Tecnologia Portuguesa

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comanche

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« Responder #360 em: Março 21, 2009, 11:56:26 pm »
Empresa sueca aposta na FMUP para desenvolver ferramenta de diagnóstico da asma


Software de apoio à decisão médica será gratuito para todos os médicos europeus

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O Cintesis, Unidade de Investigação da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), assinou com a empresa sueca Aerocrine um contrato para o desenvolvimento de um sistema de apoio à decisão médica que vai permitir interpretar com maior precisão os resultados dos testes de óxido nítrico exalado – a mais recente ferramenta de diagnóstico da asma, que avalia a inflamação das vias aéreas.

A Aerocrine é líder mundial em testes médicos de medição de óxido nítrico exalado. O software que vai ser desenvolvido pela FMUP chama-se ENO.VIS (Exhaled Nitric Oxide. Values Interpretation System).
 


O desenvolvimento do ENO.VIS vai reunir o trabalho de sete profissionais portugueses, entre médicos, especialistas em informática e matemáticos. A ferramenta estará concluída em meados de 2010.

De acordo com o professor João Fonseca, investigador do Serviço de Bioestatística e Informática Médica e coordenador do projecto, a "equipa de investigação da FMUP vai extrair dos trabalhos científicos existentes, sobre a avaliação do teste de óxido nítrico exalado, um conjunto de regras que serão utilizadas no software que irá ser desenvolvido".

Diagnóstico seguro

Esta aplicação será disponibilizada online gratuitamente pela Aerocrine a todos os médicos Europeus. Desta forma, “os médicos poderão identificar mais facilmente as pessoas com inflamação das vias aéreas, permitindo uma maior segurança no diagnóstico de asma".

Embora a presença de óxido nítrico nas vias aéreas seja uma forma fidedigna de avaliar se existe inflamação e, consequentemente, asma, os valores de referência, que servem para distinguir os estado normal do não-normal, variam de indivíduo para indivíduo de acordo com a idade, género, peso e altura, existência de alergias, hábitos tabágicos, entre outros factores.

Como muitos destes resultados são difíceis de interpretar, esta ferramenta terá um impacto importante na acuidade do diagnóstico.

A mesma equipa de investigação da FMUP desenvolveu recentemente para o grupo Bial outro sistema de apoio à decisão médica, o CTRL+Asma, que verifica se a asma está ou não sob controlo, e que será lançado em breve.
 

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comanche

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« Responder #361 em: Março 22, 2009, 12:09:08 am »
A1PG:Fábrica no Algarve começa a laborar no Verão de 2010


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A futura fábrica da A1GP, a erguer junto ao Autódromo Internacional do Algarve, representa um investimento “entre os 40 e os 70 milhões de euros” e deve começar a produzir monolugares no Verão de 2010.

A afirmação foi feita à Agência Lusa pelo empresário luso-sul-africano Tony Teixeira, presidente da A1GP - Taça das Nações de Desporto Automóvel, um campeonato entre 23 países no qual Portugal - que é representado por Filipe Albuquerque - ocupa o terceiro lugar, após a 10ª das 14 corridas.

A A1GP tem contrato com a Ferrari para fornecimento de motores até 2014, e está a negociar a sua renovação até 2016, mas Tony Teixeira frisou que a fábrica, a instalar no Parque Tecnológico da Parkalgar, junto a Portimão, será uma unidade da sua empresa e não da marca italiana.

“Já assinámos os contratos com a Câmara [Municipal de Portimão], já adquirimos o terreno à Parkalgar. Agora estamos a fazer o projecto de construção e gostávamos de começar a construir a fábrica o mais depressa possível, daqui a mais ou menos dois meses”, disse.

O projecto ainda não foi aprovado por Tony Teixeira nem pela Administração da A1GP, mas o empresário, que está radicado no Algarve há pouco mais de um ano, adiantou que, “para começar”, a unidade terá “entre 20 e 27.000 metros quadrados”, incluindo os escritórios e os armazéns.

A ideia é transferir de Inglaterra para o Algarve toda a estrutura da A1GP, excepto as relativas ao marketing e às transmissões televisivas, de modo a que o campeonato passe a ser “made in Portugal”.

