Light attack Aarcraft na Força Aérea: contributos para o poder aéreo e instrução avançada
Abstract(s)
O recurso a sistemas de armas de 4.ª e 5.ª geração na execução de missões de apoio aéreo próximo, patrulhamento e vigilância em ambiente não contestado, veio criar um desgaste não programado no potencial destas aeronaves com elevados custos associados. A possibilidade de recorrer a uma aeronave de ataque ligeiro nestes cenários começou a ser avaliada com o intuito de poupar sistemas mais desenvolvidos para missões onde as suas capacidades sejam fulcrais.
As Forças Armadas Portuguesas estão empenhadas em missões no âmbito da segurança cooperativa no continente africano e é desígnio nacional que estas se mantenham. No entanto Força Aérea Portuguesa não possuiu um sistema de armas para missões de combate adequado às restrições impostas nestes cenários.
Desde 2018, a Força Aérea Portuguesa não possui um meio orgânico para ministrar instrução avançada para formação de pilotos de combate.
Este estudo investiga a contribuição de uma aeronave de ataque ligeiro enquanto sistema de armas de instrução avançada e aeronave de ataque.
Recorrendo a um raciocínio dedutivo, concluiu-se que uma aeronave de ataque ligeiro se enquadra nas necessidades da Força Aérea Portuguesa enquanto sistema de armas de instrução avançada e aeronave de combate no apoio às Forças Nacionais Destacadas (FND) em África.
https://comum.rcaap.pt/bitstreams/dfe39876-65e1-4462-add6-1983c7bc398e/download
Ah, esse estudo. O "Estudo para justiticar à força toda a compra do Super Tucano para a FAP sem testar nem comparar com nenhum dos outros concorrentes."
Perguntem aos espanhóis que terão feito exactamente o mesmo estudo, e terão tirado conclusões completamente diferentes.
Perguntem também à FAP o que terá que acontecer caso se compre o F-35 no prazo de 10 anos, e a inegável necessidade de um avião de treino a jacto.
Ah, e vamos falar da comparação do treino BVR a fingir com uma aeronave a hélice, em detrimento de uma modelo a jacto que já possua radar e mísseis BVR?
Quais é que foram os termos da escolha mesmo? "Temos que comprar o ST, portanto tentem inventar razões para o justificar."
Porque é que teve que ser um LAA mesmo?
Não vale a pena… vão encontrar 30000 defeitos e claro que o PC-21 para instrução, ou FA-50 e/ou UAVs para CAS são muito melhores… este é daqueles tópicos que nem sei porque ainda existe, porque ninguém aqui vai mudar de opinião… vai ter que ser como com os KC, é ver para crer, e depois vão passar de bestas a bestiais em 2.5 segundos.
Podemos assegurar que os ST não vão passar de bestas a bestiais.
O que pode acontecer, é estes nunca serem usados para CAS, e aí vamos ter que questionar o porquê de se comprar um modelo mais caro à pala deste critério.
Ou pode acontecer serem usados para aquele tipo de missões, e teres um azar de uma aeronave ser abatida, e aí vão ver um "I told you so".
Resta-vos rezar que sejam usados para CAS e que nunca tenham um único problema na missão.
A autorização do Brasil para usarmos "os ST contra mercenários russos em África" - que, obviamente, nem coloco como hipótese ficar contratualizado (ie, os ST são nossos e podemos utilizar como e onde quisermos) - não é a questão; a questão é se eles podem fazer algo para nos impedir de o fazer, sendo que com o F-35 essa capacidade do país fabricante - para além da logística (que no F-35 é muito mais perigosa) - talvez possa acontecer através de "software"...
Vocês sabem que não é preciso estar contratualizado, para um país exercer pressão para não usares um determinado tipo se arma contra alvos "inconvenientes". Cortes nas relações diplomáticas, sanções, etc são também medidas aplicadas. Vocês esquecem-se que estamos a falar dum presidente que relativiza a invasão russa da Ucrânia.

Pesquisei a justificação para a utilização de aviões a hélice. Fiquei esclarecido e descobri que diversos países os usam com justificações lógicas.
Que países são esses conta-nos lá. Engraçado que a própria FAB andava de olho no M-346. Os espanhóis com 40 PC-21 ainda assim acharam crucial adquirir um modelo a jacto.
Mas calma, o tuga é que sabe!
Não têm muito que ver uma coisa é comprar guaranis depois de a Guerra começar outra coisa era tentar impedir a utilização de super tucanos depois de comprados... Nem era possível já que existem n países a utilizar. Nem se pode comparar aos F35 que liga diariamente aos servidores da LM...
Em primeiro lugar, nem eram Guaranis, eram Gepard e as suas munições (ou só as munições), para o Putin não ficar zangado.
Quanto aos ST e F-35, também existem N países a usar os F-35, países alinhados com Portugal, e com muito mais capacidades de resolver problemas com a questão da manutenção das aeronaves no caso de algum tipo de embargo.
Em contraste, se o Brasil bloqueasse o fornecimento de peças, quantos países alinhados com Portugal é que operam o ST, e que pudessem disponibilizar ajuda? Quantos destes se iriam opor ao Brasil? Provavelmente nenhum.
Com o esforço necessário que a FAP teria que fazer para poder usar os ST num TO de baixa intensidade, compensava mais usar outro meio existente para desenrascar, nomeadamente recorrer aos helicópteros já planeados para o EP.
O recurso a sistemas de armas de 4.ª e 5.ª geração na execução de missões de apoio aéreo próximo, patrulhamento e vigilância em ambiente não contestado, veio criar um desgaste não programado no potencial destas aeronaves com elevados custos associados.
Retirado do que o CdM postou.
Aqui vemos logo a primeira grande mentira associada a este programa.
Portugal nunca usou o F-16 para aquelas missões em ambiente não contestado. Portanto estão a justificar uma aquisição com base em algo que nunca aconteceu.
Esta mentira está associada a outra mentira, que é a urgência de apoio aéreo às nossas tropas em missões em África.
-A urgência é tal, que passado 7 anos do estudo, as forças no terreno continuam sem apoio aéreo.
-A urgência é tal, que nem sequer usaram, a título temporário, os "SA de 4ª geração" para resolver o problema durante estes 7 anos - retórica esta que serviu de pretexto no estudo.
Agora:
-se o apoio aéreo às FND era assim tão urgente, porque raio é que não se procuraram soluções imediatas, seja com meios existentes, seja com meios que pudessem ser adquiridos e colocados operacionais com relativa rapidez
ou não se pediu a outros membros da ONU, como é o caso de Angola ou Brasil para fazerem esta missão? -havendo uma necessidade de complementar os caças tripuladas, 4G ou 5G, com uma aeronave armada mais leve e barata, porque raio é que não fizemos como outros países europeus, comprando UCAVs, que permitiam cumprir estas funções, sem colocar pilotos em risco desnecessariamente?
Nós sabemos o porquê. Tínhamos que comprar o ST à força toda, e este é o único requisito que importa.
A ironia disto tudo, é que muitos dos que aplaudem esta aquisição, aparecem aqui a dizer que o futuro são os drones.
