30, 2012, 02:03:08 pm »
Asteróides e cometas podem explicar origem de gelo em Mercúrio


Asteróides e cometas poderão estar na origem do aparecimento de manchas de gelo em Mercúrio, planeta mais próximo do Sol, admitiu hoje a NASA.
Cientistas da agência espacial norte-americana anunciaram hoje que a sonda "Messenger" detectou evidências de água gelada em Mercúrio.

Os depósitos de gelo estão localizados no Pólo Norte, uma zona do planeta permanentemente às escuras.

Contudo, a possibilidade de haver água em estado líquido em Mercúrio é remota, dado que o planeta não tem atmosfera, indicaram hoje os cientistas da NASA numa conferência de imprensa transmitida na Internet.

O espectrómetro do "Messenger" analisou concentrações de hidrogénio para determinar a presença de água (que é composta de hidrogénio e oxigénio).

Nas manchas mais geladas, a água estava à superfície. Contudo, na região polar ligeiramente mais quentes, onde o gelo pode ter derretido, as manchas estavam cobertas por um material escuro com baixa concentração de hidrogénio.

Os cientistas crêem que o material escuro pode ser a chave para explicar como a água se fixou em Mercúrio.

O material escuro é uma espécie de combinação de compostos orgânicos, que chegaram ao planeta através do "impacto de cometas e asteróides instáveis", explicou, citado pela agência AFP, o investigador da NASA David Paige.

De acordo com o especialista, tais cometas e asteróides são "os mesmos objectos que provavelmente transportaram água para Mercúrio".

Apesar de Mercúrio ser um planeta em ebulição, o seu eixo de rotação é quase paralelo ao Sol, o que significa que os seus pólos nunca são atingidos pelos raios do 'astro-rei'.

Lançada há oito anos, a sonda "Messenger" é a primeira a orbitar Mercúrio, onde chegou em 2011.

As imagens captadas pela sonda confirmaram a teoria de que os pólos do planeta poderiam albergar água gelada e outros componentes.

Em 1991, um telescópio em Porto Rico detectou manchas brilhantes nos pólos de Mercúrio.

Investigadores admitem a possibilidade de o Pólo Sul de Mercúrio ter também gelo, mas não há dados que confirmem essa hipótese. A sonda "Messenger" orbita o planeta muito mais próximo do Pólo Norte do que do Pólo Sul.

Lusa
 

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Re: Espaço
« Responder #288 em: Dezembro 04, 2012, 05:30:50 pm »
Chineses querem plantar legumes em Marte e na Lua


Os astronautas chineses poderão no futuro cultivar legumes em Marte e na Lua, de acordo com o sucesso de uma experiência científica preliminar realizada em Pequim, avança hoje a imprensa estatal. Quatro tipos diferentes de vegetais cresceram num «dispositivo de ecossistema artificial», um espaço de 300 m3 destinado a permitir que os astronautas produzam as próprias reservas de ar, água e alimentos durante as missões fora da atmosfera, destacou a agência oficial Xinhua.

Este sistema, que utiliza plantas e algas, «está destinado a ser utilizado em bases fora da Terra, na Lua ou em Marte», segundo a agência.

A experiência permitiu «a colheita de legumes frescos para refeições».

A China aspira ser o primeiro país asiático a chegar à Lua. Como parte do programa "Chang´e", o país já lançou duas sondas lunares, em 2007 e 2010.

O país também desenvolve rapidamente um programa para criar uma estação orbital permanente.

Lusa
 

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Re: Espaço
« Responder #289 em: Dezembro 05, 2012, 12:50:29 am »
Curiosity ainda não detectou material orgânico


As expectativas criadas há umas semanas pela declaração do coordenador da missão Curiosity, John Grotzinger, que indicava uma descoberta em Marte que “mudaria os livros de história”, saíram agora frustradas.
 
A única notícia é que o robô da NASA tem já prontas as mais completas análises do solo marciano. Ao contrário do que muitos esperavam “não foi ainda detectado, de forma definitiva, material orgânico em Marte”, explica Paul Mahaffy of NASA's Goddard Space Flight Center in Greenbelt, acrescentando que “vão continuar à sua procura nos diversos ambientes da Cratera Gale”.
 
