Apetece-me gritar bem alto, FO...

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Cabeça de Martelo

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #330 em: Julho 08, 2010, 12:43:18 pm »
Citação de: "P44"
recebido por mail



    ainda há pessoas com coluna vertebral!
     
    :G-beer2:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Duarte

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #331 em: Julho 08, 2010, 06:42:53 pm »
Ao carregar no link recebi um aviso da Google de que estes teriam recebido queixas de que o blog continha matéria possívelmente objeccionável..

Os tentáculos do polvo a funcionar?  :twisted:
слава Україна!
“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"
The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
Trump é o novo Neville Chamberlain, mas com o intelecto de quem não conseguiu completar a 4a classe.
 

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P44

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #332 em: Julho 10, 2010, 06:13:45 pm »
Citação de: "Duarte"
Ao carregar no link recebi um aviso da Google de que estes teriam recebido queixas de que o blog continha matéria possívelmente objeccionável..

Os tentáculos do polvo a funcionar?  :twisted:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Duarte

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #333 em: Julho 10, 2010, 06:28:21 pm »
Citação de: "P44"
Citação de: "Duarte"
Ao carregar no link recebi um aviso da Google de que estes teriam recebido queixas de que o blog continha matéria possívelmente objeccionável..

Os tentáculos do polvo a funcionar?  :twisted:

precisamente meu caro euroliberal desiludido  :mrgreen:
слава Україна!
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #334 em: Julho 13, 2010, 09:59:55 am »
euroliberal o car"###$$%$%%%  :snipersmile:  :N-icon-Axe:  :2gunsfiring:



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Governo compra 922 automóveis em dois anos
Por cada carro novo, o Estado tem de abater três veículos

Por: Redacção  |  12-07-2010  10: 07

O Governo autorizou, nos últimos dois anos, a compra de 922 automóveis para a frota dos ministérios e institutos públicos, segundo dados da Agência Nacional de Compras Públicas (ANCP), citados esta segunda-feira pelo «Correio da Manhã».

No relatório de contas da ANCP de 2009 pode ler-se que «até ao final de 2009 foram lançados 41 procedimentos de aquisição e contratação ao abrigo do acordo-quadro de Veículos e Motociclos e 16 ao abrigo do acordo-quadro de Seguro Automóvel, envolvendo 22 entidades e totalizando 922 veículos».

No total, o Governo português teve uma despesa «a rondar os 11 milhões de euros», explica a equipa liderada por Rodrigues Felício, director-geral do Tesouro e Finanças.

No final de 2009, o Parque de Veículos do Estado contabilizava 28.793 automóveis, mais 1.222 registados no ano anterior.

De acordo com o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) por cada nova viatura adquirida o Estado tem de levar para abate três carros, escreve o «CM».

http://www.tvi24.iol.pt/geral/frota-gov ... -5238.html
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #335 em: Julho 22, 2010, 05:27:30 pm »
слава Україна!
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #336 em: Julho 30, 2010, 10:39:24 pm »
crise? qual crise?

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sexta-feira, 30 de Julho de 2010 | 07:31    

Quatro maiores bancos privados lucram 4,5 milhões por dia

Os quatro maiores bancos privados do mercado português, BES, BCP, BPI e Santander Totta, tiveram lucros semestrais de 792,1 milhões de euros, uma subida homóloga de 4,1 por cento, isto é, lucraram 4,5 milhões de euros por dia.

O Banco Espírito Santo (BES) ultrapassou o Santander Totta como o banco mais lucrativo entre janeiro e junho, apresentando lucros de 282,2 milhões de euros, ao passo que o banco liderado por Nuno Amado obteve um resultado líquido de 247,2 milhões de euros.

Em terceiro lugar mantém-se o Millennium BCP, com lucros de 163,2 milhões de euros, enquanto que o Banco BPI fecha a lista com um resultado líquido de 99,5 milhões de euros.

Diário Digital /Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... ews=141429

a crise é só para estes...

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sexta-feira, 30 de Julho de 2010 | 16:35    
 
Leoni enviou hoje para o desemprego mais 301 trabalhadores

Trezentos e um trabalhadores da fábrica de Viana do Castelo da multinacional alemã Leoni foram hoje para o desemprego, naquele que foi mais um passo para o encerramento definitivo da unidade, no final do ano.

Pedro Castro, responsável pela comunicação da Leoni Viana, disse à Lusa que na empresa vão ainda continuar 81 trabalhadores, que irão saindo aos poucos: em 31 de agosto sai um, em 30 de setembro saem dois, em 31 de outubro saem 67.

Os restantes 11, todos administrativos, sairão a 31 de dezembro, dia em que aquela fábrica, que chegou a empregar 2600 trabalhadores, fecha definitivamente as suas portas.
Diário Digital / Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... ews=141475
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #337 em: Agosto 19, 2010, 07:43:26 pm »
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Passos Coelho prestando vassalagem aos seus donos espanhóis

Depois de semanas a debater a venda da parte que a Portugal Telecom detinha da operadora brasileira de telemóveis Vivo e todos aqueles milhões que eram esgrimidos daqui para lá, não deixa de ser espantoso que o valor com que afinal o negócio acabou por ser realizado esteja… livre de impostos! Tal estranheza não é novidade, sendo bem conhecida de todos os Especuladores e dos nossos políticos: ainda não há muito tempo Américo Amorim, por exemplo, realizou uma autêntica fortuna ao entrar no capital da Galp e não pagou impostos…

Graças a estas leis “permissivas” ou – pior – intencionalmente feitas para safar amigos e cúmplices das suas obrigações fiscais uma série de “empresários” ou “investidores” mais ou menos próximos do Poder não param de enriquecer sem nunca gerarem riqueza efetiva ou Emprego.

No caso desta muito lucrativa venda da Vivo (que os Acionistas venderam com mira apenas no lucro de curto prazo) os impostos perdidos pelo Estado ascendem a centenas milhões de euros e depois de tanta voracidade fiscal sobre os nossos (“nossos” de cidadãos comuns, não de Berardos e Amorins) resulta estranhíssimo que a Lei continue a conservar esta permeabilidade… uma estranheza que só pode resultar de cumplicidades conhecidas entre o Poder Político e o Económico, tradicional financiador das faustosas campanhas eleitorais do primeiro, percebe-se bem porquê, certo?

Opá... F***-se...

http://movv.org/
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #339 em: Agosto 26, 2010, 12:30:32 am »
Citação de: "zeNice"


 :N-icon-Axe:

É uma amostra pequena, mas milhões de pessoas possuem o grau de cultura geral de um macaco com piolhos...Agora ser for bola...o caso já muda.
 

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Açoriano

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #340 em: Agosto 26, 2010, 05:14:55 pm »
Que horror isso até parece combinado é que nem dá para acreditar. :oops:
 

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typhonman

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #341 em: Setembro 03, 2010, 01:52:00 pm »
http://dn.sapo.pt/desporto/seleccao/int ... id=1654297

Agora é que o TGV vai mesmo para a frente  :mrgreen:
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #342 em: Setembro 03, 2010, 03:29:06 pm »
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Michael O’Leary tem um sonho: voar "à borla"

Conheça melhor o homem que transformou a Ryanair na primeira companhia aérea europeia a transportar mais de sete milhões de passageiros num mês. E o que pretende mudar, como voar apenas com um piloto, ou colocar os passageiros de pé.

Michael O’Leary, CEO da Ryanair, nasceu em Março de 1960, depois de quatro irmãos mais velhos e antes de um mais novo. Filho de um empresário cujos negócios incluíram o têxtil, o processamento de carne ou a criação de coelhos, O’Leary frequentou um prestigiado colégio interno irlandês e formou-se em gestão de empresas na Trinity College, de Dublin.

Não se lembra da primeira vez que voou mas assegura que “não foi uma experiência fantástica. Não foi como perder a virgindade”, garante, numa entrevista concedida à Bloomberg. Essa terá sido perdida quando Michael O’Leary trabalhava enquanto consultor fiscal numa grande empresa, e de onde saiu para criar uma cadeia de bancas de jornais que, segundo a sua biografia, lhe rendeu um par de centenas de milhar de libras irlandesas.

