Tecnologia Portuguesa

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Chicken_Bone

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« Responder #420 em: Maio 05, 2009, 09:40:52 pm »
André: na minha crítica seguinte só estou a a referir-me ao trabalho jornalístico (ou falta dele) por parte da Lusa e não a ti que a colocaste.

Essa notícia está terrivelmente incompleta, porque é tão vaga. A única coisa de jeito é que anuncia que o gajo recebeu um prémio, aparentemente importante.
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André

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« Responder #421 em: Maio 06, 2009, 04:52:38 pm »
Citação de: "Chicken_Bone"
André: na minha crítica seguinte só estou a a referir-me ao trabalho jornalístico (ou falta dele) por parte da Lusa e não a ti que a colocaste.

Essa notícia está terrivelmente incompleta, porque é tão vaga. A única coisa de jeito é que anuncia que o gajo recebeu um prémio, aparentemente importante.



Vê se esta tá melhor ...  :arrow: Docente do ISEP sugere substituição de articulações humanas por cartilagem sintética

A substituição sintética da cartilagem humana poderá revolucionar a vida de milhares de pessoas. “No futuro, poderá ser uma solução definitiva e não uma opção transitória”, adiantou ao Ciência Hoje  João Lima Lopes, o investigador e docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), responsável pelo projecto . Esta proposta recebeu o “Best Power Award” no V Simpósio Internacional de Materiais, que decorreu em Abril em Lisboa, organizado pela Sociedade Portuguesa de Materiais e pelo Instituto Superior Técnico.

“As articulações danificadas podem ser substituídas por cartilagem sintética e permitir que o doente tenha uma vida normal enquanto espera pela regeneração da cartilagem através da engenharia de tecidos que, por norma, tem um elevado tempo de espera”, admite João Lima Lopes.

O docente do ISEP adianta ainda que, “já existem vários materiais propostos para substituição de cartilagem danificada, estes apenas serão realmente aplicáveis se a extensão da zona afectada for reduzida ou se as suas propriedades mecânicas e tipológicas (isto é, o seu desempenho ao atrito e ao desgaste) forem as adequadas. Assim, em termos de propriedades mecânicas, muito trabalho tem sido feito, no entanto, no que toca aos aspectos tipológicos há alguma escassez de informação”, afirma o investigador.

Para João Lima Lopes, se o método de substituição for aplicável “o material sintético seria colocado no defeito, constituindo uma continuidade na superfície da cartilagem danificada”, onde segundo o docente, existem detritos, partículas, “de cartilagem que irão ser absorvidas pela membrana sinovial”, mas ate que isso aconteça, as partículas "soltas' vão danificar a superfície extremamente lisa da cartilagem sã”.

A substituição sintética das articulações humanas poderá ajudar as pessoas com artrite reumatóide, que sofreram algum acidente, que são obesas ou que sofrem de deficiências congénitas, o que pode “obrigar à substituição de um membro do corpo humano têm agora uma nova esperança de tratamento”, como explica João Lima Lopes.  

O investigador analisou que “é possível processar materiais sintéticos com propriedades semelhantes às da cartilagem articular natural, nomeadamente baixo atrito e considerável resistência mecânica, para que possam substituir parcialmente zonas danificadas da cartilagem”.

O material usado para a constituição da cartilagem sintética é o hidrogel, que segundo João Lima Lopes, é um material que “absorve água mas que mantém uma certa rigidez”. “O que pretendemos fazer é, para esta aplicação específica, obter uma combinação de dois materiais sintéticos que já existem, no sentido de encontrar a proporção adequada que confira ao material as propriedades mecânicas semelhantes às da cartilagem natural, permitindo um compromisso entre coeficiente de atrito e taxa de desgaste.”

Ciência Hoje

 

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Chicken_Bone

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« Responder #422 em: Maio 06, 2009, 09:21:55 pm »
Embora continue a achar que a notícia não é grande coisa, sim está bastante melhor! :D

Para não fugir ao tópico, vai uma notícia para complementar a dos mecos que descobriram mais mesões.

 Cientistas da Universidade de Coimbra e do IST descobrem 5 novas partículas
Partículas subatómicas foram encontradas por uma equipa de físicos e vão melhorar a compreensão dos mecanismos básicos da matéria.  



Citar
Eef Van Beveren, investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade de Coimbra, e George Rupp, investigador do Instituto Superior Técnico de Lisboa, coordenam uma equipa de físicos que acaba de encontrar cinco novas partículas subatómicas.

A descoberta foi feita a partir de uma modelo matemático original desenvolvido pela equipa, que decifrou os resultados de uma série de experiências feitas em aceleradores de partículas nos EUA, Rússia, Japão e Alemanha. E vai ser publicada na "EuroPhysics Letters", a revista científica europeia de referência na área da Física.

Segundo a FCT, esta descoberta "é essencial para um melhor conhecimento e compreensão dos mecanismos básicos da matéria do Universo". As cinco novas partículas são mesões, isto é, partículas contituídas por um quark e um anti-quark. O quark é um dos dois elementos básicos da matéria (o outro é o lépton).

