Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama

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dc

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #6540 em: Hoje às 12:08:46 am »
Focando a escolha entre a F110 e a FREMM EVO,  do que estive a ler, a EVO é  superior (teoricamente) em ASW e ASuW, só perdendo na AAW.
No entanto poderá ser utilizada de forma eficaz na intercepção de mísseis balísticos, tipo de arma que tem sido bastante utilizada pela Rússia e o Irão,  por exemplo.

Na minha opinião,  e insistindo que a prioridade deverá ser a defesa da integridade do nosso território e só depois outras "aventuras" externas, considero mais interessante a escolha da fragata italiana.
Se for armada com 2 helicópteros e com a variedade de mísseis que pode utilizar,  temos navio para rivalizar com quem quer que seja em ASW e ASuW.
Com a vantagem de nesta última poder contar com um míssil com um alcance muito superior e a possibilidade de atacar alvos terrestres em profundidade.
Internamente,  e reconhecendo algumas limitações na AAW, apenas pela quantidade,  porque em qualidade está também muito bem servida, teriam de ser futuramente complementadas por outras fragatas com maior poder AAW, ou defendidas recorrendo a capacidades auxiliares vindas de terra, sobretudo da FAP.
Já para missões NATO, o problema não se põe.  A composição das forças terá certamente em conta essa "fraqueza", mas tenho a certeza que as restantes mais valias serão muito bem vindas em qualquer destacamento.

Em ASuW a FREMM EVO não é superior. O Teseo há-de ser comparável ao NSM, ficando a questão de qual dos mísseis é mais furtivo. O Mk-41 Strike Length não só permite, se necessário, usar Tomahawk para atacar outros navios, como também permitirá o lançamento dos LRASM.

Também não me admirava que desse para integrar o Teseo nas F110, ou o Gabriel V israelita.

As F110 têm ainda a vantagem de ter espaço (em teoria) para um segundo par de lançadores de SSM.

A isto acresce que, as F110 com os Mk-41, ganham acesso aos ESSM quad-packed que podem ser usados contra alvos de superfície. As FREMM dificilmente terão mísseis anti-aéreos suficientes para isto.

As F110 ainda têm o canhão de 127mm, que confere igualmente mais capacidade ASuW. Apesar de eu preferir trocar este canhão por um de 76mm, para tentar arranjar espaço para mais 2 módulos VLS.


A questão AAW é importante, porque é esta capacidade que permite ao navio executar ASW e ASuW com o mínimo de segurança. Numa Marinha em que as fragatas vão ser pau para toda a obra, é difícil ignorar uma vertente tão importante.
 

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Lampuka

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #6541 em: Hoje às 01:21:11 am »
Citar
Em ASuW a FREMM EVO não é superior. O Teseo há-de ser comparável ao NSM, ficando a questão de qual dos mísseis é mais furtivo.

Em termos teóricos,  para já, é superior. O Teseo é mais destrutivo,  tem mais capacidade contra navios maiores,  tem maior alcance que permite salvaguardar o navio...

A sua capacidade contra alvos em terra também é muito superior, podendo ser considerada estratégica, outro ponto a favor da FREMM EVO.

Se bem que tudo isto só é válido se aquirirem os mísseis e em número adequado...

Voltando ao modo defensivo do nosso território, de onde poderiam vir as ameaças aéreas? Porta aviões é muito improvável.
Bases no norte de África,  estou a imaginar a Argélia.  Como chegariam cá passando por Espanha e Marrocos?

A maior ameaça que poderemos sofrer vem dos submarinos e dos mísseis que podem lançar, vindos sobretudo de sul, porque o norte estará muito vigiado e a ocidente  supostamente temos um aliado.

Num conflito generalizado essa teria de ser a nossa principal missão. Interditar as nossas águas a navios e submarinos inimigos.

E para isso a FREMM EVO parece melhor.

João Pereira
 

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Bubas

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama Novo
« Responder #6542 em: Hoje às 02:36:44 am »
A questão AAW é importante, porque é esta capacidade que permite ao navio executar ASW e ASuW com o mínimo de segurança. Numa Marinha em que as fragatas vão ser pau para toda a obra, é difícil ignorar uma vertente tão importante.

Já percebi a vantagem das F110, sobrevivem melhor a um ataque de saturação mas estariamos a falar de um ataque de muitos mísseis. Até 16 as FREMM sobreviviam, já as F110 poderiam sobreviver a 30. Só não sei se será muito frequente tal ataque numa situação em que a fragata está sozinha.
Já para não falar que quem lança 30 mísseis se calhar tb lança 35 e ai...

Mas sem duvida que a F110 é melhor nesse aspeto até porque tem um sistema automatizado.

No entanto no mar vermelho onde ocorreram os maiores ataque de saturação recentes onde a fragata HMS Richmond foi alvo de um dos maiores ataques, todos foram neutralizados. E isto numa fragata de 1997.

Parece-me mais relevante adaptar os navios às nossas zonas de influência. ZEE, Atlantico Norte, Mediterrâneo e Atlantico Sul, parecem ser essas zonas. Será que essas áreas tem uma elevada probabilidade de ataques de saturação quando as fragatas estiverem sozinhas? Na maioria das vezes farão parte de esquadras, não?
E o risco de guerra submarina é relevante? Será essa a função atribuída a Portugal?
« Última modificação: Hoje às 03:08:14 am por Bubas »
 

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Ghidra

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #6543 em: Hoje às 02:55:43 am »
Possíveis cenários para as nossas fragatas:

- missões anti pirataria no golfo da Guiné e Somalia
- guerra anti submarina na nossa zee e no estreito
- bloquear tráfico marítimo entre África e Rússia
- bloquear o estreito
- juntar a um grupo tarefa
- obstruir pontos sensíveis para o tráfico marítimo mar vermelho, canal de Moçambique, estreito de Gibraltar...