“O investimento que trazemos para Portugal é o que a A1GP custou até hoje, que é mais ou menos 700 milhões de euros. Porque a A1GP cede o investimento completo, o que vale a A1GP, o que é a A1GP. Vem tudo para Portugal, não só a fábrica. O que eu gostava de ver era uma companhia completamente portuguesa”, disse Tony Teixeira.

Segundo o empresário, o investimento no Algarve “é total” e em Inglaterra só ficam baseados o marketing e as transmissões televisivas, “porque é ali que se fazem os negócios” dessas áreas. “Mas o resto vai ser uma coisa totalmente feita em Portugal, por Portugal para o Mundo”.

Apesar de hoje o campeonato empregar cerca de 700 pessoas, a intenção é começar por criar “um mínimo de 300 a 350 empregos” no Algarve, para onde os responsáveis da A1GP pretendem transferir “tecnologia de carros de corrida e ‘know-how’”.

“Gostávamos de criar empregos em Portugal, não de trazer 700 pessoas para cá. Gostava de começar a formar portugueses em aerodinâmica, motores, caixas de velocidades e componentes e de transferir essa tecnologia para Portugal. Para começar, gostávamos de criar um mínimo de 300 a 350 empregos”, disse.

Inicialmente, o projecto previa a criação de 700 postos de trabalho, mas “o Mundo mudou um bocado nos últimos sete meses” e o aumento do número de empregos vai depender de quantos monolugares das categorias A2 e A3 a empresa conseguir vender para iniciar os respectivos campeonatos em 2011.

A categoria A3, cujos monolugares terão 180 cv, vai consistir em campeonatos de desenvolvimento para jovens pilotos de 15 ou 16 anos saídos do karting, enquanto a A2 será composta por campeonatos nacionais cujo vencedor depois vai representar o respectivo país na A1GP.

Os monolugares A2 e A3 serão produzidos no Algarve, e “exportados por Portugal”, numa fábrica a edificar junto àquela onde vão ser fabricados os chassis e montados os carros da A1GP - cerca de 40, incluindo os de testes -, além de se proceder à sua reparação e manutenção entre provas.

“Quantos mais A2 e A3 vendermos ao Mundo, mais empregos se criam. Mas o projecto que tínhamos feito há sete meses teve de andar um bocado para trás por causa da economia do Mundo. Vamos montar a nossa fábrica em função das ordens de compra que formos tendo para a A2 e a A3””, sublinhou o patrão da A1GP.

Tony Teixeira espera que, “com o tempo”, os seus parceiros se instalem em torno das fábricas A1GP e A2/A3, que devem estar a laborar em Março/Abril e Julho/Agosto de 2010, respectivamente, criando um “cluster” para fornecer as suas unidades fabris.

“Não só vamos montar os carros e fazer os chassis aqui, como gostávamos que os nossos parceiros, no A1GP, no A2 ou A3, também estivessem cá. Quanto mais for feito em Portugal, melhor, seja carbono, sejam peças”, referiu, recordando: “Um carro leva, mais ou menos, 1.700 peças e gostávamos que cada vez mais essas peças fossem feitas cá”.

Após ter visitado Holanda, China, Malásia, Nova Zelândia e África do Sul, onde foram disputadas duas corridas em cada circuito, as próximas duas provas da A1GP disputam-se no Autódromo do Algarve, em 10 de Abril, antes de o calendário encerrar na Grã-Bretanha, em 01 de Maio.
 

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André

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« Responder #362 em: Março 22, 2009, 01:46:49 pm »
Empresa de Ponte de Lima constrói casas amovíveis de granito




Tem 24 toneladas de peso, podem ser deslocadas de um lado para o outro, não precisam de alicerces, ficam prontas em três meses e custam 60 mil euros. São casas pré-fabricadas em granito, "made in" Ponte de Lima.

"São casas modulares, que normalmente não pagam impostos, embora esta não seja uma questão linear, já que há diferentes interpretações de câmara municipal para câmara municipal", disse, à Lusa, José de Brito, um dos administradores da "Graniminho", empresa com sede em Arcozelo, Ponte de Lima.

Além desta questão, o empresário sublinhou que a grande vantagem destas casas em relação às convencionais é que as pessoas as podem levar com elas, sempre que decidirem mudar de morada.

