Nova organização do nosso Exército

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papatango

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« Responder #390 em: Fevereiro 27, 2007, 09:43:17 pm »
Citação de: "Spectral"
Citar
A Guerra Israel-Hezbollah demonstrou bem a capacidade destas armas.

E a probabilidade de nos embrenharmos numa guerra desse tipo é ?


Spectral ->
Mas nesse caso, que probabilidades é que existem, para justificar a existência de uma brigada pesada?

Para que servem os tanques ?
Que guerra é que estamos à espera, onde possamos utilizar os tanques com vantagem?

Que guerra com blindados é que podemos vencer, sem ser com o recurso a vastos meios anti-tanque?

Notar que não estou a fazer nenhuma consideração sobre armamentos como os canhões sem recuo. O que estou a afirmar, se nos abstraímos completamente da nossa realidade geográfica, e geopolítica, então estamos a abrir caminho para pura e simplesmente afirmar e justificar a extinção pura e simples do exército, que deverá ser substituido pela Guarda Republicana.

Explique-me então, considerando os nossos inimigos, para que serve o exército?

Não era mais simples acrescentar apenas mais um regimento de cavalaria à GNR ?

E pronto, acabamos com o exército, dado que não é previsível que venhamos a necessitar dele, e até para operações no exterior, a GNR está capacitada. Afinal já esteve no Iraque e está em Timor.

Se não serve para garantir aos cidadãos, que tem capacidade para defender as fronteiras em caso de necessidade (o que é uma inequívoca afirmação de soberania) então o exército não serve para absolutamente nada.

O exército precisa ter capacidade para fazer essa afirmação, e para isso, os ensinamentos da guerra Hezbolla-Israel, são da mais absoluta importância.

Aliás, muitos exércitos sabendo da sua debilidade, preparam-se para incorporar essas lições.

Veja o recente caso da Argentina.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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papatango

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« Responder #391 em: Fevereiro 27, 2007, 09:44:11 pm »
Citação de: "Spectral"
Citar
A Guerra Israel-Hezbollah demonstrou bem a capacidade destas armas.

E a probabilidade de nos embrenharmos numa guerra desse tipo é ?


Spectral ->
Mas nesse caso, que probabilidades é que existem, para justificar a existência de uma brigada pesada?

Para que servem os tanques ?
Que guerra é que estamos à espera, onde possamos utilizar os tanques com vantagem?

Que guerra com blindados é que podemos vencer, sem ser com o recurso a vastos meios anti-tanque?

Notar que não estou a fazer nenhuma consideração sobre armamentos como os canhões sem recuo. O que estou a afirmar, se nos abstraímos completamente da nossa realidade geográfica, e geopolítica, então estamos a abrir caminho para pura e simplesmente afirmar e justificar a extinção pura e simples do exército, que deverá ser substituido pela Guarda Republicana.

Explique-me então, considerando os nossos inimigos, para que serve o exército?

Não era mais simples acrescentar apenas mais um regimento de cavalaria à GNR ?

E pronto, acabamos com o exército, dado que não é previsível que venhamos a necessitar dele, e até para operações no exterior, a GNR está capacitada. Afinal já esteve no Iraque e está em Timor.

Se não serve para garantir aos cidadãos, que tem capacidade para defender as fronteiras em caso de necessidade (o que é uma inequívoca afirmação de soberania) então o exército não serve para absolutamente nada.

O exército precisa ter capacidade para fazer essa afirmação, e para isso, os ensinamentos da guerra Hezbolla-Israel, são da mais absoluta importância.

Aliás, muitos exércitos sabendo da sua debilidade, preparam-se para incorporar essas lições.

Veja o recente caso da Argentina.

Cumprimentos
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« Responder #392 em: Fevereiro 27, 2007, 10:04:52 pm »
Citação de: "papatango"
[
Não era mais simples acrescentar apenas mais um regimento de cavalaria à GNR ?

E pronto, acabamos com o exército, dado que não é previsível que venhamos a necessitar dele, e até para operações no exterior, a GNR está capacitada. Afinal já esteve no Iraque e está em Timor.

Se não serve para garantir aos cidadãos, que tem capacidade para defender as fronteiras em caso de necessidade (o que é uma inequívoca afirmação de soberania) então o exército não serve para absolutamente nada.

Cumprimentos


 Não digas isso muito alto, se não ainda alguém te ouve e leva a sério.  :twisted:
 

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zecouves

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« Responder #393 em: Fevereiro 27, 2007, 10:13:33 pm »
Não me parece que os Carl Gustav substituam os LAW e vice-versa. Ambos complementam-se. O LAW (que é lança granadas-foguete de usar-e-deitar-fora) tem um alcance prático de 200/250 m e o Carl Gustav que é um canhão sem recuo que tem um alcance para lá dos 700m.

Nas CAt, os LAW são distribuidos como uma munição (usar-e-deitar-fora), sendo a sua distribuição feita até ao homem, de acordo com a situação que se preveja acontecer. Os Carl Gustav equipam a unidade anti-carro da CAt, a Secção Anti-Carro do Pelotão de Apoio.

Quando se afirma que se acaba com os CG é dizer por outras palavras que se está a retirar aos comandantes das CAt (As que as possuem organicamente, Paraqs?) do seu principal meio de conduzir luta anti-carro às médias distancias. Para além disso, como afirmou o Spectral, o CG tem mais flexibilidade de emprego porque pode disparar vários tipos de munições.

Um dos principios de emprego das armas anti-carro é o seu empenhamento por parelhas para permitir assim o seu apoio mutuo, pelo que não me parece boa ideia um CG por pelotão.
 

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papatango

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« Responder #394 em: Fevereiro 27, 2007, 10:36:07 pm »
Citação de: "Sintra"
Não digas isso muito alto, se não ainda alguém te ouve e leva a sério

Você devia ouvir alguns militares da GNR a falar do exército...
Ficava até com arrepios :mrgreen:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
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Sintra

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« Responder #395 em: Fevereiro 27, 2007, 10:44:55 pm »
Citação de: "papatango"
Citação de: "Sintra"
Não digas isso muito alto, se não ainda alguém te ouve e leva a sério
Você devia ouvir alguns militares da GNR a falar do exército...
Ficava até com arrepios :lol:

 E esses militares da GNR deviam ouvir alguns dos oficiais do exército...  :twisted:
 Acabava tudo à lambada...
 

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papatango

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« Responder #396 em: Fevereiro 27, 2007, 10:52:05 pm »
Citação de: "Sintra"
E esses militares da GNR deviam ouvir alguns dos oficiais do exército... :mrgreen:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
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zecouves

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« Responder #397 em: Fevereiro 27, 2007, 11:43:59 pm »
Missão da GNR:

http://www.gnr.pt/default2.asp

Missão Geral da GNR
 
    A Guarda Nacional Republicana, normalmente designada por Guarda, é uma Força de Segurança, de natureza militar, organizada num corpo especial que, sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, tem por missão geral:

1 Manter e restabelecer a segurança dos cidadãos e da propriedade pública, privada e cooperativa, prevenindo ou reprimindo os actos ilícitos contra eles cometidos;

2 Coadjuvar as autoridades judiciárias, realizando as acções que lhe são ordenadas como órgão de policia criminal;
 
3 Velar pelo cumprimento das leis e disposições em geral, nomeadamente as relativas à viação terrestre e aos transportes rodoviários;
 
4 Combater as infracções fiscais, designadamente as previstas na lei aduaneira;
 
5 Colaborar no controlo da entrada e saída de cidadãos nacionais e estrangeiros no território nacional;
 
6 Auxiliar e proteger os cidadãos e defender e preservar os bens que se encontrem em situações de perigo, por causas provenientes de acção humana ou da natureza;
 
7 Colaborar na prestação de honras de estado;
 
8 Colaborar na execução da política de defesa nacional.
 

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zecouves

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« Responder #398 em: Fevereiro 27, 2007, 11:48:06 pm »
Missão do Exército:

http://www.exercito.pt/portal/exercito/ ... p?ueo_id=0

MISSÃO DO EXÉRCITO
a. Cooperar, de forma integrada, na defesa militar da República, através da realização de operações terrestres;;

b. Satisfazer missões no âmbito dos compromissos internacionais assumidos, bem como as missões de interesse público que especificadamente lhe forem consignadas;;

c. As missões específicas do Exército são as definidas nos termos da lei.

(Artigo 1º do Decreto-Lei nº 50/93)

Em conformidade com as missões das Forças Armadas, estão cometidas ao Exército um conjunto de missões específicas, entre as quais:

- Aprontar e manter as forças necessárias à execução das tarefas da componente terrestre na defesa integrada do território nacional;

- Aprontar e manter, com os graus de prontidão estabelecidos, as forças necessárias para a satisfação dos compromissos internacionais assumidos e às necessidades de apoio à política externa do estado;

- Desenvolver e manter os meios e capacidades necessários para, por mobilização, levantar e aprontar as forças consideradas necessárias à defesa militar do território nacional;

- Cooperar, em coordenação com os outros Ramos, nas acções decorrentes da promulgação do estado de sítio e de emergência;

- Assegurar, em coordenação com os outros Ramos e sob sua responsabilidade primária, o enquadramento militar da população, com vista à criação de condições militares para a resistência activa e passiva, em caso de ocupação do território nacional;

