Apetece-me gritar bem alto, FO...

  • 3553 Respostas
  • 621833 Visualizações
*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8827
  • Recebeu: 1858 vez(es)
  • Enviou: 816 vez(es)
  • +1078/-10452
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #270 em: Abril 11, 2010, 07:57:04 pm »
Citação de: "Camuflage"
Algumas dessas pessoas estão em empresas onde o Estado não mete o bedelho como é o caso do Paulo Azevedo na SONAE, os privados que paguem o que bem entender, o problema são as Golden Shares nada mais.

Também concordo. Desde que depois não haja lugar a subsídios e a bail-outs a empresas privadas "bem geridas", cada um é pago como entenderem as respectivas empresas. Acabem-se com as golden shares.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 21395
  • Recebeu: 6905 vez(es)
  • Enviou: 7934 vez(es)
  • +8080/-12665
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #271 em: Abril 12, 2010, 02:46:41 pm »
Curiosamente (ou talvez não) o Paulo Azevedo é dos que recebe menos, já os gestores das empresas estatais como a EDP do sr. mexia, ou a PT dos boys do PS, nas quais o Estado detem uma parcela considerável, são as que melhor remuneram grandes gestores, que conseguem ter lucros em empresas que actuam em regime de monopólio, vejam lá... :roll:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

Camuflage

  • Investigador
  • *****
  • 1534
  • Recebeu: 207 vez(es)
  • Enviou: 90 vez(es)
  • +268/-1315
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #272 em: Abril 12, 2010, 07:52:37 pm »
As empresas que são golden share são a vergonha nacional, na medida que andam a explorar o povo até ao ultimo cêntimo, são os grandes chulos e ninguém se parece preocupar. Não admira que todos recebam grandes quantidades $... até andam a investir nos EUA em renováveis, mas ninguém sabe como esses negócios andam, no final acabam em águas de bacalhau.
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 21395
  • Recebeu: 6905 vez(es)
  • Enviou: 7934 vez(es)
  • +8080/-12665
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #273 em: Abril 13, 2010, 08:05:42 am »
"O fim das escutas"

"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 21395
  • Recebeu: 6905 vez(es)
  • Enviou: 7934 vez(es)
  • +8080/-12665
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #274 em: Abril 20, 2010, 01:02:03 pm »
VERGONHA  :!:  :!:  :!:

Citar
Braga
Tribunal condenou violador de criança a pena suspensa

por Lusa Ontem

O Tribunal de Braga condenou hoje a cinco anos de prisão, com pena suspensa, um homem acusado de violar uma menina de oito anos.

O colectivo de juízes da Vara Mista suspendeu a execução da pena, com a condição de o arguido pagar 35 mil euros a título de indemnização à família da vítima, nos próximos dois anos.

O Tribunal deu como provado que o arguido abusou sexualmente da menor, com consumação do ato sexual.

Na suspensão da pena, o tribunal teve em conta o facto de o arguido, de 32 anos, ter confessado o crime, mostrando-se arrependido, e também, de nunca ter sido condenado em Tribunal.

No final, o advogado da família, Licínio Ramalho, admitiu à Lusa a possibilidade de recorrer do acórdão, mas frisou que só o fará depois de ler o seu conteúdo e se tal for do interesse da família.

Segundo o acórdão, o arguido abusou sexualmente da criança durante dois anos, entre 2008 e 2009, período em que frequentava a casa da mãe.

A acusação baseou-se no depoimento da menina - efectuado em 2009 para "memória futura" - nas declarações da mãe e da avó da criança e em relatórios médicos e psicológico que indicam ter havido abuso sexual.

O arguido incorria numa pena que podia ir de três a dez anos, dado que o ato sexual foi consumado, tendo o Tribunal - formado por três juízas - optado pelos cinco anos.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... ccao=Norte
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

cromwell

  • Especialista
  • ****
  • 1100
  • +1/-0
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #275 em: Abril 20, 2010, 02:32:26 pm »
Justiça, economia, saúde, agricultura, indústria.....