"É quase aquilo a que se chama andar com a casa às costas. Imagine que instala a casa num determinado local e chega à conclusão que não gosta da vizinhança. É só pegar nela e levá-la para um outro local, mais sossegado", acrescentou.

A casa tipo é um T2, com 48 metros quadrados e 24 toneladas de peso, e o seu custo ronda os 60 mil euros.

Denominada "granihouse", pode ser utilizada como casa de campo, de praia, apoio à piscina, abrigo de montanha, bungalow, camping, anexo "ou tudo o que a imaginação do cliente desejar".

"Em três meses, a casa fica pronta a habitar, num conceito chave na mão. Nós levamos a casa ao terreno do cliente e instalámo-la, ou em cima de uma pequena laje de betão ou em pilares de granito. Se um dia, por acaso, o cliente decidir mudar de ares, é só contactar-nos que nós trataremos de lhe levar a casa para a sua nova morada", disse ainda José de Brito.

Com estrutura de aço no interior, a casa é revestida, no exterior, com uma camada de 20 centímetros de granito e é "servida" totalmente equipada com móveis de cozinha, forno, placa, exaustor, roupeiros dos quartos, sanitários, mobiliário da casa de banho, isolamento térmico e acústico e todas as redes eléctrica, de águas e de esgotos.

Neste momento, a Galiza, em Espanha, é o principal mercado da Graniminho, uma empresa em funcionamento há cerca de um ano e que também já "exportou" casas pré-fabricadas em granito para França.

"No mercado português ainda estamos agora a penetrar, lentamente, que a vida não está fácil, mas penso que, aos poucos, as pessoas se vão aperceber que esta é uma casa que vale a pena", disse ainda José de Brito.

O empresário garantiu que, até agora, a fábrica nunca foi contactada para fazer a mudança de qualquer casa.

"Quer melhor prova do que esta de que os clientes ficam mesmo satisfeitos com a casa que lhe levamos a casa?", rematou, com algum humor.

Lusa

 

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comanche

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« Responder #363 em: Março 24, 2009, 12:12:47 am »
Dislexia: Investigadora da UTAD ganhou concurso da Fundação Marie CurieDislexia: Investigadora da UTAD ganhou concurso da Fundação Marie Curie

23 de Março de 2009, 16:33


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Vila Real, 23 Mar (Lusa) - A investigadora e reeducadora da Unidade de Dislexia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Ariana Ferreira Loff, venceu o concurso internacional "Marie Curie Early Stage Researcher", que reuniu centenas de concorrentes de todo o mundo.

Atribuído pela Fundação Marie Curie, em Clermond-Ferrand, Franca, este prémio traduz-se na atribuição de uma bolsa para doutoramento, num posto de investigação da Universidade de York, sob a direcção da professora Margaret Snowling, prestigiada internacionalmente na investigação da dislexia.

O centro de investigação daquela Universidade inglesa é considerado um dos melhores centros do mundo no estudo dos processos cognitivo-linguísticos envolvidos na dislexia.

Ariana Loff, 26 anos, natural do Funchal, Madeira, parte sábado para Inglaterra, onde vai permanecer durante os próximos três anos.

Para a investigadora a atribuição deste prémio é um "orgulho" e representa o reconhecimento do trabalho de investigação que está a promover desde que terminou o curso na UTAD, há três anos.

Ariana Loff apresentou ao concurso um projecto de investigação integrado numa rede de estudo científico sobre desenvolvimento da literacia ("ELDEL - enhancing literacy development in european languages").

A jovem portuguesa foi seleccionada entre centenas de concorrentes de todo o mundo.

"É a concretização de um sonho. O trabalho na área dislexia tem sido uma paixão crescente à qual tenho dedicado a maior parte do meu tempo e energia", frisou.

Aliciante, para Ariana, vai ser também trabalhar com pessoas "sobre as quais leu nos livros" e conhecer investigadores de outros países.

O projecto vai ser desenvolvido em simultâneo em cinco países - Espanha, França, Inglaterra, Eslováquia e República Checa.

A Unidade de Dislexia da UTAD, criada em 2005, funciona no Departamento de Educação e Psicologia, sob a direcção científica e técnica da professora Ana Paula Vale.