"Foi uma enorme surpresa e satisfação encontrar, no sítio certo, estas cinco partículas, cuja existência eu e o George Rupp já suspeitávamos há trinta anos", afirmou Eef Van Beveren, acrescentando: "Demos um passo de gigante utilizando o nosso modelo único da dinâmica dos quarks com o objectivo de aumentar o conhecimento da Física das Partículas".


http://aeiou.expresso.pt/cientistas-da- ... --=f512802
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Chicken_Bone

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« Responder #423 em: Maio 09, 2009, 01:17:42 pm »
Português desenvolve terapia para corrigir as articulações

por DIANA MENDESHoje

João Lopes está a testar quais os materiais que podem ser utilizados para corrigir defeitos e lesões nas articulações. Há milhares de portugueses com artrite reumatóide, obesidade ou lesões traumáticas que podem beneficiar destes novos materiais no futuro. No entanto, a substituição total de cartilagem ainda está muito distante, garante o investigador.

Citar
Um investigador português está a desenvolver um material que pode vir a ser aplicado em articulações que estejam parcialmente danificadas, na sequência, por exemplo de doenças como a artrite reumatóide, obesidade e até traumas relacionadas com acidentes. A equipa de investigação está a desenvolver o material mais indicado para aplicar nas cartilagens. O passo seguinte será testá-lo em animais.

O trabalho está a ser desenvolvido por João Lopes, docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto, no âmbito da sua tese de doutoramento no Centro de Tecnologias Mecânicas e de Materiais.

O investigador contou ao DN que, até agora, "os resultados têm sido animadores, porque os materiais já têm compatibilidade comprovada. Estamos a optimizar estes materiais para que tenham um bom desempenho em termos de atrito e desgaste", salienta o investigador.

A utilização de materiais sintéticos semelhantes à cartilagem articular pode ser "utilizada desde que o defeito não seja muito extenso. No futuro, pode ser que o consigamos fazer com a totalidade da cartilagem", avança. "A ideia é conseguirmos colocar um material que preencha o defeito e em que sejam colocadas células do paciente para que cresçam e formem nova zona de cartilagem. Mas isso ainda não é possível para já".

O caminho, enquanto se investiga a substituição sintética de tecidos, como a pele e o osso (mas não a cartilagem), é a substituição parcial. A cartilagem é o tecido sem vasos e nervos que une dois ossos. Quando fica degradada ou é destruída, os ossos ficam em contacto, o que afecta a mobilidade e é extremamente doloroso para o doente.

Habitualmente, "quando há pequenos defeitos, são retirados os resíduos que se desprendem da cartilagem. Faz-se uma espécie de abrasão. A alternativa é retirar parte da cartilagem da articulação e colocar tecido de outra zona que não seja tão solicitada".

Desenvolvendo um novo material para substituição da cartilagem, "reparamos o defeito sem causar outro", refere João Lopes. Neste momento, estão a ser testados e desenvolvidos vários materiais: "Nós vamos usar hidrogéis, que são materiais que absorvem água mas que continuam com resistência mecânica", diz, acrescentando que a cartilagem é um hidrogel do ponto de vista mecânico, e que é composta por 60% a 80% de água.

Nos casos em que a lesão é grave, é comum ser restaurada através da substituição por uma prótese. Como ainda não é possível substituir os tecidos, esta é a alternativa. No entanto, a colocação de uma prótese, especialmente se se tratar da anca ou do joelho, nem sempre é totalmente eficaz, porque ao fim de dez ou quinze anos, começam a surgir problemas.

Para já ainda não é possível saber se esta 'cartilagem' será durável ou se poderá ter de ser substituída. João Lopes ressalta ainda que "mesmo que o material não substitua as próteses, poderá ser usado no revestimento das próteses de metal e polímeros.
 
Lesões de desporto e traumas

Rui André, presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia não acredita que os 40 mil doentes com artrite reumatóide sejam os principais a beneficiar destes novos tecidos, mas sim os doentes que foram vítimas de acidentes, ou traumas ou lesões desportivas.

"Doenças como a artrite reumatóide são inflamatórias e continuam a destruir os tecidos, por isso não faz sentido substituir partes da a cartilagem. A única solução para a fase aguda é aplicar remédios contra a inflamação e a aplicação de uma prótese quando a articulação está destruída", frisa o responsável.

Mas faz sentido aplicá-la a pessoas que sofreram um acidente ou que tenham uma lesão. É o caso dos desportistas, que fazem muitas lesões nos joelhos ou nas ancas", avança. Aí, as lesões são localizadas e não vão proliferar.

Apesar de tudo, os investigadores esperam beneficiar as pessoas com obesidade, que causa muitos problemas articulares, ou as que tenham determinadas deficiências congénitas (de nascimento).


http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interi ... id=1226702
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André

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« Responder #424 em: Maio 12, 2009, 02:46:57 pm »
Português descobre duas novas espécies de aranhas


Um especialista da Universidade de Coimbra descobriu duas  novas espécies de aranhas em Portugal. Após a confirmação feita por uma universidade suíça, o biólogo quer aprender mais sobre as suas utilidades para o ser humano. Mas para isso terá de emigrar, pois afirma não existirem condições no País para se dedicar ao estudo destes animais.

