LPD- Navio Polivalente Logístico

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Alvalade

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1395 em: Março 26, 2015, 02:45:25 pm »
De qualquer forma o que retiro dai é que tirando estas lutas partidárias o Siroco é quase uma certeza.
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1396 em: Março 26, 2015, 03:28:23 pm »
Também me parece bluff, especialmente para os franceses baixarem o preço.

Ja agora, em caso de conflito na Europa, qual é a capacidade dos Portos dos Açores para acomodarem um navio desta envergadura? O do Funchal sabemos que aguentam com aqueles paquetes todos, os dos Açores nao sei!!
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1397 em: Março 26, 2015, 03:33:10 pm »
Citação de: "ACADO"
Também me parece bluff, especialmente para os franceses baixarem o preço.

Ja agora, em caso de conflito na Europa, qual é a capacidade dos Portos dos Açores para acomodarem um navio desta envergadura? O do Funchal sabemos que aguentam com aqueles paquetes todos, os dos Açores nao sei!!

Este governo e especialmente este MDN nunca se importaram com o que PS faz ou deixa de fazer, porque razão iam mudar de atitude agora?

MS Nieuw Amsterdam em Ponta Delgada

 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1398 em: Março 26, 2015, 05:11:47 pm »
Citação de: "ACADO"
Eu nao falei em Hélis de ataque, falei em Hélis de reconhecimento armados. Que são bem mais baratos q os nh90 e com a possibilidade de serem quase oferecidos uma vez que os Americanos estão a retira-los de serviço.
Assim como anteriormente ja tinha falado em comprarem mais lynx armados, tipo os do exercito Inglês.
É bem diferente.

E ja agora, quais é que são essas marinhas com experiência de combate que nao usam Hélis de escolta?

A última operação anfíbia a sério, i.e., entre inimigos relativamente do mesmo nível foi no conflito Falklands/Malvinas e foram utilizados Lynx e Gazelle da Fleet Air Arm e da RAF para as finalidades de escolta e reconhecimento (entre outras missões). Mas estamos a falar de uma marinha -- neste caso a Royal Navy -- que tem um conjunto de navios e estruturas especificamente concebidos para operações anfíbias -- em 1982 eram até mais extensas do que hoje em dia. Pelo seu raciocínio, como os britânicos utilizaram bombardeiros estratégicos nesse conflito (na altura ainda os possuíam), então também devíamos tentar adquirir uns B-1 ou B-52 em segunda mão só porque devemos copiar quem sabe.

No nosso caso, será (talvez) somente um único navio, numas forças armadas em que aeronaves de asa rotativa são relativamente escassas. Qual a razão de adquirir (mesmo que barato) helicópteros em final de vida que, certamente necessitam de upgrades, treinar tripulações, criar linhas logísticas novas para se poder dizer que podemos embarcar uma ou duas aeronaves num LPD? A FAP nem tem tripulações suficientes para os poucos helis que possui e ainda vamos adquirir mais? Se me disser que os Kiowa poderiam vir para substituir os ALIII nas missões actuais e também poderem vir a ser embarcados, tudo bem, agora virem especificamente para missões de escolta/reconhecimento a partir do LPD não faz sentido. Para essas missões, os actuais Lynx da Marinha com as M3M laterais servem perfeitamente para o tipo de missões ao nosso alcance.
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1399 em: Março 26, 2015, 06:17:30 pm »
Primeiramente apresento os meus mais respeitosos cumprimentos aos demais Foristas, e um especial louvor aos Administradores desta plataforma extremamente rica em partilha de informação.