ESTÁ TUDO PODRE EM PORTUGAL! VIVA O PS! :twisted:
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa
 

*

Cabecinhas

  • Investigador
  • *****
  • 1505
  • Recebeu: 5 vez(es)
  • Enviou: 11 vez(es)
  • +4/-0
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #276 em: Abril 20, 2010, 03:38:56 pm »
Em bom português.
FODASSE
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
---
 

*

nelson38899

  • Investigador
  • *****
  • 5588
  • Recebeu: 909 vez(es)
  • Enviou: 871 vez(es)
  • +721/-2703
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #277 em: Abril 20, 2010, 03:48:45 pm »
Citação de: "cromwell"
Justiça, economia, saúde, agricultura, indústria.....

ESTÁ TUDO PODRE EM PORTUGAL! VIVA O PS! :twisted:

Eu diria mais viva aos incompetentes dos políticos e dos juízes, que não conhecem o mundo real!
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 21395
  • Recebeu: 6905 vez(es)
  • Enviou: 7934 vez(es)
  • +8080/-12665
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #278 em: Abril 21, 2010, 11:48:53 am »
Paga e Não Bufa!!!! Porreiro Pá!
Citar

Voos semanais e ajudas de custo serão suportadas pela AR

Jaime Gama tem despacho para Parlamento pagar viagens de Inês de Medeiros a Paris

21.04.2010 - 09:40 Por Nuno Simas

Solução é proposta em parecer do auditor jurídico e o presidente da Assembleia segue a sugestão. Voos semanais e ajudas de custo serão suportadas pela AR.

Pagar. A ordem é pagar. Cinco meses e muita tinta depois, o caso da deputada Inês de Medeiros está à beira do fim. Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, artilhou-se de pareceres jurídicos. E decidiu a favor da deputada e vice-presidente da bancada do PS. O problema começou por que Inês de Medeiros tem residência em Paris, foi eleita por Lisboa e vai agora passar a ter direito a uma viagem a casa por semana. Adaptando o regime dos deputados das regiões autónomas dos Açores e da Madeira com o regime geral dos deputados. Mas este é, avisa desde já Jaime Gama, um caso e não faz "jurisprudência" para o futuro.

Esse é um dos "parâmetros" do "pro- jectado despacho" que Jaime Gama envia ao conselho de administração da Assembleia da República, que hoje tem uma reunião, e a que o PÚBLICO teve acesso.

A solução para responder a "uma lacuna legal" é "adequada ao caso", mas não assume "carácter vinculativo para o futuro". Ou seja, não é com base neste despacho que se multiplicarão os casos de deputados a requerer viagens para casa, se tiverem residência no estrangeiro. Outra conclusão: para resolver, de vez, o problema é preciso rever o regimento da Assembleia.

Outra das premissas de Jaime Gama é que Inês de Medeiros já residia em Paris quando foi eleita em 27 de Setembro e 2009 e que a lei portuguesa nada estipula para que um deputado, por exemplo, tenha que residir em território nacional.

Uma questão de direitos

A decisão é, assim, remetida para uma questão de direitos e garantias: o princípio da "igualdade estatutária dos deputados", o "direito ao subsídio de transporte e ajudas de custo" como uma das condições "adequadas ao exercício das suas funções".

Este "caso" foi levantado por uma notícia no semanário Sol, em Feve- reiro, e, desde então, andou do con- selho de administração para a conferência de líderes, do conselho de administração para o presidente do Parlamento. Gama, a pedido do conselho de administração, ficou de encontrar uma solução para o caso, mas devolveu o processo à administração, que, por seu lado, pediu um parecer ao auditor jurídico do Parlamento.

Em Abril, o auditor conclui pela lacuna no regimento e que a actriz e deputada socialista tem direito à viagem e a ajudas de custo para Paris. Uma solução seguida, em toda a linha, por Jaime Gama.

Em Março, Inês de Medeiros escreveu uma carta ao presidente da Assembleia, em que pediu um esclarecimento "imediato" da controvérsia em que, queixava-se a deputada estava a ser alvo de "permanentes en- xovalhos". O que lhe valeu uma frase ácida de Gama: "Li [a carta] pela primeira vez e quando houver uma decisão será pública."

