Isto é o ponto. Para além que em cenários "Mar Vermelho" temos misseis balísticos (exemplo o Burkan), misseis anti-navio (Al-Mandeb 2, etc), UAVs (Samad, Qasef, etc) e o aviso prévio é escasso... ninguém arrisca "o CIWS / canhão / EW trata disso, deixa vir".
Exacto. Quando é uma ameaça em quantidades reduzidas, tipo 2 ou 3 drones, ainda vá, consegues usar apenas os sistemas mais baratos. Com ataques de saturação, possivelmente com múltiplas ameaças diferentes, já não dá para fazer isso.
Fazer a suposição que o oponente vai apenas usar drones, também não faz sentido.
Nenhum sistema de misseis actual foi pensado para esse cenário e qualquer missil vai custar muito mais do que um único drone. A solução mais racional é o uso de RWS com canhões ou metralhadoras e guerra eletrónica.
Não, antes de chegar a esses sistemas, a solução racional é ter uma camada de mísseis/foguetes guiados de baixo custo para lidar com a ameaça a distâncias mais seguras. Por exemplo APKWS ou os MML. Idealmente, estes sistemas teriam que ser fire and forget, para permitir abater mais alvos num curto espaço de tempo, sem precisar de iluminação do alvo com sistemas do navio (como o caso dos sistemas guiados a laser).
Dependendo de quanto queiras investir, esta função pode ser realizada por RAM, CAMM ou Mistral, que sendo mais caros que os acima mencionados, são também mais capazes, e permitem poupar os mísseisde médio alcance. Os franceses pelos vistos vão colocar lançadores de Mistral nos seus navios.
Pelo que li, as EVO têm alguma capacidade de defesa contra mísseis balísticos.
Já quanto aos VLS extra a instalar, existirá também a opção de outro modelo (SYLVER A70) que possibilitará a utilização de mísseis de cruzeiro para ataque a alvos terrestre.
A pergunta mantém-se, compatíveis com a aquisição através do programa SAFE, quais as opções disponíveis?
E qual seria a tua escolha dc?
As FREMM EVO, sim, têm capacidade BMD. O problema é que com tão poucos VLS (16), ou o navio prioriza os Aster 30, e faz maioritariamente BMD e fica sem um míssil mais barato para lidar com ameaças que não justificam o aster 30, ou tens que reduzir para metade o número destes mísseis, para os complementar com uns mísero 8 Aster 15.
Mesmo com 32 VLS, apesar de dar um pouco mais margem, continuarás sempre limitado a 16 mísseis de cada, em contraste com o potencial dos Mk-41, que podem chegar a 64 mísseis de médio alcance + 16 BMD.
A minha escolha, provavelmente recairia por uma opção sul-coreana ou japonesa, pela sua rapidez de entrega, acesso a 32 Mk-41, preço muito mais reduzido - tendo em conta que o SAFE é apenas financiamento, não uma oferta/desconto. Provavelmente tentava incluir no SAFE todo o equipamento/armamento europeu a instalar nessas fragatas.
Com as opções não-europeias fora da corrida, precisava de saber o orçamento e o objectivo final para fragatas (se 4, 5 ou 6, se é uma só classe ou duas).
Mas por exemplo, se acabássemos só com 4 navios, teriam que ser sem dúvida 4 T26.
Se 5 de uma classe, qualquer fragata ASW com pelo menos 24 Mk-41 strike length
ou duas variantes da mesma classe uma com 16 Mk-41 (3 navios) e outra com 32 Mk-41 (2 navios, variante "AAW").
Se forem 6, só me parece possível se forem se fragatas sul-coreanas ou japonesas ou um misto hi-low de navios europeus. Neste caso, as low sempre com 16 Mk-41, as high com pelo menos 32.
Também seria um "shout" inverter o processo, começar com 3 AH140 com mais capacidade AAW, e ter o grosso da capacidade ASW com 4 EPC Full (podendo o número de EPC subir para 5 ou 6 se for para substituir também os 4 NPO originais).
O essencial é que tenham Mk-41, e que o número de células VLS na Marinha totalize pelo menos 120, em que boa parte deles ou mesmo totalidade possa see quad-packed.
Dependendo do alvo a abater as EVO têm dois ou quatro CIWS.
As EVO navegam com dois Oto Melara 76/62 Strales que são os CIWS primários mais dois Leonardo Lionfish de 30 mm que estão ligados ao sistema "Counter UAS".
Certo, mas se formos por aí, outras fragatas têm ainda mais CIWS. Por exemplo, as Meko A210 tem 1 CIWS, 3 RWS e o canhão principal. As Meko A300 têm 1 canhão príncipal, 2 RAM, 4 RWS, 2 DEW (9!!!!). As ASWF têm 1 canhão, 1 RAM, 2 CIWS de canhão, e espaço para RWS. As HDF-6000 apresentam a mesma quantidade que as FREMM EVO (mas muitos mais VLS). As AH140 têm 1 canhão e 2 CIWS, tipicamente, mas espaço para as RWS.
As piores nesse quesito são as F110, mas espaço não lhes falta.
A diferença, é que todas as alternativas podem ter o Mk-41 ao invés do Sylver, que acaba por ser o calcanhar de Aquiles das FREMM EVO.
Os únicos que conseguem colocar vários misseis na mesma célula são os Norte-Americanos com os seus MK41 VLS usando os ESSM block 2, os britânicos com os ExLS disparando usando os CAMM/CAMM ER e os turcos com os seus MİDLAS VLS disparando os seus HİSAR-D RF.
A solução mas pragmática seria 2 Sylver A50 VLS para os Aster 30 e 4 módulos ExLS para os CAMM/CAMM ER. Há espaço, tem é que ter "cojones" e chegar-se à frente com o dinheiro.
Nesse caso, abdicas dos A70, os únicos capazes de lançar mísseis de cruzeiro. Num navio que está limitado a 8 SSM, ficas debilidades na capacidade land-attack, enquanto as concorrentes do mesmo segmento/preço, usam Mk-41 Strike Length (que dá para todos os mísseis, incluindo o adaptador do ExLS), e ainda têm em muitos casos 16 SSM.
Tapas de um lado e destapas do outro.
A alternativas, era trocar a ordem dos VLS, mais encostados à ponte os 16 Sylver A70, e à frente destes os ExLS. Isto além de ter custos, tenho sérias dúvidas de que, se as fragatas já estão escolhidas, tenham acautelado tal opção.
E não sei sequer se o ExLS já foi integrado com os navios franco-italianos.
Ainda assim, 2 modelos de VLS completamente diferentes e em pequenas quantidades, para fazer o trabalho que 32 Mk-41 por navio já fazem.
Se é para ter 2 modelos de VLS, eu preferia ter Mk-41 e ExLS em simultâneo, que permitia configurações malucas de 32 Mk-41 + 12-24 ExLS em determinados navios.