Chamam-se Tegenaria barrientosi e Parapelecopsis conimbricensis as duas novas espécies de aranhas descobertas em Portugal. O achado foi feito pelo biólogo da Universidade de Coimbra Luís Crespo. Apesar de a descoberta ter sido feito em 2004, só agora chegou a certeza de que estas duas espécies ainda não tinham sido descritas pela ciência.

Este achado pode abrir caminho para novos estudos sobre a evolução da espécie, cujo conhecimento tem várias utilidades para os seres humanos.

As duas aranhas chegaram às mãos de Luís Crespo em 2004, depois de uma colega da universidade as ter recolhido como amostra de mestrado. "Analisei a aranha e, em conversa com o meu colega Pedro Cardoso, decidimos envia-la para a Suíça para ter a certeza que era uma espécie nova.", explicou o biólogo ao DN.

Foi na Universidade de Basileia que a amostra foi analisada pelo especialista Angelo Bolzern. E foi pelas "diferenças no aparelho reprodutor" - algo que demorou a analisar pois há aranhas com sistemas reprodutores semelhantes - chegou-se então à conclusão que se poderiam adicionar mais duas espécies de aranha à lista de 819 que existem no nosso País - contas feitas pelo próprio Luís Crespo - e às cerca de 170 mil de todo o mundo. Isto apesar de ainda só estarem referenciadas 40 mil espécies, como revelou o investigador.

"As aranhas têm um papel importante no equilíbrio dos ecossistemas e podem até ser úteis para a sociedade", refere o investigador que explica que o facto de as aranhas serem pouco sociáveis não deixa as pessoas compreenderem a utilidade que estas podem ter para a espécie humana.

O biólogo dá alguns exemplos sobre a utilidade desta espécie: "Quando são feitos estudos de impacto ambiental é analisada a quantidade de aranhas existentes, pois elas são bons indicadores biológicos." A seda produzida pelas aranhas também é estudada e o investigador fala mesmo numa "corrida" para se tentar compreender o mecanismo de produção de seda destes animais que é melhor que a dos próprios bichos-da-seda.

O objectivo destes estudos é sintetizar a seda das aranhas. "Desta forma consegue-se um material mais impermeável, que não apodrece, que é muito resistente e que pode ser utilizado para se fabricar roupa", explica.

Outra utilidade destes insectos passa por se estudar as suas toxinas: "A análise do veneno das aranhas pode ser usada para se criarem fármacos para as doenças do foro nervoso", conta o biólogo.

"Ainda nada se sabe acerca do comportamento" das duas novas espécies, a não ser que uma delas - a Tegenaria barrientosi - pertence a uma família de aranhas que constrói teias junto ao solo, onde aguarda pela queda da presa, explicou o especialista.De cor acastanhada, a Tegenaria barrientosi tem um corpo com cerca de sete milímetros, enquanto a Parapelecopsis conimbricensis, de cor escura, mede entre dois a três milímetros. Esta medida é feita sem contar o comprimento das patas.

DN

 

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comanche

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« Responder #425 em: Maio 13, 2009, 12:32:06 am »
Tecnologia inovadora promete "revitalizar" o sector


Uma nova tecnologia de produção de calçado desenvolvida pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC) Porto promete "revitalizar" a indústria portuguesa do sector através de consideráveis ganhos de produtividade.


Citar
Designada 'One Step Production Process', a nova tecnologia consiste, segundo o INESC, num "sistema de produção revolucionário" que permitirá às fábricas portuguesas "produzir em simultâneo vários modelos de construção de calçado com uma única linha de montagem".

"Todas as fases produtivas, desde o corte à montagem, estão integradas num único sistema, o que se traduz no aumento da rapidez e variedade de produção e na capacidade de responder aos prazos de encomenda cada vez mais curtos das grandes multinacionais", destaca o INESC em comunicado.

No contexto actual de deslocalização das fábricas das principais marcas de calçado para países como China e Índia, o 'One Step Production Process' assume-se como "uma resposta para voltar a fixar a produção de calçado em Portugal", dotando as fábricas da tecnologia necessária para manter no país a produção com elevado valor acrescentado, caracterizada por pequenas quantidades e grande variedade.

De acordo com o INESC Porto, a empresa portuguesa Kyaia, detentora da marca Fly London, foi a primeira a adoptar a tecnologia, tendo obtido "ganhos de produtividade superiores a 15 por cento ao dia e uma redução do tempo de produção para metade", porque a nova tecnologia permite usar a mesma linha de montagem e os mesmos recursos humanos para produzir em simultâneo diversos modelos de construção de calçado.

Desta forma, os trabalhadores de uma fábrica já não necessitam de estar dispostos pela sequência de produção de um determinado modelo de construção de sapatos, passando antes a ocupar um posto fixo, em que "é a tarefa a ir ter com eles".

Segundo o INESC, para além dos ganhos de produtividade conseguidos, eliminam-se ainda stocks e desperdícios e reduzem-se os custos de produção, o que aumenta a competitividade portuguesa no sector.

