Tecnologia Portuguesa

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comanche

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« Responder #330 em: Fevereiro 17, 2009, 11:48:23 pm »
Investigadores do IST publicam artigo do ano da Sociedade Internacional de Mecânica Experimental

João Gomes Ferreira e Fernando Branco, investigadores do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura do Instituto Superior Técnico (IST), ganharam o Prémio Harting 2009, correspondente ao melhor artigo científico da revista “Experimental Techniques”, da Society For Experimental Mechanics (Sociedade Internacional de Mecânica Experimental).

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Os dois especialistas redigiram o artigo “The use of Glass-Fiber Reinforced Concrete as a Structural Material” sobre um estudo da aplicação estrutural do betão reforçado com fibras de vidro (GRC), realizado em parceria com a empresa Pavicentro – Pré-Fabricação SA.

Este estudo culminou com a produção industrial, em larga escala, de torres para antenas de telecomunicações feitas no material desenvolvido.

O betão reforçado com era, até aqui, aplicado em elementos não estruturais, sobretudo em painéis de fachada, como é o caso, em Portugal, do Centro Comercial Colombo. O carácter inovador do estudo desenvolvido consistiu na aplicação do GRC em elementos de carácter estrutural, tirando partido das possibilidades do material, até então muito pouco exploradas.De acordo com João Gomes Ferreira, as vantagens deste novo material estrutural residem, essencialmente, na sua durabilidade, desempenho mecânico e leveza, combinando um material tradicional, o betão, com a mais avançada geração de fibras de vidro.
A revista “Experimental Techniques” faz parte da "ISI Web of Knowledge", o grupo das mais prestigiadas revistas científicas do mundo.

Mais informações em http://www.sem.org/HON-Harting.asp.
 

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comanche

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« Responder #331 em: Fevereiro 17, 2009, 11:53:40 pm »
Investigador da UM premiado por estudos sobre novo material de nanotecnologias


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O investigador de Física Nuno Peres recebeu hoje um prémio científico da Universidade do Minho (UM) – dia em que a instituição comemora 35 anos de existência e que celebrou com uma cerimónia solene, onde estiveram presentes o presidente da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, António José Seguro, o Reitor António Guimarães Rodrigues, e o presidente da Associação Académica, Pedro Soares – pelo seu contributo para o estudo do grafeno, um material descoberto em 2005 por um cientista inglês.

O universitário, num estudo publicado pela revista «Science» refere que "o potencial de utilização do grafeno na próxima geração de nanomateriais e nanotecnologias vai ser gigantesco".

 


Este material, descoberto pela equipa de André Geim da Universidade de Manchester, Inglaterra, é obtido a partir da grafite, ou seja, de um simples pedaço de carvão, de onde é extraído em formato atómico de carbono, de dimensão micro, ou nano em termos científicos.

Nuno Peres trabalha no Departamento de Física em cooperação com o Tobias Stauber, um pós-doutorado na área que também trabalha em Braga.

O estudo deste material – em que a UM é pioneira em parceria com a Universidade de Manchester – "está na fronteira do conhecimento em nanotecnologias". O grafeno tem propriedades de "transportador eléctrico", o que abre vastas possibilidades em aplicações nano-eléctricas (com a espessura de um átomo), ou seja, semi-condutores de nova geração, que transportam luz de forma muito mais rápida.

Tem, também, uma condutividade térmica muito alta, o que permite resolver problemas de aquecimento em todo o tipo de equipamentos, como é o caso, para dar apenas um exemplo, de um simples computador.

Constante física fundamental

Com apenas a espessura de um átomo, este material é altamente transparente à luz, propriedade com diversas aplicações, como é o caso das células foto-voltaicas: "com o grafeno quase toda a luz é retida, não se perde", explicou, frisando que tal característica revoluciona o sector.

Para o investigador, a possibilidade de existência de Vida no nosso planeta está estreitamente relacionada com uma constante física fundamental que determina a intensidade com que interagem a matéria e a luz, a constante de estrutura fina. O seu valor é perto de 1/137.

"Ficámos verdadeiramente espantados quando nos apercebemos que uma constante fundamental tão importante poderia ser medida de maneira tão simples. Pode ter-se um vislumbre da ordem do Universo apenas olhando para o grafeno", afirma.

Nuno Peres disse que o futuro do Instituto Ibérico de Nanotecnologias de Braga deve envolver o grafeno, no seu "portfólio" científico e frisa que "Portugal não pode ficar para trás no estudo científico deste novo material", e lembra que outros países, como a Espanha estão já a criar equipas e laboratórios nesse sentido.
 

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Jorge Pereira

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« Responder #332 em: Fevereiro 19, 2009, 02:38:02 pm »
Mais dois produtos estrela da NDRIVE.


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NDrive S400





O NDrive S400 é o mais rápido Pocket PC do mercado. É um autentico all-in-one com GPS de ultima geração, software de navegação NDrive com foto real. Está também equipado com todas as funcionalidades de um topo de gama, das quais destacamos o seu prcessador de 624MHZ, o G-Sensor, Shake control, Push e-mail e ligação TV-out.

