Pandur II

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HSMW

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« Responder #840 em: Maio 30, 2008, 07:30:53 pm »
Se fosse um CC a altura seria uma desvantagem.
Mas com parte de um ERec que tacticamente não procura o contacto talvez não o seja pois facilita a observação, neste caso a função anti-carro fica para o Milan da M11. O emprego de meios depende do tipo de IN, num teatro em que fosse previsível o uso de CC por parte do IN o mais adequado a empregar seria a BrigMec, esta sim destinada a um conflito convencional com um ERec com M60 e M113 com TOW.
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papatango

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« Responder #841 em: Maio 30, 2008, 07:36:38 pm »
Segundo a Steyr, o peso máximo carregado para combate do Pandur-II 8x8 é de 22 toneladas.

Segundo a Fiat-Iveco o peso máximo para combate do Centauro é de 25 toneladas, com uma «folga» de mais 3 toneladas, que permite a aplicação de blindagem modular.
Parte dos veículos italianos têm de facto esta blindagem (que se percebe pelo aspecto da torre)

Estamos portanto a falar de uma diferença ente 22 e 28 toneladas.
Com uma agravante: O Centauro não foi inicialmente pensado para veículo de combate de infantaria, pelo que desde o inicio a sua construção e concepção, obedeceu a um quesito: A colocação de uma torre com um canhão de 105mm.
Posteriormente o Centauro foi transformado em VCI.

Podemos comparar o Pandur com os veículos do tipo Piranha ou AMV, mas creio que o Centauro está num outro nível.
De notar que mesmo assim, os italianos colocaram-lhe blindagem adicional.

No entanto, sabemos todos que os fabricantes estão sempre a aparecer com soluções novas para mostrar que os seus veículos podem fazer mais uma quantidade de coisas, o que é normal, pois todos os veículos evoluem.

Já agora, a torre CT-CV tem carregamento automático e uma guarnição de 2, enquanto que a Hitfact italiana tem uma guarnição de 3 e não tem carregamento automático.
Segundo os dados que tenho a torre italiana pesa 6 toneladas (carregada) e a torre belga, carregada pesa menos de 5.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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papatango

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« Responder #842 em: Maio 30, 2008, 07:42:03 pm »
Citação de: "HSMW"
Se fosse um CC a altura seria uma desvantagem.
Mas com parte de um ERec que tacticamente não procura o contacto talvez não o seja pois facilita a observação, neste caso a função anti-carro fica para o Milan da M11. O emprego de meios depende do tipo de IN, num teatro em que fosse previsível o uso de CC por parte do IN o mais adequado a empregar seria a BrigMec, esta sim destinada a um conflito convencional com um ERec com M60 e M113 com TOW.


O problema, é que qualquer das duas torres é anunciada como sendo adequada para blindados ligeiros de lagartas ou de rodas, sublinhando-se a capacidade de perfurar a blindagem de qualquer carro de combate actual.

O problema, é que para uma força que não tem capacidade de defesa antiaérea minimamente credível, a aquisição deste tipo de equipamento parece ser um gasto demasiado.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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ruben lopes

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« Responder #843 em: Maio 30, 2008, 07:46:27 pm »
então os pandur com o canhão CT CV, têm mais velocidade que o centauro, porque é menos pesado e tem um canhão melhor porque tem tiro automático.
Isso quer dizer que o pandur 105mm é melhor que o centauro. :D
ruben lopes
 

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tyr

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« Responder #844 em: Maio 30, 2008, 07:47:33 pm »
a altura do veiculo com canhão depende, lembro me de 2 casos em que forças que operavam carros de combate altos (como o centurion) conseguiram vantagem tatica devido a isso.
um caso foi israel nas guerras israelo arabes, veiculo mais alto, implica que a torre consegue baixar mais o angulo de tiro (e como o deserto esta cheio de dunas), resultado os carros israelitas tinham que expor só a parte superior da torre enquanto os carros arabes (de fabrico sovietico) tinham que se expor mais, pois como a torre não tinha uma inclinação negativa tão elevada, basicamente tinham que meter o caro de combate em cima das dunas.
o outro foi a guerra de angola onde os sul africanos conseguiam ver os carros angolanos enquanto os angolanos não os conseguiam ver de volta (devido ao capim alto em muitas zonas).
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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Daniel

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« Responder #845 em: Maio 30, 2008, 07:52:27 pm »
papatango
Citar
Segundo a Steyr, o peso máximo carregado para combate do Pandur-II 8x8 é de 22 toneladas.


Bom o Pandur vazio pesa 18000, pelo que vi a torre CT-CV vazia pesa 4000, o que daria os tais 22000, isto claro o Pandur vazio sem estar preparado para cambate, pelos vistos a torre italiana, é mais pesada, ou seja vazia deverá ter as sua 5 toneladas, o que leva o Pandur caso fique com essa torre a pesar 23000, +ou-. c34x
 

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Daniel

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« Responder #846 em: Maio 30, 2008, 08:00:16 pm »
ruben lopes
Citar
então os pandur com o canhão CT CV, têm mais velocidade que o centauro, porque é menos pesado e tem um canhão melhor porque tem tiro automático.
Isso quer dizer que o pandur 105mm é melhor que o centauro.


É preciso lembrar, que ainda não se escolheu a torre, eu próprio gostaria de saber a opinião de quem melhor etende, qual a torre a optar, em vez que a Oto Melara é canhão de carregamento manual,e por isso tambem mais barata, e CT-CV, de carregamento automático, e claro um pouco mais cara, quais as vantagens e desvatagens entre a duas torres. c34x
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #847 em: Maio 30, 2008, 08:07:32 pm »
Citar
Caro Pedro Monteiro, creio que ai deve haver um erro, a Pandur para tranporte de pessoal pelo que vi anda pelo peso de 14.000 vazio, ou será que vi errado :?:
Um trabalho publicado no livro Serviço Militar 50 Anos refere que "o peso da viatura sem a dotação orgânica (armamento, equipamento e munições), sem tripulação, com protecção balística de nível 1 (...) STANAG 4569, é de 18 000 kg" (p. 63). A título de comparação, a versão de combate de infantaria  tem um peso superior, 3 000 kg da torre SP30 e na ordem dos 2 850 kg para os módulos de blindagem que asseguram a protecção Level 4 (p. 66). Julgo que o nível de protecção da Pandur MGS será Level 4 ou Level 5 - embora, claro, possa ter instalados os módulos de blindagem para Level 1. Portanto, para situações de combate, teremos que considerar mais ou menos este peso além da base na ordem das 16-18 toneladas e o peso de cada torre. No total, estaremos a falar de uma viatura para a categoria das 20-25 toneladas.
Agora, pelo que me foi dito (gostaria que alguém confirmasse), o motor a usar na Pandur MGS seria menos potente que o da Cenaturo.

Citar
Mas com parte de um ERec que tacticamente não procura o contacto talvez não o seja pois facilita a observação, neste caso a função anti-carro fica para o Milan da M11. [altura da viatura]

Note-se que a Pandur possui uma versão anti-carro que será usada pelas subunidades da BrigInt. As Panhard VBL estão integradas na BRR e, ao que sei, o Regimento de Cavalaria nº 6 já não possui nenhuma ao serviço, seja do ERec ou do GAM.

A acreditar nos dados (Brigada de Intervenção 2006/2007), a Pandur MGS destina-se não apenas ao ERec (6 viaturas), mas também ao GAM (27). O GAM será, na prática, o GCC da Brigada de Intervenção. Admito que, depois, não seja empregue como um GCC seria. Nesse caso, esta limitação da versão MGS não será determinante. Mas não me deixo de interrogar sobre a justificação de um investimento como este em tal situação.

Agora, em termos de trabalho de engenharia, tenho dúvidas se as prestações da Pandur MGS serão equivalentes às de viaturas dedicadas como a Centauro.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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Daniel

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« Responder #848 em: Maio 30, 2008, 08:16:33 pm »
papatango
Citar
O problema, é que para uma força que não tem capacidade de defesa antiaérea minimamente credível, a aquisição deste tipo de equipamento parece ser um gasto demasiado.


Será, bom não sou a pessoa exata para saber se defacto o Pandur com torre 105mm faz de facto falta, agora as 33 Pandur com torre 105mm ficarão a volta de 130 milhões, com esse dinheiro, o que poderiamos comprar para defesa antiaéria c34x
 

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Daniel

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« Responder #849 em: Maio 30, 2008, 08:22:13 pm »
Pedro Monteiro
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título de comparação, a versão de combate de infantaria tem um peso superior, 3 000 kg da torre SP30 e na ordem dos 2 850 kg para os módulos de blindagem que asseguram a protecção Level 4 (p. 66).


Bom, com todo o respeito e não querendo duvidar, ou ser teimoso, continu achando que algo não bate certo, é Porque o meu Jeep Vazio ja pesa 2600,  :roll:  :lol:
 

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HSMW

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« Responder #850 em: Maio 30, 2008, 08:23:47 pm »
Citar
O problema, é que para uma força que não tem capacidade de defesa antiaérea minimamente credível, a aquisição deste tipo de equipamento parece ser um gasto demasiado.


Por um lado é concordo, só temos escudo SHORAD com Stinger e Chaparral  e possivelmente virá o Avenger, mas faz parte do conceito estratégico de defesa Nacional que a defesa do espaço aéreo está a cargo da FAP visto a missão das F.A. ter uma postura defensiva "Portugal reserva o recurso à guerra para os casos de agressão militar efectiva ou iminente." que não se avista, se a situção na Europa se complicasse então valeria a pena adquirir novos sistemas.
Mas visto a maioria das missões que participamos são de paz (consolidação, manutenção, imposição) as Pandur são uma necessidade urgente do Exército.
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papatango

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« Responder #851 em: Maio 30, 2008, 08:38:18 pm »
Citação de: "Daniel"
Pedro Monteiro
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título de comparação, a versão de combate de infantaria tem um peso superior, 3 000 kg da torre SP30 e na ordem dos 2 850 kg para os módulos de blindagem que asseguram a protecção Level 4 (p. 66).

Bom, com todo o respeito e não querendo duvidar, ou ser teimoso, continu achando que algo não bate certo, é Porque o meu Jeep Vazio ja lpesa 2600,  :roll:  :lol:
fala-se do peso da torre não do veículo...


HSMW -> tenho impressão que fiz asneira, acho que apaguei uma mensagem sua que me pareceu duplicada.

Citação de: "HSMW"
Mas visto a maioria das missões que participamos são de paz (consoidação, manutenção, imposição) as Pandur são uma necessidade urgente do Exército.
A questão não é o Pandur nas suas várias versões, mas sim a utilidade do Pandur-II/105mm.

Os italianos (por razões óbvias) já colocaram protecção adicinal nos veículos Centauro.
Na verdade, a ideia de possuir uma peça de calibre considerável com uma grande mobilidade é muito interessante, mas quando começamos a pensar que se trata de veículos com uma blindagem que tem grande probabilidade de não resistir a um LGF / RPG então talvez seja melhor pensar duas vezes...

Quanto à potência o motor IVECO-FIAT MTCA, é um V6 turbodiesel e tem 520cv segundo a Janes. Um bocado mais que a potência do Pandur-II que pelo que me lembro anda pelos 455cv se utilizar o motor HPCR. Caso contrário a potência do outro motor mais pequeno é de 285cv.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Daniel

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« Responder #852 em: Maio 30, 2008, 09:05:43 pm »
papatango
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fala-se do peso da torre não do veículo...


Eu estava a perceber mal. :?:  c34x
 

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AMRAAM

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« Responder #853 em: Maio 30, 2008, 09:38:41 pm »
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o que poderiamos comprar com 130 milhões de euros para defesa antiaéria Question Cool
Nasams tal vez :?: Lo digo,en relacion a una noticia del año 2006 donde Holanda comparaba los sistemas nasams/slamraam por unos 60 mill.de $.
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HOLANDA ORDENA SISTEMAS DE DEFENSA AEREA NASAMS-SLAMRAAM.
Categoria: Ejercito - 12-12-2006 05:24

El Ministerio de defensa danés acaba de anunciar que ha firmado un contrato valuado aproximadamente en 60 millones de dólares para las entregas al ejército holandés de un sistema integrado de defensa aérea bajo el programa de la futura defensa aérea basada en tierra (FGBAD NL). Los sistemas protegerán fuerzas holandesas contra aviones, helicópteros, misiles de crucero y vehículos aéreos sin tripulación, siendo completamente móviles. El sistema NASAMS-SLAMRAAM está basado en los misiles AMRAAM usados en los aviones pero con base en tierra como parte del sistema superficie-aire. El contrato concedido en octubre 2004 cubría 3 radares móviles de vigilancia TRML-3D, y vehículos para operación de comando y control incluyendo un sistema de comunicaciones de radio. Los componentes del sistema actual se compone de 2 radares móviles de vigilancia TRML -3D de EADS, comando móvil y centros de operaciones de control proporcionados por EADS y la subsidiaria Rheinmetall Oerlikon-Contraves, una red digital de comunicación por radio de Oerlikon y 6 sistemas de lanzadores noruegos NASAMS II provistos por Kongsberg. Cada sistema tiene un número de vehículos con los misiles, además de otros elementos. Para asegurar la coordinación de las armas, todos los componentes del FGBAD NL se unirán mediante una red trabajó LAN que asegurará una infraestructura de comunicaciones de radio mediante el intercambio de información en tiempo real entre las unidades de radar, el vehículo de comando y los sistemas de armas. El sistema será entregado en 2009 y parte del contrato también se refiere al mantenimiento del sistema. La empresa noruega Kongsberg llevará la responsabilidad del mantenimiento del sistema junto con EADS a partir de 2009 y hasta el 2014. La fuerza armadas de Holanda utilizarán el sistema antiaéreo para defensa nacional así como en operaciones internacionales.

http://www.espejoaeronautico.com/index.php?scp=news&id=4287
"Con la sangre de un guerrero y el primer rayo de sol, hizo Dios una bandera, y se la dio al pueblo español"
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #854 em: Maio 30, 2008, 10:58:08 pm »
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Bom, com todo o respeito e não querendo duvidar, ou ser teimoso, continu achando que algo não bate certo, é Porque o meu Jeep Vazio ja pesa 2600,  :roll:  :lol:

O casco da Pandur, em si, não oferece protecção balística. São os módulos que oferecem, e daí o seu peso. Portanto, os valores para o casco terão algum cabimento. A título de comparação a Chaimite tem um peso na ordem das 7-10 toneladas.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro