Nova organização do nosso Exército

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Duarte

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« Responder #480 em: Maio 10, 2007, 12:38:24 pm »
Citação de: "paulo pinto"
Estou a fugir um bacadinho ao tópico, mas sempre é verdade que o Regimento de Cavalaria N.º 4, onde eu dei muito ao cabedal em 93/94, vai, ou foi, extinto.
 "Perguntai ao inimigo quem somos", sempre.
Tenho dito


Infelizmente é verdade. Um regimento secular, com um produto operacional muito superior a muitos outros regimentos que ficaram, foi extinto. Agora chama-se Quartel da Cavalaria. Um nome genérico, descabido e estúpido, tal como outras parvalhices desta última re-organização (ou des-organização ficará melhor?). A orgânica parece ser a mesma, daí não compreender esta medida.. Pelo menos por razões históricas, poderia ter continuado o nome. Enfim, parece que os tachinhos e bairrismos existem mesmo dentro do Exército. Aposto que o anterior CEME não era homen de cavalaria.. O CEME corrente, ao ser Comando, parece extar interesado em recriar o regimento. A reorganização aos caprichos..  :roll:
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A incompetência russa no campo de batalha é vergonhosa
 

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nosso cabo

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« Responder #481 em: Maio 10, 2007, 05:18:28 pm »
Citação de: "Duarte"
Citação de: "paulo pinto"
Estou a fugir um bacadinho ao tópico, mas sempre é verdade que o Regimento de Cavalaria N.º 4, onde eu dei muito ao cabedal em 93/94, vai, ou foi, extinto.
 "Perguntai ao inimigo quem somos", sempre.
Tenho dito

Infelizmente é verdade. Um regimento secular, com um produto operacional muito superior a muitos outros regimentos que ficaram, foi extinto. Agora chama-se Quartel da Cavalaria. Um nome genérico, descabido e estúpido, tal como outras parvalhices desta última re-organização (ou des-organização ficará melhor?). A orgânica parece ser a mesma, daí não compreender esta medida.. Pelo menos por razões históricas, poderia ter continuado o nome. Enfim, parece que os tachinhos e bairrismos existem mesmo dentro do Exército. Aposto que o anterior CEME não era homen de cavalaria.. O CEME corrente, ao ser Comando, parece extar interesado em recriar o regimento. A reorganização aos caprichos..  :roll:

 Infelizmente a inveja é muita feia. há muita gente no Exército, e na GNR, que tem complexos de inferiridade com a GLORIOSA CAVALARIA. Será que é das botas? Oudas espora? Ou da boina negra.
 As unidades com maior poder de choque no Exército (RC 4) e na GNR (RC) foram extintas sem um motivo válido. Na GNR as botas e as esporas dos militares de Cavalaria também fazem inveja a muita gente.
 Tenho dito
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Duarte

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« Responder #482 em: Maio 10, 2007, 06:40:43 pm »
Citação de: "paulo pinto"
Infelizmente a inveja é muita feia. há muita gente no Exército, e na GNR, que tem complexos de inferiridade com a GLORIOSA CAVALARIA. Será que é das botas? Oudas espora? Ou da boina negra.
 As unidades com maior poder de choque no Exército (RC 4) e na GNR (RC) foram extintas sem um motivo válido. Na GNR as botas e as esporas dos militares de Cavalaria também fazem inveja a muita gente.
 Tenho dito


Eu nunca ouvi em extinção do RC/GNR? TAnto quanto sei ainda existe..

http://gnr.pt/portal/internet/Treeview/ ... p?IdPage=6
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nosso cabo

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« Responder #483 em: Maio 11, 2007, 10:07:44 am »
Citação de: "Duarte"
Citação de: "paulo pinto"
Infelizmente a inveja é muita feia. há muita gente no Exército, e na GNR, que tem complexos de inferiridade com a GLORIOSA CAVALARIA. Será que é das botas? Ou das espora? Ou da boina negra.
 As unidades com maior poder de choque no Exército (RC 4) e na GNR (RC) foram extintas sem um motivo válido. Na GNR as botas e as esporas dos militares de Cavalaria também fazem inveja a muita gente.
 Tenho dito

