Votação

Os STs da FAP devem ter uma "Shark Mouth" pintada no seu nariz?

SIM
8 (33.3%)
NÃO
16 (66.7%)

Votos totais: 24

Votação encerrada: Fevereiro 17, 2025, 09:40:28 pm

O Super Tucano em Portugal

  • 303 Respostas
  • 31395 Visualizações
*

Bubas

  • Perito
  • **
  • 356
  • Recebeu: 65 vez(es)
  • Enviou: 340 vez(es)
  • +100/-55
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #285 em: Junho 05, 2025, 11:09:28 pm »
Não me parece que está a perceber. As minhas desculpas se não se estava a referir ao meu comentário. O problema não é os ST serem capazes disso tudo. Claramente não são, (ou talvez dentro em breve passem a ser, não sei) .
O problema é os aviões a hélice, na generalidade, poderem ou não ser usados em treino para jatos. Se sim parecem ser uma excepção, embora possível.

Eu a pensar que era esquadras para África, pirataria, trafico, combate naval, antidrone, afinal é treino avançado, mas pouco. Também as razões anteriores  nenhuma faz sentido
 

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9898
  • Recebeu: 5069 vez(es)
  • Enviou: 847 vez(es)
  • +5368/-1125
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #286 em: Junho 06, 2025, 01:45:56 pm »
Aparecimento refere-se a poucos... não a regras que geralmente se refere a muitos. Mas a ver vamos se a regra vai mudando... Na nossa última discussão era quase uma certeza.
A compra pode ser estúpida, mas ficamos com uma coisa que por pouco dinheiro (mundo dos aviões) nos permite ter algumas capacidades diversas, difíceis de alcançar por tão pouco dinheiro e com meios especializados em cada uma delas.
Será o ideal, não sei, muito provavelmente não. Será melhor do que tínhamos? Pelo menos é mais do que tínhamos.
Quanto a ser montra, isso é política, e como sem política não temos nada (chatices das democracias), nem vou discutir. Se não gosta, vote e convença muitos a votar como você.

Mais uma vez, não está claro que os canadianos vão passar do PC-21 para F-35, sem realizar a conversão operacional num avião a jacto, seja nos EUA, seja com recurso a alguma empresa privada.

O ST não é comparável ao PC-21 enquanto aeronave de treino. A performance do PC-21, nomeadamente velocidade e sobretudo limites de forças G, está num patamar acima, e que se aproxima mais de um modelo a jacto.

Aqui concluímos que, se consideravam uma aeronave a hélice o suficiente para treinar pilotos de caça, e que conversão operacional para F-35 seria feira nos EUA com recurso a T-7, esta aeronave a hélice teria que ser o PC-21, não só pelas razões acima, e por ser a escolha de todos os países aliados, mas também por haver facilidades logísticas na sustentação e modernização da frota, devido à uniformização com países como Espanha e França.

Além disto, o PC-21 era mais barato que o ST e por não ser uma aeronave de combate iria ser mais barato de sustentar, não haveria desvio de recursos financeiros, humanos e materiais (munições) de outras esquadras, nem haveria o risco de destacar uma aeronave destas em missões de combate, colocando em risco pilotos desnecessariamente.

Esta opção mantém o problema da falta de uma aeronave a jacto para treino dissimilar/aggressor/opfor, mas pelo menos mantinha os custos contidos o suficiente para se investir mais na componente operacional.

Para um esquadrão Aggressor, podíamos sempre olhar para a possibilidade de manter meia dúzia de F-16 após a sua substituição, com essa finalidade. Mas isto seria sempre oneroso, e não passaria de wishful thinking de que o país levasse a defesa a sério. Esta opção sempre permitia reviver os Asas de Portugal.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Pescador

*

Pescador

  • Investigador
  • *****
  • 5480
  • Recebeu: 3604 vez(es)
  • Enviou: 3036 vez(es)
  • +5966/-3835
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #287 em: Junho 06, 2025, 01:53:50 pm »
Aparecimento refere-se a poucos... não a regras que geralmente se refere a muitos. Mas a ver vamos se a regra vai mudando... Na nossa última discussão era quase uma certeza.
A compra pode ser estúpida, mas ficamos com uma coisa que por pouco dinheiro (mundo dos aviões) nos permite ter algumas capacidades diversas, difíceis de alcançar por tão pouco dinheiro e com meios especializados em cada uma delas.
Será o ideal, não sei, muito provavelmente não. Será melhor do que tínhamos? Pelo menos é mais do que tínhamos.
Quanto a ser montra, isso é política, e como sem política não temos nada (chatices das democracias), nem vou discutir. Se não gosta, vote e convença muitos a votar como você.

Mais uma vez, não está claro que os canadianos vão passar do PC-21 para F-35, sem realizar a conversão operacional num avião a jacto, seja nos EUA, seja com recurso a alguma empresa privada.

O ST não é comparável ao PC-21 enquanto aeronave de treino. A performance do PC-21, nomeadamente velocidade e sobretudo limites de forças G, está num patamar acima, e que se aproxima mais de um modelo a jacto.

Aqui concluímos que, se consideravam uma aeronave a hélice o suficiente para treinar pilotos de caça, e que conversão operacional para F-35 seria feira nos EUA com recurso a T-7, esta aeronave a hélice teria que ser o PC-21, não só pelas razões acima, e por ser a escolha de todos os países aliados, mas também por haver facilidades logísticas na sustentação e modernização da frota, devido à uniformização com países como Espanha e França.

Além disto, o PC-21 era mais barato que o ST e por não ser uma aeronave de combate iria ser mais barato de sustentar, não haveria desvio de recursos financeiros, humanos e materiais (munições) de outras esquadras, nem haveria o risco de destacar uma aeronave destas em missões de combate, colocando em risco pilotos desnecessariamente.

Esta opção mantém o problema da falta de uma aeronave a jacto para treino dissimilar/aggressor/opfor, mas pelo menos mantinha os custos contidos o suficiente para se investir mais na componente operacional.

Para um esquadrão Aggressor, podíamos sempre olhar para a possibilidade de manter meia dúzia de F-16 após a sua substituição, com essa finalidade. Mas isto seria sempre oneroso, e não passaria de wishful thinking de que o país levasse a defesa a sério. Esta opção sempre permitia reviver os Asas de Portugal.


Nada disto foi tomado em conta, porque não estava em causa. Em causa só estava agradar e fazer a negociata
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Pneucareca

*

Charlie Jaguar

  • Investigador
  • *****
  • 6858
  • Recebeu: 7599 vez(es)
  • Enviou: 5160 vez(es)
  • +10194/-2932
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #288 em: Junho 06, 2025, 02:37:33 pm »
Mais uma vez, não está claro que os canadianos vão passar do PC-21 para F-35, sem realizar a conversão operacional num avião a jacto, seja nos EUA, seja com recurso a alguma empresa privada.

Primeiro o PC-21:

Citar
The CT-157 ‘Siskin II,’ is the RCAF’s new high-performance, advanced training aircraft that will be operated as part of the Future Aircrew Training program. Pilots undergoing Advanced Flying Training Fixed-Wing and Advanced Flying Training-Jet programs will train on this game-changing plane before moving on to the multi-engine program in Southport, MB or the Fighter Lead-in Training programs, respectively.

The CT-157 is named after the Armstrong Whitworth Siskin – the RCAF’s first true fighter aircraft – the most state-of-the-art of its time and renowned for its aerobatic qualities. In 1930, a three-aircraft formation team named ‘The Siskins’ became the RCAF’s first air demonstration team, performing across eastern Canada and building interest among Canadians in their nascent Air Force. The fleet of 19 Siskin IIs will be based at 15 Wing Moose Jaw, SK.


Depois então a nova plataforma do programa "Future Fighter Lead-In Training" (FFLIT).

https://www.canada.ca/en/public-services-procurement/services/acquisitions/defence-marine/air/future-fighter-lead-in-training.html

Citar
Separate from the FAcT fleet (Future Aircrew Training programme), Canada is in early stages of selecting a new jet trainer to prepare pilots assigned to fly the RCAF’s planned fleet of 88 Lockheed Martin F-35A stealth fighters. Ottawa retired its previous jet trainer – the BAE Systems Hawk – in 2024, now relying on NATO allies including the USA, Finland and Italy to train fighter pilots.

The RCAF’s CT-155 Hawks have since been transferred to CFB Borden in Ontario, where they support training of new aircraft mechanics. Likely contenders to replace the Hawks include the Korea Aerospace Industries T-50, the Leonardo M-346 and the Boeing T-7A.

https://www.flightglobal.com/fixed-wing/canada-reveals-designations-and-livery-for-new-rcaf-trainer-fleet/163148.article
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: LM, dc

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9898
  • Recebeu: 5069 vez(es)
  • Enviou: 847 vez(es)
  • +5368/-1125
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #289 em: Junho 07, 2025, 02:01:28 pm »
Vais estragar a festa dos gajos...
 