Caracteristícas técnicas  

Sistema
CPU  Marvell PXA310( 624MHz)+ Qualcomm MSM6280  
RAM  128 MB RAM
NAND flash  256 MB flash  
OS  Windows Mobile 6.1® Professional em Português  
Ecrã
Ecrã   2.8-inch VGA flat touch screen
Câmara  3.0 megapixel with auto focus  and flash VGA for video calling
Interface
Cartão  Ranhura para cartões microSDHC™ até 32GB (inclui cartão de 4GB)
 
USB  ligação mini USB  
Aplicações  Software de navegação NDrive, Pocket Outlook, Office Mobile, MSN Messenger  
Características Especiais TV-Out, G-sensor, FM radio  
GPS GPS/AGPS  
Áudio
Altifalante    
Rede
 
WLAN  802.11b/g
WCDMA/HSDPA  900/2100 MHz  
GSM/GPRS/EDGE 900/1800/1900 MHz
Velocidade
 DL = 7.2 Mbps  
Bluetooth® 2.0 with EDR
Energia  
Consumo máximo
   
Bateria 1500 mAh
Dimensões
Dimensões (L x A x P)  110 mm x 60 mm x 20 mm  
Peso  155 g





NDrive Touch XL Real Navigation  Novidade!









O GPS mais fino de sempre, agora na versão com ecrã panorâmico 4.3"! O NDrive Touch XL é 40% mais fino e leve do que qualquer outro navegador. Contrariamente ao seu tamanho, este novo navegador NDrive capricha na qualidade e fiabilidade, com sensor de luminosidade e ajuste automático de brilho. Esta versão apresenta a já conhecida Navegação Real com fotos de diversas cidades.



SUPER SLIM, 40% mais fino e leve
Sensor de luminosidade, com ajuste automático do brilho
Navegação com FOTO AÉREA 3D REAL
Mapas Ibéria Premium, com cobertura das Ilhas e descrição detalhada de mais de 190.000 locais de interesse
Base de dados dos edifícios principais LANDMARKS 3D
Novo sistema de pesquisa 60% mais rápida
Re-cálculo de rotas 2x mais rápido
Reconhecimento de gestos
Importação e Exportação de favoritos com os mapas do Google
SDHC de 8GB incluídos (suporta até 32GB SDHC)


Caracteristícas técnicas  

Sistema
CPU  Processador Atlas III  372MHz  
RAM  64 MB  
NAND flash  64 MB  
OS  Windows CE.NET 5.0  
Ecrã
LED Sensor de luminosidade  
Ecrã  4.3”  
Resolução  480x272 píxels
Tipo  TFT LCD digital sensível ao toque  
Interface
Cartão  Ranhura para cartões SDHC até 8GB  
USB  ligação mini USB  
Aplicações  Software de navegação NDrive e jogos
 
Áudio
Altifalante  integrado (1W)  
Energia  
Consumo máximo
 3~4 horas
Bateria 1050 mAh  
Dimensões
Dimensões (L x A x P)  122 mm x 79 mm x 14 mm  
Peso  140 g


http://www.ndriveweb.com/




Há muito tempo que já despachei o meu TomTom. Em termos de base de dados os produtos NDRIVE são indiscutivelmente superiores. Há pormenores deliciosos, como por exemplo, a ementa dos restaurantes, sua capacidade, preço, foto, etc. Também não esquecer que os mapas da NDRIVE são também provenientes da InfoPortugal, que utiliza entre outros, recursos cartográficos do Exército.
« Última modificação: Fevereiro 20, 2009, 01:19:16 am por Jorge Pereira »
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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comanche

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« Responder #333 em: Fevereiro 20, 2009, 12:29:36 am »
IPATIMUP comemora 20 anos e publica cada vez mais artigos em revistas internacionais

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Os investigadores do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), que comemora 20 anos sexta-feira, publicaram no ano passado 96 artigos em revistas internacionais.
 "Em 2008, os nossos investigadores publicaram 96 artigos científicos em revistas internacionais indexadas com factor de impacto bastante elevado, o que é muito bom", disse à Lusa o director Manuel Sobrinho Simões, acrescentando que o número de artigos publicados pelos cientistas do IPATIMUP é cada vez maior.
 


Segundo o mesmo responsável, os investigadores do instituto são os autores ou co-autores de alguns dos artigos científicos mais citados em todo o mundo. Para além disso, e segundo os dados do Instituto Internacional Estatístico (ISI, em inglês), em Janeiro Portugal tinha 399 artigos nesta lista e a Universidade do Porto 63. Desses, os investigadores do IPATIMUP foram autores ou co-autores de 11.

"Isso demonstra que a nossa investigação tem cada vez mais impacto ao nível internacional, mas também a nível nacional, já que, em apenas 15 meses, doutorámos 12 pessoas", adianta Manuel Sobrinho Simões. Na consultadoria em diagnóstico do cancro e em genética molecular, o IPATIMUP também continua a crescer, como indica Manuel Sobrinho Simões: "Fomos responsáveis pelo acompanhamento de 650 casos que nos foram enviados por 33 países de todo o mundo".

Em Janeiro de 2008, o IPATIMUP, juntamente com os institutos de Biologia Molecular e Celular (IBMC) e de Engenharia Biomédica (INEB), constituíram o Instituto de Inovação e Investigação em Saúde (I3S), uma super-estrutura inédita em Portugal.

