Será que algum dia a Marinha terá capacidade, em termos de dinheiro e pessoal, para manter em simultâneo um navio de reabastecimento e um navio polivalente logístico?
cumps
Defina «manter em simultâneo». Simplesmente possuir os dois navios, ter os dois a participar activamente em exercícios/missões em simultâneo ou tê-los a navegar ao mesmo tempo?
Em termos de custos operacionais penso que provavelmente será mais fácil enviar um AOR e/ou um NAVPOL do que um JSS de uma só vez.
Em caso de catástrofe numa das regiões autónomas ou até mesmo fora de território nacional (pensem Cabo Verde onde já não seria necessário estar a enviar uma fragata ou outro navio em conjunto com um NAVPOL) seria mais económico enviar um navio "feito à medida" como o NAVPOL do que um JSS, mesmo que sem o pessoal a bordo para operar os equipamentos de reabastecimento. Mesma coisa para uma missão no Mediterrâneo ou como parte uma
Task Force internacional onde já provavelmente estariam inseridos outros AOR. Mesmo caso para um cenário em que seria apenas necessário a capacidade do AOR e onde uma grande capacidade de transporte de carga/veículos/pessoal, meios de aviação e instalações hospitalares não teriam qualquer valor acrescido.
Num cenário ao estilo Guiné-Bissau, um único navio JSS já poderia fazer o papel de AOR, durante o percurso, e de NAVPOL durante a evacuação de cidadãos nacionais ou durante uma outra operação militar. No entanto, em certas operações teríamos de estar a aproximar o JSS, com as suas maiores dimensões (maior alvo) e maior guarnição, da costa. O que em caso de uma Guiné-Bissau vem armada poderia trazer riscos elevados e grandes problemas.
Em termos de guarnição? Existem outras pessoas mais capazes para responder a essa questão. Mas com a substituição de navios mais antigos por navios mais modernos, que requerem guarnições mais pequenas, haverá uma libertação de pessoal. E mesmo sendo pessoal de outras especialidades que não terão cabimento num AOR ou NAVPOL, continua a ser pessoal que vai acabar por sair da Marinha e que liberta fundos para pessoal novo noutras especialidades ou talvez até seja pessoal que poderia mudar de especialidade.
Também apostando em sistemas em comum nos vários navios da Marinha, parte do pessoal poderá ser treinado para operar tanto o equipamento num AOR ou num NAVPOL. Fica a questão de até que ponto ou que com limitações.
O LPD vai ser construido PELA MARTIFER
Será o projecto original do NAVPOL?

Cumprimentos,