Permitam-me agora, na qualidade de contribuinte deste Estado, e como cidadão desta Nação, mas que raramente vê (ao vivo!) o mar (acredito que de oportunidades...) que banha este nosso pequenino (de mentalidades, principalmente) mas também GRANDE País (Histórica, Cultural, Gastronómica mas também Cientifica e Tecnologicamente rico, entre muitas outras) atendendo às montanhas que rodeiam o local em que diariamente acordo, dizer que, em minha modesta opinião, a  aquisição deste equipamento, com a qual desde já assumo por princípio concordar, deveria ser analisada primordialmente não em termos de estratégia militar, discutindo quais os tipos de aeronaves mais indicadas para afundar outros navios de não sei bem que inimigos, mas sim, ao nível da estratégia política/económica que Portugal deve apostar em fortalecer, antes que seja tarde demais, com os PALOPs nas mais diversas vertentes.

Pelo que vi, um navio com estas características, pode aportar ajuda material e humana significativa em situações de catástrofe, assim como prestar apoio médico avançado aliada à capacidade para recolher cerca de 2000 pessoas numa situação de crise, pelo que, não entendo como pode alguém, partindo do princípio que a construcção de raiz de um semelhante importa em 300-400 M€, não significando uma vida operacional 4 ou 5 vezes a que este ainda terá, pelo preço de 80M€ a que tudo indica passíveis de redução, manifestar-se contrário a que tal decisão seja tomada.

Não querendo entrar na polémica da aquisição dos submarinos, acredito serem essas as nossas mais temidas forças num eventual mas improvável conflito bélico mais tradicional, mas certamente que nos teria sido bastante útil um artefacto destes aquando da última catástrofe na Madeira, não esquecendo do elevado risco de sinistros que os Açores também comportam.

Ainda pelos nossos arquipélagos, que interessante (ou melhor, soletrando: P R A Z E R) seria assistir pela TV, a uma operação de desembarque deste navio, de umas companhias de Fuzileiros e sua parafernália nos ditos calhaus das Desertas para acabar de vez com os malos vientos que por ali sopram às vezes...

Assim, e ainda que se trate de mais uma adição a todo um esforço contributivo já acrescido, em que forçosamente os Portugueses laboralmente activos nos encontramos, acredito ser verdadeiramente do Interesse Nacional a aquisição de um navio assim, e que nos parâmetros negociais em que este aparentemente se encontra, o momento será oportuno.

Os meus respeitosos cumprimentos, também a quem não concordar com esta posição.
« Última modificação: Março 26, 2015, 06:43:39 pm por Mendonca »
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1400 em: Março 26, 2015, 06:35:58 pm »
O PS que se fo....  :new_argue:
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1401 em: Março 26, 2015, 06:51:39 pm »
Desde já, bem-vindo ao Fórum  :G-beer2:

A vantagem de construir um novo seria que teríamos uma feito à "nossa medida". Como por exemplo a capacidade de levar 4 Merlins embarcados (cujo Siroco não tem capacidade), armamento que coincida com o já existente na marinha, as próprias dimensões do navio, entre muitas outras coisas... resumidamente, com as especificações da Marinha. Outras vantagens de se construir novo são, por exemplo, menor custo de manutenção e de operação, pois seria um navio com sistemas mais modernos e mais eficientes, mas também com um menor número de tripulantes.

Voltando ao assunto dos Helis de escolta, há sempre uma solução por muitos esquecida... helicópteros não tripulados, que não necessitam de pilotos, apenas operadores sentados num contentor algures no navio... penso que no mercado há actualmente apenas um, o MQ-8B, no entanto, apesar de ser um pouco caro, seria, em teoria, barato de operar e manter, e para certas operações serviria muito bem para as funções de escolta dos Merlin, visto poderem receber rockets e misseis anti tanque. Como é óbvio não terão a mesma capacidade bélica de um Kiowa Warrior como o Acado propôs, no entanto, sempre era melhor que nada e devido às suas dimensões, podiam até ser operados a partir de um NPO. Propunha então a aquisição de 5 ou 6 destes, não sendo exclusivamente para missões de combate a partir de um LPD, mas também para uso a partir dos NPOs, servindo e helicóptero orgânico o que ajudaria nas missões de patrulha, busca e salvamento e eventualmente, combate à pirataria. A isto juntava-se claro a capacidade de combate, tanto para missões de escolta armada, até reconhecimento da zona de desembarque e apoio aéreo próximo.
Outra opção, seria aquando da substituição dos All, adquirir um com capacidade de ser embarcado e operado a partir de um navio.
E ainda, os Lynx, substituir ou modernizar os 5 existentes e aumentar o número dos mesmo para 7 ou 8, de preferência para a versão mais recente, Wildcat, que, penso eu, na versão naval já terá capacidade de levar armamento ar-solo para além claro do canhão lateral que já temos em uso.