A tecnologia 'One Step Production Process' nasceu do projecto europeu Cec-Made-Shoe, um investimento de 20 milhões de euros co-financiado em 50 por cento pela Comissão Europeia que em 2008 conquistou o prémio GAPI-CTCP Tecnológica 2008 do Centro Tecnológico do Calçado em Portugal pela sua componente inovadora.

 

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André

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« Responder #426 em: Maio 13, 2009, 04:25:15 pm »
Critical Software desenvolveu tecnologia para a ESA


Os satélites Herschel e Planck, que a Agência Espacial Europeia lança quinta-feira numa das suas mais complexas missões, leva a bordo um sistema operativo adaptado e qualificado pela empresa portuguesa Critical Software.

Em nota de imprensa, a empresa revela que integrou o consórcio industrial europeu, liderado pela Thales Alenia Space, que desenvolveu o sistema operativo dos computadores dos dois satélites.

O objectivo era adaptar e qualificar o sistema operativo dos computadores desses dois satélites para uma missão que é considerada das mais complexas de sempre da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

Os satélites foram desenvolvidos em paralelo e partilham o mesmo tipo de computador e plataforma. O software básico que controla o hardware mais crítico e o computador em si é baseado num sistema operativo de tempo real que a Critical Software adaptou e qualificou especificamente para estas missões, acrescenta.

«As missões Herschel e Planck são as missões mais complexas alguma vez desenvolvidas pela ESA. A Critical Software foi chamada numa fase difícil do desenvolvimento. Os recursos que podem ser lançados para o espaço são sempre limitados e o sistema operativo excedia bastante os recursos de memória e processamento disponíveis no computador de bordo de cada satélite», explica.

A empresa portuguesa diz que «conseguiu resolver o problema, adaptou e optimizou o sistema para que este cumprisse com os constrangimentos que existiam, sem comprometer a sua fiabilidade», evidenciando assim o seu conhecimento em sistemas espaciais complexos.

Os dois satélites – salienta a Critical Software - representam «importantes feitos alcançados pela tecnologia europeia». Ambos vão ter de enfrentar uma viagem de quatro meses a partir da Terra, para uma órbita que se situa a aproximadamente 1,5 milhões de quilómetros da Terra.

O satélite Herschel é o maior observatório de infravermelhos colocado no espaço. Tem aproximadamente 7,5 metros de altura, quatro metros de diâmetro e uma massa de lançamento de cerca de 3,4 toneladas.

Está equipado com o maior espelho integral alguma vez construído para um telescópio espacial (3,5 metros de diâmetro), e instrumentos que serão mantidos à temperatura de 0,1 K (-273,05 ºC, apenas 0,1 ºC acima do zero absoluto), o que fará com que seja o objecto mais frio do Universo durante o tempo de vida da missão, permitindo observar comprimentos de onda nunca anteriormente explorados.

O Planck irá recolher e caracterizar a Radiação Cósmica de Fundo, considerada a radiação fóssil do Universo, a primeira luz libertada após o Big Bang, utilizando receptores de rádio extremamente sensíveis e que operam a temperaturas bastante baixas. Tem 4,2 metros de altura, um diâmetro máximo de 4,2 metros e uma massa de lançamento de cerca de 1,9 toneladas.

Com a escolha destas designações para os satélites a ESA presta homenagem a Max Planck, fundador da teoria quântica e um dos mais importantes físicos do século XX, e a Frederick William Herschel, astrónomo descobridor dos raios infravermelhos.

A Critical Software é uma empresa internacional que desenvolve soluções inovadoras e fiáveis para o suporte a sistemas críticos orientados à missão. Entre os seus clientes contam-se também a NASA, a agência espacial americana.

Lusa

 

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André

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« Responder #427 em: Maio 14, 2009, 02:30:11 am »
Pombos não se orientam pelo odor

Investigadores da Universidade de Lisboa concluíram ser falsa a antiga crença de que os pombos e outras aves utilizam os odores naturais para construir um «mapa olfactivo» que os orienta no regresso a casa.

A descoberta foi recentemente publicada na revista Current Biology, por Paulo Jorge e Alice Marques, cientistas do Centro de Biologia Ambiental (CBA) da Faculdade de Ciências, que realizaram várias experiências com pombos na estação de campo do CBA, na Herdade da Ribeira Abaixo em Grândola.

Os cientistas expuseram pombos jovens e inexperientes a odores totalmente novos, que não transmitem qualquer tipo de informação sobre a localização espacial, ao contrário dos odores naturais.

Numa nota enviada à Lusa, a Universidade de Lisboa refere que o resultado da experiência foi uma «grande surpresa para os cientistas e para a comunidade científica em geral».

Os jovens pombos conseguiram regressar ao local de partida, tão bem quanto os pombos expostos a odores naturais, demonstrando que o papel dos odores não é a construção de um mapa olfactivo, mas sim a de activar nos pombos um sistema de integração que não se baseia em pistas olfactivas.

«O presente trabalho, alicerçado numa experiência simples mas muito engenhosa, prova que é possível abalar crenças estabelecidas há várias décadas, no seio da comunidade científica e fora dela, e perspectiva novas direcções na investigação deste fantástico comportamento» , lê-se na nota.

