Tecnologia Portuguesa

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Chicken_Bone

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« Responder #405 em: Abril 19, 2009, 09:28:04 pm »
'Tá explicado porque desconhecias a tecnologia então. :roll:
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comanche

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« Responder #406 em: Abril 23, 2009, 10:52:13 pm »
Portugal ensina a Europa a transformar pneus em asfalto

Projecto do Laboratório Nacional de Engenharia Civil é apresentado na Eslovénia

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Um projecto do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para reutilizar pneus velhos no fabrico de asfalto está a ser apresentado esta semana na Eslovénia como um exemplo a seguir por outros países europeus, escreve a agência Lusa.

O projecto foi um dos escolhidos pela segunda Conferência Europeia em Investigação nos Transportes Rodoviários. Maria de Lurdes Antunes, investigadora do LNEC, representa Portugal naquele que é o principal fórum europeu que junta políticos, empresários e estudiosos em questões relacionadas com o ambiente e transporte.

Segundo esta investigadora, Portugal é «um dos primeiros países europeus» a utilizar restos de pneus velhos no fabrico de asfalto, juntamente com betume e outros inertes, «usamos borracha de pneus utilizados no agregado final». Maria de Lurdes Antunes explica que o asfalto com borracha de pneus é mais durável, mais resistente e provoca menos ruído.

Em 1999, foi instalado na zona de Santo Tirso o primeiro piso deste tipo. Agora, quase uma década depois, Portugal «tem muitos dados» sobre a durabilidade e resistência deste tipo asfalto que, apesar de mais caro, permite estradas mais amigas do ambiente.

A implementação desta tecnologia levou Portugal a tornar-se parceiro num novo projecto comunitário, denominado DirectMat, que visa elaborar uma espécie de «guia de boas práticas» para os construtores civis na reparação de estradas.

A utilização de resíduos e inertes nas estradas, como asfalto já danificado, e a diminuição dos custos ambientais são os objectivos principais deste projecto, que irá incluir uma «base de dados com todos os desenvolvimentos» técnicos que permitam minimizar os danos das intervenções.

Para além do LNEC, na Eslovénia estão também expostos outros trabalhos de investigadores portugueses, como é o caso de uma equipa da Universidade de Coimbra. O projecto conta com modelos de gestão da velocidade máxima das estradas de acordo com o ambiente envolvente, quer de acordo com as características do piso e do território mas também em relação a questões como os fluxos humanos.

 

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André

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« Responder #407 em: Abril 25, 2009, 07:27:47 pm »
Equipa portuguesa em projecto arqueológico pioneiro na Síria




Uma equipa de arqueólogos da Universidade de Coimbra (UC) está a realizar escavações na Síria sobre o período helenístico, cujos resultados serão pioneiros a nível mundial, por pouco se saber sobre essa época.

A actividade da equipa desenvolve-se desde o início de Abril na antiga cidade de Nabada, actual Tell Beydar, na fronteira com o Iraque e a Turquia, e onde pela primeira vez aparece a escrita na Alta Mesopotâmia, no terceiro milénio antes de Cristo (A.C.). “O interessante desta investigação é que ela é inédita a nível mundial. Não se conhece praticamente nada sobre o período helenístico nestas cidades no terceiro milénio na Alta Mesopotâmia”, declarou à agência Lusa Conceição Lopes, directora da equipa de arqueólogos e professora na UC.

Trata-se de uma investigação ainda no início, mas “muito promissora”, que vai desafiar a equipa “a lançar bases, a definir coisas que serão pioneiras em termos mundiais”, designadamente a fazer a tipologia dos edifícios. Conceição Lopes realça que cidades do terceiro milénio são tão importantes que as equipas internacionais têm-se interessado fundamentalmente pelo terceiro milénio, sobre o início da escrita, da civilização, da revolução urbana, não apostando no período helenístico.

Os arqueólogos portugueses ocupam-se de escavar um grande edifício, que ainda não se sabe o que é, na antiga cidade de Nabada, sobre a qual se conhecem 30 hectares, e que teve uma ocupação entre 2.900 A.C. até pelo menos à época romana.