*

Bubas

  • Perito
  • **
  • 356
  • Recebeu: 65 vez(es)
  • Enviou: 340 vez(es)
  • +100/-55
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #290 em: Junho 08, 2025, 04:26:41 am »
E no entanto vamos ter os ST.
Aceite, fica mais fácil.
Eu já fico contente por voce ainda não poder confirmar com absoluta certeza que o Canada não vai usar os PC-21 (aviões a hélice, que voce disse que não poderiam ser usados para preparar pilotos para o F35). De certeza que com os bolsos largos que têm vão certamente comprar uns jatos maneirinhos só para lhe dar razão.
Para já, vamos mesmo ter Super Tucanos:
- ao que parece podem ajudar em treino avançado para caças sem terem de custar 40000€ hora para treino, existem melhores? Sim existem o PC-21.
- Podem fazer CAS em TO de baixa intensidade, que seriam certamente muito mais bem feitos por magníficos drones.
- Podem fazer patrulha em Portugal em duplo uso, Embora muito pior que qualquer caça moderno que venhamos a comprar, com aqueles custos hora de voo que por ai se fala.

E tudo isto com uma só maquina que nem por isso é tão cara assim, se juntarmos todas as aquisições que teríamos que fazer, e ainda por cima começa a chegar já antes do fim do ano, esperamos...

Parece mesmo que é verdade, vamos  ter Super Tucanos.


Aparecimento refere-se a poucos... não a regras que geralmente se refere a muitos. Mas a ver vamos se a regra vai mudando... Na nossa última discussão era quase uma certeza.
A compra pode ser estúpida, mas ficamos com uma coisa que por pouco dinheiro (mundo dos aviões) nos permite ter algumas capacidades diversas, difíceis de alcançar por tão pouco dinheiro e com meios especializados em cada uma delas.
Será o ideal, não sei, muito provavelmente não. Será melhor do que tínhamos? Pelo menos é mais do que tínhamos.
Quanto a ser montra, isso é política, e como sem política não temos nada (chatices das democracias), nem vou discutir. Se não gosta, vote e convença muitos a votar como você.

Mais uma vez, não está claro que os canadianos vão passar do PC-21 para F-35, sem realizar a conversão operacional num avião a jacto, seja nos EUA, seja com recurso a alguma empresa privada.

O ST não é comparável ao PC-21 enquanto aeronave de treino. A performance do PC-21, nomeadamente velocidade e sobretudo limites de forças G, está num patamar acima, e que se aproxima mais de um modelo a jacto.

Aqui concluímos que, se consideravam uma aeronave a hélice o suficiente para treinar pilotos de caça, e que conversão operacional para F-35 seria feira nos EUA com recurso a T-7, esta aeronave a hélice teria que ser o PC-21, não só pelas razões acima, e por ser a escolha de todos os países aliados, mas também por haver facilidades logísticas na sustentação e modernização da frota, devido à uniformização com países como Espanha e França.

Além disto, o PC-21 era mais barato que o ST e por não ser uma aeronave de combate iria ser mais barato de sustentar, não haveria desvio de recursos financeiros, humanos e materiais (munições) de outras esquadras, nem haveria o risco de destacar uma aeronave destas em missões de combate, colocando em risco pilotos desnecessariamente.

Esta opção mantém o problema da falta de uma aeronave a jacto para treino dissimilar/aggressor/opfor, mas pelo menos mantinha os custos contidos o suficiente para se investir mais na componente operacional.

Para um esquadrão Aggressor, podíamos sempre olhar para a possibilidade de manter meia dúzia de F-16 após a sua substituição, com essa finalidade. Mas isto seria sempre oneroso, e não passaria de wishful thinking de que o país levasse a defesa a sério. Esta opção sempre permitia reviver os Asas de Portugal.
 

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9898
  • Recebeu: 5069 vez(es)
  • Enviou: 847 vez(es)
  • +5368/-1125
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #291 em: Junho 09, 2025, 03:31:39 pm »
E no entanto vamos ter os ST.
Aceite, fica mais fácil.
Eu já fico contente por voce ainda não poder confirmar com absoluta certeza que o Canada não vai usar os PC-21 (aviões a hélice, que voce disse que não poderiam ser usados para preparar pilotos para o F35). De certeza que com os bolsos largos que têm vão certamente comprar uns jatos maneirinhos só para lhe dar razão.
Para já, vamos mesmo ter Super Tucanos:
- ao que parece podem ajudar em treino avançado para caças sem terem de custar 40000€ hora para treino, existem melhores? Sim existem o PC-21.
- Podem fazer CAS em TO de baixa intensidade, que seriam certamente muito mais bem feitos por magníficos drones.
- Podem fazer patrulha em Portugal em duplo uso, Embora muito pior que qualquer caça moderno que venhamos a comprar, com aqueles custos hora de voo que por ai se fala.

