Nova organização do nosso Exército

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« Responder #420 em: Abril 19, 2007, 11:05:08 pm »
"...o quadro de excedentários vai abranger os três ramos das Forças Armadas..."

Fico sentado para ver se vaus ser mesmo assim e nas condições que os demais da FP...
 

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Pedro Monteiro

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Re: Exército com mais excedentários nas FA
« Responder #421 em: Abril 19, 2007, 11:36:38 pm »
O Ministério da Defesa Nacional já desmentiu a notícias. As referências eram em relação às infraestruturas, como disse hoje o CEME no Campo Militar de Santa Margarida.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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Proposta geral de organização do Exército Português
« Responder #422 em: Abril 28, 2007, 10:58:37 am »
Nesta proposta deixam de existir Regimentos. Os Batalhões/ Grupos são renomeados herdando o número e as tradições dos seus regimentos. Para manter a tradição os Grupos de Cavalaria passam a denominar-se Regimentos. As unidades a que não atribuí números seriam numeradas com números de antigos regimentos que historicamente estariam relacionados com elas, aliando-se assim tradição e operacionalidade.

Brigada  Ligeira

Batalhão Aeroterrestre Nº 11 (antigo BAT) (inclui Precs, CACar, C Mort Pesados, abast aéreo, cães de guerra, etc)
Batalhão de Páraquedistas Nº 12 (antigo 1º BIPara)
Batalhão de Páraquedistas Nº 21 (antigo 2º BIpara)
Batalhão de Páraquedistas Nº 31 (antigo 3º BIPara)

Grupo de Artilharia de Campanha Nº 4 (105mm Reb)

Companhia de Sapadores Nº 31/BEng 3
Companhia de Transmissões Nº 11/BTm
Regimento de Reconhecimento Nº 3 (2 Esquadrões de M-11)
Bataria AAA Nº 11/GAAA 1 (Stinger)

Grupo de Apoio de Serviços Nº 1


Brigada Média (Motorizada)

Batalhão de Infantaria Motorizada Nº 13 (antigo 1º BI) (Pandur)
Batalhão de Infantaria Motorizada Nº 14 (antigo 2º BI) (Pandur)
Batalhão de Infantaria Motorizada Nº 19 (Pandur)

Grupo de Artilharia de Campanha Nº 5 (155 mm Reb)

Companhia de Sapadores Nº 32/BEng 3
Companhia de Transmissões Nº 12/BTm
Regimento de Reconhecimento Nº 6 (2 Esquadrões de Pandur + Pandur MGS)
Bataria AAA Nº 12/GAAA 1 (Stinger)

Grupo de Apoio de Serviços Nº 2


Brigada Pesada (Mecanizada)

Regimento de Carros de combate Nº 4 (antigo GCC)
Batalhão de Infantaria Mecanizada Nº 15 (antigo 1º BIMec)
Batalhão de Infantaria Mecanizad Nº 2 (antigo 2º BIMec)

Grupo de Artilharia de Campanha Nº ... (155 mm AP)

Companhia de Sapadores Nº 33/BEng 3
Companhia de Transmissões Nº 13/BTm
Regimento de Reconhecimento Nº  ... (2 Esquadrões de Pandur + Pandur MGS)
Bataria AAA Nº 13/GAAA 1 (Chaparral)

Grupo de Apoio de Serviços Nº 3


Agrupamento de Forças Especiais

Companhia de Operações Especiais
1ª Companhia de Comandos
2ª Companhia de Comandos
Companhia de Sapadores Especiais
Companhia de Apoio de Combate


Agrupamento de Defesa de Angra do Heroismo

Batalhão de Infantaria Nº ...
Bataria de Artilharia de Campanha Nº...
Bataria de AAA Nº 14/GAAA 1
Destacamento de Apoio de Combate

Agrupamento de Defesa de Ponta Delgada

Batalhão de Infantaria Nº ...
Bataria de Artilharia de Campanha Nº ...
Bataria de AAA Nº 15/GAAA 1
Destacamento de Apoio de combate

Agrupamento de Defesa da Madeira

Batalhão de Infantaria Nº ...
Bataria de Artilharia de Campanha Nº...
Bataria de AAA Nº 16/GAAA 1
Destacamento de Apoio de Combate

Brigada de Apoio Geral

Batalhão de Infantaria Nº 1 (reforço, guarnição e defesa de Lisboa)
Grupo de Artilharia Anti-Aérea Nº 1 (defesa AA de Lisboa e enquadramento das Btr AA das Brigadas)
Batalhão de Engenharia Nº 1 (engenharia de construções)
Batalhão de Engenharia Nº 3 (organização e enquadramento das Cias  Sapadores das Brigadas)
Regimento de Lanceiros Nº 2
Batalhão de Transmissões (transmissões de apoio geral e enquadramento das Ctm das brigadas)
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Cabeça de Martelo

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Re: Proposta geral de organização do Exército Português
« Responder #423 em: Abril 28, 2007, 02:47:47 pm »
Citação de: "Apontador"
Nesta proposta deixam de existir Regimentos. Os Batalhões/ Grupos são renomeados herdando o número e as tradições dos seus regimentos. Para manter a tradição os Grupos de Cavalaria passam a denominar-se Regimentos. As unidades a que não atribuí números seriam numeradas com números de antigos regimentos que historicamente estariam relacionados com elas, aliando-se assim tradição e operacionalidade.

Brigada  Ligeira

Batalhão Aeroterrestre Nº 11 (antigo BAT) (inclui Precs, CACar, C Mort Pesados, abast aéreo, cães de guerra, etc)
Batalhão de Páraquedistas Nº 12 (antigo 1º BIPara)
Batalhão de Páraquedistas Nº 21 (antigo 2º BIpara)
Batalhão de Páraquedistas Nº 31 (antigo 3º BIPara)

Grupo de Artilharia de Campanha Nº 4 (105mm Reb)

Companhia de Sapadores Nº 31/BEng 3
Companhia de Transmissões Nº 11/BTm
Regimento de Reconhecimento Nº 3 (2 Esquadrões de M-11)
Bataria AAA Nº 11/GAAA 1 (Stinger)

Grupo de Apoio de Serviços Nº 1


Brigada Média (Motorizada)

Batalhão de Infantaria Motorizada Nº 13 (antigo 1º BI) (Pandur)
Batalhão de Infantaria Motorizada Nº 14 (antigo 2º BI) (Pandur)
Batalhão de Infantaria Motorizada Nº 19 (Pandur)

Grupo de Artilharia de Campanha Nº 5 (155 mm Reb)

Companhia de Sapadores Nº 32/BEng 3
Companhia de Transmissões Nº 12/BTm
Regimento de Reconhecimento Nº 6 (2 Esquadrões de Pandur + Pandur MGS)
Bataria AAA Nº 12/GAAA 1 (Stinger)

Grupo de Apoio de Serviços Nº 2


Brigada Pesada (Mecanizada)

Regimento de Carros de combate Nº 4 (antigo GCC)
Batalhão de Infantaria Mecanizada Nº 15 (antigo 1º BIMec)
Batalhão de Infantaria Mecanizad Nº 2 (antigo 2º BIMec)

Grupo de Artilharia de Campanha Nº ... (155 mm AP)

Companhia de Sapadores Nº 33/BEng 3
Companhia de Transmissões Nº 13/BTm
Regimento de Reconhecimento Nº  ... (2 Esquadrões de Pandur + Pandur MGS)
Bataria AAA Nº 13/GAAA 1 (Chaparral)

Grupo de Apoio de Serviços Nº 3


Agrupamento de Forças Especiais

Companhia de Operações Especiais
1ª Companhia de Comandos
2ª Companhia de Comandos
Companhia de Sapadores Especiais
Companhia de Apoio de Combate


Agrupamento de Defesa de Angra do Heroismo

Batalhão de Infantaria Nº ...
Bataria de Artilharia de Campanha Nº...
Bataria de AAA Nº 14/GAAA 1
Destacamento de Apoio de Combate

Agrupamento de Defesa de Ponta Delgada

Batalhão de Infantaria Nº ...
Bataria de Artilharia de Campanha Nº ...
Bataria de AAA Nº 15/GAAA 1
Destacamento de Apoio de combate

Agrupamento de Defesa da Madeira

Batalhão de Infantaria Nº ...
Bataria de Artilharia de Campanha Nº...
Bataria de AAA Nº 16/GAAA 1
Destacamento de Apoio de Combate

Brigada de Apoio Geral

Batalhão de Infantaria Nº 1 (reforço, guarnição e defesa de Lisboa)
Grupo de Artilharia Anti-Aérea Nº 1 (defesa AA de Lisboa e enquadramento das Btr AA das Brigadas)
Batalhão de Engenharia Nº 1 (engenharia de construções)
Batalhão de Engenharia Nº 3 (organização e enquadramento das Cias  Sapadores das Brigadas)
Regimento de Lanceiros Nº 2
Batalhão de Transmissões (transmissões de apoio geral e enquadramento das Ctm das brigadas)


Em primeiro lugar seja bem vindo ao fórum.
Eu gostei dessa sua proposta, mas infelizmente não há recursos humanos, nem materiais para tal.
A BRR neste momento só tem 2 BIParas, a GC, CAcar e a CMP foram à vida. O ERec é suficiente, afinal estamos a falar de uma unidade que concentra as Tropas Especiais.  :wink:

Outra coisa "Companhia de Sapadores Especiais"? Eu li algures que o Exército tentou fazer isso nos anos 50, mas acho que não deu.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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« Responder #424 em: Abril 28, 2007, 03:48:23 pm »
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Eu gostei dessa sua proposta, mas infelizmente não há recursos humanos, nem materiais para tal.
A BRR neste momento só tem 2 BIParas, a GC, CAcar e a CMP foram à vida. O ERec é suficiente, afinal estamos a falar de uma unidade que concentra as Tropas Especiais.  

Acho que uma brigada a sério deve ter, pelo menos, três subunidades de manobra.  Um Exército com 20.000-25.000 homens como é o Português dever ser capaz de conseguir manter três brigadas com três subunidades de manobra... isto se gerir bem os seus recursos. Uma dessas melhorias de gestão de recursos é a extinção dos Regimentos que hoje não são mais que Quarteis.... um deles até se passou agora a chamar Quartel de Cavalaria (antigo RC4).

Devido à pequena dimensão do nosso Exército, a actual BRR deve ser multifuncional, ou seja ser essencialmente uma Brigada de Infantaria Ligeira, com a capacidade acrescida de algumas das suas componentes serem Páraquedistas/Tropas Especiais. Poderia lutar como infantaria ligeira em operações convencionais ou pode lutar (parcialmente) como infantaria de élite aerotransportada. Para tal deve incluir todo o apoio de combate necessário caso tenha que realizar operações convencionais (artilharia, reconhecimento blindado, engenharia, etc). As subunidades de apoio de combate não necessitam ter capacidade Páraquedista, dado que seriam utilizadas normalmente só em acções convencionais.

As Forças Especiais, incluindo as Operações Especiais e os Comandos deveriam formar um agrupamento separado devido à especificidade da sua missão.


Citar
 
Outra coisa "Companhia de Sapadores Especiais"? Eu li algures que o Exército tentou fazer isso nos anos 50, mas acho que não deu.



A Companhia de Sapadores Especiais seria uma unidade de engenharia especializada no apoio a Forças Especiais. Seriam soldados de engenharia com um treino em operações especiais como capacidade, por exemplo, de executar demolições de pontes no interior do território inimigo. Poderiam ter outras capacidades como guerra NBQ. A Austrália, com exército de dimensões semelhantes ao nosso, por exemplo, tem uma unidade assim: o Incident Response Regiment, dependente do Australian Special Operations Command.
Apontador
 

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« Responder #425 em: Abril 28, 2007, 06:51:41 pm »
Citação de: "Apontador"
Citar
Eu gostei dessa sua proposta, mas infelizmente não há recursos humanos, nem materiais para tal.
A BRR neste momento só tem 2 BIParas, a GC, CAcar e a CMP foram à vida. O ERec é suficiente, afinal estamos a falar de uma unidade que concentra as Tropas Especiais.  

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Acho que uma brigada a sério deve ter, pelo menos, três subunidades de manobra.  Um Exército com 20.000-25.000 homens como é o Português dever ser capaz de conseguir manter três brigadas com três subunidades de manobra... isto se gerir bem os seus recursos. Uma dessas melhorias de gestão de recursos é a extinção dos Regimentos que hoje não são mais que Quarteis.... um deles até se passou agora a chamar Quartel de Cavalaria (antigo RC4).
20.000/25.000 militares?! Pois, infelizmente é aí que começa a estar equivocado, neste momento devemos ter uns 12.500.

Citar
Devido à pequena dimensão do nosso Exército, a actual BRR deve ser multifuncional, ou seja ser essencialmente uma Brigada de Infantaria Ligeira, com a capacidade acrescida de algumas das suas componentes serem Páraquedistas/Tropas Especiais. Poderia lutar como infantaria ligeira em operações convencionais ou pode lutar (parcialmente) como infantaria de élite aerotransportada. Para tal deve incluir todo o apoio de combate necessário caso tenha que realizar operações convencionais (artilharia, reconhecimento blindado, engenharia, etc). As subunidades de apoio de combate não necessitam ter capacidade Páraquedista, dado que seriam utilizadas normalmente só em acções convencionais.

Tb concordo consigo, mas pelo facto já referido em cima, é dificil arranjar recursos materiais e humanos para tal...  :wink:


Citar
 
Outra coisa "Companhia de Sapadores Especiais"? Eu li algures que o Exército tentou fazer isso nos anos 50, mas acho que não deu.


Citar
A Companhia de Sapadores Especiais seria uma unidade de engenharia especializada no apoio a Forças Especiais. Seriam soldados de engenharia com um treino em operações especiais como capacidade, por exemplo, de executar demolições de pontes no interior do território inimigo. Poderiam ter outras capacidades como guerra NBQ. A Austrália, com exército de dimensões semelhantes ao nosso, por exemplo, tem uma unidade assim: o Incident Response Regiment, dependente do Australian Special Operations Command.


Reconheço que não estou dentro do assunto, no entanto não vejo a necessidade de criar (mais) uma unidade de elite no seio do Exército quando se pode recorrer aos especialistas em explosivos das Operações Especiais.

Não veja o meu texto como uma critica a si ou à sua forma de ver o Exército, é apenas a minha forma de ver as coisas.  :wink:
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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PereiraMarques

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« Responder #426 em: Abril 28, 2007, 09:31:21 pm »
[quote="Cabeça de Martelo]20.000/25.000 militares?! Pois, infelizmente é aí que começa a estar equivocado, neste momento devemos ter uns 12.500.[/quote]

21.000/22.000, o CEME GEN Pinto Ramalho queixou-se recentemente precisamente que seria necessário aumentar o número de militares de forma a atingir os planeados 24.000/25.000.

Apesar de se referir a 2004, ver por exemplo:

Fonte: http://www.mdn.gov.pt/Publicacoes/anuar ... lo%204.pdf
 

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PereiraMarques

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« Responder #427 em: Abril 29, 2007, 01:06:17 am »
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Recursos humanos no exército estão aquém dos objectivos, diz General Pinto Ramalho
 
O general Pinto Ramalho, chefe do Estado-Maior do Exército, afirmou hoje que os recursos humanos deste ramo das Forças Armadas estão aquém dos objectivos estruturais, pelo que a estratégia é o reforço do efectivo.
 

"Estamos abaixo do objectivo estrutural que temos estabelecidos" (24.500 elementos) contando apenas com 22.400 militares, explicou hoje Pinto Ramalho, durante um exercício militar em Santa Margarida.
"Não há excedentários no Exército" no que respeita a meios humanos mas o mesmo já não sucede em edifícios e espaços, tendo sido apresentada à tutela uma lista de imóveis que "já estão disponibilizados e possíveis de reforçar e financiar a modernização de infra-estruturas futuras", afirmou Pinto Ramalho. No que respeita aos "objectivos estruturais" em matérias de militares, o general mostra-se optimista e confiante no futuro. "Não os temos amanhã mas estamos a caminhar nesse sentido", afirmou o chefe do Estado-Maior do Exército, salientando que a prioridade é também reforçar e melhorar os equipamentos existentes. "Temos um programa para ampliar aquilo que é a presença do Exército no sul" do país, pelo que para "Beja há projectos muito concretos" de ampliação e remodelação e o mesmo sucede para o quartel de Tavira.

Fonte: http://www.rtp.pt/index.php?article=278 ... l=16&rss=0
 

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Lancero

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« Responder #428 em: Abril 29, 2007, 12:34:08 pm »
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Exército prepara o reforço das tropas de elite para intervenção

O principal alvo poderá ser a Brigada de Reacção Rápida, a força com maior mobilidade estratégica

Carlos Varela
O Exército está a preparar-se para reforçar a sua componente operacional, no âmbito das tropas de elite, como os comandos e os pára-quedistas, na sequência dos estudos determinados nesse sentido pelo chefe de Estado- -Maior do ramo, general Pinto Ramalho, soube o JN. Na prática, poderão surgir três novos batalhões, envolvendo efectivos totais entre os 500 e os 1000 homens, com o objectivo de reforçar a capacidade de intervenção.

A medida enquadra-se num conjunto mais vasto de opções e vai ser objecto de uma directiva de Pinto Ramalho, que vai ser conhecida por todo o dispositivo no próximo mês, segundo confirmou ao JN uma fonte oficial do Estado- -Maior do Exército. De acordo com a mesma fonte, "não foram tomadas quaisquer decisões, mas é verdade que o senhor general-chefe mandou elaborar estudos nesse sentido".

O chefe do Exército tomou esta decisão depois das visitas que efectuou a todo o dispositivo do Exército, em particular às grandes unidades - as brigadas Mecanizada, de Reacção Rápida (BRR) e de Intervenção -, tendo em conta os cenários de intervenção no exterior. No entanto, segundo fontes militares salientaram ao JN, Pinto Ramalho está a agir com "extrema cautela", uma vez que não quer deixar a ideia de poder estar a contestar o preconizado pelo seu antecessor, general Valença Pinto, actual chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas. "A ideia é completar", foi-nos salientado.

Mas o equilíbrio poderá ser difícil. É o caso, por exemplo, também de eventuais alterações nos chamados comandos funcionais - Pessoal, Instrução e Logística -, em que sectores do Exército têm chamado a atenção de que a designada "descentralização" não tem dado os resultados esperados e os mesmos sectores entendem que talvez fosse bom fazer marcha-atrás e voltar à concentração.

No entanto, a verdade é que quando Pinto Ramalho tomou posse no início do ano como chefe do Exército, o JN deu logo conta de que o novo general poderia querer alterar algumas das medidas de Valença Pinto.

Há duas semanas, durante a visita a Santa Margarida, Pinto Ramalho deu o primeiro sinal - em declarações à comunicação social - de querer alterar o dispositivo operacional, ao manifestar o desejo de avançar para o Sul do país.

O JN sabe que uma das ideias em estudo é instalar uma unidade de elite de escalão batalhão em Beja e as opções vão ou para o levantamento do batalhão de comandos a três companhias de atiradores - actualmente a duas companhias - ou de um batalhão de pára-quedistas, o terceiro, que chegou a ser levantado em Beja, mas que foi desactivado por decisão de Valença Pinto há dois anos. Como opção está também a reactivação do quartel de Tavira, eventualmente como uma extensão da unidade de Beja, tendo em conta a desertificação militar de que actualmente sofre o Sul do país.

Em causa, no entanto, estará também a eventualidade do regresso do grupo de artilharia de campanha à Brigada de Reacção Rápida, assim como do batalhão de apoio e serviços. Uma e outra forças faziam parte da orgânica da BRR, mas tinham sido desactivadas por Valença Pinto, num conceito de criação de um bloco de apoio de fogos e de serviços, que seriam disponibilizados consoante as necessidades.

No entanto, a medida sofreu fortes críticas, em particular na estrutura intermédia de comando de jovens oficiais do quadro, entre majores e tenentes-coronéis, com o argumento de que iria reduzir a capacidade operacional da principal unidade de intervenção do Exército.


Fonte
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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« Responder #429 em: Abril 29, 2007, 01:33:33 pm »
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Há duas semanas, durante a visita a Santa Margarida, Pinto Ramalho deu o primeiro sinal - em declarações à comunicação social - de querer alterar o dispositivo operacional, ao manifestar o desejo de avançar para o Sul do país.

O JN sabe que uma das ideias em estudo é instalar uma unidade de elite de escalão batalhão em Beja e as opções vão ou para o levantamento do batalhão de comandos a três companhias de atiradores - actualmente a duas companhias - ou de um batalhão de pára-quedistas, o terceiro, que chegou a ser levantado em Beja, mas que foi desactivado por decisão de Valença Pinto há dois anos. Como opção está também a reactivação do quartel de Tavira, eventualmente como uma extensão da unidade de Beja, tendo em conta a desertificação militar de que actualmente sofre o Sul do país.
O avanço para sul do país é lógico, dado que é daí que vem a principal ameaça directa ao território nacional: Fundamentalismo islâmico no norte de África.

Mas esse avanço deve ser feito de um modo que permita uma boa  operacionalidade das forças e não através do velho método da dispersão de pequenas fracções de tropas por vários quarteis territoriais. Devia ser constituído um Campo militar no Sul (sugiro a região de Beja devido à  possibilidade de aproveitamente de estruturas já existentes: base aérea, quartel de Beja, campo de instrução de Mértola), onde seria concentrado o grosso de uma das Brigadas (ou a actual BRR, ou a BriMec passando a BRR para Sta Margarida).


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Em causa, no entanto, estará também a eventualidade do regresso do grupo de artilharia de campanha à Brigada de Reacção Rápida, assim como do batalhão de apoio e serviços. Uma e outra forças faziam parte da orgânica da BRR, mas tinham sido desactivadas por Valença Pinto, num conceito de criação de um bloco de apoio de fogos e de serviços, que seriam disponibilizados consoante as necessidades.

Pelo menos 10.000 efectivos do Exército não estão integrados em forças operacionais... teoricamente estariam a dar apoio logístico.... Se estão a dar apoio logístico não se podem constituir em mais um Batalhão de Apoio de Serviços para a BRR ??  Quanto ao Grupo de Artilharia, o Exército tem em depósito armas suficientes para o formar... não são as mais modernas, mas dá para desenrascar por agora até serem adquiridos os planeados obuses rebocados de 155 mm... que certamente são para complementar e não para substituir os Light Gun quase novos...
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« Responder #430 em: Abril 29, 2007, 02:58:16 pm »
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O avanço para sul do país é lógico, dado que é daí que vem a principal ameaça directa ao território nacional: Fundamentalismo islâmico no norte de África.

Mas esse avanço deve ser feito de um modo que permita uma boa  operacionalidade das forças e não através do velho método da dispersão de pequenas fracções de tropas por vários quarteis territoriais. Devia ser constituído um Campo militar no Sul (sugiro a região de Beja devido à  possibilidade de aproveitamente de estruturas já existentes: base aérea, quartel de Beja, campo de instrução de Mértola), onde seria concentrado o grosso de uma das Brigadas (ou a actual BRR, ou a BriMec passando a BRR para Sta Margarida).


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Em causa, no entanto, estará também a eventualidade do regresso do grupo de artilharia de campanha à Brigada de Reacção Rápida, assim como do batalhão de apoio e serviços. Uma e outra forças faziam parte da orgânica da BRR, mas tinham sido desactivadas por Valença Pinto, num conceito de criação de um bloco de apoio de fogos e de serviços, que seriam disponibilizados consoante as necessidades.
Pelo menos 10.000 efectivos do Exército não estão integrados em forças operacionais... teoricamente estariam a dar apoio logístico.... Se estão a dar apoio logístico não se podem constituir em mais um Batalhão de Apoio de Serviços para a BRR ??  Quanto ao Grupo de Artilharia, o Exército tem em depósito armas suficientes para o formar... não são as mais modernas, mas dá para desenrascar por agora até serem adquiridos os planeados obuses rebocados de 155 mm... que certamente são para complementar e não para substituir os Light Gun quase novos...


Totalmente de acordo. Sempre defendi que cada brigada deveria ter um campo de instrução militar próprio, a região de Beja é ideal, como refere.

A Brig Int seria a candidata ideal para uma estadia permanente  mais a sul.

A BrigInt teria o seu QG, 2 BI, BAPServiços, GAC, CEng e CTms e a Esq de reconhecimento e GAM (esta unidade tem que ter outra designação.. talvez Grupo de Cavalaria ?) todos na região de Beja. O quartel de Tavira poderia albergar um destacamento em rotação, para manter uma presença militar regular no Algarve



Sempre achei a desactivação do BApSvcs e GAC/BRR uma estupidez enorme. Fazer economia na força operacional? foi uma hipocrisia... Se existem ainda 10,000 militares em forças de apoio/instrucão, certamente pode recriar-se estas unidades essenciais a qulaquer brigada.
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« Responder #431 em: Abril 29, 2007, 04:24:02 pm »
Então mas se a Brigada de Intervenção for para Beja, fecha-se os regimentos de Braga, Chaves, Vila Real, Viseu, etc...

practicamente todos os regimentos da zona norte...

Além de que a maior parte do efectivo das forças armadas vem desses locais de Coimbra para norte, certa vez vi que o concelho da cidade de Braga tinha mais pessoal nas forças armadas que o distrito de Beja todo, agora junta-se Porto e todas as outras cidades e é à vontade metade ou mais do pessoal militar.
 

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« Responder #432 em: Abril 29, 2007, 04:51:55 pm »
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A Brig Int seria a candidata ideal para uma estadia permanente mais a sul.

Pessoalmente acho que as melhores candidatas para a instalação a sul seriam a BRR e ou a BriMec. O ideal seria a BriMec já que ficaria numa região cheia de planícies e campos abertos... o ambiente ideal para a manobra de uma unidade mecanizada. Mas a sua transferência talvez seja demasiado cara e complexa e por isso talvez deva ir a BRR.

Já a BrigInt acho que deve ficar a Norte. Deve haver uma maior concentração do seu grosso (talvez num Campo militar do Norte onde ficasse instalado o QG, CTransmissões, pelo menos um dos batalhões de infantaria , o grupo de artilharia e o batalhão de apoio de serviços). Nesse campo militar, que idealmente deveria ser localizado na região de Chaves-Vila Real-Lamego-Viseu, poderia também ser instalado o CIOE/CTOE para melhor rentabilização das suas estruturas.
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« Responder #433 em: Abril 29, 2007, 08:44:48 pm »
Citação de: "Apontador"
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Há duas semanas, durante a visita a Santa Margarida, Pinto Ramalho deu o primeiro sinal - em declarações à comunicação social - de querer alterar o dispositivo operacional, ao manifestar o desejo de avançar para o Sul do país.

O JN sabe que uma das ideias em estudo é instalar uma unidade de elite de escalão batalhão em Beja e as opções vão ou para o levantamento do batalhão de comandos a três companhias de atiradores - actualmente a duas companhias - ou de um batalhão de pára-quedistas, o terceiro, que chegou a ser levantado em Beja, mas que foi desactivado por decisão de Valença Pinto há dois anos. Como opção está também a reactivação do quartel de Tavira, eventualmente como uma extensão da unidade de Beja, tendo em conta a desertificação militar de que actualmente sofre o Sul do país.
O avanço para sul do país é lógico, dado que é daí que vem a principal ameaça directa ao território nacional: Fundamentalismo islâmico no norte de África.

Mas esse avanço deve ser feito de um modo que permita uma boa  operacionalidade das forças e não através do velho método da dispersão de pequenas fracções de tropas por vários quarteis territoriais. Devia ser constituído um Campo militar no Sul (sugiro a região de Beja devido à  possibilidade de aproveitamente de estruturas já existentes: base aérea, quartel de Beja, campo de instrução de Mértola), onde seria concentrado o grosso de uma das Brigadas (ou a actual BRR, ou a BriMec passando a BRR para Sta Margarida).



Concordo. Não esquecer que estas re-localizações também levam em conta factores economico-sociais: o Alentejo encontra-se bastante desertificado, e isto vai dinamizar a região.
 

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« Responder #434 em: Abril 30, 2007, 03:27:17 pm »
Citação de: "Lightning"
Então mas se a Brigada de Intervenção for para Beja, fecha-se os regimentos de Braga, Chaves, Vila Real, Viseu, etc...


Não nos tirem o RI13 e o RI19 simultaneamente!  :?