Especialista em energia nuclear assassinado em Teerão
Um especialista em energia nuclear foi hoje morto em Teerão por desconhecidos, segundo a agência de notícias do Irão, citada pelas agências internacionais.
"Um professor de física e especialista em nuclear foi assassinado há poucas horas" em frente da sua casa em Teerão, avançou hoje a agência de notícias Mehr, sem precisar a identidade da vítima. De acordo com a agência de notícias ISNA, trata-se de Daryoush Rezaei, com 35 anos, um especialista que tem laços com a Agência de Energia Atómica do Irão. De acordo com a agência de notícias Mehr, a mulher do cientista foi ferida no ataque, que terá sido perpetrado por homens em motos. Vários cientistas nucleares iranianos têm sido vítimas de ataques ou desaparecimentos inexplicáveis nos últimos anos e as autoridades iranianas suspeitam que se trata de um modo de as potências ocidentais tentarem retardar o avanço do seu controverso programa nuclear.
Em 29 Novembro de 2010, dois carros-bomba tinham como alvo dois físicos com responsabilidades no programa nuclear do país, Majid Shahriari e Fereydoon Abbasi Davani. O ataque provocou a morte do primeiro e ferimentos no segundo. Em Janeiro de 2010, outro cientista nuclear iraniano, Masoud Ali Mohammadi, foi morto num ataque que Teerão atribuiu a "mercenários" em nome de Israel e dos Estados Unidos. As autoridades iranianas anunciaram, no início de 2011, o desmantelamento de uma rede que trabalhava para a Mossad, os serviços de inteligência de Israel, dizendo que entre os presos se incluía o responsável pelo atentado que matou Ali Mohammadi.
Actualmente, há seis resoluções das Nações Unidas, assim como severas sanções internacionais contra o controverso programa nuclear iraniano, sobretudo devido à política de enriquecimento de urânio que o Ocidente suspeita que tenha objectivos militares, apesar das repetidas recusas de Teerão. O ministério das Negócios Estrangeiros iraniano disse na terça-feira que o Irão instalou novas centrifugadoras para enriquecer urânio mais rapidamente, afirmando que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) foi "informada" dessa decisão.
Lusa