O I3S, que não resulta da fusão dos três institutos que o integram, mas de um consórcio entre eles, reúne mais de 600 cientistas, dos quais cerca de 250 doutorados, e a sua criação permite alargar a investigação em saúde a áreas que ainda não estavam cobertas.

"Mantemos a nossa autonomia na investigação científica e, daqui para a frente, pretendemos aumentar a colaboração com o I3S, mas também com as restantes entidades do consórcio", disse o director do IPATIMUP.

 

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nelson38899

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« Responder #334 em: Fevereiro 20, 2009, 01:06:02 am »
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Iberomoldes cria mala segura

No ano passado perderam-se mais de 400 malas por dia nos aeroportos portugueses. Com esta realidade como pano de fundo, engenheiros da SET, na Marinha Grande, propõem criar bagagem inteligente, capaz de “comunicar” onde se encontra.
O sistema baseia-se num identificador que dá a localização em tempo real e está associado aos dados do proprietário através de uma chave numérica pré-definida. Seria embutido na mala, de forma aleatória e confidencial, durante o processo de injecção do plástico, explica Henrique Neto, administrador do Grupo Iberomoldes, que detém a SET SA.
Iniciado em 2008, o projecto Mala Segura está a ser desenvolvido em consórcio com a ANA – Aeroportos de Portugal, a Critical Software, o INESC Inovação, o PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho e a TECMIC – Tecnologias de Microelectrónica. Exigirá um investimento global de aproximadamente 2,5 milhões de euros, dos quais 1,5 milhões são comparticipados pelo QREN.
A investigação culminará com a realização de testes em aeroportos nacionais, mas pode vir a ter uma aplicação mais abrangente em terminais rodoviários, ferroviários, centros comerciais, hospitais, escolas e outros espaços públicos.
O sistema permitiria ao proprietário conhecer a localização das suas malas quase em permanência e seria um contributo para diminuir os erros na gestão da circulação de bagagem. Além de fornecer um meio para lidar com aspectos de segurança, como os relacionados com ameaças terroristas, adianta Henrique Neto.
A comercialização depende do sucesso da investigação, não existindo, para já, qualquer previsão. Henrique Neto considera que a mala segura é um exemplo de como a indústria de moldes é hoje um cluster de produto. “Temos a vocação e o interesse de contribuir para produtos inovadores, completando a vocação de fabrico de moldes, e isso já está a acontecer em muitas áreas”, diz.

http://www.regiaodeleiria.pt/?lop=conte ... 3e77&drops[drop_edicao]=465
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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comanche

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« Responder #335 em: Fevereiro 21, 2009, 11:52:33 pm »
Prémio europeu distingue investigação dos Hospitais da UC

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Investigação da UC considerada uma das 15 melhores
O Serviço de Anestesiologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) congratulou-se hoje com a atribuição de um prémio europeu a uma investigação, dirigida por um seu especialista, que garante "aumento de segurança" para os doentes.

"A equipa estabeleceu um algoritmo que é verdadeiro para a população do Sul da Europa", segundo declarou José Martins Nunes, director daquela unidade.

A investigação foi uma das 15 premiadas, em 2008, pela Sociedade Europeia de Anestesiologia Regional (ESRA). José Martins Nunes referiu que, nesta distinção da ESRA, "não há primeiros, nem segundos" classificados, sendo 15 os trabalhos premiados ex-aequo.
 


"O trabalho permite calcular por ecografia a distância da pele à 'dura mater', no decorrer da anestesia epidural para o trabalho de parto e extrapolável para a população obesa do Sul da Europa", segundo uma nota do Gabinete de Relações Públicas dos Hospitais da Universidade.

Entre centenas de candidaturas, a ESRA considerou o trabalho "Predicting dura-skin distance using ultrasound in a south European obstetric population" um dos 15 melhores no ano passado.

"Portugal recebe pela primeira vez um prémio da ESRA, pelo trabalho de investigação conduzido por uma equipa de anestesiologistas dos HUC", adianta o comunicado. Dirigido por Edgar Semedo, o trabalho contou com a colaboração de Tiago Carreiro, Francisco Matos, Margarete Rocha e Ana Eufrásio, internos de Anestesiologia daquele hospital central.

Este serviço é um dos pioneiros nesta técnica, tendo em 2008 produzido um DVD com conteúdos formativos na mesma área, "distribuído em centros de excelência a nível mundial, através de um protocolo entre os HUC e uma empresa multinacional".

"Este prémio aumenta a nossa responsabilidade perante a comunidade médica internacional e perante os doentes que em nós confiam", disse José Martins Nunes. O método agora premiado "permite aumento de segurança para os doentes, rapidez de execução, conforto e maior efectividade dos bloqueios".

O Serviço de Anestesiologia dos HUC, onde trabalham 30 internos da especialidade, efectua mais de 35 mil cirurgias por ano.