Muitas espécies de aves fazem grandes percursos sem perder a capacidade de encontrar o caminho de regresso «a casa», um comportamento ainda mais conhecido nos pombos que conseguem percorrer centenas de quilómetros e voltar ao lugar de onde partiram.

Os cientistas portugueses abalaram uma antiga crença, mostrando que o papel dos odores é mais subtil do que se pensava.

Lusa

 

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Chicken_Bone

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« Responder #428 em: Maio 24, 2009, 12:27:04 pm »
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Portuguesa Gameinvest desenvolve novo videojogo em parceria com americanos
A Gameinvest, empresa portuguesa de videojogos, anunciou hoje o estabelecimento de uma parceria com a RealGames, divisão de jogos casuais da empresa americana RealNetworks, para o desenvolvimento de um novo jogo na área do PC Download.
Germano  Oliveira

A Gameinvest, empresa portuguesa de videojogos, anunciou hoje o estabelecimento de uma parceria com a RealGames, divisão de jogos casuais da empresa americana RealNetworks, para o desenvolvimento de um novo jogo na área do PC Download.

A Gameinvest já está a desenvolver o produto, que irá ser distribuído posteriormente pela RealGames nos três mercados onde opera – Europa, América Latina e Estados Unidos.

“Trabalhar directamente com a RealNetworks permitir-nos-á atingir uma audiência ainda mais abrangente e chegar até novos jogadores”, refere a directora-geral da Gameinvest, Mariana Cardoso, em comunicado.

No ano passado, a empresa portuguesa lançou o Toy Shop Tycoon para a Nintendo DS, entre outros jogos. A caminho está já o novo “Hysteria Hospital: Emergency Ward”, a ser lançado em Junho para PC, Nintendo DS e Wii. Para Julho, está previsto o lançamento do jogo “Defenders of Law”, para PC Download.


http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=369180

Por onde anda o Comas?
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Chicken_Bone

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« Responder #429 em: Maio 25, 2009, 11:46:39 am »
Arquitectos portugueses criam material de construção que funde betão com a natureza

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Dois arquitectos portugueses criaram um híbrido entre betão e matéria orgânica, por onde vegetação pode nascer e crescer espontaneamente. Chamam-lhe betão orgânico e afirmam que pode reduzir os riscos de cheias e devolver os espaços verdes aos grandes centros urbanos.

"Essencialmente é um híbrido composto por betão normal misturado com terra compactada, que permite o crescimento de vegetação", explica João Ferrão, um dos arquitectos envolvidos neste projecto. O material pode ser utilizado na pavimentação de espaços exteriores, revestimentos de rampas e muros de suporte. “Não está pensado para lajes ou outros elementos estruturais de um edifício, mas tem capacidade de carga suficiente para que automóveis possam circular sem que o material perca as suas propriedades”, afirma o arquitecto.

João Costa Ribeiro, o outro criador do betão orgânico, aponta como principal vantagem deste híbrido a capacidade de absorver e reter água. "Ao longo dos anos as cidades tornaram-se progressivamente impermeáveis, aumentando com isso o risco de inundações", explica. "O betão orgânico é muito permeável e permite contrabalançar esta tendência".

O arquitecto acredita também que este material pode devolver a natureza aos espaços urbanos, cada vez mais artificiais. "A vegetação está cada vez menos presente nas nossas cidades", defende João Costa Ribeiro. “As calçadas, que permitiam uma mistura entre pavimento e área plantada têm sido trocadas por materiais de produção industrial, que separam a natureza daquilo que é artificial”. O betão orgânico será então “uma forma de fundir a natureza com o inorgânico”.

A ideia surgiu em 2003, quando a empresa de ambos, a Extrastudio, submeteu a concurso um projecto de remodelação do Father Collins Park, em Dublin, na Irlanda. Os arquitectos, inspirados na vegetação que cresce entre as rupturas do asfalto, idealizaram um modo de “misturar de forma orgânica os edifícios do parque com o resto da paisagem natural envolvente”, conta João Ferrão. “Queríamos que os caminhos que ligam os edifícios aos campos circundantes se desvanecessem ao entrar em contacto com o verde da natureza”. O projecto acabou por não vencer o concurso mas, no final desse ano, os arquitectos desenvolveram os primeiros protótipos, em gesso, daquilo que viria a ser o betão orgânico.

Em 2005, apresentaram um protótipo na quarta edição da ExperimentaDesign- Bienal de Lisboa, que nesse ano tinha o lema de “O meio é a matéria”. A participação neste evento despertou a atenção para o projecto e rapidamente começaram a ser contactados por inúmeros interessados no material. “Desde arquitectos paisagistas até empresas com intuitos mais comerciais, todos nos pediam quantidades enormes de betão, até 10 mil metros quadrados”, conta João Ferrão. As propostas chegaram “da Alemanha, Inglaterra, China, Brasil, mas acima de tudo dos Estados Unidos e da Europa do Norte.” As finalidades que cada um dos interessados queria dar ao material também eram bastante distintas. “Pediam-nos de tudo, desde parcerias para desenvolver betão com cinzas incorporadas na Coreia do Sul, até utilizações verticais em fachadas de edifícios.”

