"Pois, caro colega, permita-me discordar. O que este Jornal regional veio fazer é serviço publico de duas formas. Apesar de curto, explicou o que não era muito difícil de concluir, que a LPM em muitas partes mais não é do que ficção, onde as verbas são claramente insuficientes para o que se pretende adquirir.
Fez também serviço publico ao mostrar como grande parte dos medias de âmbito Nacional mais não são que pasquins. Sempre prontos a citar um CEMA sem reflectir nem investigar o que se lhes está a ser dito.
Nunca tinha lido o "Região de Leiria", mas, pelo que li, vale bem mais a pena do que grande parte do que para ai anda."
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Mas o sentido de meter essa noticia foi mesmo esse. Estamos de acordo.
De comparar as intenções e as descrições que tem sido feitas, das pretensões faladas e, no fundo aquilo que acaba por efectivamente ser feito(pouco).
Toda a conversa à volta do alargamento das 200 para as 300 milhas, a conversa de Portugal virado para o Mar, a aposta no Mar, etc, tudo temática de vários discursos de ocasião de altos responsáveis.
Num Post do Face escrevi algo sobre o assunto de vários apanhados que fiz, sobre o estado da Marinha e a importância que tem na nossa dimensão marítima.
No fundo o povo não se interessa disso, por várias razões.
Primeiro a noticia que corre é que há navios e, fazem um mundo de coisas espectaculares publicitadas na comunicação social.
Quer lá saber a maralha se tem condições boas ou más para o fazer, radares, armas, outros equipamentos?

Alguém lhes diz que navegam e logo é o sonho molhado de quando éramos uma Nação de navegadores.
É sistematicamente mostrado o estado das finanças e apesar dos 24 mil milhões em bancos, continuam a dizer que os 2 submarinos afundaram o País, Tudo montado pelo lado politico que não esclarece que os 2 foram 900 milhões, apenas que não fazem falta e são brinquedos.
A maralha nem pensa, até referi uma vez que dava para quase 50 submarinos os tais 24 mil milhões metidos em bancos.
Depois as negociatas e as falhas brutais de ética politica que consomem recursos, mas continuam desde que se vá desviado os assuntos. Agora foi o Covid, mesmo a jeito de justificar carências, mas meteram mais 850 milhões num banco e ao que parece não se sabe como

Tem a ver com uma imagem que se dá, que é fictícia e, outra que não se dá, que é a necessidade de mostrar às pessoas a importância que tem ter uma Marinha decente, onde os seus profissionais possam cabalmente com eficácia e segurança cumprir as missões e até com relevo para o País .
Ficando o emblemático patriotismo apenas pelas coisas inflamadas da bola no europeu e os seus actores, a quem chamo heróis de papel, até porque alguns e digo sabendo em primeira mão, são muito pouco heróis e pouco ídolos(mas é outro assunto) .
É um problema cultural e outro politico, faltando dizem, também a força de quem devia bater na mesa para mostrar o estado das coisas. Mais mais que tudo logo à partida um sentido de Dever aos políticos.
As FA, tal como até acontece com as FS, só se falam nos momentos de ocasião.
Se gastassem os 850 milhões na Marinha conseguiam justificar menos do que no Banco? Importam-se sequer em justificar o gasto no banco? Então qual o problema em "gastar" na Marinha. Decerto as pessoas devidamente informadas percebiam melhor o investimento na Marinha do que enterrar em bancos, assim quisessem explicar.
É lamentável a imagem neste momento que se forma disto tudo. E mais lamentável o aspecto do futuro.