A análise das amostras recolhidas pelos vários instrumentos que compõe o rover revela que o planeta tem uma química complexa: água, enxofre e cloro, entre outros ingredientes. Mas compostos que contenham carbono, os tais compostos orgânicos que podiam permitir a existência de vida não foram encontrados nestas primeiras análises.
 
O anúncio foi feito ontem durante o primeiro dia do Congresso da American Geophysical Union, que decorre em São Francisco (EUA) até à próxima sexta-feira.
 
Este encontro iniciou-se sob uma enorme expectativa umas semanas depois das declarações entusiásticas de Grotzinger. Esta deu lugar a uma certa decepção depois da intervenção inaugural levada a cabo pelos cientistas da NASA Michael Meyer, John Grotzinger, Paul Mahaffy, Ralf Gellert e Ken Edgett.
 
As análises realizadas pelo laboratório SAM detectaram que os gases provenientes das amostras do solo continham água e uma pequena quantidade de dióxido de carbono, oxigénio e dióxido de enxofre. Mas, explicam os investigadores, antes de se confirmar a existência de um componente orgânico é necessário não haver dúvida de que esse é 100 por cento marciano, não procedendo do instrumento que veio da Terra.
 
Os cientistas explicaram também que a detecção de várias substâncias durante esta primeira fase está a ser utilizada para provar a capacidade do laboratório e dos instrumentos para a analisar diferentes tipo de rochas e o solo marciano.

Ciência Hoje
 

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Re: Espaço
« Responder #290 em: Dezembro 05, 2012, 04:35:15 pm »
Nasa prevê enviar «sonda gémea» da Curiosity a Marte em 2020


Após a experiência bem-sucedida com a sonda Curiosity, a Nasa anunciou que tem planos para enviar um segundo robô para Marte em 2020. O equipamento vai auxiliar em pesquisas mais detalhadas no planeta vermelho. O orçamento previsto é de 1,5 mil milhões de dólares. O novo robô, ainda sem nome definido, será construído utilizando modelos e peças desenvolvidos para a Curiosity, o que ajudará a reduzir os custos. Será adoptado, por exemplo, o mesmo sistema de aterragem usado pela Curiosity quando chegou a Marte.

Assim como a Curiosity, a missão para enviar o novo robô para Marte será coordenada pelo Laboratório de Propulsão a Jacto da Nasa. No entanto, a agência espacial ainda precisa de estudar em que ponto do planeta a sonda vai aterrar e quais os instrumentos que serão levados para pesquisas no solo.

A expectativa da Nasa é que o novo equipamento seja mais um passo no sentido de permitir viagens de astronautas a Marte ainda antes de 2030. A sonda seria inovadora também porque daria a largada a projectos mais ambiciosos, como trazer para a Terra amostras de solo e de rochas, algo que a Curiosity não tem capacidade para fazer.

A Curiosity pousou no planeta vermelho no início de Agosto. O robô é o mais caro e sofisticado que a Nasa já enviou para pesquisas em busca de sinais de vida no planeta vizinho. A missão está programada para durar dois anos.

O projecto de construção foi atribulado. O orçamento ultrapassou os 2,5 mil milhões de dólares previstos e o tempo para o desenvolvimento do equipamento foi maior do que o planeado.

Além da Curiosity, a Nasa tem em Marte o robô Opportunity, enviado em 2003, e duas sondas que circundam o planeta.

Lusa
 

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Re: Espaço
« Responder #291 em: Dezembro 07, 2012, 05:53:56 pm »
Câmara fotográfica de astronauta ficou na lua até hoje


O comandante da última missão do projeto Apollo deixou a sua câmara fotográfica na lua há 40 anos atrás, na esperança de que um dia alguém a trouxesse de volta.

Eugene Cernan foi o último homem a caminhar na lua. Depois de 40 anos, a sua câmara fotográfica continua no mesmo sítio onde foi deixada, com a lente apontada para o espaço, diz o site do jornal britânico The Telegraph.