Para além destas, existem as seguintes tarefas de interesse público:

- Exercer actividades no âmbito da cartografia colaborando, designadamente, no levantamento cartográfico nacional;

- Colaborar nas acções de socorro e assistência, designadamente com o Serviço Nacional de Protecção Civil, em situações de catástrofe, calamidade ou acidente;

- Colaborar nas acções de defesa do ambiente, nomeadamente na prevenção e combate aos fogos florestais;

- Colaborar com as autoridades civis na satisfação das necessidades básicas e melhoria da qualidade de vida das populações;
 

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Spectral

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« Responder #399 em: Fevereiro 28, 2007, 12:07:47 am »
Papatango, eu estava a referir-me exclusivamente à guerra do Líbano no Verão passado, que teve características muito próprias (conflito contra uma guerrilha, bem motivada e equipada, no terreno de um país teoricamente neutral e com muitas restrições impostas) e não repetíveis. Mesmo tendo as forças israelitas empregue uma elevada percentagem de forças mecanizadas, não foi propriamente um conflicto clássico de forças pesadas.

Tenho que confessar qu já pensei em substituir toda a BMI por (mais uma ) brigada de Pandurs, propriamente equipados e com todos os elementos de apoio de fogo necessários, mas concordo que por enquanto, e just in case, devemos manter uma brigada pesada.
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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zecouves

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« Responder #400 em: Fevereiro 28, 2007, 12:29:19 am »
Se não houver alterações legislativas de fundo, parece-me que a GNR nunca substituirá o Exército. Mesmo no exterior, a GNR cumpre missões de ordem publica, algumas bastante musculadas  :lol:

Parece-me que é malhar em ferro frio a discussão sobre qual o melhor tipo de forças (mais pesadas ou mais ligeiras, com istou ou sem aquilo) quem devem existir na actualidade em Portugal. Todas são válidas. A cada situação adequa-se uma força com caracteristicas que melhor respondam a essa mesma situação.

O decreto Lei nº 61/2006 de 21 de Março (Lei Organica do Exército) define três capacidades para o exército: a Reação Rápida; aIntervenção e Mecanizada, em que a cada uma destas capacidades está associada uma das nossas três brigadas, portanto todas com peso identico.

Se calhar o que tem interesse em discutir é se se justifica em Portugal, face ao ambiente externo (é verdade não estamos sozinhos) existirem estas três capacidades com todas a terem peso identico e/ou qual devia ser a capacidade mais preponderante, ou ainda se determinada capacidade está correctamente equipada e organizada para responder de forma adequada a uma das três capacidades...

O major Freire dá um pontapé de saida com algum interesse em: http://www.jornaldefesa.com.pt/conteudo ... asp?id=370
 

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LM

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« Responder #401 em: Fevereiro 28, 2007, 11:31:26 am »
Acabar com a "brigada pesada" :?  - que é uma brigada apenas no nome, pelo que nem deve hipotecar recursos relevantes para outras forças - esta unidade mecanizada serve de escola pois (tal como os submarinos) se a extinguimos depois é o diabo para voltar.

Uma unidade com menos de quarenta MBT modernos, com os IFV/APC respectivos não me parece um sacrificio de recursos errado, mesmo que actualmente outras forças, com outras caracteristicas, fossem mais uteis.

No "papel" temos umas forças equilibradas qb (a nivel da organização); não podemos é cair na tentação de aumentar desproporcionalmente as nossas forças ligeiras de elite.

Será que deviamos ter encomendado menos Pandur para permitir uma modernização dos M113 ou alguns Ulan na mesma encomenda...? mas isso são águas passadas, e águas passadas não movem moinhos.

Julgo que o resultado de um futuro exame à capacidade do nosso exercito será decidido pela Brigada de Intervenção, a coluna vertebral...

LM
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Miguel

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« Responder #402 em: Março 01, 2007, 07:36:57 pm »
Nova organizaçao da Brigada Intervençao

1°BI/RI13
2°BI/RI14
GAM/RC6
GA/RA4
BApSvc/RI19
ERec/RC6
CEng/RE3
BAA/RAA1
CTM/QG


Apenas me pergunto qual é a utulidade de manter uma BAA no RAA1 em apoio geral e outra companhia engenharia no RE3, ficava mais simplificado a sua integraçao na Brigada Reacçao Rapida ?
 

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PereiraMarques

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« Responder #403 em: Março 01, 2007, 09:53:39 pm »
 

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PereiraMarques

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« Responder #404 em: Março 01, 2007, 09:58:00 pm »
Organograma do Centro de Tropas Comandos