 

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comanche

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« Responder #336 em: Fevereiro 25, 2009, 11:34:30 am »
Investigador da FCTUC vence a competição internacional KIA Urban Challenge

Programar um automóvel virtual da KIA Motors para circular sozinho na cidade, sem chocar em nenhum objecto, não provocar acidentes e obedecer aos sinais de trânsito. Foi este o desafio lançado pela Microsoft a cientistas de todo o mundo.


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O investigador Jackson Matsuura, do Instituto de Sistemas e Robótica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) venceu a competição, conhecida por KIA Urban Challenge, ao conseguir desenvolver uma solução tecnológica em tempo recorde, demorando apenas 3 dias, enquanto que, por exemplo, o terceiro classificado demorou mais de duas semanas.

Com a tecnologia desenvolvida pelo investigador da FCTUC, o seu automóvel cumpriu todas as regras estipuladas no concurso e obteve a pontuação máxima. Recorrendo a sensores, câmaras, medidores de distância por laser, GPS, entre outro material, o investigador criou uma solução inovadora que garantiu um comportamento irrepreensível do automóvel inteligente. Esta competição é uma versão simulada inspirada no DARPA Urban Challenge.

Jackson Matsuura é Docente do Instituto Tecnológico da Aeronáutica do Brasil (ITA) e está na FCTUC desde 2008 em Pós Doutoramento na área de Sistemas Inteligentes. Tem como supervisor o Professor Urbano Nunes, responsável pelo grupo de Sistemas de Transportes Inteligentes, que desenvolve investigação, já muito premiada, nas áreas das Tecnologias para Veículos Inteligentes e que se tem afirmado internacionalmente.

Questionado sobre a capacidade de transformar o modelo virtual em modelo real, Jackson Matsuura diz ser possível, “embora o Kit desenvolvido necessite de diversos ajustes, exigindo muito mais tempo de investigação, mas alguns modelos utilizados neste ambiente virtual já poderiam ser aplicados em automóveis reais”.

Para o investigador, vencer a KIA Urban Challenge “assume particular relevância porque, por regra, é um americano ou um japonês a conquistar este tipo de competições porque têm muito mais recursos para a investigação. Este prémio reconhece a qualidade tecnológica do Brasil e de Portugal”.
 

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comanche

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« Responder #337 em: Fevereiro 25, 2009, 11:38:57 am »
Energia sem fios já no horizonte


Para electricidade sem cabos a prioridade é carregar telemóveis não electrodomésticos


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A transmissão de energia sem contactos já não é uma utopia, mas a sua aplicação à vida quotidiana e ao funcionamento de electrodomésticos sem fios não está no horizonte imediato.

Teoricamente, é admissível todo o tipo de aplicações futuras deste tipo de transmissão eléctrica, mas a prioridade está a ser dada ao carregamento remoto de telemóveis e dispositivos electrónicos do mesmo tipo, segundo investigadores contactados pela Lusa.
 


De acordo com Nuno Borges Carvalho, docente da Universidade de Aveiro (UA) e investigador do Instituto de Telecomunicações, várias empresas “start-up” nos Estados Unidos estão a trabalhar em projectos para carregar telemóveis e acender lâmpadas à distância, sem necessidade de fios, mas não passam de protótipos.

Até no Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática da UA há uma tese de mestrado em preparação que projecta acender uma lâmpada de 60 watts a uma distância de dois a três metros. O autor planeia ter em Julho um protótipo demonstrável.

Um dos projectos em estudo nos Estados Unidos visa encastrar antenas nas paredes de uma sala para carregar os telemóveis que se encontram no seu interior, mas um dos problemas que levanta é saber se a frequência necessária é nociva à saúde.

Outra ideia é a criação de pequenas plataformas de formato A4, com bobinas, onde se poderiam colocar dois ou três telemóveis a carregar por ressonância magnética, sem necessidade de carregadores.

Na perspectiva de Nuno Borges Carvalho, deverá ser possível dentro de dois a três anos carregar telemóveis ou MP3 por transmissão de energia sem fios.

Sem cabos

Com um pouco mais de tempo, cinco a seis anos, será eventualmente possível concretizar outro cenário em que os norte-americanos estão a pensar: tirar os cabos eléctricos do monitor, do teclado e todos os periféricos do PC, acrescentou.

 
Dentro de dois a três anos será possível carregar telemóveis sem fios
Outro conceito em que estão a trabalhar universidades norte-americanas seria colocar um satélite fora da atmosfera que colectaria energia solar e a enviaria por transferência "wireless" para uma central em Terra, que depois a distribuiria.

A ideia da transmissão de energia sem contacto vem de finais do século XIX, quando o sérvio Nikola Tesla conseguiu pela primeira vez libertar electrões no ar e enviar energia a alguns metros de distância.

Esse sérvio nascido na Croácia, que emigrou para os Estados Unidos, chegou a pensar que poderia enviar energia para todo o Planeta a partir de uma grande torre, mas na altura os poderes económicos e militares estavam mais interessados no envio de informação à distância e sem fios do que no envio de energia.

Curiosamente, é também um jovem físico sérvio da Croácia, Martin Soljacic, que está hoje a dar brado no MIT com protótipos capazes de enviar energia com algumas dezenas de megahertz de frequência, a distâncias visíveis, de alguns metros, através de grandes bobinas.

