Irão

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armando30

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Re: Ocidente vs Irão
« Responder #315 em: Novembro 24, 2010, 12:29:35 am »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Citação de: "armando30"
o mais curioso é que aqueles defeitos que normalmente os Extremistas Muçulmanos apontam ao ocidente são os mesmos hábitos que qualquer jovem Iraniano é permitido ter.
eles dizem que o estilo de vida ocidental é pecaminoso mas os jovem Iranianos tem os mesmos comportamentos de qualquer jovem Norte-Americano.
eu sei isso porque um jornalista americano fez um documentário sobre a realidade do Irão e o dia-a-dia dos seus cidadãos, chegou a ser convidado para presenciar uma inauguração de um túnel lá no Irão e foi convidado de honra do Mahmud Ahmadinejad (na altura o jornalista disse que o presidente Iraniano fazia isso para dar uma imagem diferente ao ocidente), e quando perguntou aos jovens Iranianos eles próprios disseram que o Islão não os impedia de terem um estilo de vida semelhante ao dos jovens americanos.

Ele não era Britânico?
julgo que não pois não me lembro de ele ter sotaque, no entanto penso que já vi o documentário há cerca de 2 anos e não posso afirmar qual a nacionalidade do jornalista. na altura interessei-me mais pela hipocrisia de que o ocidente é corrupto e pecaminoso e no entanto os jovens Iranianos também podem ter os mesmos costumes.
 

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Lusitano89

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Re: Irão/EUA
« Responder #316 em: Janeiro 20, 2011, 05:31:40 pm »
Que fazer com o Irão?
Alexandre Reis Rodrigues
 
 
Para os EUA, as sanções aplicadas ao Irão estão a funcionar eficazmente e já levaram a atrasos no programa de enriquecimento de urânio e subsequente construção de uma arma nuclear; veremos se são apenas as sanções que estão a produzir efeito. Segundo as últimas informações vindas a público, calcula-se agora que o Irão não terá possibilidade de ter uma arma nuclear antes de 2015. Mas nem todos os factos confirmam esta visão optimista; muito menos, a possibilidade de haver qualquer desenvolvimento positivo na nova ronda de discussões prevista para 21/22 de Janeiro, em Istambul.

Para Kenneth M. Pollack, a actual estratégia de Obama está a ser bem-sucedida mas não é seguro que possa resultar no final; a linha dura que tomou conta do processo de decisão política em Teerão, não tolerando qualquer oposição interna, vai provavelmente conseguir que o país resista por muito tempo às pressões externas. Será esse tempo suficiente para que, entretanto, consigam desenvolver todo o processo e levar o enriquecimento de urânio até ao nível necessário para ter uma arma nuclear?

Na verdade, já quase ninguém tem dúvidas que o Irão está a caminho de se tornar uma potência com armas nucleares, embora o continue a negar terminantemente. Aliás, o Irão já consegue fazer o enriquecimento a 20% que é o nível que chegou a estar acordado para ser feito no estrangeiro. O isolamento do país que as sanções podem desencadear e em que se aposta para levar o regime a desistir das suas aspirações nucleares, preocupa algumas correntes moderadas no país mas quase que é dado por bem vindo pelos “hard liners”. Estes preferem essa situação à que se gerou durante a presidência de Khatami, em que a abertura a apelos democráticos externos quase punha em causa a Revolução.

Karim Sadjadpour chama a atenção precisamente para este ponto, lembrando como o anti-americanismo é central para a identidade da actual liderança da República Islâmica e, em especial, para o seu líder supremo, o Ayatollah Ali Khamenei que, por altura das controversas eleições de 2009, terá considerado que se chegasse ao poder um candidato disposto a amenizar o relacionamento com os EUA isso seria um “desastre” nacional. “Se as tendências pró-americanas chegassem ao poder no Irão teríamos de dizer adeus a tudo”, disse também o Ayatollah Janati, líder do Conselho de Guardiões, órgão que se tem encarregado de impedir que sejam eleitos, para o Parlamento ou outras instituições do regime, políticos não considerados féis seguros dos princípios da Revolução Islâmica, incluindo os reformistas.

Ninguém espera, neste contexto, qualquer desenvolvimento útil da nova ronda de negociações a 21/22 de Janeiro. Aliás, à luz das declarações do embaixador do Irão junto da AIEA e do ministro dos Negócios Estrangeiros, é a lógica da própria reunião que se encontra em causa. O primeiro já deixou claro que o tempo das negociações estava passado e que a transferência de urânio no exterior estava encerrada; o segundo, num discurso idêntico, diz que a discussão do seu programa nuclear é assunto para ser tratado no âmbito da IAEA. Estas declarações confirmam anteriores posições de recusa de qualquer discussão sobre o enriquecimento de urânio que Teerão considera direito inalienável.