A câmara, uma 'Hasselbblad', usada para captar muitas das imagens da missão, foi deixada para trás na esperança de que um dia futuros astronautas a trouxessem de volta. O facto de ter sido deixada com a lente a apontar para o espaço não foi ao acaso. O objetivo era que a lente absorvesse radiação cósmica de modo a que, futuros astronautas, pudessem medir o nível da mesma. Este seria o último experiência da missão de 1972, diz o site do jornal britânico The Daily Mail.

O anúncio foi hoje feito pelo próprio Cernan, no 40.º aniversário da missão Apollo 17, a última do projeto. Atualmente com 78 anos, o astronauta expressou a sua tristeza pelo facto de as suas pegadas serem as últimas deixadas na superfície lunar, diz o mesmo jornal.

Após a missão de Cernan e da sua equipa, mais três missões estavam previstas. No entanto acabaram por não se realizar devido a cortes orçamentais. O astronauta acabou por admitir que ter deixado a sua câmara pode não ter sido uma boa ideia. "Eu deixei a minha Hasselblad lá com as lentes apontadas para o zénite, sendo a ideia um dia alguém a trazer de volta e descobrir o nível de deterioração que a radiação solar cósmica causou à lente", afirmou, citado pelo The Daily Mail.

O astronauta afirmou ser importante regressar à lua mas, antes, convém "criar lá uma base para podermos usar técnicas de propulsão mais avançadas", cita o mesmo jornal.

A câmara continua até hoje no mesmo lugar.

DN
 

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Re: Espaço
« Responder #292 em: Dezembro 07, 2012, 06:16:23 pm »
Regresso à Lua só com financiamento privado


Harrison Schmitt, astronauta da última missão do projeto Apollo, diz que o governo norte-americano não tem capacidade para voltar a enviar homens à Lua e que serão empresas privadas a financiar a exploração mineira no satélite.

No 40.º aniversário da missão Apollo 17, a última do projeto, um dos austronautas presentes nessa última viagem à Lua, Harrison Schmitt, defende que as empresas privadas vão apostar na exploração do satélite, não só com uma perspetiva mais turística, mas na expliração mineira.

Em causa está a extração de hélio-3, uma fonte de combustível difícil de se ter na Terra, mas que não falta na Lua. "Se se tiver uma razão para se construir foguetões, naves espaciais e máquinas de exploração mineira, os custos vão diminuir. O governo não tem capacidade para diminuir os custos onde seria económico fazê-lo", salientou Schmitt à BBC.

Para o antigo astronauta serão as empresas privadas a apostar na exploração mineira para a extração de hélio-3. Esta fonte de combustível é vista como o futuro, pois 25 toneladas pode permitir fornecer energia para todo o planeta durante um ano. Se na Terra há apenas a capacidade para produzir várias dezenas de gramas por ano, as estimativas, mais baixas, é que na Lua as reservas atinjam as 500 mil toneladas.

DN
 

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Re: Espaço
« Responder #293 em: Dezembro 14, 2012, 09:38:06 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Espaço
« Responder #294 em: Dezembro 21, 2012, 08:23:20 pm »
Supercomputador do ALMA instalado e a postos


Um dos mais poderosos supercomputadores do mundo encontra-se completamente instalado e testado a elevada altitude, num local remoto dos Andes do norte chileno. É o atingir de um dos marcos mais importantes relativos à conclusão do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), o telescópio terrestre mais complexo da história. O ALMA está quase pronto e será inaugurado em Março de 2013.

O correlador especializado, um componente essencial do ALMA, tem mais de 134 milhões de processadores e executa até 17 milhares de biliões de operações por segundo, uma velocidade apenas comparável ao supercomputador mais rápido de uso geral que existe em funcionamento actualmente.

O telescópio astronómico é composto por uma rede de 66 antenas parabólicas. Os 134 milhões de processadores combinam e comparam continuamente os ténues sinais celestes recebidos pelas antenas da rede ALMA, separadas entre si de distâncias que vão até aos 16 quilómetros, permitindo que as antenas trabalhem em conjunto como se de um único telescópio gigante se tratassem.