"O princípio é o mesmo de Tesla, ou seja, regular a indutância mútua e atingir uma ressonância entre duas partes do circuito", explicou à Lusa o investigador português de origem búlgara Stanimir Valtchev, do departamento de Engenharia Electrotécnica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Energia de alta-frequência

As energias de mais alta-frequência são mais direccionáveis e com uma antena é possível enviar energia a uma certa distância.

Nos anos 1960, na então União Soviética, foi possível enviar energia de entre 200 e 300 watts, com alta-frequência, para um modelo de helicóptero não tripulado a uma distância de 200 metros, recordou este investigador. Em comparação, um electrodoméstico normalmente exige quilowatts.

"Quando pensamos que vamos enviar energia à distância temos de olhar para as pessoas que vivem no mesmo espaço, já que uma frequência muito elevada aquece todos os materiais orgânicos que têm alguma água", disse Valtchev.

Por outro lado, para baixas frequências é preciso um campo magnético também bastante forte, que todavia perde intensidade com a distância. "Não se deve prometer grandes coisas, existem possibilidades, mas não assim são tão grandes", advertiu.

No MIT foi já possível acender uma lâmpada de 100 watts a dez metros de distância, mas para enviar a energia necessária são precisos meios bastante volumosos.

O problema é enviar a energia a essa distância com um rendimento razoável, segundo os investigadores.

Para Beatriz Borges, também investigadora do Instituto de Telecomunicações e docente no Instituto Superior Técnico, o problema é que a transmissão de energia sem contacto é ainda pouco eficiente e, por isso, o seu impacto industrial não é muito grande.
 

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comanche

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« Responder #338 em: Março 04, 2009, 10:13:25 pm »
Dois Cientistas da FMUP foram considerados, o melhor e terceiro melhor do Mundo no campo da cardiotocografia

Os professores João Bernardes e Diogo Ayres de Campos, obstetras, docentes e investigadores do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), foram considerados, respectivamente, o primeiro e terceiro melhores investigadores do Mundo no campo da cardiotocografia (monitorização contínua da frequência cardíaco do feto e das contracções uterinas da grávida) pela comunidade científica online BioMedExperts.



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A BioMedExperts é uma comunidade online de grande reputação, que junta, via Internet, cientistas de todo o Mundo com o objectivo de dinamizar a partilha de conhecimento científico e promover a criação de parcerias de investigação. Esta comunidade integra o currículo de 1,4 milhões de cientistas de todo o Mundo.

Os dois investigadores da FMUP criaram, em colaboração com o Instituto de Engenharia Biomédica (INEB), um programa informático de grande impacto na prática clínica na área da Obstetrícia - o OmniView-SisPorto. Este programa efectua uma leitura dos sinais provenientes do feto, identificando situações relacionadas com a baixa oxigenação. O sistema emite ainda alertas automáticos que são recebidos pelos profissionais de saúde em qualquer ponto com acesso à rede informática hospitalar ou à internet. A monitorização dos bébés é assim realizada pelo programa 24 horas por dia, alertando os profissionais de saúde no caso de surgirem alterações.

O OmniView-SisPorto é comercializado pela empresa portuguesa Speculum a nível nacional e internacional, estando em uso em unidades de saúde de Portugal, Holanda, Reino Unido, Suíça e Dinamarca.

Os professores João Bernardes e Diogo Ayres de Campos são também investigadores do INEB. Já publicaram nas mais reputadas revistas científicas internacionais, tais como o American Journal of Obstetrics and Gynecology, o British Journal of Obstetrics and Gynecology, o European Journal of Obstetrics and Gynecology, entre outros. Juntos, produziram mais de cinquenta artigos científicos e venceram mais de dez prémios.
 

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comanche

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« Responder #339 em: Março 04, 2009, 10:19:48 pm »
Futebol robótico com novos craques


ISEP contrata novos robôs humanóides para competição



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A equipa de futebol robótico do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), a cargo do Laboratório de Sistemas Autónomos, anunciou hoje a ‘contratação’ de três novos craques, para reforçar a equipa no campeonato da Robocup Federation.

Os recentes membros da equipa do ISEP são Humanoids NAO, uma evolução que se admite que possa vir a ser os próximos protagonistas do futebol robótico, já que não se trata de simples robôs humanóides.

Estes autómatos estão especialmente vocacionados para a investigação científica no campo da robótica e dos sistemas autónomos, estando o ISEP a contar com a sua prestação para a competição na Robocup Federation, a liga do futebol robótico.
 


Nesse sentido, o Laboratório de Sistemas Autónomos (LSA) vai "obrigar” os três novos craques a um intenso programa de treinos, para os dotar com capacidades de percepção, controlo e coordenação adequadas à competição.

A Robocup Federation, criada em 1997 para promover a investigação em robótica e inteligência artificial, decorre este ano em Graz, na Áustria, entre 29 de Junho e 5 de Julho.

Robôs contra humanos

Para a prova deste ano são esperados três mil participantes, oriundos de 40 países de todo o mundo. O objectivo da competição é conseguir, em 2050, uma equipa de robôs humanóides, totalmente autónomos, que possa vencer a equipa humana campeã mundial de futebol.