Ontem, ao PÚBLICO, o gabinete do presidente da Assembleia escusou-se a comentar o assunto, afirmando apenas que a decisão está para breve.

http://www.publico.clix.pt/Pol%C3%ADtic ... is_1433247
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 21395
  • Recebeu: 6905 vez(es)
  • Enviou: 7934 vez(es)
  • +8080/-12665
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #279 em: Abril 21, 2010, 02:08:28 pm »
Citar
 Inquérito (act.)
Penedos desmente Zeinal Bava no Parlamento

Márcia Galrão  
21/04/10 12:10


Paulo Penedos é arguido no processo 'Face Oculta'.


Paulo Penedos garantiu na comissão de inquérito que desde Maio que estava a intervir no negócio para compra da participação da Prisa, a pedido do administrador a quem reportava, Rui Pedro Soares.


Uma informação que contradiz uma declaração de Zeinal Bava à Comissão de Ética, em que o presidente da PT disse que só a 19 de Junho Rui Pedro Soares participou pela primeira vez com ele numa reunião sobre este negócio, porque era o administrador que estava "mais à mão" naquele dia para o acompanhar.

Garantindo que "em circunstância alguma, o primeiro-ministro ou algum membro do Governo" discutiram com ele a compra de uma participação na Media Capital, o ex-assessor jurídico da PT adiantou que apenas três pessoas teriam conhecimento directo dos planos da operadora: Zeinal Bava, Henrique Granadeiro e Rui Pedro Soares.

A comissão parlamentar de inquérito iniciou-se segunda-feira com a audição do ex-ministro das Obras Públicas, Transportes e Telecomunicações, Mário Lino, o primeiro dos 21 convocados.

Na terça-feira foi ouvido o jornalista da TVI, Carlos Enes, e o ex presidente da Media Capital, Pais do Amaral.

http://economico.sapo.pt/noticias/paulo ... 87403.html
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

Edu

  • Especialista
  • ****
  • 1166
  • Recebeu: 155 vez(es)
  • Enviou: 12 vez(es)
  • +5/-4
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #280 em: Abril 21, 2010, 08:42:23 pm »
Citação de: "P44"
Paga e Não Bufa!!!! Porreiro Pá!
Citar

Voos semanais e ajudas de custo serão suportadas pela AR

Jaime Gama tem despacho para Parlamento pagar viagens de Inês de Medeiros a Paris

21.04.2010 - 09:40 Por Nuno Simas

Solução é proposta em parecer do auditor jurídico e o presidente da Assembleia segue a sugestão. Voos semanais e ajudas de custo serão suportadas pela AR.

Pagar. A ordem é pagar. Cinco meses e muita tinta depois, o caso da deputada Inês de Medeiros está à beira do fim. Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, artilhou-se de pareceres jurídicos. E decidiu a favor da deputada e vice-presidente da bancada do PS. O problema começou por que Inês de Medeiros tem residência em Paris, foi eleita por Lisboa e vai agora passar a ter direito a uma viagem a casa por semana. Adaptando o regime dos deputados das regiões autónomas dos Açores e da Madeira com o regime geral dos deputados. Mas este é, avisa desde já Jaime Gama, um caso e não faz "jurisprudência" para o futuro.

Esse é um dos "parâmetros" do "pro- jectado despacho" que Jaime Gama envia ao conselho de administração da Assembleia da República, que hoje tem uma reunião, e a que o PÚBLICO teve acesso.

A solução para responder a "uma lacuna legal" é "adequada ao caso", mas não assume "carácter vinculativo para o futuro". Ou seja, não é com base neste despacho que se multiplicarão os casos de deputados a requerer viagens para casa, se tiverem residência no estrangeiro. Outra conclusão: para resolver, de vez, o problema é preciso rever o regimento da Assembleia.

Outra das premissas de Jaime Gama é que Inês de Medeiros já residia em Paris quando foi eleita em 27 de Setembro e 2009 e que a lei portuguesa nada estipula para que um deputado, por exemplo, tenha que residir em território nacional.

Uma questão de direitos

A decisão é, assim, remetida para uma questão de direitos e garantias: o princípio da "igualdade estatutária dos deputados", o "direito ao subsídio de transporte e ajudas de custo" como uma das condições "adequadas ao exercício das suas funções".

Este "caso" foi levantado por uma notícia no semanário Sol, em Feve- reiro, e, desde então, andou do con- selho de administração para a conferência de líderes, do conselho de administração para o presidente do Parlamento. Gama, a pedido do conselho de administração, ficou de encontrar uma solução para o caso, mas devolveu o processo à administração, que, por seu lado, pediu um parecer ao auditor jurídico do Parlamento.