http://www.naval-technology.com/projects/navy-future-lynx/
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1402 em: Março 26, 2015, 07:38:14 pm »
Citar
Marinha avisa que navio logístico Siroco é "oportunidade única" para as Forças Armadas

(CORREÇÃO) Lisboa, 26 mar (Lusa)- A compra do navio polivalente logístico Siroco "constitui uma oportunidade única no contexto internacional" e é apoiada pelos quatro chefes das Forças Armadas, disse hoje à agência Lusa o porta-voz da Marinha, comandante Paulo Vicente.

Numa declaração à agência Lusa, o porta-voz da Marinha salientou que o navio "vem colmatar não só uma lacuna militar antiga, fortemente sentida na crise da evacuação de portugueses de áreas de instabilidade político militar no fim da década de 90, como também garantir uma capacidade autónoma de intervenção, rápida e disponível no país, na proteção civil para os arquipélagos da Madeira e Açores em caso de catástrofes ou calamidades".

O militar referiu que este navio é "disponibilizado pela França, em segunda mão, com 15 anos de operação, a um preço reduzido face à aquisição de um novo, o que constitui uma oportunidade única no contexto internacional", e que esta opção proposta ao ministro da Defesa reúne consenso dos quatro chefes militares. (No primeiro parágrafo, substitui "quatro ramos" por "quatro chefes" e, no segundo parágrafo, deve ler-se Marinha em vez de Armada)
http://visao.sapo.pt/marinha-avisa-que- ... as=f814739

Ler mais: http://visao.sapo.pt/marinha-avisa-que- ... z3VWRIaAuX
 

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faica

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1403 em: Março 26, 2015, 07:44:52 pm »
Ultima Hora

26 Mar 2015, 18:00





​A decisão de adquirir o Navio Polivalente Logístico (NPL) Siroco foi discutida em Conselho de Chefes de Estado-Maior tendo reunido o consenso da Marinha, do Exército e da  Força Aérea.
 

Deste modo, o General Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas propôs a S.Exa o Ministro da Defesa Nacional a adequabilidade e a oportunidade da aquisição deste navio.

 

Este navio está a ser disponibilizado pela França, em 2ª mão, com 15 anos de operação, a um preço reduzido, face à aquisição de um novo, o que constitui uma oportunidade única no contexto internacional.

 

Desde 2006 que a aquisição de um navio deste tipo estava prevista como uma necessidade premente de modo a colmatar uma lacuna detetada no Sistema de Forças. Infelizmente os custos de um navio novo impossibilitaram, até agora, a sua aquisição, num momento de fortes restrições financeiras.

 

Também em 2006 foi prevista a necessidade de modernização das Fragatas da Marinha que constituem parte da Capacidade Oceânica de Superfície da componente naval,  no Sistema de Forças.

 

A modernização das cinco fragatas foi planeada para ser implementada entre 2016 a 2022.

 

Face à enorme oportunidade da aquisição do NPL Siroco, foi considerado que a modernização das duas últimas fragatas, da classe Vasco da Gama, prevista decorrer entre 2018 a 2022, poderia vir a ser realizada noutros moldes, poupando dessa forma verbas que pudessem ser usadas para a aquisição do NPL Siroco.