O LSA é um laboratório de investigação e desenvolvimento avançado no âmbito da robótica aplicada a diferentes áreas de actuação, como o ambiente, a segurança, os transportes ou a recuperação de catástrofes.

No ano passado, na Feira de Hannover, Alemanha, uma das mais importantes mostras mundiais de tecnologia industrial, o LSA apresentou o FALCOS, uma aeronave não tripulada para detecção de fogos florestais e vigilância marítima, e o ROAZ, um robot de monitorização marítima de superfície que pode analisar a qualidade da água e detectar náufragos.
 

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comanche

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« Responder #340 em: Março 04, 2009, 10:30:50 pm »
Investigadores da FCTUC desenvolvem Solução Tecnológica Inovadora para protecção da Zona Costeira Portuguesa


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Uma equipa multidisciplinar de investigadores (biologia, botânica, ambiente e engenharia) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a desenvolver uma Tecnologia Inovadora para proteger a Zona Costeira Portuguesa, reabilitar áreas degradadas e criar condições favoráveis para o turismo e a pesca.
Os primeiros trabalhos surgiram com o estudo denominado Recuperação do Sistema Dunar da Leirosa, com financiamento privado, e prosseguiram com o projecto ?Novos Conceitos de Protecção para a Costa Portuguesa?, este integralmente financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Além dos investigadores da FCTUC e do IMAR - Instituto do Mar, colaboram o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e o Instituto Superior Técnico.

Considerando as elevadas vulnerabilidades e riscos de grande parte da zona costeira portuguesa, a solução tecnológica proposta tem por base observações de fenómenos naturais que conduziram ao desenvolvimento e valorização de estruturas submersas com incorporação de multi-funcionalidades.

Trata-se de um investimento estruturante, com impactos múltiplos na qualidade de vida das populações locais e na economia (nomeadamente pesca e turismo), contribuindo para um desenvolvimento harmonioso, equilibrado e sustentável da nossa vasta zona costeira. "Será, sem dúvida, uma óptima aposta. A implementação de estruturas submersas, usando material geotêxtil apresenta vantagens indiscutíveis: eficientes sob o ponto de vista de protecção, financeira e ambientalmente muito mais atractivas do que as estruturas convencionais, elevado nível de segurança, longevidade do material, mesmo em ambientes agressivos, plataformas flexíveis e de fácil implementação, ambientalmente sustentáveis e propícias à criação e realce de ecossistemas marinhos de grande valor", frisa o coordenador do estudo, Antunes do Carmo.

Para aplicação destas estruturas submersas, com um bom exemplo já implementado na Costa Este da Austrália (que rapidamente passou a constar do roteiro mundial para a prática de Surf), os investigadores começaram por desenvolver uma estrutura computacional adequada para a propagação de ondas e simulação dos efeitos de refracção, empolamento e rebentação das ondas. Um processo altamente complexo, tendo em conta o elevado número de variáveis em causa (fundos impermeáveis ou porosos, ondas tipicamente não-lineares, fenómenos de reflexão, processos de rebentação, formas, ângulos e dimensões das estruturas submersas e distâncias à linha da costa, etc.).

Os resultados conseguidos são altamente promissores e os cientistas estão já em fase de optimização das características finais da estrutura-tipo, garantindo que esta cumpre a dupla função: protecção da zona costeira de situações de mar mais energéticas e obtenção das melhores ondas em condições favoráveis para a prática de Surf.

"É urgente uma consciencialização pública para a gravidade dos problemas que ocorrerão a curto e médio prazos em diferentes zonas da costa portuguesa, em particular nas proximidades de aglomerados urbanos. Se não forem adoptadas medidas rápidas de prevenção e reabilitação das zonas mais degradadas, com o precário equilíbrio dinâmico existente aliado a uma previsível subida do nível médio do mar, que segundo estudos recentes atingirá cerca de 0.50 m a 0.60 m neste século, dentro de uma a duas décadas será muito mais dispendioso reparar os danos e mitigar os efeitos", alerta o investigador da FCTUC, especialista em Hidráulica Fluvial e Marítima.
 

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comanche

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« Responder #341 em: Março 04, 2009, 10:35:48 pm »
Minhocas de Riba de Ave são as primeiras do mundo a tratar lixos urbanos


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As minhocas, animal que pesa entre um e dois gramas e pode viver em média oito anos, têm hoje oportunidade de brilhar. Em Riba de Ave, concelho de Vila Nova de Famalicão, é inaugurada a primeira unidade de vermicompostagem do mundo para resíduos indiferenciados. Milhões de minhocas comprometem-se a trabalhar dia e noite para tratar 1500 toneladas de lixos urbanos por ano, o que corresponde aos resíduos gerados por quatro mil habitantes.

A "cultura de minhocas" já existe há mais de 20 anos. Até ao momento, a utilização destes animais limitava-se à transformação de matéria orgânica - como esterco de pecuárias, lamas de ETAR (estações de tratamento de águas residuais) e resíduos de indústrias agro-alimentares - em húmus que pode ser usado como adubo.

Mas a unidade de Riba de Ave, da Amave (Associação de Municípios do Vale do Ave) - a funcionar há mês e meio a velocidade cruzeiro, tratando em média cinco toneladas de resíduos por dia - é a primeira do mundo onde as minhocas são lançadas aos lixos indiferenciados, incluindo cartão, papel, plásticos, metal.