Convivência com outros países

Convivem no campo arqueológico com equipas de outros países europeus, de Itália, Bélgica ou Alemanha, que investigam o terceiro milénio, e a escassos quilómetros onde pesquisou, no primeiro quartel do século XX, o arqueólogo Max Mallowan, marido da mestre da literatura do crime Agatha Cristie.

É constituída por Ricardo Cabral (responsável no campo), e André Tomé, ambos já doutorandos na universidade holandesa de Leiden, e ainda por Ana Meireles e Tiago Costa, estes alunos de mestrado em Coimbra.

Trata-se de uma equipa que, além escavar, está a produzir ciência, pois do trabalho dela numa região considerada o berço da civilização resultarão teses de doutoramento e de pós-doutoramento. No termo do projecto de cinco anos serão ainda apresentadas publicações sobre os resultados.

O período de campanha arqueológica, que se iniciou este mês desenrola-se até finais de Maio, retornando a equipa em Setembro para estudos dos materiais recolhidos, especialmente de cerâmicas, e para prospecções em outros locais.

A equipa portuguesa é financiada pela Universidade de Coimbra e pela Fundação da Ciência e Tecnologia, mas o desejo é angariar um mecenas que possibilite o seu alargamento e até a ampliação do âmbito dos estudos, revelou Conceição Lopes.

No próximo ano a equipa será ampliada por uma desenhadora portuguesa, que trabalhará também para as equipas internacionais no terreno, mas o desejo é de gradualmente a abrir a alunos de outras universidades portuguesas.

A Universidade de Coimbra foi convidada a integrar o European Centre for Upper Mesopotamian Studies (ECUMS), uma rede europeia em estudos arqueológicos na Mesopotâmia, na sequência do “excelente desempenho” dos seus alunos Ricardo Cabral e André Tomé, que há um ano estagiavam com a equipa belga.

A antiga cidade de Nabada é uma das mais importantes cidades na época helenística, localizada na estrada que ligava Anatólia ao Irão, e Iraque. Teve intensa actividade comercial, pois possuía grande quantidade de celeiros, que chegaram a abastecer as tropas de Alexandre o Grande durante as movimentações naquele território.

Ciência Hoje

 

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Chicken_Bone

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« Responder #408 em: Abril 26, 2009, 06:10:16 pm »
Portugueses inventam transístor que muda a cor de qualquer superfície

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Quer mudar, sempre que lhe apetecer, a cor das paredes ou dos tectos da sua casa, dos vidros das janelas, dos electrodomésticos ou do seu carro? Num futuro próximo tudo isto será possível graças à última invenção de Elvira Fortunato e Rodrigo Martins: o transístor electrocrómico, que muda a cor a qualquer superfície contínua onde é implantado.

O casal de cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (UNL) - que já tinha inventado o transístor e a memória (electrónica) de papel - registou a nova patente internacional deste dispositivo no início de Abril. Os transístores poderão ser aplicados em superfícies de papel, vidro, cerâmica (azulejo), metal ou qualquer polímero (plástico, borracha, poliuretano, poliestireno, etc.), tendo um grande potencial de aplicação em todo o tipo de mostradores (ecrãs) - computador, TV, telemóvel, PDA - bem como nos suportes da publicidade estática.
Electrónica produzida... por impressão a jacto de tinta

Uma impressora de jacto de tinta alterada...
Uma impressora de jacto de tinta alterada...
E podem ser produzidos por jacto de tinta através de uma vulgar impressora cujos tinteiros foram cheios com uma solução de cor amarelada que contém nanopartículas electrocrómicas - material que, por aplicação de uma tensão eléctrica, muda de estado de oxidação, isto é, muda de cor. Trata-se da tecnologia emergente da Electrónica Impressa, onde os grandes fabricantes mundiais estão a apostar.

Quando o material usado é uma folha de papel, esta é impressa com a solução electrocrómica, passando quinze vezes pela impressora. Depois constroem-se os transístores utilizando o papel como material isolante (que impede os curtos-circuitos) em vez do silício, colocando a porta - que controla o fluxo de energia - numa das faces, e os dois eléctrodos condutores na outra - a fonte, por onde entra a energia, e o dreno, por onde sai.