Valerá a pena fazer a reunião? Vale porque, não obstante a retórica parecer excluir qualquer possibilidade de acomodação dos interesses das partes, existem razões muito fortes, como veremos, para que se procure um entendimento mesmo mínimo; só que isso não será certamente deixado transparecer para a opinião pública.

O facto de o encontro se realizar na Turquia pode trazer algum elemento novo (mas não seguramente útil) se esta, como alguns esperam, tentar, na sequência da iniciativa conjunta com o Brasil em Maio passado, ser mais do que um simples anfitrião. Essa iniciativa, então mal recebida por Washington, poderá entretanto estar a ser considerada mais aceitável. Duvida-se, no entanto, que a Turquia possa, na prática, fazer mais do que dar mais alguns passos no sentido de afirmar as suas pretensões de afirmação dos seus interesses de liderança regional e de desempenhar o papel de ponte com o Ocidente, como evidencia a aproximação que tem feito aos países árabes do Médio Oriente. Muito vai depender do que a Turquia possa fazer sobre a reticência da Arábia Saudita em aceitar a crescente importância do Irão, particularmente num momento em que os EUA se preparam para abandonar o Iraque.

Riade espera que os EUA façam algo mais substantivo do que o fornecimento previsto de 60 mil milhões de material de guerra durante os próximos dez anos; presume-se que aguarda de Washington uma reconsideração do calendário de retirada do Iraque, cuja possível subsequente aproximação ao Irão é causa de grande preocupação. De facto, presentemente, é a Arábia Saudita quem pressiona mais a administração Obama; mesmo mais do que Israel, aparentemente agora convicto de que a ameaça nuclear não está tão próxima como se estimava há um ano atrás. Para os árabes o que está em causa é o futuro da Península Arábica e em especial os seguintes três aspectos: a possibilidade de mudança do centro de poder a favor do Irão, um Iraque pró-Irão depois da saída dos EUA e o risco de o Irão, em retaliação, intervir no estreito de Ormuz o que, quase inevitavelmente, iria alargar o âmbito do conflito.

Que poderão os EUA fazer neste contexto muito complexo? Que linha de acção lhes resta se um ataque às instalações nucleares não é opção, como tem sido explicado várias vezes, e é inaceitável deixar Teerão prosseguir impunemente o trajecto de aquisição de um arsenal nuclear? No curto/ médio prazo, como sugere Kenneth M. Pollack, só há a hipótese de aumentar a pressão das sanções e alargar o seu âmbito, entrando na área dos direitos humanos, no apoio à oposição interna, em novos cortes no investimento estrangeiro e operações clandestinas.

É a esta última vertente que se deve o maior contratempo sofrido pelo regime na sua estratégia de desafio às sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Vinte por cento da capacidade de centrifugação de urânio (984 centrifugadores) foi posta fora de acção pela introdução de um muito sofisticado vírus informático (“Stuxnet”) nos computadores que controlam o sistema. Estima-se que em resultado desta acção o programa possa ter sofrido um atraso de três anos. Obviamente, as sanções também estão a produzir efeito, impedindo o país de sair da crise económica, financeira e social em que avultam os problemas de 29% de desemprego (15% segundo o Governo), 30% de inflação (10% segundo o Governo) e uma queda continuada na extracção de petróleo e gás por falta de investimento para modernização dos métodos e infraestruturas (de seis milhões de barris/dia em 1978, está hoje nos três e meio milhões). Chegará tudo isto para inverter o caminho que o Irão prossegue? É possível que sim a prazo, mas não é seguro.

Jornal Defesa
 

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Lusitano89

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Re: Ocidente vs Irão
« Responder #317 em: Janeiro 24, 2011, 03:13:21 pm »
Sarkozy diz que é preciso reforçar sanções contra o Irão


É preciso «reforçar as sanções» contra o Irão, afirmou hoje em Paris o presidente francês Nicolas Sarkozy, dois dias depois do fracasso das negociações multilaterais de Istambul sobre o programa nuclear iraniano - provocado, segundo a França, pela própria República Islâmica.
«As sanções começam a surtir efeito. É preciso reforçar as sanções», declarou Sarkozy.