Em 1987, assumiu o cargo de assessor financeiro de Tony Ryan (falecido em 2007), um empresário que tinha feito fortuna num negócio de leasing de aviões e tinha acabado de iniciar a sua companhia aérea, com sede em Dublin. O’Leary aceitou trabalhar sem salário base, mas apenas com percentagens dos ganhos da empresa, caso os houvesse. Esta estratégia acabou por fazer dele um dos homens mais ricos da Irlanda mas, durante os primeiros anos, a Ryanair passou por várias dificuldades. Ao ponto de o próprio O’Leary ter sugerido, por várias vezes, que se encerrasse a empresa.

Os seus conselhos não foram seguidos e, em 1994, chegou a CEO da companhia aérea. Foi nessa altura que Michael O’Leary decidiu deixar de evitar as luzes da ribalta e fazê-lo de forma a que não passasse despercebido. Olhava para Richard Branson (CEO da Virgin Atlantic Airways) e para Herb Kelleher (CEO da Southwest Airlines, na altura) e via que aquilo que tinham em comum era que as suas excentricidades não só geravam muito publicidade de graça, como poupavam às suas empresas gastos que, em condições normais, teriam com publicidade.

Foi então que decidiu tornar-se num homem comum que primava pela avareza e pela pouca amabilidade que, quando aplicadas ao CEO da Ryanair se traduziam num homem disposto a providenciar a todas as pessoas um voo barato, ainda que ligeiramente desconfortável. Essa é, de resto a ideia base do seu negócio. Para O’Leary, os passageiros de voos comerciais não são criaturas delicadas cujo regresso está dependente de almofadas, cobertores e chá grátis. Para ele são “bestas” dispostas a suportar o desconforto e a indignidade em troca de duas coisas apenas: chegar ao seu destino por menos dinheiro, e chegar com a sua mala.

E não é só nos aviões que os passageiros são tratados, desnecessariamente, como “reis”. “Os aeroportos são sítios estupidamente complicados, apenas porque temos esta transacção absolutamente ridícula de ficar com a mala dos passageiros à partida, apenas para lhes dar a mesma mala à chegada”, defende O’Leary, lançando de seguida o repto: “Vamos acabar com esta porcaria! Você leva a sua mala consigo. Trá-la até ao avião. E arruma-a”.

Na cabeça do CEO da Ryanair, este sistema de gestão das bagagens é apenas um vestígio de uma Era longínqua, vindo dos anos que separaram as duas guerras mundiais, em que as únicas pessoas que viajavam de avião eram os “Roosevelts” e os “Vanderbilts”. Hoje, graças a O’Leary também, toda a gente voa e as pessoas não precisam de ser “apaparicadas”. Muito pelo contrário.

Apenas um piloto?
 
Se o piloto tem uma emergência, ele toca a campainha, chama a hospedeira, e ela assume o comando do avião

Michael O’Leary

Em Julho de 2002, passageiros estavam a embarcar num avião da Ryanair, em Londres, com destino a Dublin, quando o piloto anunciou que o pessoal das bagagens estava com falta de pessoal. Previa-se assim um atraso iminente, a não ser que os passageiros se voluntariassem para carregar as malas, anunciou o comandante. Pouco depois, meia dúzia de passageiros desceu dos seus (apertados) lugares e foram carregar as malas para o porão do avião, refere a Bloomberg.

Michael O’Leary tem esta capacidade de pôr em prática as suas ideias, por mais tresloucadas que elas possam parecer à primeira vista – e normalmente parecem. As últimas a merecer destaque não são menos polémicas e todas têm um objectivo: tornar o transporte aéreo de passageiros cada vez mais barato, até a um ponto em que custará zero e as companhias vivam apenas de receitas auxiliares (comissões de bagagem extra, vendas nos aparelhos, seguros, hotéis, aluguer de carros, etc).


As últimas “visões” de Michael O’Leary passam por ter apenas um piloto em vez de dois, cobrar as idas às casas de banho dos aviões ou - pasme-se - criar lugares em pé, nas traseiras dos aparelhos.

Quanto aos pilotos, O’Leary não tem dúvidas. “Nós, na verdade, só precisamos de um piloto. Vamos ‘acabar’ com o segundo piloto e deixem o computador voar o avião”, afirma O’Leary. Então e se o piloto tiver algum problema? Neste caso uma das hospedeiras, que teria formação na aterragem do aparelho, assumiria os comandos. “Se o piloto tem uma emergência, ele toca a campainha, chama a hospedeira, e ela assume o comando do avião”. Simples.

Para Patrick Smith, piloto de longos anos, esta ideia é “para lá de absurda”, uma vez que a ideia de que os planos voam sozinhos é errada. “Até em operações de rotina, é importante ter uma segunda pessoa na cabine”, acrescenta Smith.

Outra ideia que já passou pela cabeça de Michael O’Leary é livrar-se de duas das três casas de
Senhoras e senhores -- BING BONG -- estamos a lidar com alguma turbulência. Por favor agarrem-se bem aos corrimõesbanho do avião em todos os voos de curta duração, para poder ter mais passageiros e preços mais baratos. A ideia passa por cobrar um euro por cada passageiro que queira usar a casa de banho remanescente.

“Em muitos aspectos, as viagens de avião são agradáveis e enriquecedoras”, afirma O’Leary. “Ora, o acto físico de ir do ponto A para o ponto B não deveria ser, nem agradável, nem enriquecedor. Devia ser rápido, eficiente, suportável financeiramente e seguro”, conclui.

A ideia de criar lugares em pé não é nova. Em 2006 o “New York Times” anunciava que os produtores de aviões estavam a considerar a hipótese de passar a incluir este tipo de lugares nos aparelhos. No seguimento da notícia a controvérsia foi grande, e a Airbus anunciou que não planeava incluir lugares em pé e que, os seus passageiros e clientes “querem mais e mais conforto”.

Ora, para Michael O’Leary, como já percebemos, o conforto está na cauda dos valores que
Os aeroportos são sítios estupidamente complicados, apenas porque temos esta transacção absolutamente ridícula de ficar com a mala dos passageiros à partida, apenas para lhes dar a mesma mala à chegadaregem a sua forma de ver o negócio. Não se estranha por isso que há uns meses tenha anunciado a intenção de substituir as últimas 10 filas dos seus aviões por 15 filas de lugares em pé (bancos verticais, com cintos de segurança à volta dos ombros, e descanso para os braços), que permitiriam “encaixar” mais 30 passageiros nos aviões.

A ideia, entretanto já sofreu um “upgrade”. O’Leary chegou á conclusão que lugares em pé não poupam o espaço que pretende pelo que teve uma ideia melhor: criar uma cabine na traseira do avião, colocada onde antes estavam as 10 últimas filas, rodeada de corrimões. Muito semelhante a uma carruagem de metro, mas sem os bancos.

Nem os casos de turbulência afastam a ideia da cabeça de O’Leary. “Sim, alguém se pode magoar [em caso de turbulência]”, admite. “Mas faremos aquilo que sempre fazemos: ‘Senhoras e senhores’ -- BING BONG -- ‘estamos a lidar com alguma turbulência. Por favor agarrem-se bem aos corrimões’”, esclarece O’Leary.

Polémico ou não. Excêntrico ou não. O que é facto é que O’Leary transformou a Ryanair na mais bem sucedida companhia aérea dos últimos tempos. Numa altura em que a indústria tem lutado contra uma crise atrás da outra – desde o 11de Setembro à erupção do vulcão islandês, sempre com o fantasma da crise económica a pairar – a Ryanair cresceu de uma pequena companhia irlandesa regional para uma potência que emprega 7.000 pessoas, tem 1.100 rotas, para 155 aeroportos, em 26 países.

Na última década, um período em que o sector das companhias aéreas perdeu em conjunto 50 mil milhões de dólares (39 mil milhões de euros) a Ryanair apresentou lucros em nove dos 10 anos. No ano fiscal que terminou em Março, apresentou lucros de 431 milhões de dólares (336 milhões de euros).