Para já, a equipa do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) da Faculdade de Ciências e Tecnologia liderada por Elvira Fortunato e Rodrigo Martins está a usar nas suas experiências pioneiras transístores de 0,3 a 0,4 milímetros, mas Rodrigo Martins adianta que "podem ser muitíssimo mais pequenos, com 1 mícron (uma milésima parte do milímetro), o que permitirá aumentar a definição da imagem dos mostradores".

O Expresso assistiu a uma experiência feita com uma página do jornal que continha a notícia dos transístores. Ao sair da impressora, a página impressa numa folha de papel (ver fotos) estava invisível, mas quando foi aplicada uma tensão eléctrica, a notícia surgiu com letras e foto a azul. E há cores alternativas. "Deste modo podemos construir mostradores em papel; para já são monocromáticos mas a seguir iremos combinar várias cores", prevê Elvira Fortunato.
Redução de custos

... Papel embebido numa solução electrocrómica...
... Papel embebido numa solução electrocrómica...
A grande vantagem desta nova tecnologia é a redução de custos de produção. A Samsung lançou em Fevereiro no mercado mundial um novo ecrã de TV com tecnologia dos óxidos semicondutores criada na Universidade Nova de Lisboa, que permitiu ganhos de 300% na funcionalidade dos dispositivos! Com os transístores electrocrómicos, a equipa da UNL espera uma nova redução de custos.

Actualmente, os mostradores ou ecrãs electrónicos funcionam com transístores vulgares e pixels (os elementos de informação mais pequenos numa imagem digital) feitos de cristais líquidos (LCD) ou baseados na tecnologia OLED (díodos emissores de luz). A inovação dos cientistas portugueses "é uma solução dois em um: o pixel é o próprio transístor, o que torna o seu processo de fabrico mais barato", explica Elvira Fortunato.

... e uma carga eléctrica fazem surgir uma página do Expresso com a notícia da descoberta
... e uma carga eléctrica fazem surgir uma página do Expresso com a notícia da descoberta
Entretanto, as patentes relativas aos transístores e à memória (electrónica) em papel foram registadas sob uma única marca: Paper-e. "Depois dos transístores de papel temos estado a fazer descobertas em série", constata a cientista, acrescentando que "usar o papel como isolante do transístor é um ovo de Colombo, é uma fotocópia com frente e verso, parece tudo muito simples, porque se mudarmos a estrutura do papel mudamos a sua funcionalidade".

Mas não será um material com um tempo de vida mais curto que o silício? "As aplicações em papel são feitas na óptica da electrónica descartável, porque o papel é de longe o material mais barato e, portanto, o tempo de vida interessa muito pouco, como nos confirmam os próprios especialistas do sector", esclarece Elvira. Além disso, "é o substrato mais leve que conheço", remata Rodrigo Martins.

Rodrigo Martins e os transístores de papel
"Portucel e Renova não se interessaram"

O que levou a papeleira brasileira Suzano, e não uma empresa portuguesa, a interessar-se pelos transístores de papel?
Por falta de visão das empresas portuguesas. Contactámos a Renova e a Portucel, que não se manifestaram interessadas, o que é surpreendente, porque estávamos a oferecer produtos de raiz, únicos no mercado mundial. Com empresários assim Portugal não vai a lado nenhum. Neste mundo global é necessário que o nosso país tenha empresas industriais de A a Z, ou seja, que sejam competitivas porque controlam todo o processo produtivo. Mas continuamos a fazer as mesmas coisas, a ser mercantilistas, a procurar o lucro fácil.

E como surgiu a Suzano?
A papeleira brasileira soube das nossas descobertas, entrou em contacto connosco e convidou-nos a visitar a sua sede em São Paulo, onde nos reunimos com a administração e com o responsável pela investigação. E mostraram-se totalmente interessados em comprar uma parte da nossa patente para fabricarem papel electrónico. Estivemos cinco dias no Brasil com tudo pago pela Suzano, fomos recebidos ao mais alto nível, mas quando nos deslocámos à Portucel nem o almoço nos ofereceram...

A Universidade Nova vai vender as patentes do transístor e da memória de papel às fatias?
A Universidade do Texas em Austin (UTA) avaliou as patentes num mínimo de dez milhões de euros. O registo foi feito de modo a poderem ser vendidas às fatias para nichos de mercado (mostradores, biossensores, memórias, segurança pessoal, etiquetas inteligentes), o que significa que vamos ganhar muito mais do que os dez milhões de euros.