No entanto, os arquitectos viram-se obrigados a recusar todas estas propostas ambiciosas, pois não tinham ainda os meios para produzir quantidades tão grandes de betão. “Somos arquitectos, obviamente que produzir materiais não estava, na altura, dentro das nossas competências”, diz João Ferrão.

O projecto ficou esquecido durante algum tempo até que, em 2007, a empresa portuguesa AMOP propôs uma parceria para desenvolver o material. Depois de vários protótipos e testes, o material será finalmente aplicado no pátio de uma casa desenhada pelo arquitecto Gonçalo Byrne, inserida no projecto Vila Utopia, em Carnaxide.

Apesar de já terem o primeiro cliente, os arquitectos ainda estão a estudar qual a melhor forma de comercializar o material. “Estamos a discutir com a AMOP se o material será um produto de luxo ou algo que seja produzido em massa”, diz João Ferrão. Os arquitectos tendem mais para a segunda alternativa, mas colocam algumas reservas. “Tememos que, caso o betão orgânico seja vulgarizado, comece a ser mal aplicado”, esclarece João Costa Ribeiro.

O arquitecto receia que o material tenha o mesmo destino que as grelhas de enrelvamento, estruturas de betão que também permitem o crescimento de vegetação no seu interior. “É um produto com potencial, que pode ser aplicado de forma semelhante ao nosso, mas muitas vezes reparo que é utilizado de forma errada”, diz. “Há estacionamentos de centros comercias que, por se localizarem em reservas ecológicas nacionais, precisam de grelhas de enrelvamento. Mas este material exige manutenção a longo prazo, é preciso que a vegetação seja regada e tratada. Essa manutenção é normalmente esquecida e, ao fim de algum tempo as grelhas tornam-se em nada mais do que betão com terra batida no meio. O betão orgânico é um material muito mais complexo e necessita também de um maior cuidado.” Mesmo com estas incertezas sobre o futuro do produto, os arquitectos acreditam que o material estará disponível no mercado ainda este ano.


http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1381829
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André

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« Responder #430 em: Junho 05, 2009, 04:53:31 pm »
Portugal é País convidado de certame de ciência e tecnologia


Depois da Finlândia, no ano passado, Portugal é, em 2009, o país convidado de honra do 5.º Salão Europeu de Investigação e Desenvolvimento, que hoje termina, em Paris. Ciências da vida, ciências do mar, robótica, soluções tecnológicas para simplificação de processos e novos produtos são  alguns dos exemplos de modernidade que Portugal levou à Cidade das Luzes.

Robótica oceânica e o trabalho desenvolvido no estudo do fundo marinho, na Zona Económica Exclusiva, para a extensão da plataforma continental; o Alert, um novo sistema de gestão hospitalar, que já está a ser exportado; um outro para detecção automática de incêndios, ou ainda casos de inovação na biotecnologia. Estes são alguns dos exemplos de investigação, tecnologia e inovação desenvolvidas nos últimos anos em Portugal que estão em destaque no 5º Salão Europeu de I&D (Investigação e Desenvolvimento), que hoje termina em Paris, e no qual Portugal é o país convidado de honra.

"Este convite resultou de um reconhecimento do percurso de Portugal nesta matéria e de sermos neste momento o país europeu com o maior crescimento científico", afirmou ao DN o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago que participou na conferência inaugural do salão, em Paris, na quarta-feira.

"Os esforços constantes em matéria de investimento em pesquisa e inovação" e a "competência científica reconhecida em certos sectores de actividade, em particular os das nanotecnologias e das energias renováveis", foram motivos apontados por François-Denis Poitrinal, o presidente do certame, citado pela Lusa.

Na conferência e mesa-redonda sobre o tema "Investigação e Desenvolvimento perante o desafio da recuperação económica", que abriu o salão, esteve sobretudo em foco o papel que o investimento em investigação e desenvolvimento podem ter no combate à crise e no fortalecimento da economia.

Mariano Gago defendeu, como contou ao DN, que "esse investimento, nesta altura, deve aumentar, e não diminuir".

Essa foi de resto, também, a opinião manifestada pelos participantes das empresas francesas e europeias de base tecnológica presentes no debate. "Ficou claro que, no actual contexto, esse será um factor de selecção natural no tecido empresarial, para o futuro", sublinha o ministro da Ciência.

No ano passado, o país convidado de honra do salão foi a Finlândia, "o que significou para nós também uma grande responsabilidade", explicou, por seu turno, ao DN Lino Fernandes, presidente da Agência de Inovação que, juntamente com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, organizou a participação portuguesa no certame.

"Optámos por utilizar apresentações multimédia sobre os indicadores de crescimento de Portugal nesta área e uma variedade de exemplos de inovação tecnológica desenvolvida em Portugal", explica Lino Fernandes.

Cerca de 150 empresas portuguesas de base tecnológica estão representadas no salão de Paris, conta também com exemplos de tecnologias para a simplificação da burocracia na administração pública.

Hoje, o futuro das tecnologias do mar está em destaque numa conferência pelos investigadores António Pascoal, do Instituto de Sistemas e Robótica, e Pedro Afonso, da Universidade dos Açores.