Trata-se de um serviço de extensão da universidade, cujo objectivo principal é realizar diagnóstico e reeducação de dificuldades de aprendizagem da leitura/escrita e dislexia, assim como outras condições associadas, tais como, perturbações da linguagem, discalculia e défice de atenção.

O serviço, que está ainda articulado com outras actividades, como uma linha de investigação sobre aprendizagem da leitura e dislexia - que em 2002 e 2006 viu financiados dois projectos de investigação pela FCT (valor total de mais de 101 mil euros) - inclui a leccionação de uma unidade curricular optativa (Psicologia da Leitura e da Escrita) no 1º Ciclo do Curso de Psicologia e, por fim, estágios, particularmente de alunos de psicologia.

PLI.

Lusa/fim

 

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comanche

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« Responder #364 em: Março 24, 2009, 12:23:34 am »
Tecnologia INESC Porto permite medir CO2 na atmosfera a partir do espaço

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O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC) desenvolveu, em parceria com a ESA – European Space Agency, uma tecnologia que permite medir níveis de dióxido de carbono (CO2), metano, óxido nitroso e ozono – gases responsáveis pelo aquecimento global e pelo efeito de estufa – com um grau superior ao das técnicas actuais.

O sistema desenvolvido pela Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos do INESC tem um grande potencial de aplicação em satélites por preencher três requisitos: é altamente eficiente e compacto e com massa e volume reduzidos. Os satélites equipados com filtros em fibra óptica do INESC Porto vão ser capazes de rastrear gases poluentes na atmosfera terrestre em concentrações com menos de um quilómetro de altura a 400 do solo.

 



A parceria INESC Porto/ESA arrancou em 2006 e começa a dar os primeiros frutos com o desenvolvimento de um filtro em fibra óptica capaz de medir os níveis de dióxido de carbono a partir do espaço.

Além do dióxido de carbono, esta tecnologia mede com grande precisão outros gases poluentes: metano, óxido nitroso e ozono, bem como níveis de humidade, pressão atmosférica, temperatura e velocidade do vento. Assume-se assim como uma ferramenta indispensável para a investigação das alterações climatéricas, um passo em frente para o controlo dos gases de efeito de estufa e na batalha contra o aquecimento global, com assinatura portuguesa.

Mapear atmosfera desde posição única

Este filtro desenvolvido tem capacidade de monitorizar todo o tipo de concentrações de gases poluentes inferiores a um quilómetro de altura e 50 de largura a 400 quilómetros de altitude, se for aplicado em órbita a bordo de um satélite.

Ao contrário do que as tecnologias actuais – balões atmosféricos e aviões equipados para o efeito – possibilitam, a implementação dos filtros criados pelo INESC Porto em satélites permite mapear a atmosfera tridimensionalmente, com maior resolução e a partir de uma posição única. O potencial de aplicação em sistemas orbitais e missões científicas desta tecnologia deve-se às suas características únicas: é altamente eficiente, compacta e com massa e volume reduzidos.

A tecnologia desenvolvida pelo INESC Porto consiste num filtro espectral ultra-estreito, sintonizável e atérmico, baseado em tecnologia de fibras ópticas para monitorização da atmosfera com base na reflexão de impulsos laser. É com base no tempo de voo da radiação e na sua absorção que se extrai o perfil de concentração dos gases poluentes na atmosfera.

 

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« Responder #365 em: Março 24, 2009, 12:34:57 am »
Ablynx vai duplicar investimento em Portugal

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Era para ser apenas uma filial da Ablynx, mas o empenho e a qualidade dos investigadores portugueses conseguiram transformá-la num centro autónomo, de excelência, por isso a biotecnológica belga vai duplicar o investimento da subsidiária instalada no Porto.
Começou por «ser um grupo pequeno, e para se manter assim», diz o presidente da multinacional belga Edwin Moses citado no jornal Público este domingo.

Mas como a unidade laboratorial se transformou num dos melhores centros do mundo na área do phage display - tecnologia que permite perceber que proteínas (anti-corpos) interagem para obter um determinado efeito, os planos do laboratório com sede no Porto para os dois próximos anos são ambiciosos.