Têm tido o apoio de instituições portuguesas?
Técnicos ligados ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) estão interessados em valorizar as patentes e no processo de comercialização. A própria avaliação das patentes foi feita no âmbito do Programa UTA/Portugal.  

As últimas invenções

    * Transístores em papel - Transístores fabricados pela primeira vez no mundo à temperatura ambiente e com uma camada de papel como isolante em vez de silício, cada vez mais escasso e caro. O papel serve também de suporte e é muito mais barato e flexível (dobra mas não parte), sendo produzido em larga escala
    * Memórias de papel - São memórias de transístores descartáveis em papel, que podem ser usadas e deitadas fora ou recicladas. Retêm informação durante 14 mil horas (um ano e meio)
    * Células fotovoltaicas a jacto de tinta - Processo muito mais simples e barato, que fabrica células fotovoltaicas com uma impressora de jacto de tinta normal cujos tinteiros foram cheios com uma solução de nanopartículas de óxidos metálicos. É a última revelação da equipa da Universidade Nova


Nova marca E-Paper
Portugueses inventam transístor que muda a cor de qualquer superfície
Patentes valem €10 milhões
Chama-se 'Paper-e - Green electronics for the future' devido ao seu reduzido impacto no ambiente, e é uma nova marca internacional que dá cobertura a duas patentes da Universidade Nova: o transístor em papel (noticiado em todo o mundo) e a memória de papel. O registo das patentes custou 70 mil euros mas a avaliação feita pela Universidade do Texas aponta para que o seu valor seja superior a 10 milhões de euros.


http://aeiou.expresso.pt/portugueses-in ... ie=f510881
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Edu

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« Responder #409 em: Abril 26, 2009, 08:35:35 pm »
Caro Chicken_Bone, essa tecnologia é deveras expectacular, é pena que muito provavelmente ira ser uma empresa extrangeira a aplica-la e a ganhar dinheiro com ela (muito dinheiro). Se fosse aplicada por nós em produção nacional podiamo-nos tornar grandes... muito grandes...

Cumprimentos  :wink:
 

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Chicken_Bone

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« Responder #410 em: Abril 26, 2009, 09:00:05 pm »
Olá Edu. Eu não sou caro, especialmente para gajas boas. hehe

Sim, a tecnologia é espectacular e, provavelmente acabará por ser explorada por uma empresa estrangeira.
Se fizeres uma busca, encontrarás uma notícia em que o CENIMAT se queixava precisamente de que, apesar de terem contactado várias empresas nacionais, a maioria nem se deu ao trabalho de responder.

Eu gostaria que houvesse um consórcio de empresas que envolvesse a Portuguesa Logoplaste ( www.logoplaste.com ), uma das "rainhas" mundiais de embalagem e que pegasse na tecnologia, já que pelo (pouco) que sei poderá ser usada em substratos plásticos. A ver.....
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André

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« Responder #411 em: Abril 27, 2009, 01:16:53 pm »
Investigador português vence prémio em computação evolucionária


O investigador da Universidade de Coimbra Ernesto Costa foi distinguido com o prémio europeu de carreira em computação evolucionária, uma área que procura solucionar problemas complexos inspirando-se nos comportamentos da natureza e dos organismos biológicos.

Atribuído pela terceira vez pela EvoStar, a Conferência Científica líder na Europa neste campo da ciência, o «EvoStar Award» reconhece, «não só a excelência de todo o percurso científico de investigadores, mas também o seu contributo para a afirmação desta área do conhecimento a nível mundial», revela uma nota da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

A computação evolucionária procura resolver problemas de grande complexidade e melhorar os programas de computadores, inspirando-se nas teorias de evolução das espécies de Charles Darwin e Gregor Mendel e nos comportamentos de animais, como as formigas ou abelhas, ou no desempenho do sistema imunitário, para extrair os seus princípios e transpô-los para programas de computadores.

«É na Natureza que encontramos as melhores soluções para os problemas mais críticos, porque os organismos, para conseguirem sobreviver, desenvolvem os mais espantosos mecanismos», explica.

Embora seja uma área de ciência fundamental, Ernesto Costa adiantou à agência Lusa que tem havido colaborações em aplicações, seja na química, em aparelhos de electrónica, na biologia e em diversas soluções empresariais.

Salienta que, com base nos princípios do sistema imunitário do organismo humano, foram já gerados algoritmos para criar filtros anti-spam, ou, na química, para encontrar a fórmula de um composto.

A «EvoStar Award» é para o investigador o reconhecimento de uma carreira de «dez ou doze anos» e «do trabalho de excelência do grupo» que fundou e coordena no Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC), o único existente em Portugal em Computação Evolucionária.

Apesar do reconhecimento internacional, Ernesto Costa lamentou, em declarações à Agência Lusa, que o mesmo não se passe a nível nacional, por ser «difícil vender esta área científica» a agências financeiras e à própria Fundação da Ciência e Tecnologia, apesar de a computação evolucionária ser «uma nova maneira de resolver problemas para a NASA, a Agência Espacial Europeia e para muitas empresas».

Na Conferência Científica EvoStar, onde foi galardoado Ernesto Costa, foram também atribuídos prémios para as melhores comunicações às investigadoras Sara Silva e Anabela Simões, que se juntam a mais dois do género atribuídos anteriormente a membros do seu grupo, a testemunhar o «reconhecimento internacional da excelência da investigação desenvolvida no CISUC».

Lusa

 

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André

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« Responder #412 em: Abril 28, 2009, 10:28:13 pm »
Primeiro medicamento 100 % português aprovado pela Agência Europeia do Medicamento


O primeiro medicamento de raiz e patente portuguesas, um antiepiléptico da Bial, foi aprovado pela Agência Europeia do Medicamento (EMEA) e deve chegar às farmácias no final do ano, anunciou hoje a empresa.

Em comunicado, a Bial informou que a EMEA aprovou a autorização de introdução no mercado, pedida em Fevereiro, seguindo-se agora a fase de solicitação do preço e comparticipação às autoridades de cada país para a venda do medicamento.

O investimento na investigação do fármaco, ao longo dos últimos 15 anos, ultrapassou os 300 milhões de euros.

O antiepiléptico, que é administrado em uma toma diária, foi testado em 23 países, envolvendo mais de mil doentes.

Segundo a empresa, os estudos clínicos comprovaram uma redução significativa da frequência de crises parciais em doentes com epilepsia refractária, em combinação com outros agentes antiepilépticos, e um potencial para melhorar a qualidade de vida e os sintomas depressivos dos doentes.

Fundada em 1924, a Bial, o maior grupo farmacêutico português, com sede em S. Mamede do Coronado, comercializa diversos produtos em mais de 30 países, em quatro continentes e investe mais de 20 por cento da sua facturação anual em "I&D", prioritariamente no sistema nervoso central, cardiovascular e alergologia.

DN

 

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comanche

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« Responder #413 em: Abril 29, 2009, 08:19:20 pm »
Jovem do IST revoluciona Mundo das Telecomunicações


O protocolo entre o Instituto Superior Técnico e a Nokia Siemens Networks, de colaboração do tecido científico com a indústria, acaba de reconhecer os estudos e pesquisa do doutoramento de Daniel Fonseca como um verdadeiro caso de sucesso, resultando em diversas patentes internacionais, com elevado valor comercial e científico das descobertas realizadas.

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No âmbito da investigação realizada por Daniel Fonseca, vários protótipos experimentais foram já implementados e testados tendo sido alcançados recordes de transmissão, comunicados em conferências e revistas internacionais de divulgação científica.

Os conceitos desenvolvidos por Daniel Fonseca permitiram a obtenção de várias patentes internacionais, que atestam o valor comercial e científico das descobertas realizadas. Conjuntamente, também o departamento de desenvolvimento da Nokia Siemens Networks está a avaliar a introdução dos resultados em produtos a comercializar no futuro.

A investigação de Daniel Fonseca centrou-se no aumento da capacidade de transmissão de informação de sistemas ópticos através da utilização de formatos avançados de modulação, nomeadamente recorrendo a uma modulação intitulada modulação em banda lateral única. Este tipo de tecnologia permite duplicar a capacidade de transmissão dos sistemas actuais e aumentar a distância máxima de transmissão, sem que o desempenho fique limitado por efeitos de propagação ópticos.

De acordo com Paulo Oliveira, Professor do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, Instituto Superior Técnico, “o protocolo de colaboração tem como grandes objectivos promover a partilha de conhecimentos, potenciar a formação dos alunos e impulsionar a experimentação de novas tecnologias nas empresas.”

Outros casos estão a ser desenvolvidos no âmbito da parceria entre o IST e a Nokia Siemens Networks, contribuindo para a qualificação avançada de profissionais em áreas estratégicas para a empresa. A parceria, assinada em 2005, visa uma aposta conjunta na inovação, investigação e desenvolvimento, nas áreas de telecomunicações e tecnologias de informação, recorrendo à excelência dos engenheiros Portugueses.

Actualmente a Nokia Siemens Networks elabora o seu recrutamento em universidades com excelência de ensino, como o IST, sendo uma das maiores empresas na área de infra-estruturas de telecomunicações.
 

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comanche

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« Responder #414 em: Abril 29, 2009, 08:25:02 pm »
Têxteis inteligentes que combatem doenças de pele


A empresa "New Textiles" de Guimarães, iniciou a comercialização de têxteis inteligentes e roupa interior confeccionada para combater doenças de pele, prevendo facturar 300 mil euros em 2009, disse, hoje, fonte da firma.

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O gestor, Pedro Pinto adiantou que a "New textiles" começou, há duas semanas, sob a marca "Skintoskin", a comercializar na rede portuguesa de farmácias e parafarmácias roupa para bebés, crianças e adultos, produzida com uma fibra composta por algodão, algas e prata.
 


"O nosso objectivo é o de vender 30 a 40 mil peças em 2009", frisou, assinalando que a fibra actua na protecção contra o prurido (comichão) e tem propriedades anti sépticas. A actividade da empresa foi hoje apresentada em conferência de imprensa, no AvePark- Parque de Ciência de Tecnologia, sedeado nas Caldas das Taipas em Guimarães, onde labora.

Pedro Pinto adiantou que a distribuição da roupa, que engloba oito modelos de t-shirts, pijamas, "baby-grows", meias e cuecas, ficou a cargo da empresa "Alliance Health Care". A produção é feita na fábrica da empresa têxtil Sonix, em Barcelos.

Revelou que em 2010 vai avançar para os mercados espanhol e dos países do leste da Europa, caso venha a conseguir alianças com parceiros locais do sector, prevendo, por isso, atingir uma facturação de três milhões de euros em 2011.

Dermatite atópica

Na opinião do gestor, que se formou em Engenharia Têxtil no pólo de Guimarães da Universidade do Minho, o tecido da roupa "reduz drasticamente a colonização da pele por bactérias, a que se chama dermatite atópica".

Assegura que "o sucesso dos produtos, como adjuvantes no tratamento e prevenção destas doenças de pele, é comprovado através de testes clínicos in vitro e in vivo, sendo que decorre desde Outubro de 2008 um estudo direccionado para a eficácia do produto, com 60 crianças que sofrem de dermatite atópica".

Realçou que os artigos Skintoskin estão notificados no Infarmed como dispositivos médicos da classe 1.

A dermatite atópica é uma doença crónica de pele que afecta as crianças durante o primeiro ano de vida, estimando-se que, em Portugal, entre 10 a 20 por cento das crianças sofram com esta doença.

A New Textiles é uma empresa spin off da Universidade do Minho, que apostou na investigação e desenvolvimento tendo investido 110 mil euros na investigação, desenvolvimento e recursos humanos afectos.

Directa e indirectamente - garantiu - o projecto dará trabalho a 70 pessoas, tanto na investigação e desenvolvimento técnico do produto, como na sua produção e marketing.
 

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André

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« Responder #415 em: Maio 04, 2009, 06:09:18 pm »
Físicos portugueses descobrem 5 novas partículas subatómicas


Uma equipa de físicos portugueses das Universidades de Coimbra e Lisboa descobriu cinco novas partículas subatómicas, chamadas mesões, que um dos seus autores comparou a notas da partitura de uma nova música.

"Vejo tudo isto como pautas em que tentamos descobrir música a partir de poucas notas", afirmou hoje o físico teórico português de origem holandesa Eef van Beveren, do Centro de Física Teórica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

A existência dessa "música" começou a ser sugerida há meio século, mas só há 30 anos é que estes cientistas souberam que ela consistia em pautas ligeiramente diferentes, em que havia notas dispersas, "uma aqui, outra ali", mas sem sequência, explicou.

"E sem ter sequência era muito difícil adivinhar o aspecto geral dessa música", acrescentou.

O que fez a equipa - que inclui também os portugueses George Rupp, do Instituto Superior Técnico (IST), e Rita Coimbra (aluna de doutoramento) e o chinês Xiang Liu - foi descobrir cinco "notas" que faltavam à partitura.

Numa dessas pautas, a que os cientistas chamam "pauta de encanto e anti-encanto", foram descobertas há 30 anos seis notas que tinham propriedades idênticas, mas estavam em sítios diferentes.

"O que nós fizemos foi descobrir mais cinco e isso significa que temos agora uma sequência de 11 notas numa linha e isto já dá para descobrir qual é a música que está a ser contada", afirmou Eef van Beveren. "A partir disto vamos fazer a sugestão de qual a música que está em todas as pautas".

O estudo, já aceite para publicação pela revista EuroPhysics Letters - uma revista europeia de referência no domínio da Física - foi feito a partir de um modelo matemático único desenvolvido por van Beveren e George Rupp para decifrar os resultados de uma experiência realizada num acelerador de partículas japonês por um consórcio internacional de investigadores conhecido por Grupo Belle.

Foi no processo de análise e interpretação dos dados publicados em Agosto do ano passado por este grupo que a equipa portuguesa encontrou com "enorme surpresa e satisfação", no sítio certo, essas cinco partículas.

A descoberta foi recentemente confirmada na análise de outro conjunto de dados de outra experiência, realizada nos EUA, referiu van Beveren.

Embora haja mais trabalho experimental a fazer para confirmar a descoberta, o cientista considera-a "um passo de gigante" para aumentar o conhecimento na Física de partículas.

Van Beveren e George Rupp, que se conheceram na Holanda, desenvolvem um longo trabalho de colaboração, tendo escrito o primeiro artigo conjunto em 1980.

Lusa

 

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Magalhaes

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« Responder #416 em: Maio 04, 2009, 08:58:23 pm »
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Eef van Beveren
Deve ser minhoto...
 

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André

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« Responder #417 em: Maio 04, 2009, 09:13:54 pm »
Citação de: "Magalhaes"
Citar
Eef van Beveren
Deve ser minhoto...


 :roll:  :roll:

 

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Magalhaes

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« Responder #418 em: Maio 04, 2009, 11:24:10 pm »
Citação de: "André"
Citação de: "Magalhaes"
Citar
Eef van Beveren
Deve ser minhoto...

 :roll:  :roll:
Físico teórico holandês naturalizado português, mais precisamente.
 

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André

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« Responder #419 em: Maio 05, 2009, 09:34:34 pm »
Investigador português propõe substituição de articulações humanas por cartilagem sintética

Um docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) está a desenvolver um método de substituição de articulações humanas por cartilagem sintética, anunciou hoje o estabelecimento.

A proposta de João Lima Lopes, que está a iniciar o doutoramento na Universidade do Minho, recebeu o "Best Power Award" no V Simpósio Internacional de Materiais, que decorreu em Abril em Lisboa, organizado pela Sociedade Portuguesa de Materiais e Instituto Superior Técnico.

"João Lopes admite que as articulações danificadas podem ser substituídas por cartilagem sintética e permitir que o doente tenha uma vida normal enquanto espera pela regeneração da cartilagem através da engenharia de tecidos que, por norma, tem um elevado tempo de espera", refere o ISEP.

Segundo o ISEP, "trata-se de um substituto sintético da cartilagem humana que poderá revolucionar a vida de milhares de pessoas e que, no futuro, poderia ser uma solução definitiva e não uma opção transitória".

"Artrite reumatóide, acidentes, obesidade ou deficiências congénitas que podem obrigar à substituição de um membro do corpo humano têm agora uma nova esperança de tratamento", salienta o instituto.

João Lopes verificou que "é possível processar materiais sintéticos com propriedades semelhantes às da cartilagem articular natural, nomeadamente baixo atrito e considerável resistência mecânica, para que possam substituir parcialmente zonas danificadas da cartilagem".

Lusa