 

Estas duas últimas fragatas sofreriam uma modernização em moldes diferentes que permitissem a sua utilização em cenários de baixa e média intensidade sem comprometer os compromissos nacionais na NATO, mantendo-as totalmente operacionais. Aliás a Marinha está a preparar um documento, a ser submetido ao MDN, em que considera ser possível incluir nesta modernização a Indústria de Defesa Nacional com vantagens para o desenvolvimento deste sector e capacidade nacional, recorrendo a novos sensores e software portugueses.

 

Também foi unanime, no Conselho de Chefes, que a configuração proposta para a Esquadra com a aquisição do NPL Siroco é mais equilibrada, mais polivalente e flexível, respondendo a um leque muito mais alargado de missões e contribuindo para uma valorização da Marinha no seio das nossas alianças militares. As Forças Armadas Portuguesas passam assim a ter uma capacidade que nunca antes tiveram que lhes conferirá uma mobilidade acrescida, autonomia e capacidade para atuar em terra, a partir do mar num raio alargado de Ação.

 

Este Navio vem colmatar não só uma lacuna militar antiga, fortemente sentida na crise da evacuação de portugueses de áreas de instabilidade político-militar no fim da década de 90, como também garantir uma capacidade autónoma de intervenção, rápida e disponível no país, na proteção civil para os arquipélagos da Madeira e Açores em caso de catástrofes, ou calamidades públicas.
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1404 em: Março 26, 2015, 08:00:54 pm »
Mais uma hipotese para escolta e tambem operacoes especiais.
O que nao falta sao bons equipamentos comprovados em combate.

O Navio vem aí, vamos começar a pensar nas proximas fases

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1405 em: Março 26, 2015, 08:15:21 pm »
@faica podias colocar a fonte da notícia ? ( E tenta enquadrar melhor o texto)  c34x
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1406 em: Março 26, 2015, 08:20:04 pm »
Caro Alvalade a fonte foi o site da marinha portuguesa dada ás 18h Esclarecimento sobre a eventual aquisição do NPL SIROCO

Na sequência de notícias vindas a público onde se questiona a posição dos Chefes Militares, nomeadamente a do Chefe do Estado-Maior da Armada, perante a eventual aquisição do Navio Siroco, a Marinha esclarece,depois reproduzem o texto que referi.
 
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1407 em: Março 26, 2015, 08:20:53 pm »
Marinha:Compra do Siroco implica modernizar "noutros moldes" duas das cinco fragatas

por Manuel Carlos Freire Hoje

A Marinha esclareceu esta quinta-feira que planeia modernizar duas fragatas em moldes diferentes das outras três para poupar verbas que permitam comprar o navio polivalente logístico (NPL) francês Siroco.

As duas fragatas em causa, da classe Vasco da gama, "sofreriam uma modernização em moldes diferentes que permitissem a sua utilização em cenários de baixa e média intensidade sem comprometer os compromissos nacionais na NATO, mantendo-as totalmente operacionais", afirmou a Marinha, num "esclarecimento sobre a eventual aquisição do NPL Siroco" enviado às redações.

Esta posição surge na sequência da mudança de voto do PS na aprovação na especialidade da Lei de Programação Militar (LPM), levando o ministro da Defesa a ponderar cancelar as negociações com a França para a compra do Siroco - proposta por unanimidade pelo Conselho de Chefes de Estado-Maior.

O PS aprovou a LPM na generalidade, há algumas semanas. Posteriormente, perante a hipótese de Portugal adquirir o Siroco em segunda mão por 80 milhões de euros, o ministro José Pedro Aguiar-Branco apresentou o caso ao PS - via deputado João Soares, segundo as fontes do DN - e recebeu luz verde para avançar em consenso com os socialistas.

Porém, na terça-feira, o deputado Marcos Perestrello anunciou a abstenção do PS durante a votação na especialidade por questionar a não inclusão da compra do Siroco na LPM, assim como o impacto que essa aquisição terá na não modernização de duas das cinco fragatas em uso pela Marinha - e que foi assumido por este ramo das Forças Armadas até pelo menos 2018, segundo fontes ouvidas pelo DN ao longo das últimas semanas.

Contudo, face aos dados oficiais de "longo prazo" em termos de orçamento (1,1% do PIB) e de efetivos, parece improvável que a Marinha consiga manter cinco fragatas operacionais e integrar uma nova unidade naval - a maior na frota portuguesa, com 168 metros e um número de marinheiros e custos de manutenção equiparáveis a uma fragata - quando não aumentará o seu quadro de militares para criar uma sexta guarnição nem terá mais verbas para operar, manter e sustentar um NPL daquela dimensão.

Acresce que, à luz da lei aprovada em 2014 e para vigorar pelo menos até ao fim da década, a Marinha terá de ter "capacidade para projetar e sustentar, em simultâneo, duas unidades navais de tipo fragata, para participação nos esforços de segurança e defesa coletiva".

Isto não significa ter duas fragatas operacionais em simultâneo, pois o Siroco é da família, observaram fontes ouvidas pelo DN. Logo, com a compra daquele NPL, a segunda unidade naval do tipo fragata seria uma das atuais cinco - o que permitiria ter apenas mais duas (a exemplo do argumento usado para defender a compra de três submarinos em vez de dois).

Note-se que, sendo o quadro de restrições orçamentais um dado adquirido para os próximos anos, a lei em vigor e acordada com os chefes militares definiu o orçamento das Forças Armadas em 1,1% do PIB, podendo variar entre mais ou menos 0,1%, assim como um efetivo máximo entre os 30 mil e os 32 mil militares - incluídos os da reserva na efetividade de serviço.

A Marinha, no seu esclarecimento, diz que a compra de um NPL estava prevista de 2006 como sendo "uma necessidade premente". Porém, "os custos de um navio novo impossibilitaram até agora a sua aquisição, num momento de fortes restrições financeiras".

Certo é que essa necessidade é reconhecida desde o terramoto que atingiu os Açores em 1980, mas foi sendo colocada em segundo plano face à prioridade da Marinha em adquirir fragatas (as duas últimas na segunda metade dos anos 2000) e submarinos, conforme têm reconhecido ao DN diferentes fontes políticas e militares - até do próprio ramo - ao longo dos anos.

http://www.dn.pt/politica/interior.aspx ... 43&page=-1
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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1408 em: Março 26, 2015, 08:22:50 pm »
E a incógnita da modernização das fragatas continua... que modernização estava/está prevista? E as duas fragatas que não vão ser modernizadas serão duas das VdG? Não faz grande sentido na minha opinião, pois assim é como se passássemos a ter três classes de navios, pois uma das três vasco da gama terá sistemas diferentes das duas restantes (isto, claro está, se a modernização envolver radares, armamentos, sistema de combate, etc.). Lado positivo, se assim for, irá obrigar à modernização mais rápida das restantes por questões de homogeneidade de meios.
 

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Re: LPD- Navio Polivalente Logístico
« Responder #1409 em: Março 26, 2015, 08:37:26 pm »
Citação de: "P44"
por Manuel Carlos Freire Hoje

Acresce que, à luz da lei aprovada em 2014 e para vigorar pelo menos até ao fim da década, a Marinha terá de ter "capacidade para projetar e sustentar, em simultâneo, duas unidades navais de tipo fragata, para participação nos esforços de segurança e defesa coletiva".

Isto não significa ter duas fragatas operacionais em simultâneo, pois o Siroco é da família, observaram fontes ouvidas pelo DN. Logo, com a compra daquele NPL, a segunda unidade naval do tipo fragata seria uma das atuais cinco - o que permitiria ter apenas mais duas (a exemplo do argumento usado para defender a compra de três submarinos em vez de dois).
Impressão minha ou está um bocado confuso. Algum camarada consegue "traduzir" esta parte?