A informação recolhida por cada antena tem que ser combinada com a informação de todas as outras. Na sua capacidade máxima de 64 antenas, o correlador tem que executar 17 milhares de biliões de cálculos por segundo e que foi construído especificamente para esta tarefa, mas o número de cálculos por segundo é comparável ao desempenho dos mais rápidos supercomputadores de uso geral que existem actualmente.

"Este desafio informático único pedia um design inovador, tanto no que respeita aos componentes individuais como relativamente à arquitectura geral do correlador," segundo Wolfgang Wild, director de projecto europeu do ALMA , do Observatório Sul Europeu (ESO).

O design inicial do correlador, assim como a sua construção e instalação, foi liderado pelo National Radio Astronomy Observatory (NRAO, Observatório Nacional de Rádio Astronomia dos Estados Unidos), o principal parceiro norte-americano no ALMA. O projecto foi financiado pela National Science Foundation (Fundação Nacional Científica) dos EU, com o ESO.

"A construção e instalação do correlador foi o atingir de um enorme marco no culminar da participação da América do Norte no projecto internacional de construção do ALMA," disse Mark McKinnon, o director de projecto norte-americano do ALMA, do NRAO. "Os desafios técnicos foram enormes, mas a nossa equipa soube superá-los", acrescentou.

550 quadros de circuitos de filtros digitais

O correlador é um sistema versátil completamente novo de filtro digital, concebido na Europa e incorporado no design inicial do NRAO. Um conjunto de 550 quadros de circuitos de filtros digitais de vanguarda foi concebido. Com estes filtros, a radiação que o ALMA recolhe pode ser separada em 32 vezes mais intervalos de comprimentos de onda do que no design original, e cada um destes intervalos pode ser muito bem calibrado.

"Esta enorme flexibilidade é fantástica; permite-nos cortar o espectro de radiação que o ALMA vê e concentrarmo-nos nos comprimentos de onda precisos que são necessários para determinada observação, seja ela mapear as moléculas de gás numa nuvem de formação estelar ou procurar algumas das galáxias mais distantes do Universo," disse Alain Baudry, da Universidade de Bordeaux, o líder da equipa europeia do correlador ALMA.

Outro desafio foi o local extremo. O correlador encontra-se alojado no edifício técnico do local de operações da Rede ALMA (AOS), local com a mais alta tecnologia e que se situa a uma maior altitude. A 5000 metros o ar é rarefeito e, por isso, precisa-se do dobro do fluxo normal de ar para refrigerar a máquina, que consome cerca de 140 kilowatts de potência. Com este ar não se podem usar unidades de disco com sistemas giratórios para os computadores, uma vez que as cabeças de read/write precisam de uma almofada de ar, que impede que choquem com os seus suportes. Adicionalmente, a actividade sísmica é comum e por isso o correlador teve que ser desenhado de modo a suportar as vibrações associadas aos tremores de Terra.

O ALMA começou as observações científicas em 2011, com uma rede parcial de antenas. Uma parte do correlador estava já a ser utilizada para combinar os sinais vindos da rede parcial, mas agora o sistema completo encontra-se pronto. O correlador está pronto para o ALMA começar a operar com um maior número de antenas, o que aumentará a sensibilidade e a qualidade de imagem das observações.

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Re: Espaço
« Responder #295 em: Dezembro 23, 2012, 06:39:49 pm »
Resumo da actividade da NASA em 1968.
Actualmente, se não fosse a missão em Marte, parece que estamos parados no tempo.
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Re: Espaço
« Responder #296 em: Dezembro 26, 2012, 12:27:42 am »
Conceito de lançador reutilizável da SpaceX.
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Re: Espaço
« Responder #297 em: Dezembro 27, 2012, 06:03:09 pm »
NASA quer regressar à Lua em breve


Numa próxima missão à Lua, a Agência Espacial Norte-Americana NASA quer estudar as condições ambientais deste satélite natural, tendo em vista uma futura missão tripulada. Quando terminou a missão GRAIL – com as duas sondas a chocarem contra o solo lunar – a NASA estava já a trabalhar nesta nova operação. Os dados recolhidos pela GRAIL serão utilizados para permitir levar a cabo o novo projecto.
 
