Viva a todos
Caro LM, eu também defendo a continuação da existência de uma unidade "pesada". Penso, e é esse o significado, das minhas palavras, é que o investimento, a nível de dotação de equipamento, para a Brigada Mecanizada, ficará relegado para 3º plano; não quer isto dizer que não seja efectuado, mas com uma ordem de preferência (e valor de equipamento, já agora), que irá essencialmente reafirmação a nível qualitativa e quantitativa de equipamento a BRR e a BInt.
Relativamente às suas dúvidas, e, em particular aos Agrupamentos Mecanizados, poder-se-á dizer que eles são autónomos, porque deixam de existir essas "unidades" pertencentes à Brigada. Vejamos:
Existia o RC4, com 1 Grupo de Carros de Combate, 1 Esquadrão de Comando e Serviços, 1 Esquadrão de Apoio de Combate e 1 Esquadrão de Reconhecimento, para além de todas as secções de comando-administrativas, nomeadamente Estado-Maior de Regimento. Este mesmo Regimento teria que proporcionar o apoio a dois Batalhões de Infantaria. Com a aplicação da doutrina de Agrupamento Mecanizado, constituí-se duas unidades (ou três, que seja) com o principal objectivo em que se rentabiliza em sub-unidades de Comando e Apoio e Serviços; passa desta forma a existir uma sub-unidade com estas vertentes que compreende operacionalmente, unidades de infantaria, cavalaria, artilharia, engenharia, etc.
Em palavras mais suscintas, antigamente o 1º BIMec, 2º BImec, RC4, GAC-BMI e BAS, tinham no total 5 Companhias de Comando e Serviços; com esta situação dos Agrupamentos passam a existir somente duas (no caso de serem compostos 2 Agrupamentos).
Relativamente à segunda dúvida, e tomando como base o sistema do Exército Espanhol - com o qual a Brigada Mecanizada treina regularmente, existem os Regimentos de Cavalaria Blindada (Regimento de Caballería Acorazado), que são equipados com os M113 e Carros de Combate M60A3, e existem os Batalhões de Infantaria Mecanizada, equipada com viaturas Pizarro nas companhias de atiradores e com M113 nas restantes unidades de apoio (morteiros pesados, anticarro, vigilância, etc).

Exemplo Espanhol - Companhia de Atiradores Mecanizados

Organização das esquadras de atiradores/Exército Espanhol
Ser um investimento na remodelação dos M113, ou adquirir um VCI de raiz, é de igual importância; Todavia acho que seria extramamente interessante, ver a industria nacional, produzir uns M113A3LW. Esta versão (a tal do estudo da aeromecanização) consistia na aplicação de escudo blindade de protecção no armamento (tipo torre PL127/40), tendo sido testadas algumas viaturas com torreta tipo AV-30; aplicação de Kit´s de Blindagem EEAK nas zonas mais sensíveis e expostas do veículo, acrescentado ao reforço interno da zona de transporte de tropas; equipar os M113 com motores de fonte de alimentação híbrida (dois potentes motores eléctricos alimentados por baterias e um gerador diesel) e dotar as viaturas com lagrtas de banda contínua de borracha e cebertas a Kevlar. VALOR DE TUDO ISTO EM 2001 = 350.000 US$.
Relativamente aos equipamentos, e se se optar pela "reformulação" dos actuais M113, na mina opinião, seria de equipar todas as M125 (81mm) e M106 (107mm), por versões com o SALTOM-CARDOM de 120mm; algumas com torre tipo OCRWS de 30 mm; equipar as unidades de transmissões com meios mecanizados.
A nível da infantaria, ou "fabrica-se" cá os ULAN, ou mantêm-se os M113 com as alterações acimas descritas, por exemplo.
Cmprimentos