DN

 

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André

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« Responder #431 em: Junho 06, 2009, 04:38:23 pm »
Português revoluciona transmissão de dados

 
Daniel Fonseca desenvolveu uma forma de duplicar a capacidade de transmissão das redes de fibra óptica, imprescindíveis para serviços como a Internet, a televisão ou as comunicações móveis 3G. O invento do engenheiro português foi desenvolvido no âmbito de uma tese de doutoramento do Instituto Superior Técnico e não implica custos acrescidos.

Tentar "resolver problemas" e encontrar "alternativas mais eficientes" para todo o tipo de dispositivos electrónicos já era um passatempo para Daniel Fonseca muito antes de se tornar numa perspectiva de carreira. "No nosso liceu, as Oficinas de São José, em Lisboa, conseguimos fazer uma estação de rádio sem nunca termos uma antena. Basicamente, utilizámos a estrutura eléctrica do edifício todo como antena. Não tinha grande alcance, mas já dava para cobrir a área de toda a escola."

Agora, aos 32 anos, este engenheiro electrotécnico do departamento de investigação da Nokia/Siemens é responsável por um conjunto de patentes, em fase de desenvolvimento para o mercado, com potencial para revolucionarem as transmissões de dados em fibra óptica. Um invento desenvolvido no âmbito de uma tese de doutoramento que concluiu no Instituto Superior Técnico (IST) e que permite duplicar a sua capacidade sem perda de qualidade e com poucos custos adicionais.

A fibra óptica, para a qual o Governo português negociou recentemente empréstimos internacionais da ordem dos 800 milhões de euros, é uma forma de transmissão de dados através da luz, que ocupa um papel cada vez mais imprescindível em serviços como a Internet, a Televisão e as comunicações móveis de 3.ª geração.

E as "soluções" propostas pelo investigador lisboeta, caso "provem os seus méritos" na difícil competição internacional da inovação tecnológica, interessam ao mundo inteiro.

As patentes desenvolvidas por Daniel Fonseca consistem no recurso a novas técnicas de modulação óptica e processamento electrónico que permitem aumentar a eficácia da fibra óptica sem ter de alterar as redes existentes. "A solução que foi proposta é híbrida", explica. "Utilizando os recursos de transmissão que existem hoje em dia e mudando só o transmissor e o receptor, os pontos terminais da rede, consigo aumentar significativamente o seu desempenho."

Os destinatários da tecnologia são os operadores de telecomunicações, aos quais a empresa vende os equipamentos com que gerem as suas redes. Mas o interesse para o consumidor é óbvio: "Quanto maior for a largura que banda que nós disponibilizamos, maior qualidade terão esses serviços para o utilizador. E se a empresa conseguir melhorar a qualidade sem grandes custos adicionais, então pode fazer essa melhoria sem aumentar os preços".

Daniel Fonseca não é o primeiro português a desenvolver tecnologias com grande potencial. E o facto de as suas patentes terem surgido no seguimento de uma tese de doutoramento que concluiu no IST também já tinha precedentes.

De resto, existem já neste momento várias micro e pequenas empresas nacionais a desenvolverem ideias baseadas no trabalho de antigos universitários.

O que torna o caso de Daniel Fonseca raro - para não dizer único - é que esta pesquisa nasceu de uma parceria formal entre uma grande multinacional e uma instituição do ensino superior nacional. Actualmente, no nosso País, são ainda raras as grandes empresas (e não há nenhuma portuguesa) a apostarem directamente neste tipo de colaboração.

O investigador acredita, no entanto, que essa é uma realidade que está a mudar rapidamente: "Há benefícios para as duas partes. As empresas têm acesso aos últimos desenvolvimentos teóricos, enquanto as universidades têm a oportunidade de ter um contacto mais directo com a aplicação prática das inovações."

DN

 

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André

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« Responder #432 em: Junho 09, 2009, 05:26:04 pm »
Nova tecnologia portuguesa anti-terrorismo recebe prémio europeu

 
Uma nova tecnologia de desactivação de explosivos, que utiliza pequenos projécteis impulsionados por jactos de água, desenvolvida por investigadores da Universidade de Coimbra (UC), foi premiada numa conferência europeia de armas não-letais.

A nova técnica envolve um dispositivo portátil, accionado por controlo remoto: uma pequena carga explosiva acelera os jactos de água, os quais transportam pequenas agulhas de encontro ao explosivo-alvo, desactivando-o.

“Vão chocar com o explosivo e fragmentá-lo mas sem o explodir”, disse hoje José Carlos Góis, um dos investigadores do Laboratório de Energética e Detónica (LEDAP) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

A nova tecnologia, que se encontra em fase de testes laboratoriais “tem funcionado bem”. Segundo o investigador, actua próximo das cargas explosivas a desactivar “para não desviar os projécteis da sua trajectória”, frisou.

Resulta de um trabalho que vem sendo desenvolvido nos últimos sete anos na UC e representa, segundo o coordenador e principal investigador do projecto, o ucraniano Igor Plaksin, “um grande avanço nas tecnologias para neutralizar, de forma cirúrgica, materiais extremamente perigosos”.