Em Abril, o auditor conclui pela lacuna no regimento e que a actriz e deputada socialista tem direito à viagem e a ajudas de custo para Paris. Uma solução seguida, em toda a linha, por Jaime Gama.

Em Março, Inês de Medeiros escreveu uma carta ao presidente da Assembleia, em que pediu um esclarecimento "imediato" da controvérsia em que, queixava-se a deputada estava a ser alvo de "permanentes en- xovalhos". O que lhe valeu uma frase ácida de Gama: "Li [a carta] pela primeira vez e quando houver uma decisão será pública."

Ontem, ao PÚBLICO, o gabinete do presidente da Assembleia escusou-se a comentar o assunto, afirmando apenas que a decisão está para breve.

http://www.publico.clix.pt/Pol%C3%ADtic ... is_1433247

É uma vergonha que, estando o nosso país nas dificeis condições econômicas em que se encontra, ainda venham pessoas como essa senhora assim chupar ainda mais dinheiro. Ela devia ter vergonha.
 

*

FoxTroop

  • Investigador
  • *****
  • 1878
  • Recebeu: 680 vez(es)
  • Enviou: 392 vez(es)
  • +372/-8388
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #281 em: Abril 23, 2010, 12:13:23 pm »
Citar
No mesmo momento em que o Parlamento, cheio de frases bondosas e pias intenções, aprovava um pacote anticorrupção, o Tribunal da Relação de Lisboa anunciava a absolvição de Domingos Névoa.

Para que não haja confusão: o tribunal deu como provados todos os factos essenciais. Dá-se o pormenor dos juízes considerarem que um empresário tentar pagar a alguém com responsabilidades políticas para que este mude publicamente de posição sobre um negócio em que está envolvido não consiste um acto de corrupção. Apenas porque não há, na consequência desse pagamento, nenhum acto administrativo da competência do político.

O que o tribunal disse a todos os corruptores (e a todos os portugueses) é que é legal comprar posições públicas dos decisores que nós elegemos. Que a nossa democracia está à venda, disponível para os caprichos dos domingos névoas desta Pátria.

Ricardo Sá Fernandes, o homem que denunciou a tentativa de corrupção, acabou por não ver a justiça feita e ainda pagou 10 mil euros ao dono da Bragaparques. Já o empresário saiu satisfeito e ainda se fez de vítima de calúnias. Apesar de, como já disse, tudo ter ficado provado.

O que o tribunal disse a todos os que sejam abordados por um corruptor (e a todos os portugueses) é que a luta contra a corrupção não é um dever de cidadania. É uma carga de trabalhos sem qualquer consequência. Mesmo que todas as provas estejam lá.

Vale a pena ver a reportagem que a SIC passou esta semana sobre o tema: Crime sem castigo . É isto mesmo: é um crime que nunca é castigado. O primeiro corruptor de um decisor político sobre o qual se conseguiram reunir todas as provas safou-se. Depois disto, quem acredita que alguém será condenado?

O problema não são as leis. O problema não é apenas a falta de meios de investigação. O problema é um país complacente com a corrupção. Em que quem a denuncia é tratado com desconfiança e quem corrompe com indiferença e até, por vezes, admiração.

Não sou dado a discursos catastrofistas. Mas há dias em que se perde a esperança de dar a este País alguma dignidade. Em que se começa a acreditar que a nossa sina é viver num eterno atraso onde só os chicos-espertos podem vingar. Há dias em que pensamos que não vale a pena. Que a única forma de mudar é sair daqui e entregar isto aos névoas, aos ruis pedros soares , aos godinhos. Há dias em que sentimos que não temos direito à esperança de deixar um país decente aos nossos filhos e só nos resta esperar que eles consigam ir embora à primeira oportunidade.

Acordamos, no dia seguinte, e tentamos acreditar que, com muita persistência, a democracia, ainda sequestrada por gente sem valores nem escrúpulos, acabará por se impor. E conseguiremos estancar a sangria de recursos que a corrupção provoca. Temos de ser optimistas. Mas há dias em que custa acreditar que alguma vez vai ser diferente.

Nunca será diferente enquanto não se enfeitarem uns *** com uns quantos exemplares desta corja.  :cry:
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8827
  • Recebeu: 1858 vez(es)
  • Enviou: 816 vez(es)
  • +1078/-10452
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #282 em: Abril 24, 2010, 12:08:02 pm »
Citar
MEMÓRIAS DO PORTUGAL RESPEITADO

Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com € 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall.

O embaixador incumbiu-me – ao tempo era eu Primeiro Secretário da Embaixada – dessa missão.

Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, a pedido do funcionário encarregado da desk, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA.

Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo num altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir a esta distância a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". No dia seguinte, sem aviso prévio, voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa.

Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável.

Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país – Portugal – que respeitava os seus compromissos.

Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felísmino, Director-Geral perpétuo da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas ao tempo por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar – é nada dever a quem quer que seja".

 Lembrei-me desta gente e destas máximas quando há dias vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado pública e grosseiramente pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas.
Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses de hoje nem esse consolo tem.

Estoril, 18 de Abril de 2010

 Luís Soares de Oliveira

http://abemdanacao.blogs.sapo.pt/467392.html
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 21395
  • Recebeu: 6905 vez(es)
  • Enviou: 7934 vez(es)
  • +8080/-12665
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #283 em: Abril 26, 2010, 11:52:59 am »
recebido por mail





SÁBADO, 20 DE MARÇO DE 2010

INÊS DE MEDEIROS II

Excelentíssima Senhora Deputada Dona Inês de Medeiros,

Chère Madame

O IRRITADO teve, aqui há umas semanas, o topete de escrever uma carta a
Vossa Excelência sobre a importante matéria das viagens semanais de Vossa
Excelência, em classe executiva, a Paris, luminosa quão merecida cidade de
residência de Vossa Excelência.
Permite-se agora o cullot de voltar à augusta presença de Vossa Excelência.
Antes de mais, portanto (como diria o camarada Jerónimo), as mais humildes
desculpas pelo atrevimento deste seu servo e amigo.

Tem o IRRITADO seguido, com a admiração e a estima que, no fundo da alma,
nutre por Vossa Excelência, as vicissitudes por que tem passado a história
do ingente problema que a aflige: quem paga as viagens de Vossa Excelência a
Paris? Sim, Quem?

Parece que ninguém!

Anda meio mundo preocupado com o assunto, sendo o mais aflito de todos Sua
Excelência o Senhor Deputado José Lelo, mui Ilustre Presidente do
Conselho de Administração da Assembleia da República, entidade a quem, sem
sombra de dúvida, caberá mandar pagar as viagens de Vossa Excelência.

Ora, como é sabido, o insigne cidadão tem várias dificuldades do tipo
mental, coisa de que não terá culpa, uma vez que já nasceu assim. Daí que,
por mais voltas que dê ao limitado bestunto com que foi brindado pela
criação, não consegue encontrar o competente penduricalho orçamental onde
caibam os 1.200 euros que custa cada viagem/semanal em executiva (luxo!) de
Vossa Excelência.

Em que triste miserabilismo vive a Pátria do Senhor Dom João V!

Se Vossa Excelência andar por cá uns 10 meses por ano, teremos umas 45
viagens, o que, contas feitas, se cifrará nuns meros 54.000 euros, ou seja,
em moeda antiga, uns míseros 10.826.028.000 réis. Em 4 anos de mandato, a
coisa não passará, como é evidente, de 43.304.112.000 réis, ou, em moeda
republicana, 43.304 contos mais uns pós.

Tem Vossa Excelência toda a razão quando, solene e superiormente, declara
"não sei quem paga nem quanto custa". Era o que faltava, Vossa Excelência
preocupar-se com problemas destes, coisa para lelos e quejandos, gente de
somenos. Vossa Excelência não sabe, nem tem que saber, o valor em jogo.
"Nada disso passa por mim", declarou. Mais. Vossa Excelência, como é de
timbre entre os socialistas, não se preocupa com o assunto. "Escolhi uma
(agência de viagens), e passei a marcar por essa: telefono e recebo os
bilhetes". É assim mesmo! A altíssima dignidade de Vossa Excelência não
permite, sequer, que erga o mimoso cul da poltrona para tratar de coisas
menores. Como é óbvio, alguém traz o bilhete, alguém há-de pagar, Vossa
Excelência não desce a problemas de lelos. Viaja, e acabou-se. Muito bem!