A empresa pretende aumentar a facturação em 30% a facturação, crescer em 25% os recursos humanos, que para já contam com 25 investigadores e recursos do IBMC, duplicar o espaço físico e «dobrar o investimento para os 10,3 milhões de euros».

Edwin Moses, presidente da multinacional belga, justifica a estratégia com a "facilidade com que se recrutam recursos humanos extremamente talentosos" e arrisca como explicação para a "energia e entusiasmo" dos investigadores nacionais o facto de não haver muitos centros científicos com as características da Ablynx.
 

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André

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« Responder #366 em: Março 24, 2009, 11:56:17 am »
Bióloga portuguesa descobre duas espécies de insectos desconhecidas mundialmente


Duas novas espécies de escaravelhos, até aqui desconhecidas mundialmente, foram descobertas pela bióloga portuguesa Sofia Reboleira em grutas da Serra d’Aire e Candeeiros, o único habitat destes insectos que se conhece em todo o mundo.

«Só se conhecia uma espécie de escaravelho cavernícola do maciço calcário estremenho [característico da Serra d’Aire e Candeeiros] e passamos a conhecer três», afirmou à agência Lusa a bióloga e espeleóloga da Universidade de Aveiro, Sofia Reboleira.

No âmbito da realização da sua Tese de Mestrado, a cientista desceu a cerca de cem metros de profundidade e foi surpreendida com a descoberta de dois novos escaravelhos que habitam exclusivamente no subsolo das grutas da Serra d’Aire e Candeeiros.

«Só existem numa parte daquelas grutas e em mais lado nenhum do mundo», frisou.

Sofia Reboleira explicou tratar-se de «espécies em vias de extinção», uma vez que pelo facto de estarem confinadas a um único habitat têm uma «população extraordinariamente reduzida» e são muito «sensíveis à poluição e às alterações do habitat» .

Por outro lado, «não sobrevivem» à superfície e «apenas se reproduzem no interior das grutas», fazendo depender dessa condição de isolamento e privação da luz algumas das suas características, como o aspecto despigmentado ou os olhos reduzidos, a que a própria evolução da espécie os conduziu.

As três espécies de escaravelhos, que se distinguem pelas características genitais do macho, provêem contudo de uma espécie ancestral comum que se foi reproduzindo, criando diferenças que deram origem a novas espécies.

As duas novas espécies do escaravelho do maciço calcário estremenho vão ser pela primeira vez divulgadas à comunidade científica mundial, num artigo que irá ser publicado em Maio numa revista alemã da especialidade.

A descoberta remonta ao ano de 2007, altura em que a revista National Geographic publicou um artigo sobre o trabalho de campo desenvolvido pela bióloga no âmbito da tese de mestrado (no Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro), que veio a apresentar em Dezembro do mesmo ano, sob a orientação científica dos docentes Fernando Gonçalves, do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, e Artur Serrano, da Faculdade de Ciências de Lisboa.

Lusa

 

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André

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« Responder #367 em: Março 24, 2009, 12:48:39 pm »
Investigadora de Coimbra desenvolve agente anti-cancerígeno


Uma equipa internacional de cientistas, liderada por uma investigadora da Universidade de Coimbra, desenvolveu um novo agente anti-cancerígeno que apresenta resultados promissores ao nível das propriedades terapêuticas no combate à doença, disse hoje fonte universitária.

«Apresentou resultados muito animadores e promissores, provando ser eficaz no combate à doença com menos efeitos secundários», disse hoje à agência Lusa Maria Paula Marques, a investigadora que coordena uma equipa internacional de 17 cientistas.

O agente anti-cancerígeno, desenvolvido à base de paládio - um elemento metálico utilizado em áreas como a medicina dentária ou odontologia, mas também na indústria farmacêutica, petrolífera ou electromecânica – foi testado em laboratório, utilizando células humanas saudáveis e cancerígenas.

«Fizemos testes in vitro só em células humanas, um modelo muito mais fiável do que as células animais», declarou.

Os testes passaram pela preparação de dez compostos diferentes derivados da cisplatina - base de muitas das actuais drogas anti-cancerígenas em uso clínico desde os anos 70 do século XX - cada um sujeito a um processo «moroso» de síntese, caracterização e avaliação da sua actividade do ponto de vista biológico e médico.

