O Reapetrechamento da Marinha

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Cabeça de Martelo

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2250 em: Abril 05, 2025, 04:42:40 pm »
Eu li a entrevista e em lado algum aparece submarinos costeiros, apenas menores. O STM-500 é exactamente isso e ainda por cima é turco.

Até parece que não há soluções menores do que os nossos submarinos na Europa.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2251 em: Abril 05, 2025, 04:56:32 pm »
Eu li a entrevista e em lado algum aparece submarinos costeiros, apenas menores. O STM-500 é exactamente isso e ainda por cima é turco.

Até parece que não há soluções menores do que os nossos submarinos na Europa.
Foi eu que falei nos STM-500 e não foi com essa ideia
O CEMA falou em 2 submarinos mais pequenos ou um semelhante aos nossos o maximo sera um 212 novo e pior dos casos 2 STM 500



Apenas disse que era o pior dos casos...
 

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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2252 em: Abril 05, 2025, 06:56:28 pm »
Não sei até que ponto, mesmo perante a corrida às armas made in EU, não faria sentido para Portugal estabelecer relações estreitas com a ROK para a compra de armamento. Tem produtos de qualidade e não se importam de fazer tech transfer dos mesmos para os países que compram o seu material.

Basta um ou dois programas ligados à Coreia do Sul, em contextos específicos, sendo uma alternativa clara para aumentar as capacidades do país, a preços menores. O caso dos KSS-III seria de longe o mais "entusiasmante", por ter um custo idêntico ou até inferior aos submarinos europeus actuais, mas oferecendo capacidades ofensivas tipicamente disponíveis apenas em SSN (e às vezes nem isso).

Mas claro, isto é uma visão muito mais estratégica e belicista.

As ordens são para comprar europeu… e ordens são ordens… acho que a melhor solução seria comprar dois U-212A em segunda mão aos alemães… eles estão a construir os CD com os noruegueses e se certeza que vendiam os primeiros dois A. Três submarinos é pouco, porque na melhor das hipóteses apenas dois estão operacionais ou em prontidão em qualquer momento… mas venha o que vier, é preciso é vir…

As ordens não são tão estritas. É investir mais na Defesa, e financiamento europeu só disponível para material europeu. Depois neste caso, se fossemos comprar 2 submarinos novos, era comparar quanto custavam 2 SSK europeus com financiamento, com 2 KSS-III sem "desconto".

Apesar de que sim, 2 U-212 alemães em segunda mão, seriam sempre a opção financeiramente mais provável.

Eu li a entrevista e em lado algum aparece submarinos costeiros, apenas menores. O STM-500 é exactamente isso e ainda por cima é turco.

Até parece que não há soluções menores do que os nossos submarinos na Europa.
Foi eu que falei nos STM-500 e não foi com essa ideia
O CEMA falou em 2 submarinos mais pequenos ou um semelhante aos nossos o maximo sera um 212 novo e pior dos casos 2 STM 500



Apenas disse que era o pior dos casos...

O anterior CEMA tinha falado em 2 submarinos costeiros ou litorais (não me recordo do termo). Os STM-500 só servem na pior das hipóteses, se a alternativa for 0. Em termos operacionais, submarinos mais pequenos têm limitações claras, sendo preferível gastar mais dinheiro em 2 submarinos convencionais.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2253 em: Abril 05, 2025, 08:26:06 pm »
O chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), o almirante Henrique Gouveia e Melo, vai propor ao próximo executivo a compra de mais dois submarinos, quer modernizar duas fragatas no prazo de três anos e adquirir dois navios reabastecedores.

Em entrevista à agência Lusa, a propósito de dois anos de mandato, assinalados esta quarta-feira, o almirante antecipou as prioridades que a Marinha apresentará ao próximo Governo em 2024, ano em que será novamente discutido o sistema de forças.

A compra de mais dois submarinos "daqui a seis anos" está nos planos de Gouveia e Melo, que argumenta que a área geográfica portuguesa "assim o exige".

"Os submarinos, além disso, permitem observar o ambiente sem mexer com o ambiente, porque ninguém sabe que eles estão lá, e isso é uma função muito útil para o Estado, que pretende controlar o seu mar também de forma discreta e descobrir atividades que não consegue descobrir de outra forma porque não tem uma capacidade de superfície que consiga realmente ocupar um espaço tão grande", explicou Gouveia e Melo, submarinista.

Estes dois novos submarinos, que o CEMA pretende de menor dimensão, juntar-se-iam ao Tridente e ao Arpão, os dois únicos submarinos de que a Marinha dispõe atualmente, o que coloca dificuldades quando um deles necessita de reparações.

Quanto às fragatas, Gouveia e Melo assinalou que a atual Lei de Programação Militar já prevê verbas para a sua renovação e disse que pretende modernizar "mais duas no prazo de três anos".

Em breve será assinado o contrato para a aquisição de dois navios reabastecedores, que serão simultaneamente "navios logísticos de transporte", o que "poupa investimento mas dá mais capacidade" ao ramo, acrescentou.

Gouveia e Melo destacou ainda a aquisição dos seis Navios Patrulha Oceânicos (NPO), cuja assinatura do contrato foi entretanto marcada para o dia 29.

O CEMA disse que conta ter os patrulha oceânicos ao serviço da Marinha "em princípio em 2030, 2031", navios que terão uma capacidade de guerra anti submarina que os quatro já construídos não têm.

"Estamos numa área crucial para os movimentos logísticos entre as Américas e a Europa e isso é crucial para o movimento logístico da NATO. Se nós portugueses, que temos os Açores, não participarmos ativamente na proteção dessas linhas de comunicação marítimas, sejam elas de dados, de transporte de carga ou de pessoas, de alguma forma estamos a diminuir o nosso valor estratégico dentro da própria coligação", argumentou.

O primeiro dos seis navios, que chegará em 2026, tinha entrega inicialmente prevista para este ano, mas o processo atrasou-se depois de o Tribunal de Contas ter chumbado duas vezes o visto do contrato que o Ministério da Defesa pretendia celebrar com a IdD Portugal Defence - a "holding" estatal que gere as participações públicas nas empresas da Defesa - para a gestão do programa de aquisição.

...

https://rr.pt/noticia/politica/2023/12/27/gouveia-e-melo-quer-mais-dois-submarinos-para-a-marinha-e-modernizar-duas-fragatas/360500/
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2254 em: Abril 05, 2025, 09:54:23 pm »
O termo usado para os 2 submarinos, foi "adaptados ao litoral".

É possível que tenha sido falado numa entrevista oral, e não numa das entrevistas que aparecem na net, que são cópias umas das outras.
 

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saabGripen

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2255 em: Abril 05, 2025, 10:33:51 pm »

Que eu saiba, o primeiro STM 500 ainda está para ser lançado ao mar.

Um STM 500 com eventuais especificações da Marinha Portuguesa não existe.

Aqui no forum inventa-se largo.
 

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P44

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2256 em: Abril 06, 2025, 12:41:13 pm »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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MMaria

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2257 em: Abril 06, 2025, 02:48:36 pm »
Uma troca justa: na Royal Navy sobra navio e falta gente, na Marinha (do B), falta navio e sobra gente.

 c56x1
Duvidar faz-te pensar... acreditar sem duvidar faz-te um fanático.
 

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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2258 em: Abril 06, 2025, 03:21:00 pm »
Para Portugal, a guarnição superior a 300 elementos torna os Albion pouco convidativos, apesar do seu preço quase simbólico.

Na MB, é uma compra de oportunidade, mas continuam a investir quaso exclusivamente em navios anfíbios, e quase nada nas escoltas.
 

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JohnM

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2259 em: Abril 06, 2025, 03:33:45 pm »
Para Portugal, a guarnição superior a 300 elementos torna os Albion pouco convidativos, apesar do seu preço quase simbólico.

Na MB, é uma compra de oportunidade, mas continuam a investir quaso exclusivamente em navios anfíbios, e quase nada nas escoltas.
O plano do Brasil é eventualmente ter até 8 Tamandaré, sendo que o segundo lote de 4 será melhorado relativamente ao primeiro lote. Depois querem construir destroyers, mas isso é num futuro relativamente longínquo, até lá muita andar vão passar debaixo da ponte, ainda para mais se tratando do Brasil, que está há quase 40 anos a tentar construir um submarino nuclear…  Para dominar o Atlântico Sul  8 Tamandaré chegam e sobram, especialmente se o segundo lote vire um pouco melhor equipado…
 

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Charlie Jaguar

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2260 em: Abril 06, 2025, 09:13:45 pm »
Já que não se consegue ter acesso à totalidade da entrevista do CEMA ao Expresso, vários sites têm reproduzido as afirmações do Almirante Nobre de Sousa, neste caso com particular e natural foco nos Açores.

Citar
The New Portuguese Navy Chief of Staff defends reinforcement of resources in the Azores – Gives example of Greenland

Date: April 5, 2025
Author: Diniz Borges

The new Chief of Staff of the Navy, Admiral Jorge Nobre de Sousa, defends the reinforcement of resources in the Azores. In an interview with the weekly “Expresso”, asked if Portugal can protect the Azorean maritime space, Jorge Nobre de Sousa replied that “the risks have different frameworks, whether in Greenland or the Azores, but there is one issue that international relations have shown us: there are no power vacuums”.“If we don’t occupy the space that is our duty by virtue of sovereignty, someone else will, with a greater likelihood of us being depredated and the risks increasing. We have to have mechanisms that allow us to exercise the authority of the state in maritime spaces. There are countries that, in terms of responsibility, are unable to carry out search and rescue. The Navy and the Air Force will have to play an important role in this regard,” he said.

Asked if the way forward is to reinforce “the device in the Azores, in Terceira, with a frigate permanently, plus a patrol ship and a P-3 Orion surveillance plane”, the Chief of Staff of the Navy replied: “Next year I intend to start, periodically, on a trial basis, to have a frigate which will be, in principle, the ‘Álvares Cabral’, due to its current configuration, at certain times in the Azores”. He explained that the Navy used to have two corvettes permanently in the Azores. “In the meantime, the corvettes have reached their age and have been written off. At the moment, my fleet of ocean patrol vessels is not yet robust enough to have two ships permanently in the Azores, but next year I intend to start using a model in which there are periods with a frigate and then an ocean patrol vessel. It would be an excellent sign if I managed to have two ships there permanently at the end of my term,” he continued.

In the same interview, he added, “it would be very important to have the possibility of receiving a submarine there, especially if we have more submarines”. The new Chief of Defence Staff also spoke about NATO’s current situation and investment in defense. “Obviously, any military commander will always want to have all the means he considers necessary to fulfill his mission. But only a privileged few have them. Most military commanders have to operate, plan and respond to what is determined by political power. When I took command, I received a Navy that was designed and planned to be built with a coherent set of capabilities that will meet the needs of the Atlantic Alliance,” he said. The admiral added that “society is starting to become aware of the importance of financial reinforcement in the area of Defense” and that “whoever the government will be, it will have to take this type of commitment seriously”.

In Diário Insular – José Lourenço, director.

https://novidadesnewsletter.news/2025/04/05/the-new-portuguese-navy-cheif-of-staff-defends-reinforcement-of-resources-in-the-azores-gives-example-of-greenland/
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2261 em: Abril 07, 2025, 12:59:46 pm »

Lembro-me de ter partilhado este artigo há algum tempo atrás. Parece-me interessante. E considerar a experiência da Itália neste campo. Não sei até que ponto poder-se-á comprar um projecto e ter uma empresa como a M-23 a geri-lo, construindo cá. Não sendo este o chat indicado, em todo o caso partilho a opinião de que se poderia usar a construção destes submarinos para construir também VLUUV com tecnologia que a Universidade do Porto ou a Vera Navis estão a desenvolver, por exemplo. E fazer como os Espanhóis, pôr vários ministérios a financiar isso. É apenas uma ideia.

http://www.hisutton.com/World-Small-Submarines-Compared.html

https://nationalinterest.org/blog/reboot/does-size-matter-why-tiny-submarines-are-making-big-splash-181144

https://www.edrmagazine.eu/midget-submarines-made-in-italy-tailored-to-the-gulf-needs
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2262 em: Abril 07, 2025, 01:52:06 pm »
João Pereira
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2263 em: Abril 07, 2025, 02:32:01 pm »
Pergunta de ignorante

Não fazia sentido, pegando nisso de submarinos mais pequenos, apostar nos U212 A? O mesmo modelo que dá origem a versão Italiana dos U212 NFS. 
Isto porque mais pequenos que esses com um Atlântico tão grande e sem Bases entre o Continente e Arquipélagos dignas desse nome não parece fazer muito sentido

É para desenrascar dizer que se tem?
Belo principio
Nem os têm conseguem planear a sua rotação de MLU ou manutenção
E se não for com este contexto e abertura ao investimento, nada mais podem inventar de justificação. Isso e de uma vez mandar fazer as fragatas para substituir as VdG esta década. Porque depois disso têm de substituir as outras já pouco relevantes
 
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saabGripen

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2264 em: Abril 07, 2025, 11:52:38 pm »
Teremos MAN em vez de Wärtsila nos novos NPO.

E também MAN no PNM.

https://www.man-es.com/company/press-releases/press-details/2025/04/07/man-175d-wins-portuguese-navy-projects


Alguém consegue comparar os motores dos Séries 1 e 2 com estes da S3?