Viatura e torre podem levar blindagem adicional - como aliás é visível na torre na segunda foto que coloquei.
Pelo que entendi das especificações, a blindagem pode ir até ao nível 5.
Não dá para mais que isso, e além disso há o problema do motor.
Mais blindagem implica impossibilidade de transportar o Pandur-II/105 por via aérea e além disto, reduz a mobilidade do veículo aumentando ao mesmo tempo o consumo e portanto a autonomia.
Algumas notas adicionais sobre os comentários
Ora aí está. Agora, já podemos ir almoçar? É que com o tempo que demoraram a aceitar essa lógica e a discutir isto um gajo quase que morre à fome.
O problema, é que a utilização de um veículo sobre rodas equipado com um canhão bastante potente, parece fazer parte da doutrina do exército desde os finais dos anos 50.
O Panhard-EBR com peça de 75mm parece que tinha mais ou menos a mesma função que terá este Pandur-II/105.
Ou seja:
A aquisição do Pandur-II/105 não tem a ver com nenhuma descoberta da pólvora, mas muito pelo contrário, parece continuar uma doutrina com mais de 50 anos. O Panhard-EBR foi originalmente pensado para unidades de reconhecimento, e equipado com um canhão suficientemente poderoso para atacar se necessário os tanques russos T-34/85 e T-54/55.
Volto a lembrar, que para apoiar forças de infantaria e para protecção e apoio a forças de infantaria, não é necessário um Pandur-II/105 com uma torre como a CT-CV.
Para essa função, serve perfeitamente até uma torre com um canhão de 90mm, como a que foi instalada nos AML-90 e ELAND sul africanos.
Esse tipo de canhão dispara uma munição de baixa velocidade, embora possa utilizar munição de energia química do tipo HESH (que é disparada a baixa velocidade e só cria o fluxo de metal quando embate no alvo).
Com esse tipo de munição até um AML-90 pode furar uma blindagem antiga.
Ao mesmo tempo o AML-90 podia disparar munição explosiva adequada à função anti-pessoal, para apoiar forças de infantaria.
Esse tipo de arma, pode ser utilizado para combate urbano, embora os veículos blindados sejam sempre alvos muito apetecíveis e por isso não adequados.
O que faz o Pandur-II/105 com a torre CT-CV diferente, é a capacidade de tiro de muito alta velocidade.
Com o desenvolvimento das blindagens compostas e com a protecção da blindagem reactiva, a munição de energia química deixou de ser suficiente para perfurar a blindagem de um tanque moderno.
Mas por muito moderno que seja o tanque e por muito sofisticada que seja a sua blindagem, contra um canhão capaz de disparar um dardo que viaja a 5 760 Km/h não deve haver nenhum tanque que resista.
Logo:
Embora o canhão da torre CT-CV possa igualmente ser utilizado para apoio a forças de infantaria - utilizando munição adequada – o custo da arma em minha opinião só se justifica pela sua capacidade para disparar munição a muito alta velocidade, a utilização da qual só faz sentido quando aplicada contra alvos fortemente blindados como tanques modernos.
Não faz sentido utilizar munição de alta velocidade para apoio de infantaria, porque o mais provável seria não atingir ninguém.
Não sei se terei explicado suficientemente a minha interpretação/dúvida…
Cumprimentos