«É como fazer uma casa em Lego. Vão-se modificando várias peças na casinha para chegar ao melhor resultado final», ilustrou a especialista em bioquímica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

A pesquisa levou à obtenção de um agente terapêutico de paládio, em vez da platina, testado em diversos tipos de cancro, como a leucemia, útero, mama ou língua.

«Mostrou ser altamente eficaz ao causar a morte de células doentes, afectando menos células saudáveis», frisou a cientista.

A investigação liderada pela investigadora da FCTUC, é financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), tem aconselhamento médico do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra e envolve especialistas de institutos e universidades de Espanha (Málaga), Reino Unido (Oxford) e Estados Unidos da América (Nova Iorque, Virgína e

No âmbito da pesquisa estão a decorrer experiências no Roswell Park Cancer Institute, nos Estados Unidos da América, que visam testar “dentro de alguns meses” a actividade anti-cancerígena do novo composto em animais, para determinar a relação entre a dose utilizada e a resposta ao tratamento.

A fase seguinte poderá passar, então, pelo desenvolvimento de um novo fármaco que possa entrar em testes clínicos, embora Maria Paula Marques alerte para a necessidade de «mais pesquisa» e «muitos anos de investigação científica» antes da utilização clínica.

«Nos últimos dez anos têm sido estudados milhares de novos agentes contendo platina e paládio e só um chegou, por enquanto, à fase de testes clínicos», revelou.

Ainda segundo a investigadora, a eventual aplicação clínica passa, igualmente, pelo interesse de uma empresa farmacêutica.

«De outro modo é muito difícil», assinalou.

Lusa

 

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André

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« Responder #368 em: Março 26, 2009, 01:26:07 am »
INESC/Porto inventa tecnologia para medir níveis dos gases


O INESC Porto desenvolveu, em parceria com a ESA - European Space Agency, uma tecnologia que permite medir com precisão os níveis dos gases responsáveis pelo efeito de estufa, disse hoje à Lusa fonte da instituição.

O sistema, desenvolvido pela Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Electrónicos do INESC Porto, permite medir com maior precisão, relativamente às técnicas actuais, os níveis de dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e ozono - os gases responsáveis pelo aquecimento global e pelo efeito de estufa.

Este filtro desenvolvido pelo INESC Porto tem capacidade de monitorizar todo o tipo de concentrações de gases poluentes inferiores a 1km de altura e 50km de largura a 400km de altitude, se for aplicado em órbita, a bordo de um satélite.

Ao contrário do que as tecnologias actuais - balões atmosféricos e aviões equipados para o efeito - possibilitam, a implementação dos filtros criados pelo INESC Porto em satélites vai possibilitar a elaboração de mapas tridimensionais da atmosfera, com maior resolução e a partir de uma posição única.

Consiste num filtro espectral ultra-estreito, sintonizável e atérmico, baseado em tecnologia de fibras ópticas para monitorização da atmosfera com base na reflexão de impulsos laser, que extrai o perfil de concentração dos gases poluentes na atmosfera com base no tempo de voo da radiação e na sua absorção.

«Esta tecnologia tem um grande potencial de aplicação em satélites por preencher três requisitos, uma vez que é altamente eficiente e compacto, com massa e volume reduzidos, podendo ser facilmente integrado em satélites», disse a fonte do INESC.

Graças a esta tecnologia, os satélites equipados com filtros em fibra óptica do INESC Porto serão capazes de rastrear gases poluentes na atmosfera terrestre em concentrações com menos de 1km de altura a 400km do solo.

A parceria INESC Porto/ESA, que arrancou em 2006 e começa agora a dar os primeiros frutos, permite também medir os níveis de humidade, pressão atmosférica, temperatura e velocidade do vento.

«Assume-se assim como uma ferramenta indispensável para a investigação das alterações climatéricas, um passo em frente para o controlo dos gases de efeito de estufa e na batalha contra o aquecimento global, com assinatura portuguesa», afirma a fonte do INESC.

O INESC-Porto foi constituído em 18 de Dezembro de 1998, tendo como associados fundadores o INESC, a Universidade do Porto e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Em Junho de 2006, a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e o Instituto Politécnico do Porto tornaram-se igualmente associados do INESC-Porto.

Lusa

 

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André

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« Responder #369 em: Março 27, 2009, 05:32:03 pm »
Ydreams desenvolve tecnologia que pode auxiliar os árbitros


Além da petição para a introdução das novas tecnologias no futebol, Portugal também pode oferecer as soluções técnicas para ajudar os árbitros a errar menos, um exemplo disso é a uma tecnologia desenvolvida pela Ydreams.

A solução pode permitir, em tempo real, conhecer a posição tridimensional de qualquer jogador a todo instante, uma possibilidade que permite recolher dados estatísticos sobre os jogadores e, por exemplo, determinar com exactidão os fora-de-jogo.

Em parceria com o grupo de fotoquímica da Universidade Nova de Lisboa, a Ydreams desenvolveu umas tintas, invisíveis a olho nu, que apenas são detectadas por câmaras de infra-vermelhos, tendo os jogadores as camisolas marcadas com essas tintas. Seria, então, possível determinar as suas posições a qualquer momento no terreno de jogo.

Segundo Inês Henriques, investigadora da Ydreams, poder-se-iam «utilizar câmaras de infra-vermelhos para depois detectar todos os seus movimentos e, com isso, facilitar toda a estatística que é possível fazer sobre cada jogador».

No caso das arbitragens esta tecnologia poderia, por exemplo, tirar as dúvidas acerca dos fora-de-jogo, pois segundo Inês Henriques «como cada jogador é identificado segundo uma marca, seria possível ver a sua posição relativa».

E acrescentou, quanto à utilização ou não destas novas tecnologias ao dispor do futebol, que serão «as entidades competentes a decidir como é que isso poderia ajudar os árbitros».

A Ydreams é uma empresa que cria ambientes interactivos, design e diversas tecnologias para desenvolver esses mesmos ambientes, onde se pretende integrar o universo digital no mundo real com que se pretende inovar nas formas de comunicação e de acessos a conteúdos.

A tecnologia desenvolvida pela empresa está ligada à área de processamento de imagem, realidade aumentada e interfaces activadas por gestos.

Lusa

 

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Chicken_Bone

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« Responder #370 em: Março 28, 2009, 12:02:34 pm »
Isto sim, é decepcionante..

http://gesbanha.blogs.sapo.pt/

Citar
Investigadora da "patente mais cobiçada do mundo" sem empresas parceiras em Portugal

 
      ‘Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa desenvolveram os primeiros transístores com papel, uma descoberta que pode permitir a criação de sistemas electrónicos descartáveis a baixo custo.‘ (Jornal Público)
      Elvira Fortunato recebeu o 1.º prémio da European Research Council na área das Engenharias e ciências físicas e tem na mão a patente “mais cobiçada do mundo” que pode revolucionar a electrónica e o paradigma das publicações em papel, fazendo jornais e revistas com imagens em movimento.
      "Elvira Fortunato inventou os transístores em papel, mas são brasileiros os que vão investir, porque as empresas nacionais não quiseram." ("Elvira Fortunato inventou os transístores em papel, mas são brasileiros os que vão investir, porque as empresas nacionais não quiseram." (Jornal Público, 14.03.09). A cientista procurou estabelecer parcerias de investigação com papeleiras portuguesas e com a Quimonda, mas recebeu um “não”, por outro lado recebeu grandes ofertas de multinacionais, acabando por agarrar o projecto a papeleira brasileira UNL. Elvira Fortunato tem resistido sair do país apesar de decepcionada. Citando as suas palavras “Portugal é muito grande, os portugueses é que são pequeninos”.
 


http://www.videos.iol.pt/consola.php?pr ... &referer=1
"Ask DNA"
 

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Cabecinhas

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« Responder #371 em: Março 28, 2009, 02:10:22 pm »
Não poderia ser isto a salvação da "Qimonda" ?
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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AC

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« Responder #372 em: Março 28, 2009, 02:12:26 pm »
Esta tecnologia ainda deve estar a alguns anos de produção e a Quimonda não sobrevive até lá.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #373 em: Março 28, 2009, 02:44:33 pm »
O problema da Qimonda é falta de dinheiro, não de encomendas ou avanços técnológicos.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Lancero

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« Responder #374 em: Março 28, 2009, 03:37:22 pm »
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito