KC-390 na FAP

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Lampuka

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4320 em: Junho 16, 2025, 02:12:17 pm »
Nem sei como ainda não chegaram àquela parte em que o brasileiro pergunta ao ministro qualquer coisa do tipo... "então o Gripen não deveria também ser a opção para substituir o F16?"
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« Última modificação: Junho 16, 2025, 02:12:39 pm por Lampuka »
João Pereira
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4321 em: Junho 16, 2025, 02:14:44 pm »
Então somos uns coitadinhos que não podem fazer este tipo de negócio? O que este negócio quer dizer, pura e simplesmente, é que vão existir 10 KC-390 que para todos os efeitos vão ser considerados produtos europeus e, por isso, passíveis de financiamento através do Rearm para os países que o necessitem de fazer (felizmente não é o nosso caso porque a nossa dívida pública tem vindo a baixar e a nossas taxas de juro também são baixas).  Qual é o problema de fazer isto e ganhar dinheiro? Sinceramente não percebo, acho que é uma jogada excelente…

Pois, o teu problema é mesmo esse, não perceberes.

Rapaz, Portugal comprou 18 AIM-9X. 18!!!!!! A defesa do país inteiro assenta em 18 AIM-9X e uma vintena de AMRAAMs!

Achas que um país assim, se pode dar ao luxo de investir tanto dinheiro em compras para fins de revenda, principalmente se não houver clientes? E que tal resolver primeiro as necessidades nacionais?

Estamos a falar de uns 1300M. Sabes que este dinheiro dava para investir na indústria de Defesa, certo? Sabes que isto permitia renovar o Alfeite, criar a tal fábrica de munições, ou outras iniciativas semelhantes, certo? E ter lucro a sério, certo?

Ainda se fosse um caso em que um país europeu queria comprar 2 ou 3, e Portugal facilitasse a venda servindo de intermediário, era uma coisa, agora Portugal comprar 3 "na esperança de os revender", é diabolicamente estúpido.

Se assim for esta negociata é puramente maquiavélica e devia dar prisão a quem a aprovou.
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4322 em: Junho 16, 2025, 02:16:34 pm »


Somos intermediários da Embraer é isso?

Sempre de pernas abertas

Nem mais, para salvaguardar os interesses da EMB, estamos presentes e vamos ajudando, e de que maneira, a empresa, mas para salvaguardar os interesses da Defesa Nacional, aí já não há prioridades, aliás de acordo com alguns especialistas em negociatas arriscadas desta natureza, vamos no bom caminho, como os milhões não são deles, as prioridades, da DN, não tem interesse algum.

Abraço



Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4323 em: Junho 16, 2025, 02:19:58 pm »
Nem sei como ainda não chegaram àquela parte em que o brasileiro pergunta ao ministro qualquer coisa do tipo... "então o Gripen não deveria também ser a opção para substituir o F16?"
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A sorte do Gripen é ser Sueco. Podemos comprar diretamente ao pais Europeu. A não ser que a SAAB pague à  Embraer 10 milenas por cada unidade vendida.  :mrgreen:

Saudações  :mrgreen:

P.S. Ainda bem que o F35 é produzido em Itália.  :mrgreen:   

P.S. 2 - Mas a Embraer não e das que mais vende em termos jactos executivos? Não são produzidas peças em Portugal? Não precisamos de substituir os Falcon? Existem coisas que neste país me fazem confusão... ::)
« Última modificação: Junho 16, 2025, 02:22:42 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4324 em: Junho 16, 2025, 02:22:21 pm »
Nem sei como ainda não chegaram àquela parte em que o brasileiro pergunta ao ministro qualquer coisa do tipo... "então o Gripen não deveria também ser a opção para substituir o F16?"
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A sorte do Gripen é ser Sueco. Podemos comprar diretamente ao pais Europeu. A não ser que a SAAB pague à  Embraer 10 milenas por cada unidade vendida.  :mrgreen:

Saudações  :mrgreen:

P.S. Ainda bem que o F35 é produzido em Itália.  :mrgreen:

A Suécia vende os gripados ao Brasil que depois os revende a nós, ficando com uma comissão simbólica 😁👀😬🤫🤫🤫🤫🤫
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4325 em: Junho 16, 2025, 02:22:33 pm »
Então somos uns coitadinhos que não podem fazer este tipo de negócio? O que este negócio quer dizer, pura e simplesmente, é que vão existir 10 KC-390 que para todos os efeitos vão ser considerados produtos europeus e, por isso, passíveis de financiamento através do Rearm para os países que o necessitem de fazer (felizmente não é o nosso caso porque a nossa dívida pública tem vindo a baixar e a nossas taxas de juro também são baixas).  Qual é o problema de fazer isto e ganhar dinheiro? Sinceramente não percebo, acho que é uma jogada excelente…

Pois, o teu problema é mesmo esse, não perceberes.

Rapaz, Portugal comprou 18 AIM-9X. 18!!!!!! A defesa do país inteiro assenta em 18 AIM-9X e uma vintena de AMRAAMs!

Achas que um país assim, se pode dar ao luxo de investir tanto dinheiro em compras para fins de revenda, principalmente se não houver clientes? E que tal resolver primeiro as necessidades nacionais?

Estamos a falar de uns 1300M. Sabes que este dinheiro dava para investir na indústria de Defesa, certo? Sabes que isto permitia renovar o Alfeite, criar a tal fábrica de munições, ou outras iniciativas semelhantes, certo? E ter lucro a sério, certo?

Ainda se fosse um caso em que um país europeu queria comprar 2 ou 3, e Portugal facilitasse a venda servindo de intermediário, era uma coisa, agora Portugal comprar 3 "na esperança de os revender", é diabolicamente estúpido.

Se assim for esta negociata é puramente maquiavélica e devia dar prisão a quem a aprovou.

Ainda veremos daqui a uns anos claro, questões a serem colocadas a alguns agora Responsáveis Políticos, sobre os motivos que levaram a Defesa a priorizar, compras encapotadas de cargueiros tacticos, para paises terceiros, aplicando verbas que deveriam ter sido aplicadas noutras áreas da Defesa Nacional!!
Estaremos cá, para então nos rirmos, desta triste acção que não passa de um triste momento cujos principais interpretes deveriam ter mais lucidez e respeito pelo erário Publico, mas com o dinheiro não é deles, tudo bem non pasa nada!

Abraço
« Última modificação: Junho 16, 2025, 02:28:28 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4326 em: Junho 16, 2025, 02:25:08 pm »
O objetivo não é contabilizar esses 1300M nos 2% ???:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4327 em: Junho 16, 2025, 02:26:51 pm »
Olá a todos,

Vejo aqui muitas criticas quando ainda se sabe muito pouco sobre os contornos do negócio. Também são muito poucos são aqueles que dão o beneficio da dúvida ao MdD.
Eu tenho uma interpretação diferente  da maioria, mas ta minha intrepretação tal como qualquer outra neste momento vale o que vale.

Ao colocar esta opção de compra de 10 KC390 Portugal está a possibilitar outros paises da NATO nomeadamente os Europeus a conseguir comprar estes aviões usado o programa ReArm Europe que prevê que as verbas gastas com a defesa não sejam consideradas para o calculo do defice e ao mesmo os paises possam beneficiar de empréstimos vantajosos para quem compre Europeu.
Ora este mecanismo garantidamente é apelativo para os pequenos paises mas deixa de fora o KC390. Numa altura em rearmar a Europa é essencial e dado que não existem alternativas Europeias para o KC390 (não conto aqui o  A400 que pertence a outra classe), haver uma forma de poder incluir a compra deste avião  atrvés do ReArm Europe  parece-me algo bastante relevante especialmente para as pequenas nações.

Alguns aqui dirão que Portugal agora é um concessionário da Embraer, mas no entanto Portugal também lucra com a venda de cada avião portanto é do seu interesse que se vendam o mais possivel. Para além do valor imediato que possa trazer trás valor acrescentado com os muitos empregos associados ao fabrico das estruturas que são feitas em Portugal. E como sabemos quando um pais escolhe o avião isto é um compromisso de longa duração o que trás beneficios para Portugal pois a probabilidade de comprar mais aparelhos do mesmo tipo aumenta uma vez que criar as cadeias logisticas e know how têm um custo pesado.

Alguns dirão que Portugal não precisava de tantos (6 neste momento) dado que ainda têm os Hercules. No entanto não me custa acreditar que por exemplo o KC390 numero 04 possa ser imediatamente vendido a terceiros e Portugal imediatamente aciona a clasula para compra de mais um aparelho e assim sucessivamente. Desta forma Portugal não têm que pagar de avanço qualquer avião e pode ainda atrasar a recepção da sua própria frota que eventualmente trará benecifios quanto tiver que fazer os MLUs mais fazeados. Se ainda por cima comprar ao preço de 2019 e vender ao preço actual melhor ainda. Se a instalação de todos os componentes para padrão NATO forem feitos em Portugal como parte do negócio melhor ainda.

Não vou discutir aqui se isto deveria ser parte das funções do MdD (porque simplesmente estou a especular) mas garantidamente facilitaria a compra destes aviões a alguns paises aliados e no momento em que estamos toda  a ajuda é bem vinda.

Mas existem clientes assegurados para as 10 aeronaves sequer? É que se não existem, Portugal está a correr um risco enorme, mais caro que os 2 submarinos, com base numa mera hipótese.

10 aeronaves é muito para isto ser para 1 ou 2 clientes, teriam que arranjar pelo menos 3.
Estes 10 dificilmente serão ao preço de 2019, pois estão fora do contrato original, o que deverá colocar o custo de cada aeronave em 130M como noticiado, que representaria um investimento de 1300M (sem contar com a sustentação desta frota "surplu"). Portugal não podia revender por mais dinheiro que isto, porque o preço ficaria demasiado próximo ao do A-400, e neste comparativo o KC perde, havendo inclusive unidades "surplus".

Depois, vai facilitar os países pequenos em quê? Os países pequenos não têm dinheiro para este avião, e têm dado prioridade às capacidades bélicas e outras prioridades na Defesa.

A verdade é que não sabemos se já existem clientes, mas como disse no meu primeiro post isto foi especulação da minha parte.  Mas dado o contexto actual fez sentido (pelo menos para mim). Mais uma vez a minha interpretação são de 10 aeronaves e imagino que a clausula possa ser activada para uma aeronave de cada vez. E se Portugal usar os aviões que já têm em lista de espera não têm de que dar nada de avanço, e caso não haja intressados não aciona a opção potanto sem custos.

Pensando em potenciais clientes a Polónia parece ser um forte candidato á compra de KC390 por isso não me parece nada irrealista que o negócio pudesse ser feito atrvés de Portugal. Especialmente porque a polónia têm um déficite altissimo (julgo que acima dos 6% em 2024). E uma vez que me parece que não vai abrandar nos gastos com a defesa imagino que tudo o que possa retirar do calculo do défice seja util para as suas contas. Parece-me a mim que a Embraer teria todo o interesse em facilitar esta operação porque significa potencialmente a venda de mais aerononaves.

Em relação ao facto de o preço poder ficar próximo do A400 não me parece relevante porque são duas classes diferentes com custos operacionais também bastante diferentes. 
Quanto ao que os paises ganham com isto, ganham duas coisas uma têm a possibilidade de não incluir os gastos com a defesa no calculo do défice  e em segundo lugar terão acesso a empréstimos vantajosos por parte da união Europeia.

Concordo consigo quando diz que muitos paises não têm dinheiro (no qual vou incluir Portugal) existem muitos outros problemas que também precisam de atenção e dinheiro mas no entanto julgo que neste momento grande parte dos paises se encontram entre a espada e a parede. Com os Estados Unidos a exigir 5% do PIB vá para a defesa(o que é completamente irrealista) os paises têm que pelo menos mostrar que estão a caminhar no sentido certo (2-3%). Obviamente que a ter de gastar em defesa que seja Europeu mas quando não existêm alternativas (o caso do KC390) à que ser criativo.
 
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4328 em: Junho 16, 2025, 02:27:12 pm »
Nem sei como ainda não chegaram àquela parte em que o brasileiro pergunta ao ministro qualquer coisa do tipo... "então o Gripen não deveria também ser a opção para substituir o F16?"
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A sorte do Gripen é ser Sueco. Podemos comprar diretamente ao pais Europeu. A não ser que a SAAB pague à  Embraer 10 milenas por cada unidade vendida.  :mrgreen:

Saudações  :mrgreen:

P.S. Ainda bem que o F35 é produzido em Itália.  :mrgreen:

A Suécia vende os gripados ao Brasil que depois os revende a nós, ficando com uma comissão simbólica 😁👀😬🤫🤫🤫🤫🤫


 :nice: :nice: :nice:
Ora bem, outra muito provável negociata dos primos, e não são SulAfricanos, que poderá vir a acontecer, mas quando ocorrer aproveitem e comprem uma centena e meia de CV9030/40 que fazem muito mais falta ao Exército, que estes C390, à FAP,  disso não tenho dúvida nenhuma !!!
« Última modificação: Junho 16, 2025, 02:35:27 pm por tenente »
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4329 em: Junho 16, 2025, 02:28:04 pm »
Olá a todos,

Vejo aqui muitas criticas quando ainda se sabe muito pouco sobre os contornos do negócio. Também são muito poucos são aqueles que dão o beneficio da dúvida ao MdD.
Eu tenho uma interpretação diferente  da maioria, mas ta minha intrepretação tal como qualquer outra neste momento vale o que vale.

Ao colocar esta opção de compra de 10 KC390 Portugal está a possibilitar outros paises da NATO nomeadamente os Europeus a conseguir comprar estes aviões usado o programa ReArm Europe que prevê que as verbas gastas com a defesa não sejam consideradas para o calculo do defice e ao mesmo os paises possam beneficiar de empréstimos vantajosos para quem compre Europeu.
Ora este mecanismo garantidamente é apelativo para os pequenos paises mas deixa de fora o KC390. Numa altura em rearmar a Europa é essencial e dado que não existem alternativas Europeias para o KC390 (não conto aqui o  A400 que pertence a outra classe), haver uma forma de poder incluir a compra deste avião  atrvés do ReArm Europe  parece-me algo bastante relevante especialmente para as pequenas nações.

Alguns aqui dirão que Portugal agora é um concessionário da Embraer, mas no entanto Portugal também lucra com a venda de cada avião portanto é do seu interesse que se vendam o mais possivel. Para além do valor imediato que possa trazer trás valor acrescentado com os muitos empregos associados ao fabrico das estruturas que são feitas em Portugal. E como sabemos quando um pais escolhe o avião isto é um compromisso de longa duração o que trás beneficios para Portugal pois a probabilidade de comprar mais aparelhos do mesmo tipo aumenta uma vez que criar as cadeias logisticas e know how têm um custo pesado.

Alguns dirão que Portugal não precisava de tantos (6 neste momento) dado que ainda têm os Hercules. No entanto não me custa acreditar que por exemplo o KC390 numero 04 possa ser imediatamente vendido a terceiros e Portugal imediatamente aciona a clasula para compra de mais um aparelho e assim sucessivamente. Desta forma Portugal não têm que pagar de avanço qualquer avião e pode ainda atrasar a recepção da sua própria frota que eventualmente trará benecifios quanto tiver que fazer os MLUs mais fazeados. Se ainda por cima comprar ao preço de 2019 e vender ao preço actual melhor ainda. Se a instalação de todos os componentes para padrão NATO forem feitos em Portugal como parte do negócio melhor ainda.

Não vou discutir aqui se isto deveria ser parte das funções do MdD (porque simplesmente estou a especular) mas garantidamente facilitaria a compra destes aviões a alguns paises aliados e no momento em que estamos toda  a ajuda é bem vinda.

Mas existem clientes assegurados para as 10 aeronaves sequer? É que se não existem, Portugal está a correr um risco enorme, mais caro que os 2 submarinos, com base numa mera hipótese.

10 aeronaves é muito para isto ser para 1 ou 2 clientes, teriam que arranjar pelo menos 3.
Estes 10 dificilmente serão ao preço de 2019, pois estão fora do contrato original, o que deverá colocar o custo de cada aeronave em 130M como noticiado, que representaria um investimento de 1300M (sem contar com a sustentação desta frota "surplu"). Portugal não podia revender por mais dinheiro que isto, porque o preço ficaria demasiado próximo ao do A-400, e neste comparativo o KC perde, havendo inclusive unidades "surplus".

Depois, vai facilitar os países pequenos em quê? Os países pequenos não têm dinheiro para este avião, e têm dado prioridade às capacidades bélicas e outras prioridades na Defesa.

A verdade é que não sabemos se já existem clientes, mas como disse no meu primeiro post isto foi especulação da minha parte.  Mas dado o contexto actual fez sentido (pelo menos para mim). Mais uma vez a minha interpretação são de 10 aeronaves e imagino que a clausula possa ser activada para uma aeronave de cada vez. E se Portugal usar os aviões que já têm em lista de espera não têm de que dar nada de avanço, e caso não haja intressados não aciona a opção potanto sem custos.

Pensando em potenciais clientes a Polónia parece ser um forte candidato á compra de KC390 por isso não me parece nada irrealista que o negócio pudesse ser feito atrvés de Portugal. Especialmente porque a polónia têm um déficite altissimo (julgo que acima dos 6% em 2024). E uma vez que me parece que não vai abrandar nos gastos com a defesa imagino que tudo o que possa retirar do calculo do défice seja util para as suas contas. Parece-me a mim que a Embraer teria todo o interesse em facilitar esta operação porque significa potencialmente a venda de mais aerononaves.

Em relação ao facto de o preço poder ficar próximo do A400 não me parece relevante porque são duas classes diferentes com custos operacionais também bastante diferentes. 
Quanto ao que os paises ganham com isto, ganham duas coisas uma têm a possibilidade de não incluir os gastos com a defesa no calculo do défice  e em segundo lugar terão acesso a empréstimos vantajosos por parte da união Europeia.

Concordo consigo quando diz que muitos paises não têm dinheiro (no qual vou incluir Portugal) existem muitos outros problemas que também precisam de atenção e dinheiro mas no entanto julgo que neste momento grande parte dos paises se encontram entre a espada e a parede. Com os Estados Unidos a exigir 5% do PIB vá para a defesa(o que é completamente irrealista) os paises têm que pelo menos mostrar que estão a caminhar no sentido certo (2-3%). Obviamente que a ter de gastar em defesa que seja Europeu mas quando não existêm alternativas (o caso do KC390) à que ser criativo.

"Vigarice" está mal escrito  :mrgreen:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4330 em: Junho 16, 2025, 02:29:59 pm »
@dc, o chorrilho de asneiras e contradições que sai da tua pena é, de facto impressionante. Adoro ver os nós em que te metes só para provares que tens razão…

Então o tipo que se queixa dos outros especularem à cerca de submarinos, acha que pode vir para aqui especular sem fundamento absolutamente nenhum, que o eventual MPA da Airbus vai ser mais barato que o KC ou que este é quase tão caro como o P-8, quando o Canadá pagou quase 400 milhões por cada um? Ou que não vão existir clientes para estes 10 aparelhos extra? Vou-me divertir a ler as tuas justificações para o mau negócio que foi quando os primeiros forem vendidos…

Como diz o ditado, o Ótimo pode ser k inimigo do Bom. Claro que as FA têm lacunas brutais, mas argumentar que porque temos só 18 AIM-9X não podemos fazer este negócio é para lá de estúpido.

Na última semana já fui acusado de ser vendedor da LM e da Embraer. Vocês não têm mais imaginação que isso? A minha filha de 4 anos é que acha piada à mesma coisa repetida 10 vezes… esperava mais imaginação de homens adultos.
« Última modificação: Junho 16, 2025, 02:32:18 pm por JohnM »
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4331 em: Junho 16, 2025, 02:31:30 pm »
Olá a todos,

Vejo aqui muitas criticas quando ainda se sabe muito pouco sobre os contornos do negócio. Também são muito poucos são aqueles que dão o beneficio da dúvida ao MdD.
Eu tenho uma interpretação diferente  da maioria, mas ta minha intrepretação tal como qualquer outra neste momento vale o que vale.

Ao colocar esta opção de compra de 10 KC390 Portugal está a possibilitar outros paises da NATO nomeadamente os Europeus a conseguir comprar estes aviões usado o programa ReArm Europe que prevê que as verbas gastas com a defesa não sejam consideradas para o calculo do defice e ao mesmo os paises possam beneficiar de empréstimos vantajosos para quem compre Europeu.
Ora este mecanismo garantidamente é apelativo para os pequenos paises mas deixa de fora o KC390. Numa altura em rearmar a Europa é essencial e dado que não existem alternativas Europeias para o KC390 (não conto aqui o  A400 que pertence a outra classe), haver uma forma de poder incluir a compra deste avião  atrvés do ReArm Europe  parece-me algo bastante relevante especialmente para as pequenas nações.

Alguns aqui dirão que Portugal agora é um concessionário da Embraer, mas no entanto Portugal também lucra com a venda de cada avião portanto é do seu interesse que se vendam o mais possivel. Para além do valor imediato que possa trazer trás valor acrescentado com os muitos empregos associados ao fabrico das estruturas que são feitas em Portugal. E como sabemos quando um pais escolhe o avião isto é um compromisso de longa duração o que trás beneficios para Portugal pois a probabilidade de comprar mais aparelhos do mesmo tipo aumenta uma vez que criar as cadeias logisticas e know how têm um custo pesado.

Alguns dirão que Portugal não precisava de tantos (6 neste momento) dado que ainda têm os Hercules. No entanto não me custa acreditar que por exemplo o KC390 numero 04 possa ser imediatamente vendido a terceiros e Portugal imediatamente aciona a clasula para compra de mais um aparelho e assim sucessivamente. Desta forma Portugal não têm que pagar de avanço qualquer avião e pode ainda atrasar a recepção da sua própria frota que eventualmente trará benecifios quanto tiver que fazer os MLUs mais fazeados. Se ainda por cima comprar ao preço de 2019 e vender ao preço actual melhor ainda. Se a instalação de todos os componentes para padrão NATO forem feitos em Portugal como parte do negócio melhor ainda.

Não vou discutir aqui se isto deveria ser parte das funções do MdD (porque simplesmente estou a especular) mas garantidamente facilitaria a compra destes aviões a alguns paises aliados e no momento em que estamos toda  a ajuda é bem vinda.

Mas existem clientes assegurados para as 10 aeronaves sequer? É que se não existem, Portugal está a correr um risco enorme, mais caro que os 2 submarinos, com base numa mera hipótese.

10 aeronaves é muito para isto ser para 1 ou 2 clientes, teriam que arranjar pelo menos 3.
Estes 10 dificilmente serão ao preço de 2019, pois estão fora do contrato original, o que deverá colocar o custo de cada aeronave em 130M como noticiado, que representaria um investimento de 1300M (sem contar com a sustentação desta frota "surplu"). Portugal não podia revender por mais dinheiro que isto, porque o preço ficaria demasiado próximo ao do A-400, e neste comparativo o KC perde, havendo inclusive unidades "surplus".

Depois, vai facilitar os países pequenos em quê? Os países pequenos não têm dinheiro para este avião, e têm dado prioridade às capacidades bélicas e outras prioridades na Defesa.

A verdade é que não sabemos se já existem clientes, mas como disse no meu primeiro post isto foi especulação da minha parte.  Mas dado o contexto actual fez sentido (pelo menos para mim). Mais uma vez a minha interpretação são de 10 aeronaves e imagino que a clausula possa ser activada para uma aeronave de cada vez. E se Portugal usar os aviões que já têm em lista de espera não têm de que dar nada de avanço, e caso não haja intressados não aciona a opção potanto sem custos.

Pensando em potenciais clientes a Polónia parece ser um forte candidato á compra de KC390 por isso não me parece nada irrealista que o negócio pudesse ser feito atrvés de Portugal. Especialmente porque a polónia têm um déficite altissimo (julgo que acima dos 6% em 2024). E uma vez que me parece que não vai abrandar nos gastos com a defesa imagino que tudo o que possa retirar do calculo do défice seja util para as suas contas. Parece-me a mim que a Embraer teria todo o interesse em facilitar esta operação porque significa potencialmente a venda de mais aerononaves.

Em relação ao facto de o preço poder ficar próximo do A400 não me parece relevante porque são duas classes diferentes com custos operacionais também bastante diferentes. 
Quanto ao que os paises ganham com isto, ganham duas coisas uma têm a possibilidade de não incluir os gastos com a defesa no calculo do défice  e em segundo lugar terão acesso a empréstimos vantajosos por parte da união Europeia.

Concordo consigo quando diz que muitos paises não têm dinheiro (no qual vou incluir Portugal) existem muitos outros problemas que também precisam de atenção e dinheiro mas no entanto julgo que neste momento grande parte dos paises se encontram entre a espada e a parede. Com os Estados Unidos a exigir 5% do PIB vá para a defesa(o que é completamente irrealista) os paises têm que pelo menos mostrar que estão a caminhar no sentido certo (2-3%). Obviamente que a ter de gastar em defesa que seja Europeu mas quando não existêm alternativas (o caso do KC390) à que ser criativo.
Mais um excelente post, parabéns.
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4332 em: Junho 16, 2025, 02:33:46 pm »
Mas que enorme lucro? Compram a 100 e vendem a 200 milhões?



Saudações

P.S. Isto abre perspetiva para o A29N. Se depois de Portugal vierem mais encomendas, compramos mais 12 para irmos vender ao dobro do preço. O fundo de investimento da defesa no seu melhor. Isso se ninguém compra não é problema dos políticos. O dinheiro não é deles.  :mrgreen:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c721ld096rvo



Deve ser deve. E o que impede os restantes paises interessados em comprar os 390, a fazê-lo directamente à  EMB, se a negociata com Portugal lhes for desfavorável???

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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dc

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4333 em: Junho 16, 2025, 02:34:37 pm »
Nem sei como ainda não chegaram àquela parte em que o brasileiro pergunta ao ministro qualquer coisa do tipo... "então o Gripen não deveria também ser a opção para substituir o F16?"
 blx2x1

Uma eventual escolha do Gripen, representaria o colapso definitivo das FA enquanto instituição, e revelaria muito bem que os interesses e necessidades do país, tal como a segurança dos seus militares, são tidos como secundários, sendo prioritário realizar negociatas.

Ainda veremos daqui a uns anos claro, questões a serem colocadas a alguns agora Responsáveis Políticos, sobre os motivos que levaram a Defesa a priorizar, compras encapotadas de cargueiros tacticos, para paises terceiros, aplicando verbas que deveriam ter sido aplicadas noutras áreas da Defesa Nacional!!
Estaremos cá, para então nos rirmos, desta triste acção que não passa de um triste momento cujos principais interpretes deveriam ter nais lucidez e respeito pelo erário Publico, nas com o dinheiro não é deles, tudo bem non pasa nada!

Abraço


O melhor mesmo, é que é bem possível que tenhamos um conflito de larga escala antes disso, e aí serão os aliados a questionar onde é que investimos tanto dinheiro na Defesa, quando temos caças com falta de munições, capacidade AA quase nula, uma BrigMec completamente obsoleta, etc.
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #4334 em: Junho 16, 2025, 02:37:36 pm »
Agora estou baralhado!!!
Como é que servir de intermediário é contabilizado com investimento em Defesa?

Se eu compro aviões para revender, estes nunca vão fazer parte do meu inventário!
A não ser..... que os pague já adiantados antes de os vender!? Só percebo que seja essa a única explicação! E se é assim, não fazia sentido escolher o que o país vai mesmo comprar e negociar aí sim o pagamento adiantado de x€ para contabilizar já o investimento!!!!

Quem está a contabilizar o investimento em Defesa na NATO não percebe esta clara falcatrua?
 
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