Teve o IRRITADO a desfaçatez, na sua anterior missiva, de suscitar a
curiosidade de Vossa Excelência para o facto de haver cidadãos - ainda que,
como é lógico, gente de qualidade inferior à sua - que fazem
Lisboa/Paris/Lisboa por uns 150[ii] euros, no mesmo avião que Vossa
Excelência utiliza, mas lá para trás, com o cul não tão à larga e sem
champanhe nem refeição quente.

É certo que Vossa Excelência não tem que descer ao ponto de aceitar
sugestões do IRRITADO. Não pode este, porém, deixar de, com todo o respeito,
dizer que, se Vossa Excelência o fizesse, o Lelo gastaria 14,5 vezes menos
do que vai acabar por gastar com as viagens de Vossa Excelência.

Tudo isto não passa, como é evidente, de fruto da mentalidade capitalista do
IRRITADO, coisa incompatível com a majestática dignidade socialista de Vossa
Excelência.

20.3.10

António Borges de Carvalho

  Lelo - doido, vaidoso (Dicionário Universal da Língua Portuguesa, Texto
Editora).

[ii] Algo me diz que Vossa Excelência, antes de subir ao altar doirado em
que se encontra, viajava por 150 euros, como a plebe. Agora, já nem quer
saber quanto custa, ou custava, a sandocha e o assento apertadinho. Pois faz
Vossa Excelência muito bem! Socialisme oblige.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 21395
  • Recebeu: 6905 vez(es)
  • Enviou: 7934 vez(es)
  • +8080/-12665
Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #284 em: Abril 26, 2010, 03:43:54 pm »
Citar

  Saúde
Ambulâncias passam a pagar estacionamento no IPO

 
26/04/10 14:59



Várias ambulâncias que hoje se deslocaram ao Instituto Português de Oncologia, em Lisboa, foram obrigadas a pagar estacionamento ao fim de meia hora no local.


A alteração no sistema de pagamento levou à concertação de viaturas e a críticas dos bombeiros, que se recusam a pagar a factura.

O novo sistema de pagamento do estacionamento entrou hoje em vigor, mas na altura de pagar os bombeiros tinham todos a mesma posição: quem terá que pagar a factura "têm de ser os doentes".

Paulo Agostinho, bombeiro de uma corporação voluntária junto da Lourinhã, disse que o novo sistema de estacionamento do IPO foi comunicado na sexta-feira. No folheto com as informações, está prevista a gratuitidade do estacionamento para os regimentos de sapadores bombeiros, polícia, funcionários, Ministério da Saúde, dadores, agências funerárias, carros camarários, fornecedores e veículos autorizados.

Bombeiros de várias corporações, como Beja, Alcácer do Sal, Setúbal, Elvas e Albufeira, indicaram que habitualmente ficam junto ao IPO entre as 09h00 e as 17h00 porque transportam os doentes para as consultas, o que normalmente não é feito pelos bombeiros sapadores.

Os bombeiros estão indignados com o facto de outras viaturas, como os carros das agências funerárias, terem acesso gratuito ao parque de estacionamento e eles terem de pagar ao fim de meia hora.

Na tentativa de chegar à fala com a administração, foi-lhes dito pelo secretariado que se estavam a ser cumpridas ordens superiores, enquanto o responsável pela segurança do hospital caracterizou as ambulâncias como veículos civis.

Os bombeiros também criticam a presença de dois agentes de autoridade: "Nunca costumam estar aqui e hoje estão para impedir o bloqueio da porta pelas ambulâncias".

As mesmas fontes relataram a demora a percorrer uma pequena parte da Rua Professor Lima Bastos, desde a entrada da Praça de Espanha até à porta principal do IPO. Houve um bombeiro que disse ter gastado 35 minutos num percurso com pouco mais de 500 metros.

Sendo de fora de Lisboa, os bombeiros não têm onde estacionar as ambulâncias enquanto esperam pelos doentes.
http://economico.sapo.pt/noticias/ambul ... 87844.html
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas