Eu gosto da ideia do jacto de treino avançado ter uma vertente de combate. Mas não me parece fazer sentido ter dois tipos de caça em QRA distintos. Teríamos um QRA low end e outro high end? Quantas aeronaves estariam em cada QRA, e quantas de reserva para os respectivos QRA?
Já a conversa dos Rafale, estou como o John, não faz sentido comprar um caça novo de geração 4.5, a evolução tecnológica é demasiado pequena para justificar uma nova logística e custos de aquisição exorbitantes. Além de que o custo de operação do Rafale deve ser de aproximadamente o dobro do F-16. Ou seja, muito menos caças, mas pagas o mesmo na sua operação.
Depois qualquer que seja o caça "high end" , 12/15 unidades é muito pouco. Com todas as missões destes aviões, mais as variáveis da taxa de operacionalidade, mesmo os 15 aviões seriam um número à justa no dia-a-dia. 2 no QRA + 2 reserva, 3/4 em manutenção, quantos sobram para tudo o resto? Nem vou imaginar se tivermos que enviar 4 para os Bálticos. Se começar a falar do ponto de vista estratégico (sacrilégio), se a situação obrigar a destacar caças nas ilhas, 4 por arquipélago, sobram 4 no continente (7 se forem 15), e quantos deles em manutenção?
É que neste exemplo que dei, num país sem os multiplicadores de força (aeronave de AAR, AWACS, UCAV), sem navios de combate de jeito (nomeadamente em AAW), nem capacidade AA digna desse nome em terra, como asseguramos o controlo do espaço aéreo? Não serão certamente os treinadores avançados, pois esses servem só para escolta, CAS, etc...
O futuro teria sempre de passar por um número de caças no mínimo equivalente ao número de pilotos de caça. E este número devia ser alheio à existência de avião de treino a jacto ou não, pois como há se viu, por cá a qualquer momento podem acabar com esta vertente na FAP e nem tens caças de primeira linha em quantidade suficiente, nem caças "leves" absolutamente nenhuns.
Eu não ficaria surpreendido que o substituto oficial do Alpha Jet fosse o mesmo do TB-30, e tivéssemos uma frota única de PC-21, e a fase final da formação fosse por encomenda.