“Diariamente, em todo mundo, são descobertos artigos suspeitos de conter dispositivos perigosos, potencialmente, para aplicações terroristas e criminais. É imperativo desenvolver continuamente tecnologia de ponta, capaz de neutralizar e eliminar, de forma segura, esses dispositivos”, acrescentou.

Desenvolvida pelo LEDAP e Associação para o Desenvolvimento Industrial da Aerodinâmica (ADAI) da FCTUC, foi distinguida recentemente com o prémio de melhor poster científico na Conferência Europeia de Armas Não-Letais, realizada na Alemanha.

Combate ao crime organizado

Igor Plaksin considera a distinção “muito estimulante” para o trabalho desenvolvido pelos investigadores da Universidade de Coimbra, ainda mais por serem oriundos de “um país pequeno e com recursos limitados”.

“É indicador da importância e atenção que a sociedade internacional atribui à prevenção e detecção do terrorismo e ao combate ao crime organizado”, frisou. O galardão foi atribuído por um grupo de trabalho europeu relacionado com este tipo de armas, que engloba investigadores universitários e especialistas das forças policiais e militares de Itália, Rússia, Reino Unido, Suíça, França, Suécia e Alemanha, entre outros países.

Portugal faz-se representar por um consórcio que reúne a PSP, Ministério da Administração Interna e Universidade de Coimbra, através do LEDAP, o único laboratório nacional de investigação e desenvolvimento a trabalhar com produtos explosivos.

CiênciaHoje

 

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André

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« Responder #433 em: Junho 18, 2009, 11:43:25 pm »
Universidade de Aveiro convidada a colaborar com o CERN


A Universidade de Aveiro (UA) foi uma das 58 universidades/Centros de investigação convidadas pelo CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) para desenvolver investigação em torno dos detectores gasosos (detectores de radiações) tendo em vista futuros melhoramentos nos vários detectores do acelerador de partículas Large Hadron Collider.

Os resultados do trabalho desenvolvido em Aveiro, através da área de Detecção da Radiação e Imagiologia Médica (DRIM) do pólo de Aveiro do Laboratório Associado I3N, terão aplicações directas no campo da imagiologia e física médica.

O desenvolvimento que a tecnologia dos detectores de radiação tem vindo a sofrer tem permitido avanços significativos no campo da física das partículas. Para além do seu uso generalizado na física de partículas e na física nuclear, os detectores gasosos têm sido utilizados em muitas outras áreas, nomeadamente na investigação em astro-partículas e em aplicações nas áreas da imagiologia médica, ciências dos materiais e segurança.

Estes detectores apresentam, ainda, algumas limitações que podem comprometer o seu uso em importantes experiências futuras, uma vez que não permitem conjugar os elevados fluxos de radiação esperados e a necessária resolução espacial. Estas dificuldades podem ser ultrapassadas com os detectores gasosos recentemente desenvolvidos, baseados em sistemas amplificadores micro-estruturados (MPGD–Micro Patterned Gaseous Detectors), os quais têm permitido o aparecimento de novos conceitos de detectores e aplicações.

No sentido de conjugar esforços numa coordenação eficiente para o avanço no desenvolvimento dos MPGDs e das tecnologias associadas, foi criada, por iniciativa do CERN, uma colaboração internacional que envolve cerca de 300 pessoas de 58 universidades e centros de investigação de excelência, pertencentes a 21 países.

Esta colaboração, denominada «CERN – RD51 – Development of Micro-Pattern Gas Detectors Technologies», visa o desenvolvimento de investigação nessa área, tendo em vista futuros «upgrades» nos vários detectores do LHC e em aplicações directamente relacionada com a física fundamental (como, por exemplo, na busca da matéria negra) e com a sociedade no geral (Imagiologia e física médica, inspecção e segurança).

Ciência Hoje

 

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André

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« Responder #434 em: Junho 24, 2009, 07:40:33 pm »
Docente português recebe prémio mundial da HP

António Luís Pinto Ferreira de Sousa, professor da Universidade do Minho, foi distinguido com o prémio da segunda fase do programa mundial de investigação HP Labs Innovation Research Program, anuncia a HP.

 concurso estiveram 60 projectos de 46 universidades de 12 países da Europa, América, África e Ásia, todos eles agraciados com prémios do HP Labs, o pólo central de investigação da HP.

«Há mais de uma década que o grupo de Sistemas Distribuídos da Universidade do Minho se tem dedicado ao estudo e construção de sistemas confiáveis. A iniciativa dos HP Labs constitui o reconhecimento, por uma empresa de referência, da importância desta temática num tópico emergente como é o Cloud Computing. A renovação do prémio por mais um ano, é o reconhecimento do trabalho efectuado, o que nos enche de orgulho e motiva ainda mais para continuarmos o trabalho desenvolvido», afirmou António Sousa.

O HP Labs Innovation Research Program visa proporcionar a docentes, institutos de investigação e universidades a oportunidade de desenvolver pesquisas avançadas em colaboração com a HP.

«Os premiados vão trabalhar com os investigadores dos HP Labs na pesquisa em áreas como infra-estruturas inteligentes, interacção imersiva e serviços de cloud computing, que inclui computação social», anuncia a HP.

SOL