Segundo explicou ao PÚBLICO Rui Berkemeier, do Grupo de Resíduos da Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza) - que dá apoio técnico ao projecto -, para tratar uma tonelada de resíduos urbanos são necessários meio milhão de minhocas. Estes animais podem digerir metade do seu peso por dia. A taxa de recuperação através da vermicompostagem é superior a 80 por cento, acrescenta.

João Completo, da empresa portuguesa Lavoisier - responsável pela tecnologia utilizada nesta unidade - diz que o projecto demorou cinco anos a ser desenvolvido. "Começámos a utilizar minhocas para tratar o esterco nas vacarias, depois passámos às lamas de suiniculturas. Agora decidimos fazer uma experiência radical. Depois de dois anos de investigação pusemos as minhocas a tratar de todo o lixo".

O processo passa por duas fases. Primeiro, os resíduos sólidos urbanos indiferenciados são tratados para serem homogeneizados - para que as minhocas os possam digerir, dado que não têm dentes -, para serem higienizados - eliminando os agentes patogénicos que possam existir - e para retirar os cheiros. Estes processos demoram entre duas a três semanas, período durante o qual é aumentada a temperatura dos resíduos para 65º. "Aqui aparecem as primeiras bactérias que fazem uma primeira digestão da matéria", explica João Completo.

"Depois lançamos as minhocas que demoram entre duas a três semanas para digerirem os resíduos e transformarem o lixo em húmus, ou seja, as suas fezes".

Mas estas minhocas têm outra tarefa, como explica João Completo. "Os resíduos que não consigam digerir, como os copos de iogurte e os sacos de plástico, são limpos de todos os restos de comida e sujidade e ficam prontos para serem enviados para as várias fileiras de reciclagem". Este plástico é depois triturado e fica pronto a ser utilizado pelas empresas de reciclagem.

Outro subproduto deste "negócio" é o húmus que resulta da vermicompostagem. "A unidade tem uma fase de triagem com um crivo, com furinhos de vários diâmetros consoante o destino do húmus, seja para jardins, agricultura ou uso florestal".

Quercus vai apresentar proposta ao Ministério do Ambiente

Rui Berkemeier gostava de ver alargada esta tecnologia a vários pontos do país porque, diz o ambientalista, "só tem vantagens". Além de digerirem quase tudo - menos resíduos como têxteis, sapatos e cadeiras -, as minhocas oferecem um serviço "barato" e com custos mínimos. Segundo Rui Berkemeier, a unidade de Riba de Ave - que emprega duas pessoas fixas e uma adicional - representa um investimento de 250 mil euros e cada tonelada tratada ficará em 180 euros.

Além disso, podem ser implementadas unidades de vermicompostagem para pequenas ou grandes cidades, permitindo um tratamento descentralizado. "Isto pode reduzir a necessidade de transportar os resíduos desde quem os produz até aos grandes centros de tratamento ou armazenamento".

Estas unidades poderiam gerar, dentro de cinco a seis anos, até três mil postos de trabalho, tudo com tecnologia cem por cento portuguesa, estima a Quercus.

Actualmente existem três projectos que deverão estar concluídos este ano para outras unidades de vermicompostagem, adiantou Rui Berkemeier: um na ilha de São Miguel, no concelho do Nordeste, outra em Beja e outra na Figueira da Foz.

A Quercus pretende apresentar uma proposta ao Ministério do Ambiente para que apoie a instalação deste tipo de unidades e para que "haja investimento público". Até porque, salientou o especialista em resíduos, este ano Portugal vai falhar a Directiva Aterros no que respeita à quantidade de resíduos orgânicos que ainda vai para estes locais. "Não será preciso grande financiamento para, através das minhocas, resolver este incumprimento".

A unidade de vermicompostagem da Amave tem ainda o apoio da Sociedade Ponto Verde, sendo o equipamento fabricado pela empresa portuguesa Plasmaq.
 

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André

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« Responder #342 em: Março 06, 2009, 05:07:38 pm »
Português que revolucionou estudo da divisão celular homenageado pelo IBMC, no Porto

O Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto vai homenagear o investigador Miguel Mota, pelo trabalho visionário desenvolvido na década de 50 do século XX, que gerou uma hipótese científica só comprovada três décadas depois.

Miguel Mota, actualmente com 83 anos, defendeu, num trabalho apresentado na década de 50, que os cinetócoros, uma estrutura dos cromossomas, eram muito importantes no processo de divisão celular.

Segundo o investigador português, os cinetócoros seriam uma espécie de motor na anáfase, ao moverem os cromossomas para os pólos, permitindo a divisão celular.

A homenagem a Miguel Mota terá lugar durante um seminário, que se realiza segunda e terça-feira, com a presença de alguns dos maiores investigadores mundiais na área da divisão celular, entre os quais Ted Salmon, da Universidade da Carolina do Norte, e Rebecca Heald, investigadora na Universidade de Berkeley e editora da revista Journal of Cell Biology.