Indagado sobre um recurso à força para obrigar Teerão a parar com o enriquecimento de urânio, que pode levar ao fabrico de armas atómicas, o presidente francês respondeu que «a política da França é de suma reserva perante o princípio de uma intervenção militar».

Seis resoluções da ONU, entre as quais quatro incluindo sanções económicas e políticas, já foram adoptadas contra o Irão.

As conversações de Istambul entre o Irão e as grandes potências mundiais terminaram no sábado com uma nota de fracasso.

A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, que actua como intermediária nas negociações de sexta e sábado entre o grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) e o Irão sobre o programa nuclear iraniano, declarou-se «decepcionada» no final do encontro.

Lusa
 

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Snowmeow

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Re: Ocidente vs Irão
« Responder #318 em: Janeiro 24, 2011, 05:46:01 pm »
Creio eu, as conversações só iriam adiante se houvesse a garantia de que as armas atômicas de Israel fossem desativadas. Afinal, creio eu, Ahmadinejad teme um ataque israelense mais direto, e principalmente que esse ataque seja nuclear. O Stuxnet foi apenas um "tiro de advertência".

Não sei se isso chegou a ser discutido ou proposto pelo Irã nessas conversações, mas que garantia seria dada a Ahmadinejad, caso ele realmente paralisasse seu programa nuclear, de que o Irã não seria invadido por forças americanas ou israelenses tão logo fosse provado que não há mais nenhum "risco nuclear" aos pretensos invasores? E, caso houvesse essa "punhalada" pelas costas, como ficaria a reputação dos países que apoiaram as sanções?

Se eu falei besteira, me corrijam.
"Não corte uma árvore no Inverno; pois sentirás falta dela no Verão." Jairo Navarro Dias
 

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papatango

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Re: Ocidente vs Irão
« Responder #319 em: Fevereiro 24, 2011, 05:51:52 pm »
Para Ahmadinejad Israel é apenas um argumento e uma desculpa. Se não fosse por causa de Israel seria outra razão qualquer.
A verdade é que as armas atómicas de Israel nunca foram utilizadas para ameaçar ninguém.

Ao contrário o criminoso regime de Teerão, já ameaçou Israel com o extermínio e já previu a destruição do Estado de Israel no que foi uma clara ameaça, que os assassinos tentaram posteriormente distorcer, dando o dito por não dito, baseando-se numa tradução inventiva das palavras do ditador nazista.

Invasão do Irão por parte de Israel, um país com uma fracção da população iraniana, é uma anedota.

Ahmadinejad é um criminoso repugnante e um putrefacto assassino fanático. Como todo o ditador criminoso, ele utilizará as armas atómicas para fazer chantagem, e ainda mais no caso iraniano, que é um país que desde o tempo do império persa, considera a chantagem e o sequestro uma arma legítima.


Fanáticos assassinos não devem ter armas nucleares. Esse é o principal problema, não Israel.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
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Snowmeow

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Re: Ocidente vs Irão
« Responder #320 em: Fevereiro 24, 2011, 08:14:16 pm »
Citação de: "papatango"
Fanáticos assassinos não devem ter armas nucleares. Esse é o principal problema, não Israel.

Então, sob a ótica palestina, Israel não devia mesmo ter armas nucleares, uma vez que não é de hoje que Israel usa seu exército para massacrar os palestinos desde a Guerra dos Seis Dias.
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papatango

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Re: Ocidente vs Irão
« Responder #321 em: Fevereiro 25, 2011, 11:09:32 am »
O fanatismo de uns não pode ser justificado com o fanatismo dos outros.

A verdade é que Israel, não começou o ciclo de guerras com os árabes, foram os árabes que atacaram Israel. O que temos visto de seguida é a aplicação da Lei de Talião. Olho por olho, dente por dente.

Aliás, bastaria ver que quem está realmente preocupado com a capacidade nuclear iraniana não é exactamente Israel, mas sim os estados árabes, que sempre olharam os persas com desconfiança.
Bastaria ver as revelações do wikileaks sobre o que os sauditas disseram dos iranianos.
«Esmagar a cabeça da serpente» foi uma expressão utilizada pelos árabes a propósito dos persas e não pelos israelitas.

As eternas lengalengas sobre o Irão fazem parte do discurso ultrapassado da esquerda radical, que gosta do Irão porque gosta da palavra «Revolução».
Até os russos desconfiam dos iranianos quando se trata de armas nucleares. O problema não é nem nunca foi Israel.
Se Israel quisesse atacar o Irão com armas atómicas, já o poderia ter feito há décadas atrás.
Devem ser estúpidos por esperar este tempo todo.

