O Reapetrechamento da Marinha

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mafets

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2340 em: Abril 16, 2025, 11:39:29 am »
Tendo em conta um conjunto de Patrulhas que hoje podem ser transformados em corvetas, com módulos de missão, faz sentido falar de corvetas para Portugal? A Marinha da Dinamarca são fragatas e Patrulhas.

https://en.wikipedia.org/wiki/Knud_Rasmussen-class_patrol_vessel

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Sensors and
processing systems   
1 × Terma Scanter 4100 surface and air search radar
3 × Furuno navigation radars
SAAB CEROS 200 radar and optronic tracking system and CWI illumination radar
Armament   
1 × 76 mm gun Mk M/85 LvSa
2 × 12.7 mm heavy machine gun M/01 LvSa
RIM-162 Evolved Sea Sparrow surface-to-air missiles
MU90 Impact ASW-torpedo
Aviation facilities   Aft helicopter deck



Saudações
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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LM

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2341 em: Abril 16, 2025, 01:14:14 pm »
Depende dos "detalhes" - e não estou a falar de sensores ou armamento; um OPV não é um navio de combate, uma corveta é... logo a corveta tem uma "arquitetura" diferente, muito mais resiliente a danos, tripulação em numero suficiente para "stress" de estar em combate, mais sistemas contra avarias, mais redundâncias - e tudo isto custa dinheiro.

Ver a evolução da classe britânica River (para River II), onde reforçaram muito a resiliência e, mesmo assim, não é considerado um navio de combate.   
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2342 em: Abril 16, 2025, 02:00:50 pm »
Os nossos 4 NPOs originais também estão muito longe dos OPVs dinamarqueses, faltando-lhes um radar minimamente decente, o canhão de 76mm, o hangar. A modularidade que os NPOs têm, depende inteiramente dos módulos contentorizados, e mesmo que seja possível espetar no convés de voo um contentor com VLS e ESSM, o navio não teria radar para tirae partido deste módulo.

O que poderia acontecer, era eventualmente substituir os 4 NPOs originais, e comprar 4-6 corvetas de raiz, ou uma variante ligeiramente maior e melhor equipada do NPO, um NPO4S, com um custo base a rondar os 100M por navio e depois equipá-lo com um radar mais capaz, um canhão principal mais poderoso, um CIWS, eventualmente um VLS, e espaço/ligações para adicionar equipamento futuro e módulos contentorizados.
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2343 em: Abril 16, 2025, 02:09:44 pm »
Seria mais eficaz do que transformar navios em pseudo-corvetas feitas com outra resiliência. A Naval e a TKMS bem como a Damen têm navios interessantes.
Não se falou ainda em guerra antiminas? não é um problema para o nosso mar?

O que poderia acontecer, era eventualmente substituir os 4 NPOs originais, e comprar 4-6 corvetas de raiz, ou uma variante ligeiramente maior e melhor equipada do NPO, um NPO4S, com um custo base a rondar os 100M por navio e depois equipá-lo com um radar mais capaz, um canhão principal mais poderoso, um CIWS, eventualmente um VLS, e espaço/ligações para adicionar equipamento futuro e módulos contentorizados.
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2344 em: Abril 16, 2025, 02:10:11 pm »
É aqui que se recolhem assinaturas para a compra de 2 SSG para a MdG?
2 submarinos "normais" e 2 submarinos com capacidade para lançar mísseis de cruzeiro seria o ideal para a nossa Marinha.
Foco sobretudo na patrulha e defesa da integridade territorial mas com alguma capacidade para destruir inimigos a muito maior distância do que apenas com torpedos. E, dependendo do míssil, inclusivamente atacar alvos em terra.
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2345 em: Abril 16, 2025, 02:27:37 pm »
Seria mais eficaz do que transformar navios em pseudo-corvetas feitas com outra resiliência. A Naval e a TKMS bem como a Damen têm navios interessantes.
Não se falou ainda em guerra antiminas? não é um problema para o nosso mar?

O que poderia acontecer, era eventualmente substituir os 4 NPOs originais, e comprar 4-6 corvetas de raiz, ou uma variante ligeiramente maior e melhor equipada do NPO, um NPO4S, com um custo base a rondar os 100M por navio e depois equipá-lo com um radar mais capaz, um canhão principal mais poderoso, um CIWS, eventualmente um VLS, e espaço/ligações para adicionar equipamento futuro e módulos contentorizados.
Os Npo3s serão tb para guerra de minas com recurso a módulos e uuvs...
« Última modificação: Abril 16, 2025, 02:36:40 pm por Ghidra »
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2346 em: Abril 16, 2025, 02:54:20 pm »
Seria mais eficaz do que transformar navios em pseudo-corvetas feitas com outra resiliência. A Naval e a TKMS bem como a Damen têm navios interessantes.
Não se falou ainda em guerra antiminas? não é um problema para o nosso mar?

Como já foi dito, para isso já terias os NPO3S. E mesmo neste caso, uns hipotéticos "NPO4S" poderiam receber os mesmos módulos.

Agora no Atlântico, a probabilidade de guerra de minas é até mais reduzida, pela imensidão da área. É mais relevante é para fazer desminagem em choke points, áreas costeiras antes de um desembarque.
É capaz de ser estatisticamente mais provável sermos atacados por mísseis balísticos, do que termos que lidar com minas na nossa ZEE.

Quanto às corvetas, obviamente que existem excelentes opções no mercado. O problema são os custos. As Gowind 1000 base têm um custo de 80M, com as versões maiores a custarem muito mais. As próprias Sigma têm custos algo proibitivos. E em qualquer dos casos, a questão seria sempre quanto custaria trazer o fabrico dos navios para cá - que normalmente aumenta o custo dos programas.

Claro que não me queixava de umas Sigma 9813, desde que não substituíssem fragatas.

É aqui que se recolhem assinaturas para a compra de 2 SSG para a MdG?
2 submarinos "normais" e 2 submarinos com capacidade para lançar mísseis de cruzeiro seria o ideal para a nossa Marinha.
Foco sobretudo na patrulha e defesa da integridade territorial mas com alguma capacidade para destruir inimigos a muito maior distância do que apenas com torpedos. E, dependendo do míssil, inclusivamente atacar alvos em terra.

Se a capacidade de lançamento de mísseis for prioridade, então os KSS-III são a melhor opção e com preços razoáveis. Estes até contam com VLS capazes de lançar mísseis e de cruzeiro e balísticos.
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2347 em: Abril 16, 2025, 02:57:16 pm »
Os nossos 4 NPOs originais também estão muito longe dos OPVs dinamarqueses, faltando-lhes um radar minimamente decente, o canhão de 76mm, o hangar. A modularidade que os NPOs têm, depende inteiramente dos módulos contentorizados, e mesmo que seja possível espetar no convés de voo um contentor com VLS e ESSM, o navio não teria radar para tirae partido deste módulo.

O que poderia acontecer, era eventualmente substituir os 4 NPOs originais, e comprar 4-6 corvetas de raiz, ou uma variante ligeiramente maior e melhor equipada do NPO, um NPO4S, com um custo base a rondar os 100M por navio e depois equipá-lo com um radar mais capaz, um canhão principal mais poderoso, um CIWS, eventualmente um VLS, e espaço/ligações para adicionar equipamento futuro e módulos contentorizados.

Era tipo a corveta SAAR S-80
guarnição  53  pouco mais que os nossos npos e é muito acessivel

Bom deck para drones
Só desloca 1000t secalhar é curto para o oceano mas era algo assim maior devia substituir os velhos npos...


 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2348 em: Abril 16, 2025, 04:48:52 pm »
Boa tarde

A mim custa falar de compra x compra y, sem um plano real para toda a marinha e com objetivos claros.

Compras isoladas, de uma determinada classe, dão sempre menos desconto, que uma compra de 10 a 15 navios de diferentes classes.

isto de uma compra aqui de um npo, talvez umas lfc,,, etc... parece um completo desnorte, como podemos fazer uma defesa do nosso mar, com a recuperação de 3 fragatas tipo vdg?

Acho que a nossa marinha neste momento só quer manter cascos a flutuar e depois logo se vê. não existe qualquer tipo planeamento a longo prazo, ou nas reais necessidades defesa do nosso território e mar.

Um exemplo o plano apresentado pelos GREGOS a longo prazo para a sua defesa.

Se calhar até existe um planeamento, eu por falta de conhecimento ou  pelas opções tomadas ( por eles), não vejo um fio condutor, nem um real objectivo.



 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2349 em: Abril 16, 2025, 07:58:35 pm »
É aqui que se recolhem assinaturas para a compra de 2 SSG para a MdG?
2 submarinos "normais" e 2 submarinos com capacidade para lançar mísseis de cruzeiro seria o ideal para a nossa Marinha.
Foco sobretudo na patrulha e defesa da integridade territorial mas com alguma capacidade para destruir inimigos a muito maior distância do que apenas com torpedos. E, dependendo do míssil, inclusivamente atacar alvos em terra.

Se a capacidade de lançamento de mísseis for prioridade, então os KSS-III são a melhor opção e com preços razoáveis. Estes até contam com VLS capazes de lançar mísseis e de cruzeiro e balísticos.

A prioridade do investimento deverá ser dada, e bem, a material europeu ou ao upgrade/manutenção do material dos EUA já em inventário e que não tem substituo europeu à altura.
Mas, em certos casos, uma parceria com a RoK poderia fazer muito sentido. Os submarinos poderiam ser a porta de entrada para tal.
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2350 em: Abril 16, 2025, 09:04:21 pm »
Não posso falar, mas posso sugerir que imaginem

"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2351 em: Abril 17, 2025, 04:38:32 am »
100% de acordo com as compras em grupo. já o defendo à algum tempo.
quanto ao plano, acredito que esteja a criar um para apresentar em Agosto na EU. Espero mesmo que tenham em conta esta linha de pensamento que acredito ser vantajosa. No entanto têm mais informação que o comum dos mortais e isso tb é relevante, já para não falar na política entre estados. Quanto ao maior custo com a produção em casa, verdade, mas seria mais uma das vantagens de ter uma grande encomenda a um só estaleiro. O investimento na construção ou renovação de um estaleiro em Portugal seria diluída por toda a encomenda...

Boa tarde

A mim custa falar de compra x compra y, sem um plano real para toda a marinha e com objetivos claros.

Compras isoladas, de uma determinada classe, dão sempre menos desconto, que uma compra de 10 a 15 navios de diferentes classes.

isto de uma compra aqui de um npo, talvez umas lfc,,, etc... parece um completo desnorte, como podemos fazer uma defesa do nosso mar, com a recuperação de 3 fragatas tipo vdg?

Acho que a nossa marinha neste momento só quer manter cascos a flutuar e depois logo se vê. não existe qualquer tipo planeamento a longo prazo, ou nas reais necessidades defesa do nosso território e mar.

Um exemplo o plano apresentado pelos GREGOS a longo prazo para a sua defesa.

Se calhar até existe um planeamento, eu por falta de conhecimento ou  pelas opções tomadas ( por eles), não vejo um fio condutor, nem um real objectivo.
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2352 em: Abril 17, 2025, 06:53:19 am »
Não posso falar, mas posso sugerir que imaginem



Navio de cruzeiros? Também só falta isso
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2353 em: Abril 17, 2025, 08:58:28 am »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2354 em: Abril 17, 2025, 11:06:13 am »
Depende dos "detalhes" - e não estou a falar de sensores ou armamento; um OPV não é um navio de combate, uma corveta é... logo a corveta tem uma "arquitetura" diferente, muito mais resiliente a danos, tripulação em numero suficiente para "stress" de estar em combate, mais sistemas contra avarias, mais redundâncias - e tudo isto custa dinheiro.

Ver a evolução da classe britânica River (para River II), onde reforçaram muito a resiliência e, mesmo assim, não é considerado um navio de combate.   

Depende dos OPV. Os Italianos e Espanhóis são navios de combate. Os italianos por exemplo vão substituir as corvetas Minerva.

https://en.wikipedia.org/wiki/Thaon_di_Revel-class_offshore_patrol_vessel

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It is planned to replace four Soldati-class light patrol frigates and eight Minerva-class corvettes between 2021 and 2035.



Saudações

P.S. Para a guerra de minas podemos ter navios dedicados ou com módulos de missão. É escolher.





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