É mesmo provável que o ser humano volte a pisar a Lua em breve, mas para isso “os cientistas têm de ter mais informação acerca das condições ambientais do satélite e em especial da poeira lunar, o factor ambiental que representa um dos maiores problemas para os seres humanos na Lua”, informa a NASA em comunicado.
 
A poeira lunar é tão fina como pó de talco e suficientemente abrasiva para provocar problemas a longo prazo nas lentes e nos equipamentos mecânicos. É também perigosa para a saúde se a estadia na Lua for prolongada.
 
Actualmente, a NASA está a testar o Lunar Atmosphere and Dust Environment Explorer (LADEE), composto por um espectrómetro de ultravioleta que analisará a luz dos materiais da Lua, um espectrómetro de massas neutral, configurado para detectar diferenças na pouca atmosfera que há na Lua, e também um sistema que vai recolher e analisar as partículas de pó que flutuam à volta da atmosfera dispersa.
 
Além das experiências científicas, o LADEE será tecnicamente único em vários aspectos. Em primeiro lugar, é pioneiro em arquitectura modular e terá um novo sistema de comunicação que permite entrar em contacto com a Terra através de raios laser em vez de ondas de rádio. Tem também sistemas de energia melhorados que reduzem o seu custo.
 
Se esta tecnologia tiver êxito, é provável que se utilize em futuras missões de exploração lunar. Se tudo correr bem, a nave poderá ser lançada em Agosto de 2013.
 
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« Responder #298 em: Dezembro 30, 2012, 01:30:30 am »
 

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Re: Espaço
« Responder #299 em: Janeiro 02, 2013, 03:05:45 pm »
Viagens ao espaço podem acelerar doença de Alzheimer, diz estudo


As longas viagens ao espaço, como, por exemplo, uma missão a Marte, podem expor os astronautas a níveis de radiação cósmica prejudiciais ao cérebro e acelerar a doença de Alzheimer, indicou um estudo americano.O estudo financiado pela Nasa submeteu ratos a variadas doses de radiação, incluindo níveis comparáveis aos que os astronautas experimentariam durante uma missão a Marte.

Os ratos expostos à radiação foram muito mais propensos a não conseguir lembrar objectos ou lugares, o que sugere uma deterioração neurológica precoce.

«A radiação cósmica galáctica representa uma ameaça importante para os futuros astronautas», disse Michael O'Banion, professor da Universidade de Rochester e principal autor do estudo, publicado na revista científica PLoS ONE.

«Este estudo demonstra pela primeira vez que a exposição a níveis de radiação equivalentes a uma missão a Marte pode produzir problemas cognitivos e acelerar as mudanças no cérebro que estão associadas à doença de Alzheimer», explica.

A Nasa planeia missões tripuladas a um asteróide longínquo em 2021 e a Marte em 2035. Uma viagem de ida e volta ao planeta vermelho pode levar até três anos.

Enquanto o espaço está repleto de radiação, o campo magnético da Terra protege, em geral, o planeta e os seres humanos localizados numa órbita baixa da Terra destas partículas. Mas, uma vez que os astronautas saem da órbita terrestre, estão expostos a uma chuva de radiações diferentes.

Nos últimos 25 anos, a Nasa financiou pesquisas para determinar os riscos potenciais das viagens espaciais para a saúde humana, com o objectivo de desenvolver contra-medidas e determinar se estes riscos podem colocar em perigo as missões tripuladas prolongadas ao espaço profundo.

Vários estudos anteriores demonstraram o potencial de desenvolver cancro, doenças cardiovasculares e transtornos músculo-esqueléticos pelo impacto da radiação cósmica galáctica.

Mas o estudo da Universidade de Rochester examinou o potencial impacto da radiação espacial na neuro-degeneração e, em particular, nos processos biológicos no cérebro que contribuem para o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Os cérebros dos ratos também mostraram sinais de alterações vasculares e uma maior acumulação da beta-amilóide, a proteína «placa» que se acumula no cérebro e que é uma das características da doença.

Lusa