 :roll:  :roll:
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Snowmeow

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Re: Ocidente vs Irão
« Responder #322 em: Fevereiro 25, 2011, 10:31:35 pm »
Citação de: "papatango"
A verdade é que Israel, não começou o ciclo de guerras com os árabes, foram os árabes que atacaram Israel.
Os árabes atacaram Israel porque o Estado de Israel foi formado unilateralmente em terras palestinas.

Se Israel tivesse sido formado em terras portuguesas, praticamente tomando Portugal para si, o que você acharia disso?
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FoxTroop

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Re: Ocidente vs Irão
« Responder #323 em: Fevereiro 25, 2011, 11:33:26 pm »
Citação de: "Snowmeow"
Citação de: "papatango"
A verdade é que Israel, não começou o ciclo de guerras com os árabes, foram os árabes que atacaram Israel.
Os árabes atacaram Israel porque o Estado de Israel foi formado unilateralmente em terras palestinas.

Se Israel tivesse sido formado em terras portuguesas, praticamente tomando Portugal para si, o que você acharia disso?

Ui...... Atendendo à questão, tenho para mim que muitos abririam os seu terminais de evacuação, deixando-se oruscar em amena alegria, sendo tratados com sub-humanos.
 

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chaimites

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Re: Ocidente vs Irão
« Responder #324 em: Fevereiro 26, 2011, 06:21:30 am »
Citação de: "FoxTroop"
Citação de: "Snowmeow"
Citação de: "papatango"
A verdade é que Israel, não começou o ciclo de guerras com os árabes, foram os árabes que atacaram Israel.
Os árabes atacaram Israel porque o Estado de Israel foi formado unilateralmente em terras palestinas.

Se Israel tivesse sido formado em terras portuguesas, praticamente tomando Portugal para si, o que você acharia disso?

Ui...... Atendendo à questão, tenho para mim que muitos abririam os seu terminais de evacuação, deixando-se oruscar em amena alegria, sendo tratados com sub-humanos.


A questao nao e assim tao simplista, lembro que Jerusalém ja era a capital do reino de Israel 1000 anos antes de Cristo!

No curso da história, Jerusalém foi destruída duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, e capturada e recapturada 44 vezes.
 

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papatango

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Re: Ocidente vs Irão
« Responder #325 em: Fevereiro 26, 2011, 12:19:44 pm »
Citar
A questão nao e assim tao simplista, lembro que Jerusalém ja era a capital do reino de Israel 1000 anos antes de Cristo!

Esse é o grande problema, que os fanáticos árabes pura e simplesmente ignoram.
A verdade é que os judeus já foram maioria. E exactamente naquela região.
O outro problema, é que a «Terra Prometida» foi prometida por Deus aos judeus, que não são originários daquela região.
Já nos tempos biblicos eles tiveram que conquistar a terra. A capacidade dos judeus para vencer inimigos muito mais fortes, foi justificada na altura com o apoio divino.

A questão da legitimidade é por isso muito complexa e não pode ser tratada com a vulgaridade e a superficialidade de argumentação que cai por terra com facilidade.

A questão palestiniana foi artificialmente inflamada durante muitos anos. Os palestinianos são um povo muito pouco considerado no Médio Oriente. A norte, na Siria e no Libano eles eram considerados como bandos de ladrões. A Jordânia recusou-se a recebe-los, quando foram enxotados para o sul do Líbano, os xiitas do que hoje é o Hezbollah, até aclamaram as tropas de Israel como libertadoras em 1982.

Porque razão um povo que sempre foi visto com desconfiança, de repente é um simbolo dos árabes ?
Porque eles precisam de razões para ter causas comuns.

O Irão é o país mais racista do médio oriente.
Para um iraniano, um árabe é uma espécie de animal sujo, um beduíno mal cheiroso que sempre viveu no deserto em regiões remotas. Um palestiniano, é um árabe sujo ainda mais sujo.

A ditadura iraniana apenas se aproveita da questão palestiniana, para desviar atenções da corrupção e da repressão que as milícias nazistas fazem correr pelas ruas das cidades iranianas.
Só assim se pode explicar que o regime assassino iraniano queira ajudar os palestinianos.

O resto é propaganda fanática, boa para gente que não gosta de utilizar a cabeça para pensar.
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chaimites

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Re: Ocidente vs Irão
« Responder #326 em: Fevereiro 26, 2011, 01:59:37 pm »
Boas!