Nesta reunião científica estará também presente Gary Gorbsky, da Oklahoma Medical Research Foundation, que comprovou experimentalmente, em 1987, a teoria apresentada em 1957 pelo investigador português.

Hélder Maiato, do IBMC, salientou a importância desta homenagem, frisando que "ainda não tinha sido reconhecida, até agora, a hipótese revolucionária" defendida por Miguel Mota.

"Um investigador português, nos anos 50, sem recurso às tecnologias que hoje são comuns nos laboratórios, avançou com uma hipótese que revolucionou a compreensão dos mecanismos da divisão celular", frisou Hélder Maiato, principal organizador da homenagem.

Miguel Eugénio Galvão de Melo e Mota nasceu em Lisboa, a 15 de Outubro de 1922, tendo assumido em 1948 a direcção do Laboratório de Citogenética da Estação de Melhoramento de Plantas, em Elvas, logo depois de ter concluído o curso no Instituto Superior de Agronomia.

Em 1957 apresentou o trabalho que viria a revolucionar o estudo sobre divisão celular, tendo-se mantido ao longo do seu percurso académico sempre ligado à investigação na área da genética, até se aposentar em 1992.

Miguel Mota trabalhou nas mais prestigiadas instituições de investigação em países como a Suécia, a Grã-Bretanha e os EUA, tendo escrito mais de um milhar de artigos científicos, que foram publicados em dezenas de jornais e revistas.

Lusa

 

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comanche

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« Responder #343 em: Março 10, 2009, 12:45:14 am »
Investigadores portugueses descobrem mecanismo de «reeducação» de células do sistema imunitário


Investigadores portugueses descobriram como identificar e controlar células imunitárias (linfócitos T) para as fazer actuar contra infecções e não para promoverem doenças auto-imunes, num estudo que poderá ter importantes aplicações terapêuticas.

O trabalho, realizado por investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, vem hoje publicado na edição on-line da prestigiada revista científica Nature Immunology.

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"Descobrimos uma maneira de diferenciar duas populações de linfócitos T que produzem factores com actividades biológicas distintas", disse à Agência Lusa o responsável pela equipa de investigação, Bruno Silva-Santos.

Os linfócitos T são glóbulos brancos produzidos no timo, um órgão situado sobre o coração, que combatem infecções e cancro. Porém, estas células podem também ter efeitos indesejáveis, sobretudo se atacarem as próprias células do organismo.

Enquanto um dos factores produzidos por estas células, o Interferão-gama, é importante no combate a vírus e a tumores, o outro, a interleucina-17, apesar de igualmente envolvido na resposta às infecções, tem efeitos maléficos e está na base de doenças inflamatórias e auto-imunes, como a diabetes ou a esclerose múltipla.

 
Bruno Santos Silva
Segundo explicou o director da Unidade de Imunologia Molecular do IMM, o que distingue estas duas populações é um receptor, designado CD27, que está na superfície das células e lhes transmite sinais que recebe do exterior.

"Nós conseguimos manipular este receptor de forma a controlar a geração das duas populações de linfócitos T", afirmou, sublinhando que "este conhecimento poderá ter importantes aplicações terapêuticas", dadas as funções distintas das duas populações de células.

"O processo que identificámos funciona como uma reeducação das células T dos ratinhos e abre perspectivas na imunoterapia de doenças inflamatórias e auto-imunes", assinalou. Apesar deste trabalho ter sido realizado em modelos de experimentação animal, Bruno Silva-Santos garante dispor de evidências preliminares da conservação destes fenómenos nos seres humanos. Nesse sentido, referiu que a investigação futura da sua equipa "irá analisar o potencial de aplicação destes conhecimentos em células humanas".

O estudo contou com a colaboração do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), ao qual esta equipa do IMM está associada, bem como de investigadores estrangeiros nos Estados Unidos, Holanda e Reino Unido.

Bruno Silva-Santos licenciou-se em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, doutorou-se em Imunologia pela University College de Londres e fez pós-doutoramento no King's College, também na capital britânica. É docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa desde 2005 e investigador externo do IGC desde 2007.
 

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Chicken_Bone

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« Responder #344 em: Março 16, 2009, 09:15:10 pm »
Start-up portuguesa abre filial no Reino Unido para iniciar negócio
Tomorrow Options Microelectronics Ltd é a filial que a "start-up" tecnológica - saída do Mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico (MIETE) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - abriu há um mês em Sheffield, no Reino Unido.

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Tomorrow Options Microelectronics Ltd é a filial que a "start-up" tecnológica - saída do Mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico (MIETE) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - abriu há um mês em Sheffield, no Reino Unido.

A empresa-mãe é criada no Porto, mas o negócio vai nascer no Reino Unido, estando previsto o arranque até ao final do próximo mês de Abril. Em causa está o "walkinsense", um dispositivo médico que permite avaliar e prevenir os efeitos do pé diabético, doença que afecta cerca de 15% dos diabéticos.

Trata-se do único dispositivo portátil no mundo e, talvez por isso, chamou a atenção da capital de risco do Ministério da Economia e da Inovação. A Inovcapital, que entrou em Julho de 2008 e que investiu até agora 600 mil euros na empresa, assumiu a maioria do capital, com uma posição de 72%.

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=358934
"Ask DNA"