E tudo isto com uma só maquina que nem por isso é tão cara assim, se juntarmos todas as aquisições que teríamos que fazer, e ainda por cima começa a chegar já antes do fim do ano, esperamos...

Parece mesmo que é verdade, vamos  ter Super Tucanos.

Tu nem leste o que o CJ publicou. Não devia ser conveniente.

Pois, vamos mesmo ter Super Tucanos. E esse facto, não muda o facto de não ser adequado para o país, nem anula o facto de que não se investiu noutras prioridades para se poder comprar os ditos, nem muda o facto de que corremos risco desta frota começar a receber investimentos absurdos em detrimento de outras esquadras.
E vamos a ver se, para colocar esta esquadra a fazer todas essas missões que mencionas, não vão ter que ir roubar pessoal a outras esquadras.

Depois:
-nenhum avião de treino avançado custa 40k por hora de voo.
-a FAP tem falta de pilotos, e desperdiçar este talento em avionetas COIN (pilotos estes que deveriam estar nas esquadras de F-16, que tem falta deles) para missões de baixa intensidade, não faz qualquer sentido. Colocar estes poucos pilotos, em risco em missões daquele género, também não faz sentido quando UCAVs cumprem essa missão sem problema e sem os riscos associasos.
-tendo em conta o investimento necessário na frota ST, enquanto aeronave de combate, o "bang for buck" é muito reduzido. Num país com poucas aeronaves de combate, não faz sentido desperdiçar recursos numa aeronave que só pode combater em TOs de baixa intensidade. Era necessário uma aeronave de combate mais versátil, que consigas ter relevância em média e alta intensidade, para tirar o maior aproveitamento da plataforma.
-novamente, o que é que é patrulha?
Se te referes a vigilância e patrulha marítima, entre os P-3, C-295 e vários UAVs nacionais que temos/devíamos ter (AR5 ou o futuro ARX), o ST não tem razão de ser usado.
Se te referes ao QRA, ter um segundo QRA com ST sai mais caro do que enviar os F-16 para interceptar avionetas nas raríssimas vezes em que isso acontece. E tendo em conta que cada saída dos F-16 em QRA conta para as h/voo mínimas que os pilotos tem que fazer anualmente, não estás a poupar dinheiro nenhum ao utilizar o ST no seu lugar.

Agora, tu dizes que vens aqui aprender, mas é mais que evidente que não é por isso que aqui estás.

O ST não é assim tão caro, segundo dizes, porque para fazer o mesmo era necessário fazer várias aquisições, certo?

Então vamos lá fazer as contas.
-o ST custa 200M, sem armamento e vamos assumir que vêm com FLIR;
-a FAP continua a precisar de um modelo a jacto, ou de enviar pilotos para o estrangeiro para a conversão operacional;
-a necessidade de UCAVs mantém-se, para complementar os F-16 em missões de média e alta intensidade, onde o ST não pode pôr os pés (e isto provavelmente inclui um modelo grande para a FAP, e um modelo na classe do Bayraktar TB2 para o Exército), UCAV este que faria também patrulha marítima complementando os P-3 e C-295;
-os F-16 continuam a fazer QRA, tal como o seu substituto, sendo a opção mais barata a de não criar um QRA com ST.

Alternativa 1:
-compras o PC-21, que é mais barato que o ST;
-o resto continua tudo igual.

Alternativa 2:
-se vais adquirir um modelo a jacto, podes comprar um modelo a hélice ainda mais barato que o PC-21;
-tudo o resto fica igual.

Alternativa 3:
-assumes que uma aeronave a hélice basta, não compras nenhum modelo a jacto;
-compras o PC-21, mais barato e superior ao ST para treino;
-o resto mantém-se.

Alternativa 4 (de longe a mais barata):
-substituis o TB-30 por uma aeronave a hélice mais barata;
-treino avançado passa a ser feito numa escola internacional, que dificilmente excederia os 10M/ano, devido ao número de pilotos que formamos;
-tudo o resto igual.

Qualquer uma destas alternativas faz mais sentido do que optar por STs.

Se por alguma razão estúpida, se seguir aquilo que estás a dizer, em que o ST serve de pretexto para nunca se adquirir UCAVs, não só ganho ainda mais razão, como a FAP sai penalizada. Porque das duas uma:
-os ST serão obrigados a operar em ambientes de média e alta intensidade, colocando pilotos em risco desnecessariamente, em missões que deveriam ser executadas por um UCAV;
-ou os ST limitam-se a baixa intensidade, continuando os F-16 a carregar o país às costas, sem nada para os complementar em missões de média e alta intensidade. Relembrando que a frota F-16 tem um número abaixo do desejável, falta de pilotos e mecânicos, e falta de investimento a nível de armamento.

A ideia de que o ST vem complementar os F-16, ou que vai libertar os F-16, é uma falácia.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Pneucareca

*

Bubas

  • Perito
  • **
  • 356
  • Recebeu: 65 vez(es)
  • Enviou: 340 vez(es)
  • +100/-55
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #292 em: Junho 11, 2025, 04:40:41 pm »
Comprendo a sua explicação, espero que alguém aqui com mais conhecimento possa comentar as suas opiniões.
As questão dos 40k, não se aplica a um avião de treino mas a usar caças normais para treino.
Perceba uma coisa, eu não sei tanto como voce do tema. Mas acho que voce tem um bias e por vezes dá explicações que tem falhas. eu estou a olhar para essas falhas.
Não me parece que esteja errado a maioria das vezes, bem pelo contrário. Mas está algumas.
No caso dos Tucanos, pode até ter alguma razão mas eles estão cá.
Mesmo que tenha a ver com razões políticas não deixa de ser relevante pois por vezes elas são tão importantes como o resto, veja o caso dos F16 e o aluguer da base das Lajes. Sem aluguer se calhar não teriamos F-16. Seja como for está muito acima do que conheço. Mas sei que têm relevância.
Questões políticas não me afligem. Já criminais sim, ai sou completamente contra.

"Agora, tu dizes que vens aqui aprender, mas é mais que evidente que não é por isso que aqui estás." não faço a minima ideia do que está a dizer, mas parece que está em modo paranoia.






E no entanto vamos ter os ST.
Aceite, fica mais fácil.
Eu já fico contente por voce ainda não poder confirmar com absoluta certeza que o Canada não vai usar os PC-21 (aviões a hélice, que voce disse que não poderiam ser usados para preparar pilotos para o F35). De certeza que com os bolsos largos que têm vão certamente comprar uns jatos maneirinhos só para lhe dar razão.
Para já, vamos mesmo ter Super Tucanos:
- ao que parece podem ajudar em treino avançado para caças sem terem de custar 40000€ hora para treino, existem melhores? Sim existem o PC-21.
- Podem fazer CAS em TO de baixa intensidade, que seriam certamente muito mais bem feitos por magníficos drones.
- Podem fazer patrulha em Portugal em duplo uso, Embora muito pior que qualquer caça moderno que venhamos a comprar, com aqueles custos hora de voo que por ai se fala.

E tudo isto com uma só maquina que nem por isso é tão cara assim, se juntarmos todas as aquisições que teríamos que fazer, e ainda por cima começa a chegar já antes do fim do ano, esperamos...

Parece mesmo que é verdade, vamos  ter Super Tucanos.

Tu nem leste o que o CJ publicou. Não devia ser conveniente.

Pois, vamos mesmo ter Super Tucanos. E esse facto, não muda o facto de não ser adequado para o país, nem anula o facto de que não se investiu noutras prioridades para se poder comprar os ditos, nem muda o facto de que corremos risco desta frota começar a receber investimentos absurdos em detrimento de outras esquadras.
E vamos a ver se, para colocar esta esquadra a fazer todas essas missões que mencionas, não vão ter que ir roubar pessoal a outras esquadras.

Depois:
-nenhum avião de treino avançado custa 40k por hora de voo.
-a FAP tem falta de pilotos, e desperdiçar este talento em avionetas COIN (pilotos estes que deveriam estar nas esquadras de F-16, que tem falta deles) para missões de baixa intensidade, não faz qualquer sentido. Colocar estes poucos pilotos, em risco em missões daquele género, também não faz sentido quando UCAVs cumprem essa missão sem problema e sem os riscos associasos.
-tendo em conta o investimento necessário na frota ST, enquanto aeronave de combate, o "bang for buck" é muito reduzido. Num país com poucas aeronaves de combate, não faz sentido desperdiçar recursos numa aeronave que só pode combater em TOs de baixa intensidade. Era necessário uma aeronave de combate mais versátil, que consigas ter relevância em média e alta intensidade, para tirar o maior aproveitamento da plataforma.
-novamente, o que é que é patrulha?
Se te referes a vigilância e patrulha marítima, entre os P-3, C-295 e vários UAVs nacionais que temos/devíamos ter (AR5 ou o futuro ARX), o ST não tem razão de ser usado.
Se te referes ao QRA, ter um segundo QRA com ST sai mais caro do que enviar os F-16 para interceptar avionetas nas raríssimas vezes em que isso acontece. E tendo em conta que cada saída dos F-16 em QRA conta para as h/voo mínimas que os pilotos tem que fazer anualmente, não estás a poupar dinheiro nenhum ao utilizar o ST no seu lugar.

Agora, tu dizes que vens aqui aprender, mas é mais que evidente que não é por isso que aqui estás.

O ST não é assim tão caro, segundo dizes, porque para fazer o mesmo era necessário fazer várias aquisições, certo?

Então vamos lá fazer as contas.
-o ST custa 200M, sem armamento e vamos assumir que vêm com FLIR;
-a FAP continua a precisar de um modelo a jacto, ou de enviar pilotos para o estrangeiro para a conversão operacional;
-a necessidade de UCAVs mantém-se, para complementar os F-16 em missões de média e alta intensidade, onde o ST não pode pôr os pés (e isto provavelmente inclui um modelo grande para a FAP, e um modelo na classe do Bayraktar TB2 para o Exército), UCAV este que faria também patrulha marítima complementando os P-3 e C-295;
-os F-16 continuam a fazer QRA, tal como o seu substituto, sendo a opção mais barata a de não criar um QRA com ST.

Alternativa 1:
-compras o PC-21, que é mais barato que o ST;
-o resto continua tudo igual.

Alternativa 2:
-se vais adquirir um modelo a jacto, podes comprar um modelo a hélice ainda mais barato que o PC-21;
-tudo o resto fica igual.

Alternativa 3:
-assumes que uma aeronave a hélice basta, não compras nenhum modelo a jacto;
-compras o PC-21, mais barato e superior ao ST para treino;
-o resto mantém-se.

Alternativa 4 (de longe a mais barata):
-substituis o TB-30 por uma aeronave a hélice mais barata;
-treino avançado passa a ser feito numa escola internacional, que dificilmente excederia os 10M/ano, devido ao número de pilotos que formamos;
-tudo o resto igual.

Qualquer uma destas alternativas faz mais sentido do que optar por STs.

Se por alguma razão estúpida, se seguir aquilo que estás a dizer, em que o ST serve de pretexto para nunca se adquirir UCAVs, não só ganho ainda mais razão, como a FAP sai penalizada. Porque das duas uma:
-os ST serão obrigados a operar em ambientes de média e alta intensidade, colocando pilotos em risco desnecessariamente, em missões que deveriam ser executadas por um UCAV;
-ou os ST limitam-se a baixa intensidade, continuando os F-16 a carregar o país às costas, sem nada para os complementar em missões de média e alta intensidade. Relembrando que a frota F-16 tem um número abaixo do desejável, falta de pilotos e mecânicos, e falta de investimento a nível de armamento.

A ideia de que o ST vem complementar os F-16, ou que vai libertar os F-16, é uma falácia.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: legionario

*

miguelbud

  • Especialista
  • ****
  • 923
  • Recebeu: 122 vez(es)
  • Enviou: 53 vez(es)
  • +57/-279
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #293 em: Junho 16, 2025, 05:12:15 pm »
Hoje em Paris.

Citar
Questionado sobre a fabricação em Portugal de aeronaves Super Tucano a pedido da NATO, Nuno Melo revelou que "os primeiros cinco serão entregues este ano", envolvendo a indústria portuguesa.

Este será também um investimento de perto de 200 milhões de euros no reequipamento das Forças Armadas, dos quais 75 milhões de euros serão aplicados nas indústrias portuguesas que farão a reconfiguração da aeronave para as especificações da NATO, de acordo com o ministro da Defesa.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: goncalobmartins

*

Drecas

  • Investigador
  • *****
  • 2413
  • Recebeu: 1031 vez(es)
  • Enviou: 207 vez(es)
  • +575/-230
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #294 em: Junho 16, 2025, 05:47:59 pm »
Umas vezes diz perto dos 200M, outras dizem 200M....epa é assim tão difícil ser transparente sobre o custo
 

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9898
  • Recebeu: 5069 vez(es)
  • Enviou: 847 vez(es)
  • +5368/-1125
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #295 em: Junho 16, 2025, 05:57:05 pm »
Comprendo a sua explicação, espero que alguém aqui com mais conhecimento possa comentar as suas opiniões.
As questão dos 40k, não se aplica a um avião de treino mas a usar caças normais para treino.
Perceba uma coisa, eu não sei tanto como voce do tema. Mas acho que voce tem um bias e por vezes dá explicações que tem falhas. eu estou a olhar para essas falhas.
Não me parece que esteja errado a maioria das vezes, bem pelo contrário. Mas está algumas.
No caso dos Tucanos, pode até ter alguma razão mas eles estão cá.
Mesmo que tenha a ver com razões políticas não deixa de ser relevante pois por vezes elas são tão importantes como o resto, veja o caso dos F16 e o aluguer da base das Lajes. Sem aluguer se calhar não teriamos F-16. Seja como for está muito acima do que conheço. Mas sei que têm relevância.
Questões políticas não me afligem. Já criminais sim, ai sou completamente contra.

"Agora, tu dizes que vens aqui aprender, mas é mais que evidente que não é por isso que aqui estás." não faço a minima ideia do que está a dizer, mas parece que está em modo paranoia.

Mas ninguém falou em usar um caça "normal" de "40k" para treino. O que se falou é tomar decisões com pés e cabeça, para resolver a questão do treino avançado, que faça sentido do ponto de vista financeiro, prático e operacional.

Também se exigia uma separação do tema treino avançado, do tema CAS/aeronave de combate complementar ao F-16.

A aeronave para complementar o F-16 em funções de combate, devia ser uma aeronave o pudesse complementar em vários tipos de TOs, contra vários níveis de ameaça, e nunca uma aeronave cuja utilidade se limita a operações de baixa intensidade. Neste contexto, a aeronave mais adequada seria um UCAV na classe do MQ-9 ou EuroDrone.

Infelizmente, a curto e provavelmente médio prazo, os nossos F-16 vão continuar a ser a única aeronave de combate para lidar com ameaças convencionais, apesar da sua quantidade reduzida, o que vai causar um enorme desgaste nas aeronaves e pilotos.

Infelizmente, a compra dos ST já avançou, agora resta "rezar" que não se gaste mais um cêntimo que seja nesta frota, e que se invista onde realmente faz falta, em particular nos F-16 e P-3, para que possa, desempenhar as suas 10 mil missões com maior eficácia...

Sim, porque isto do nosso "armamento stand-off" nos F-16 serem apenas bombas de queda livre guiadas, é gravíssimo. Basicamente cada F-16 numa missão ar-solo tem 90% de chance de não voltar, se continuarmos apenas com o armamento actual.
 

*

Bubas

  • Perito
  • **
  • 356
  • Recebeu: 65 vez(es)
  • Enviou: 340 vez(es)
  • +100/-55
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #296 em: Junho 16, 2025, 08:55:33 pm »
Quem falou que se podia usar aviões a hélice para treino de caças fui ei. Um dos motivos que encontrei foi o facto de substituirem em parte horas de voo nos caças que têm preços muito elevado quando são usados só para treino. Foi só isso.
Em relação ao resto do seu texto, não tenho como discordar.

Comprendo a sua explicação, espero que alguém aqui com mais conhecimento possa comentar as suas opiniões.
As questão dos 40k, não se aplica a um avião de treino mas a usar caças normais para treino.
Perceba uma coisa, eu não sei tanto como voce do tema. Mas acho que voce tem um bias e por vezes dá explicações que tem falhas. eu estou a olhar para essas falhas.
Não me parece que esteja errado a maioria das vezes, bem pelo contrário. Mas está algumas.
No caso dos Tucanos, pode até ter alguma razão mas eles estão cá.
Mesmo que tenha a ver com razões políticas não deixa de ser relevante pois por vezes elas são tão importantes como o resto, veja o caso dos F16 e o aluguer da base das Lajes. Sem aluguer se calhar não teriamos F-16. Seja como for está muito acima do que conheço. Mas sei que têm relevância.
Questões políticas não me afligem. Já criminais sim, ai sou completamente contra.

"Agora, tu dizes que vens aqui aprender, mas é mais que evidente que não é por isso que aqui estás." não faço a minima ideia do que está a dizer, mas parece que está em modo paranoia.

Mas ninguém falou em usar um caça "normal" de "40k" para treino. O que se falou é tomar decisões com pés e cabeça, para resolver a questão do treino avançado, que faça sentido do ponto de vista financeiro, prático e operacional.

Também se exigia uma separação do tema treino avançado, do tema CAS/aeronave de combate complementar ao F-16.

A aeronave para complementar o F-16 em funções de combate, devia ser uma aeronave o pudesse complementar em vários tipos de TOs, contra vários níveis de ameaça, e nunca uma aeronave cuja utilidade se limita a operações de baixa intensidade. Neste contexto, a aeronave mais adequada seria um UCAV na classe do MQ-9 ou EuroDrone.

Infelizmente, a curto e provavelmente médio prazo, os nossos F-16 vão continuar a ser a única aeronave de combate para lidar com ameaças convencionais, apesar da sua quantidade reduzida, o que vai causar um enorme desgaste nas aeronaves e pilotos.

Infelizmente, a compra dos ST já avançou, agora resta "rezar" que não se gaste mais um cêntimo que seja nesta frota, e que se invista onde realmente faz falta, em particular nos F-16 e P-3, para que possa, desempenhar as suas 10 mil missões com maior eficácia...

Sim, porque isto do nosso "armamento stand-off" nos F-16 serem apenas bombas de queda livre guiadas, é gravíssimo. Basicamente cada F-16 numa missão ar-solo tem 90% de chance de não voltar, se continuarmos apenas com o armamento actual.
 

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9898
  • Recebeu: 5069 vez(es)
  • Enviou: 847 vez(es)
  • +5368/-1125
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #297 em: Junho 17, 2025, 01:02:46 pm »
Um avião a hélice não substitui horas de voo de treino nos caças. São etapas completamente diferentes. Os pilotos terão que fazer as mesmas horas de voo nos F-16 Bilugar. Nem ficaria surpreendido se, dado o salto de uma aeronave a hélice para uma a jacto, fosse necessário fazer ainda mais horas no caça bilugar para compensar a ausência de um treinador a jacto.
 

*

Red Baron

  • Investigador
  • *****
  • 2931
  • Recebeu: 605 vez(es)
  • Enviou: 369 vez(es)
  • +179/-478
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #298 em: Junho 17, 2025, 01:22:03 pm »
Um avião a hélice não substitui horas de voo de treino nos caças. São etapas completamente diferentes. Os pilotos terão que fazer as mesmas horas de voo nos F-16 Bilugar. Nem ficaria surpreendido se, dado o salto de uma aeronave a hélice para uma a jacto, fosse necessário fazer ainda mais horas no caça bilugar para compensar a ausência de um treinador a jacto.

Nos planos da FAP esta o aluguer de horas de voo em avião a jacto para a possível formação de pilotos. Isso de turboprop servir para treinar pilotos de caça é coisa da cabeça dos fanboy da Embraer.

Nem no Brasil isso existe.
 

*

Bubas

  • Perito
  • **
  • 356
  • Recebeu: 65 vez(es)
  • Enviou: 340 vez(es)
  • +100/-55
Re: O Super Tucano em Portugal
« Responder #299 em: Junho 17, 2025, 04:17:51 pm »
Um avião a hélice não substitui horas de voo de treino nos caças. São etapas completamente diferentes. Os pilotos terão que fazer as mesmas horas de voo nos F-16 Bilugar. Nem ficaria surpreendido se, dado o salto de uma aeronave a hélice para uma a jacto, fosse necessário fazer ainda mais horas no caça bilugar para compensar a ausência de um treinador a jacto.

Nos planos da FAP esta o aluguer de horas de voo em avião a jacto para a possível formação de pilotos. Isso de turboprop servir para treinar pilotos de caça é coisa da cabeça dos fanboy da Embraer.

Nem no Brasil isso existe.

Não sabia que os PC-21 que o Canada comprou "19 PC-21s for jet-powered and fixed-wing advanced flight training" eram da Embraer... Ou então o que voce queria mesmo dizer é que tem um bias contra os ST porque sim.
O costume por estas bandas.
Aquilo que tenho discutido refere-se a aviões a hélice e às suas diversas aplicações nomeadamente à preparação e trino de pilotos para jatos. Creio que não disse ainda que todo o treino para jatos seria em aviões a hélice, conforme já por aqui alguém disse Portugal estaria a pensar enviar os pilotos para treino especializado para o estrangeiro, aliás como propõe tb o Canada.

O ser ST apenas se prende com a escolha de dois governos de partidos diferentes o que faz disso política, o que não tenho discutido neste tema.