De facto ao Longo da história nao houve pedaço de terra tao desejado e cobiçado, nem povo tao odiado como os judeus,  e de facto, nao fosse a sua religião tinham desaparecido como nação.
A ideia de extreminar os Judeus  nao foi invenção de Hitler, foi um facto repetido ao longo da Historia, sempre com o povo judeu a mostrar uma determinaçao e sobrevivencia únicos

O Odio entre Palestinos e Judeus vem do tempo em que os Babiloneos comquistaram Israel ( 580 AC)  e como era hábito na altura um povo que fosse conquistado era deportado para fora do seu País  como forma de o desenraizar e perderem  a noção de Pátria ao fim de 2 ou 3 geraçoes !  Nessa altura com a deportação dos Judeus, os Babiloneos instalaram na zona da Palestina Povos oriundos do restante continente Asiático que haviam conquistado!  com o mesmo objectivo de os tornar Apátridas  

Quando A Pérsia conquistou a Babilonia, O Imperador Dario autorizou os Judeus a regressarem ao seu territorio, 70 anos depois!

Quando os Judeus regressaram, á sua Pátria, esta já   estava ocupada por todos esses povos que foram la colocados e que ao contrario dos Judeus, que sempre quiseram regressar a Jerusalém, formaram as aí suas raizes
Os Judeus desde essa altura sempre consideraram esses povos ocupantes da sua terra e nunca tiveram boas relações.
Desde essa altura até 1949 Israel esteve sempre ocupada por Potências estrangeiras e nunca mais foram  independentes salvo durante as inumeras revoltas em que conseguiram por pouco tempo reconquistar jerusalém como capital!



580 A,C  Babiloneos

517 A.C Persas

300 A,C Gregos

6 D.C  Pax Romana
153   Destruiçao de Jerusalem em resposta dos romanos a uma revolta dos Judeus  
Adriano romaniza a cidade e proibe os Judeus  de entrarem nela e batiza toda a regiao como Síria Palestrina

Até ao SEC VII  D.C. torcou de mãos entre Romanos Bizantinos e Persas Inumeras vezes

em 624 um exército Islãmico cerca e destroi Jerusalem!

638 o Califado Islamico reclama para si a cidade e torna-a 3 cidade do Islão e premite o regresso dos Judeus

1099 Cruzados destroem Jerusalem, massacram os Islãmicos e  os Judeus capturados sao vendidos na Europa com  escravos

1187 Saladino recupera a cidade aos Cruzados e premite o regresso dos Judeus.

1250-1517 Tartaros ocupam Jerusalem e expulsam os Judeus

1517 -1917Imperio Turco Otomano ocupa Jerusalem

1917 Ingleses comquistam Jerusalem ao imperio  Turco Otomano

1949 Ingleses abandonam Jerusalem e Israel 2500 anos depois declara a sua Independencia!

Evidentemente que a Historia nao se faz só de datas mas dá para ter um pouco a noção do trajecto do povo Judeu Ate aos dias de HoJe!
 

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nelson38899

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Re: Ocidente vs Irão
« Responder #327 em: Fevereiro 26, 2011, 03:59:54 pm »
Não esquecer que os judeus, já por duas vezes foram perseguidos, a primeira pela religião católica através da inquisição e a segunda através de Hitler.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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chaimites

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Re: Ocidente vs Irão
« Responder #328 em: Fevereiro 26, 2011, 11:13:50 pm »
Boas!

So duas vezes?

Muitas mais!

Desde o ano 580 antes de Cristo que esse povo nao sabe o que e viver em paz e na sua patria!
 

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Snowmeow

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Re: Ocidente vs Irão
« Responder #329 em: Março 13, 2011, 09:08:59 pm »
Citação de: "nelson38899"
Não esquecer que os judeus, já por duas vezes foram perseguidos, a primeira pela religião católica através da inquisição e a segunda através de Hitler.
E agora, não se pode falar mal de judeu que já se é taxado de "nazista", "anti-semita"... Virou crime falar mal de judeu, mesmo se tiver com a razão.

A propósito, não eram todos os judeus que Hitler perseguia... Havia um grupo de judeus ao qual ele era chegado. Curiosamente, Ahmadinejad também é chegado a um determinado grupo de judeus, os ultraortodoxos.

E antes de Israel, os judeus tentaram estabelecer sua pátria em vários lugares, da Rússia à Uganda. Se eles tivessem pensado na Austrália, creio eu, eles estariam bem mais tranquilos...
"Não corte uma árvore no Inverno; pois sentirás falta dela no Verão." Jairo Navarro Dias