 :shock:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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typhonman

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« Responder #343 em: Setembro 03, 2010, 10:03:27 pm »
Quando começarem com essas ondas, vão começar a perder pessoas...
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #344 em: Setembro 04, 2010, 11:08:03 am »
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Casa Pia
Recursos vão manter arguidos em liberdade

04.09.2010 - 08:47 Por Paula Torres de Carvalho

Prisão efectiva para seis dos sete arguidos do processo da Casa Pia, acordou ontem o tribunal que julgou o caso durante quase seis anos. Nenhum dos condenados vai, no entanto, para a cadeia. Pelo menos, para já. Os seus advogados já revelaram que vão recorrer da decisão e, como manda a lei, o recurso tem efeito suspensivo da pena, a não ser perante factos concretos como, por exemplo, perigo de fuga, que levem à aplicação da prisão preventiva.

Cabe agora aos tribunais superiores, para onde vão ser interpostos os recursos, apreciar os argumentos dos advogados, reapreciar a matéria de direito e manter ou não a decisão da primeira instância.

Estes juntar-se-ão a outros 40 já interpostos no âmbito do mesmo processo que estavam a aguardar a decisão final para "subir" ao Tribunal da Relação.

Um a um, os arguidos levantaram-se para ouvir o veredicto: Carlos Silvino, 18 anos de prisão. Manuel Abrantes, cinco anos e nove meses de cadeia. Jorge Ritto, seis anos e oito meses de prisão. Carlos Cruz, sete anos de prisão. Ferreira Diniz, sete anos de cadeia. Hugo Marçal, seis anos e dois meses de prisão. Só Gertrudes Nunes, a dona da casa de Elvas onde terão ocorrido vários casos de abusos sexuais, foi absolvida de todos os crimes de lenocínio de que estava pronunciada (35) na sequência de uma alteração legislativa.

Os condenados terão também agora de indemnizar os ofendidos por danos morais.

Em silêncio, os arguidos ouviram e em silêncio voltaram a sentar-se. Por instantes, Carlos Cruz pareceu comovido. Gertrudes Nunes baixou a cabeça e chorou. Sentado longe dos outros arguidos, Carlos Silvino tomava notas num bloco, sorrindo.

Nenhum comentário se ouviu na sala de audiências onde, surpreendentemente, sobraram lugares para o público.

Vítimas na sala

Na assistência, destacavam-se algumas caras que se tornaram conhecidas durante o processo pelo apoio manifestado aos ofendidos, como o ex-casapiano Pedro Namora, a ex-provedora da Casa Pia Catalina Pestana e o psiquiatra Álvaro Carvalho.

Numa fila de cadeiras atrás dos advogados sentaram-se cinco dos 32 rapazes que testemunharam terem sido vítimas de abuso sexual pelos arguidos. Havia alguns outros também na sala e apenas entre eles se notaram alguns olhares cúmplices e sorrisos contidos enquanto ouviam a decisão.

O colectivo de juízes presidido por Ana Peres e composto ainda por Lopes Barata e Ester Santos considerou provado que seis dos sete arguidos do processo abusaram sexualmente de alunos da Casa Pia de Lisboa, menores de idade, ao longo de vários anos e em diversos locais: garagens, parques de estacionamento, colónias de férias, apartamentos, matas isoladas, casas de banho. Em troca, pagaram-lhes com dinheiro e presentes.

A decisão traduz-se na confirmação das teses sustentadas ao longo do tempo pelo representante do Ministério Público no julgamento, o procurador João Aibéo. Miguel Matias, o advogado das vítimas e dos assistentes, acompanhou a acusação e à saída do tribunal não escondeu a sua satisfação pela decisão dos juízes.

O advogado de Carlos Silvino, José Maria Martins, anunciou, no final da audiência, que vai interpor recurso "de direito e de facto" para o Tribunal da Relação de Lisboa.

Também Paulo Sá e Cunha, advogado de Manuel Abrantes, revelou em declarações aos jornalistas no final do julgamento que irá interpor recurso quanto à pena aplicada ao seu constituinte, notando que, apesar de inicialmente estar acusado de cem crimes, acabou por ser condenado apenas por dois.

Os crimes de Silvino

Entre os factos considerados provados lidos alternadamente pelos magistrados incluem-se os relatos em que o arguido principal, Carlos Silvino, conhecido como "Bibi", transportava os menores para uma garagem onde praticava com eles actos sexuais. No fim, pagava-lhes e dizia-lhes para guardarem segredo sobre o que se passara. Os alunos da Casa Pia tinham na altura 9, 10, 12, 13, 14 anos. Ele mostrava-lhes vídeos pornográficos, transportava-os no seu carro, levava-os à presença dos outros arguidos. E pedia-lhes silêncio.

A juíza Ana Peres notou que Carlos Silvino "respondeu a todas as questões colocadas pelo tribunal" e disse ter considerado "relevante" a sua confissão, bem como os seus pedidos de desculpa.

Dos factos provados, a magistrada referiu também as declarações de um dos ofendidos que descreveu o consultório do arguido Ferreira Diniz, tendo também desenhado o carro que conduzia. Salientou a importância do depoimento de uma testemunha acerca de um encontro de uma das vítimas num restaurante, bem como um testemunho sobre a presença do arguido Manuel Abrantes na casa de Elvas. Os acusados agiram de "modo voluntário e consciente, bem sabendo que agiam contra a lei penal", entenderam os magistrados, notando que estavam conscientes de que, com a sua conduta, prejudicavam o desenvolvimento físico e psicológico das vítimas cujas idades as impediam de "decidir livremente e em consciência".

Ao considerar estes factos provados, o tribunal confirmou grande parte da acusação do Ministério Público, acompanhada pelo advogado dos ofendidos e dos assistentes no processo (os ex-alunos da Casa Pia), Miguel Matias. "A prova, apesar de frágil, não é inconsistente", leu a juíza.

Contrariando a ideia sustentada ao longo do tempo pelos advogados de alguns arguidos, os magistrados que julgaram o processo consideraram que os ofendidos não construíram nenhuma fantasia nem foram manipulados para contar histórias que incriminassem os arguidos. Ana Peres notou a existência de situações existentes em "locais diferentes com abusadores e abusados diferentes" em vez de apenas uma mesma história. Duvidou ainda que os menores que frequentavam a Casa Pia tivessem então a "capacidade intelectual e de sofisticação" para colaborar numa invenção desse tipo.

A magistrada responsabilizou ainda a Casa Pia pelos abusos sexuais dos seus alunos, considerando que houve "ignorância e desvalorização de situações que podiam prejudicar o desenvolvimento dos seus educandos". Frisou, contudo, não estar a sugerir a existência de "negligência" nem de "omissão", comparando a situação ao que muitas vezes se passa no interior das famílias em que, muitas vezes, os pais não se apercebem do que se passa com os filhos.

E, avisando que faria uma leitura resumida do acórdão cuja cópia só estará disponível na próxima quarta-feira, referiu declarações em audiência, depoimentos e testemunhas para fundamentar a decisão do tribunal relativamente a alguns pontos do processo "considerados de maior relevância para o tribunal".

Súmula ou arremedo

"É um arremedo de uma súmula e não é súmula nenhuma", protestou, no fim, o advogado de Carlos Cruz, Ricardo Sá Fernandes.

Citando a obrigatoriedade da leitura da sentença ou da sua súmula, sob pena de nulidade, Sá Fernandes considerou que "não houve fundamentação sobre aquilo que levou o tribunal a considerar provados os crimes imputados a Carlos Cruz e a condená-lo a sete anos de prisão", resolvendo arguir uma nulidade. O que Ana Peres leu, disse Sá Fernandes, foram "notas desgarradas com considerações psicológicas vagas e superficiais, nada permitindo perceber por que é que Carlos Cruz foi condenado", disse, irritado.

Classificou ainda "verdadeiramente incompreensível" que a cópia do acórdão seja entregue aos advogados na próxima quarta-feira. Mas foi quando sugeriu que a fundamentação sobre a condenação de Carlos Cruz não estaria sequer escrita que a juíza decidiu cortar-lhe a palavra. Sá Fernandes ditou o protesto para a acta, ao abrigo do estatuto da Ordem dos Advogados: "O tribunal retirou-me a palavra, sem justificação, quando arguia uma nulidade".

E Ana Peres pôs ponto final na questão: "Está encerrada a audiência".

http://www.publico.pt/Sociedade/recurso ... 4313?all=1
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