Eu nunca ouvi em extinção do RC/GNR? TAnto quanto sei ainda existe..

http://gnr.pt/portal/internet/Treeview/ ... p?IdPage=6

 Consulta a nova LOGNR aprovada em conselho de ministros em:
http://reformassi.mai-gov.info/
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Lancero

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« Responder #484 em: Maio 30, 2007, 02:49:11 pm »
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Exército prepara "agrupamento de combate" europeu e quer Comando de Brigada da NATO  

    Lisboa, 30 Mai (Lusa) - O Exército está a preparar a criação de um "agrupamento de combate" europeu, a partir de 2009, e quer garantir, a prazo, um Comando de Brigada da NATO, soube a Lusa junto de fontes da Defesa.  

    Estes são dois dos objectivos da directiva interna do Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Pinto Ramalho, programa de acção para o triénio 2007-2009, e que deverá ser apresentado amanhã a todos os comandantes numa reunião com cerca de 300 participantes.  

    Portugal já faz parte de um dos "agrupamentos de combate" europeu ("battle groups" - criados em 2004 para reforçar a componente diplomática da União Europeia), o anfíbio , a que pertencem também tropas da Itália, Espanha e Grécia.  

    Os planos do Exército português são agora tornar Portugal uma "nação-hospedeira" ("Framework Nation") de um agrupamento com um raio de acção de seis mil quilómetros a partir de Bruxelas, dos Balcãs até África (zona tradicionalmente prioritária para a diplomacia portuguesa), abrangendo o Darfur, acrescentaram as fontes.  

    Daí que a directiva do CEME defina como prioridade a preparação de forças tanto para as forças nacionais em missão no estrangeiro - incluindo Líbano, Afeganistão, Balcãs, por exemplo - como para o "agrupamento de combate", que deverá ter como base a Brigada Mecanizada.  

    Em termos globais, na directiva prevê-se a manutenção ou mesmo um aumento das solicitações das Forças Armadas em missões no estrangeiro.  

    O Exército planeia ainda, segundo as mesmas fontes, a certificação, pela NATO, de um comando de Brigada até Dezembro de 2008.  

    Internamente, está em análise a criação de mais um batalhão, o terceiro, na Brigada de Reacção Rápida, que tem sede em Tancos - ainda não está decidido se serão comandos ou pára-quedistas -, podendo ser reforçado com um grupo de apoio de artilharia.  

    A definição quanto ao tipo de força, acrescentam as fontes, deverá estar concluída até Julho deste ano.  

    O Exército planeia ainda concentrar na Amadora todos ou a maioria dos comandos actualmente distribuídos em quatro cidades - o Comando Logístico está em Lisboa, o Operacional em Oeiras, o Pessoal no Porto e Instrução e Doutrina em Évora.  

    A directiva prevê ainda um reforço da capacidade do ramo na guerra electrónica e a criação de uma unidade de guerra de informação, que já foi objecto de um curso na Academia Militar.  

    Outro dos planos do general Pinto Ramalho é valorizar e "dar visibilidade" aos "nichos de excelência" como o Instituto Geográfico do Exército (cartografia militar), o Laboratório Militar e no Centro de Defesa NBQ (Nuclear, Biológica e Química).  

    No âmbito da componente operacional, um dos principais objectivos é levantar o elemento de Defesa Biológica-Química, recorrendo às capacidades do Laboratório de Defesa Biológica, do Hospital Militar Principal e dos meios de Defesa NBQ.  

     


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Defesa: Militares planeiam "reocupar" quartel de Tavira

Lisboa, 30 Mai (Lusa) - O Exército deverá passar a ter uma unidade operacional  no quartel de Tavira, há vários anos a funcionar como centro de férias de  praças, garantindo a sua presença a sul de Beja, soube a Lusa junto de fontes  da Defesa.  

   A ocupação com uma componente operacional da unidade de Tavira, o maior  edifício da cidade, para o qual a câmara local defendeu a construção de  um hotel de luxo, é um dos objectivos da directiva do Chefe do Estado-Maior  do Exército (CEME), programa de acção do mandato do general Pinto Ramalho  para o triénio 2007-2009.  

   Até Julho deverá estar pronta a proposta de qual a utilização a dar  ao quartel, acrescentaram as mesmas fontes.  

   O Regimento de Infantaria 3, em Beja, poderá passar a ter uma unidade  operacional, o que já não acontece desde 2000, com a saída do 2º Batalhão  de Infantaria Motorizado, ano em que foi transformado em centro de instrução.  

   Estas duas medidas incluem-se nas mudanças no dispositivo do Exército  previsto no programa de acção para os próximos três anos do CEME, que vai  ser apresentado amanhã a todos os comandantes, e que também tem como objectivo  uma gestão mais racional dos meios do ramo, incluindo os imóveis.  

   No plano interno, e CEME pretende ainda rever as condições de abono  do suplemento de residência dos militares do Exército e avaliar a criação  de um novo modelo de Bilhete de Identidade Militar.  

   Até final ano, o Exército pretende igualmente rever as normas de nomeação  e colocação dos militares do Quadro Permanente. Nos planos do ramo continua  a modernização de infra-estruturas de formação e treino, com prioridade  para a escola de sargentos, escolas práticas, centros de formação, campos  militares e de tiro, acompanhando a definição da futura Lei de Programação  de Infra-Estruturas, em preparação pelo Governo.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lancero

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« Responder #485 em: Maio 31, 2007, 03:52:41 pm »
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Defesa: Exército define qualificação de recursos humanos como uma das prioridades até 2009    

   Amadora, 31 Mai (Lusa) - O Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME),  general Pinto Ramalho, definiu hoje qualificação como uma das prioridades  do ramo para os próximos três anos, para que seja reconhecido "pela excelência  dos recursos humanos".  

   "Podemos não ser conhecidos pela excelência do nosso material, mas queremos  sê-lo pela excelência dos recursos humanos", afirmou o general Pinto Ramalho  aos jornalistas, depois de apresentar a sua directiva interna, programa  de acção do Exército no triénio 2007-2009.  

   O general, que assumiu a chefia do ramo em Dezembro de 2006, afirmou  que o seu objectivo é "tornar o Exército mais eficaz, mais eficiente, mais  moderno e mais flexível".  

   A apresentação da directiva decorreu hoje na Academia Militar, na Amadora,  numa cerimónia que reuniu todos os comandantes de todas as unidades e estabelecimentos  do Exército, além de ex-chefes, entre eles o ex-CEME e antigo Presidente  da República Ramalho Eanes, e generais no activo, reserva e reforma.  

   Questionado pelos jornalistas, Pinto Ramalho recusou a ideia de, na  sua directiva, um processo de debate iniciado em Março, estar a alterar  o documento do seu antecessor, general Valença Pinto, hoje o Chefe do Estado-Maior-General  das Forças Armadas (CEMGFA).  

   "O anterior CEME disse, quando assumiu o cargo, que concordava em 90  por cento com as reformas que vinham detrás. Eu digo o mesmo", afirmou o  general Pinto Ramalho, garantindo que o objectivo das suas propostas "não  é ir contra ninguém".  

   Entre os objectivos, o Exército está a preparar a criação de um "agrupamento  de combate" europeu, a partir de 2009, e quer garantir, a prazo, um Comando  de Brigada da NATO.  

   Portugal já faz parte de um dos "agrupamentos de combate" europeu ("battle  groups" - criados em 2004 para reforçar a componente diplomática da União  Europeia), o anfíbio, a que pertencem também tropas da Itália, Espanha e  Grécia.  

   Os planos do Exército português são agora tornar Portugal uma "nação-hospedeira"  ("Framework Nation") de um agrupamento com um raio de acção de seis mil  quilómetros a partir de Bruxelas, dos Balcãs até África (zona tradicionalmente  prioritária para a diplomacia portuguesa), abrangendo o Darfur, acrescentaram  as fontes.  

   Daí que a directiva do CEME defina como prioridade a preparação de forças  tanto para as forças nacionais em missão no estrangeiro - incluindo Líbano,  Afeganistão, Balcãs, por exemplo - como para o "agrupamento de combate",  que deverá ter como base a Brigada Mecanizada.  
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Cabeça de Martelo

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« Responder #486 em: Maio 31, 2007, 04:25:37 pm »
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Podemos não ser conhecidos pela excelência do nosso material, mas queremos sê-lo pela excelência dos recursos humanos", afirmou o general Pinto Ramalho aos jornalistas, depois de apresentar a sua directiva interna, programa de acção do Exército no triénio 2007-2009.



É a única coisa que nos resta!  :oops:
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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LM

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« Responder #487 em: Maio 31, 2007, 05:20:18 pm »
Uma questão, em especial aos ex-militares:

No nosso exercito existe uma "separação" das várias classes (oficiais, sargentos, soldados) demasiado vincada ou não...?

Faço a pergunta, em especial tendo  conta as possiveis diferenças nas forças de elite, pois:

- Lembro-me de ter lido que um dos factores em que os britanicos se mostraram superiores nas Falklands era a "união" de todas as classes (que partilhavam dificuldades, mas eram verdadeiras equipas), em oposição aos Argentinos que separavam totalmente os graduados, com privilégios exclusivos, não adequados a equipas em combate

- A experiencia do meu Pai, em uma companhia operacional, isolada na floresta de Cabinda, onde os soldados / sargentos / oficiais tinham dormitórios e messes separados por classes e não por pelotão (por ex)...

- Um artigo de um oficial do EP, a tirar um curso nos EUA, onde a "messe" era igual para os milhares de militares e a unica diferença era que os oficiais pagavam no fim da fila do "self-service"...

- O facto do CTOE (uma "pequena" unidade), de forças especiais, ter (para além de instalações para formação e outra da unidade operacional):

a) CONVENTO DE SANTA CRUZ (COMANDO, ESTADO MAIOR E COMPANHIA DE COMANDO E SERVIÇOS)

b) MESSE DE OFICIAIS (Antigo seminário e antigo Quartel de Instrução do Regimento de Infantaria Nº9)

c) MESSE DE SARGENTOS (CONVENTO DE S. FRANCISCO NA RUA DE ALMACAVE)

Para, neste caso, o custo adicional de ter instalações fisicamente separadas...
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Lancero

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« Responder #488 em: Junho 01, 2007, 11:22:03 am »
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Exército quer igualar nível operacional da NATO


MANUEL CARLOS FREIRE  
O aumento da eficácia do Exército nos próximos três anos tem como limite os "níveis de ambição" da NATO, quantificados em 40% de forças expedicionárias e 8% prontas a ser empregues em simultâneo em diferentes teatros no estrangeiro.

Este objectivo foi apontado ontem pelo chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Pinto Ramalho, numa conversa com jornalistas e à margem da apresentação das linhas gerais do seu mandato de três anos (até 2009) a cerca de 250 oficiais. Nesta fase o ramo tem 38% de tropas projectáveis e 5% capazes de actuar ao mesmo tempo no exterior, referiu o militar.

O conceito genérico de orientação da "reforma organizacional" de Pinto Ramalho visa três finalidades - onde não se inclui o trabalho conjunto com os outros ramos das Forças Armadas: "Permitir o seu emprego com oportunidade, eficiência e eficácia, garantir a segurança das tropas [e] permitir a actuação conjunta e integrada com os aliados nas organizações e alianças em que Portugal se insere."

Neste capítulo, o CEME assume como prioritária a preparação, treino e certificação das suas forças (em especial as das brigadas Mecanizada e de Reacção Rápida) pela NATO e pela UE. No primeiro caso, trata-se de garantir um Comando de Brigada, dando a Portugal a capacidade de comandar operações multinacionais (ao contrário do que tem sucedido). Uma das vulnerabilidades a resolver respeita às comunicações para assegurar a interoperabilidade de todas as forças. A nível da União, Pinto Ramalho pretende que o País possa vir a ser o núcleo de um "agrupamento de combate" comunitário.

No entanto, e face aos atrasos na aquisição de vários equipamentos e sistemas de armas, Pinto Ramalho tem uma certeza: "Nunca seremos novidade pela excelência do nosso material, mas queremos sê-lo pela excelência da formação e qualidade dos recursos humanos" naquelas alianças, como já é amplamente reconhecido, observou o CEME.

Na apresentação feita - "com convicção e realismo", e recolhendo um aplauso generalizado, segundo as fontes ouvidas pelo DN - perante os antecessores e os comandantes dos órgãos, estabelecimentos e unidades do Exército, o CEME deixou para último lugar a rubrica do orçamento, sem a qual pouco do que preconiza poderá ser feito.

"O que importa é a implementação", que depende das verbas a disponibilizar pela tutela política, frisou um oficial superior. A concentração dos comandos superiores do Exército - que o Governo apoia, um ano depois de ter aceite a descentralização aprovada pelo anterior CEME -, a gestão de pessoal e o reforço das capacidades da Brigada de Reacção Rápida são exemplos disso.|  


Fonte
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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ricardonunes

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« Responder #489 em: Junho 28, 2007, 10:57:03 am »
Decreto Regulamentar n.º 68/2007
de 28 de Junho
A Lei Orgânica do Exército, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 61/2006, de 21 de Março, dispõe que este ramo das Forças Armadas integra uma componente operacional designada Força Operacional Permanente do Exército, estabelecendo que as respectivas competências e organização são estabelecidas por decreto regulamentar.
A criação da Força Operacional Permanente do Exército, inserida na transformação do Exército operada por aquele diploma, tem como objectivo dar cumprimento às missões de natureza operacional, também numa perspectiva de emprego conjunto ou combinado, bem assim como no aproveitamento das estruturas e meios disponíveis, também às outras missões de interesse público.
A presente regulamentação, como resultado do processo de transformação do Exército, operado através da Lei Orgânica do Exército, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 61/2006, de 21 de Março, não invalida a necessidade de alterações adicionais na respectiva Estrutura de Comando e na Estrutura Base já definidas. Tais alterações decorrerão do programa de reestruturação em curso, no âmbito da administração central do Estado e dos processos de reorganização e de integração funcional a decorrer no âmbito do Ministério da Defesa Nacional, designadamente do processo de reorganização da estrutura superior da defesa nacional e das Forças Armadas.
Assim:
Ao abrigo do disposto no artigo 31.º da Lei Orgânica do Exército, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 61/2006, de 21 de Março, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo 1.º
Natureza e missão
A Força Operacional Permanente do Exército (FOPE) é o elemento da estrutura do Exército que tem como objectivo dar cumprimento a missões de natureza operacional, sendo constituída por unidades de natureza operacional com grau de prontidão e mobilidade adequadas para serem empregues em operações conjuntas e combinadas, no âmbito nacional e internacional, podendo cumprir missões em todo o espectro das operações militares.
Artigo 2.º
Estrutura
A FOPE compreende:
a) As grandes unidades e as unidades operacionais;
b) As zonas militares dos Açores e da Madeira;
c) As forças de apoio geral.
Artigo 3.º
Grandes unidades e unidades operacionais
1 - As grandes unidades são escalões de forças que integram unidades operacionais, dispondo de uma organização equilibrada de elementos de comando, de manobra e de apoio que lhes permitem efectuar o treino operacional e conduzir operações independentes.
2 - Às grandes unidades compete:
a) Planear e executar as acções operacionais terrestres e o apoio logístico das suas forças;
b) Assegurar a instrução colectiva do seu pessoal, o treino das suas subunidades e a manutenção do respectivo material e equipamento, de acordo com os planos e programas aprovados;
c) Garantir a prontidão operacional que lhes for determinada;
d) Participar em exercícios e acções operacionais, no território nacional ou no estrangeiro;
e) Planear e executar outras actividades ou acções que lhes sejam determinadas pelo Chefe do Estado-Maior do Exército.
3 - São grandes unidades:
a) A Brigada Mecanizada;
b) A Brigada de Intervenção;
c) A Brigada de Reacção Rápida.
4 - O comando de cada uma das brigadas previstas no número anterior compreende:
a) O comandante;
b) O gabinete;
c) O estado-maior;
d) A unidade de apoio.
5 - As grandes unidades têm sob o seu comando as unidades, estabelecimentos e órgãos que lhe forem atribuídos por despacho do Chefe do Estado-Maior do Exército.
6 - As unidades operacionais são as forças aprontadas pelos elementos da estrutura base do Exército cuja finalidade principal é o cumprimento de missões operacionais.
7 - As unidades operacionais são as previstas na componente operacional do Sistema de Forças Nacional e a respectiva estrutura interna é definida por despacho do Chefe do Estado-Maior do Exército.
Artigo 4.º
Zonas militares dos Açores e da Madeira
1 - A zona militar dos Açores e a zona militar da Madeira asseguram a preparação e o treino das forças sob o seu comando, podendo ser-lhes atribuídas missões e meios operacionais.
2 - O comando de cada uma das zonas militares compreende:
a) O comandante;
b) O gabinete;
c) O estado-maior;
d) A unidade de apoio.
3 - Os comandantes das zonas militares são majores-generais e têm sob o seu comando as unidades, os estabelecimentos e os demais órgãos definidos por despacho do Chefe do Estado-Maior do Exército.
Artigo 5.º
Forças de apoio geral
1 - As forças de apoio geral são unidades de apoio de combate e de apoio de serviços que asseguram capacidades adicionais às grandes unidades, unidades operacionais e zonas militares, bem como o apoio supletivo às autoridades civis e a flexibilidade para responder a compromissos internacionais específicos.
2 - As forças de apoio geral geram capacidades nas áreas da defesa antiaérea, polícia do Exército, engenharia, defesa nuclear, biológica, química e radiológica, comunicações, guerra electrónica, informações e segurança militar, transporte, manutenção, reabastecimento e serviços, inactivação de engenhos explosivos, hospitalização e evacuação, apoio geográfico, cooperação civil e militar e operações psicológicas.
3 - As forças de apoio geral são as previstas na componente operacional do Sistema de Forças Nacional e a sua estrutura interna é definida por despacho do Chefe do Estado-Maior do Exército.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 6 de Dezembro de 2006. - José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa - Henrique Nuno Pires Severiano Teixeira.
Promulgado em 7 de Junho de 2007.
Publique-se.
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
Referendado em 8 de Junho de 2007.
O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
Potius mori quam foedari
 

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Lancero

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« Responder #490 em: Junho 28, 2007, 12:15:20 pm »
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Defesa: Exército conclui reorganização com publicação de decretos regulamentares

Lisboa, 28 Jun (Lusa) - O processo de transformação do Exército, iniciado  há dois anos e que extinguiu as regiões militares, concluiu-se hoje com  a publicação do decreto regulamentar que cria a Força Operacional Permanente  do Exército (FOPE).  

     

   A Força Operacional Permanente do Exército é o elemento da estrutura  do ramo que tem como "objectivo dar cumprimento a missões de natureza operacional"  e inclui a Brigada Mecanizada (BM), a Brigada de Intervenção (BI) e a Brigada  de Reacção Rápida (BRR), segundo o decreto, publicado hoje em "Diário da  República".  

     

   A FOPE inclui as grandes unidades e as unidades operacionais, as zonas  militares dos Açores e da Madeira e as forças de apoio geral.  

     

   No "Diário da República" publica também hoje os decretos regulamentares  Estabelece as atribuições, organização e competências da Inspecção-Geral  do Exército do Gabinete do Chefe do Estado-Maior do Exército.  

     

   A formalização da BRR e a extinção das regiões militares são consequências  directas da lei orgânica do Exército, que resultou do processo de reorganização  do ramo.  

     

   A 23 de Fevereiro de 2006, quando foi aprovada a lei orgânica, o Governo  anunciou que Exército passará a integrar uma componente operacional - materializada  na Força operacional Permanente - e uma componente fixa, que se afasta de  um perfil territorial e que assenta na estrutura de comando e na estrutura  base.  

     

   "Com esta reforma, perde-se a componente territorial do Exército, muito  assente na antiga perspectiva de Serviço Militar Obrigatório, e ganha-se  em operacionalidade, em flexibilidade e em rapidez na resposta", justificou  o Governo.  

     

   A transformação do Exército "é orientada por princípios de racionalização,  simplificação e economia de meios com o objectivo central de assegurar a  prontidão da força militar, que se pretende mais flexível, projectável e  pronta a ser emprenhada", ainda segundo o executivo.  

     
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PereiraMarques

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« Responder #491 em: Julho 03, 2007, 07:46:44 pm »
Decreto Regulamentar n.º 68/2007, D.R. n.º 123, Série I de 2007-06-28
Ministério da Defesa Nacional
Estabelece as atribuições, organização e competências da Força Operacional Permanente do Exército
Fonte: http://dre.pt/pdf1sdip/2007/06/12300/41384139.PDF

Decreto Regulamentar n.º 69/2007, D.R. n.º 123, Série I de 2007-06-28
Ministério da Defesa Nacional
Estabelece as atribuições, organização e competências da Inspecção-Geral do Exército
Fonte: http://dre.pt/pdf1sdip/2007/06/12300/41404140.PDF

Decreto Regulamentar n.º 70/2007, D.R. n.º 123, Série I de 2007-06-28
Ministério da Defesa Nacional
Estabelece as atribuições, organização e competências do Gabinete do Chefe do Estado-Maior do Exército
Fonte: http://dre.pt/pdf1sdip/2007/06/12300/41404142.PDF

Decreto Regulamentar n.º 71/2007, D.R. n.º 124, Série I de 2007-06-29
Ministério da Defesa Nacional
Estabelece as atribuições, organização e competências dos órgãos na dependência directa do vice-chefe do Estado-Maior do Exército
Fonte: http://dre.pt/pdf1sdip/2007/06/12400/41504151.PDF

Decreto Regulamentar n.º 72/2007, D.R. n.º 124, Série I de 2007-06-29
Ministério da Defesa Nacional
Estabelece as atribuições, organização e competências do Estado-Maior do Exército
Fonte: http://dre.pt/pdf1sdip/2007/06/12400/41524155.PDF

Decreto Regulamentar n.º 73/2007, D.R. n.º 124, Série I de 2007-06-29
Ministério da Defesa Nacional
Estabelece as atribuições, organização e competências do Conselho Superior do Exército e da Junta Médica de Recurso do Exército
Fonte: http://dre.pt/pdf1sdip/2007/06/12400/41554156.PDF

Decreto Regulamentar n.º 74/2007, D.R. n.º 125, Série I de 2007-07-02
Ministério da Defesa Nacional
Estabelece as atribuições, organização e competências do Comando do Pessoal, do Comando da Logística, do Comando da Instrução e Doutrina e do Comando Operacional do Exército
Fonte: http://dre.pt/pdf1sdip/2007/07/12500/41664179.PDF

Decreto Regulamentar n.º 75/2007, D.R. n.º 126, Série I de 2007-07-03
Ministério da Defesa Nacional
Estabelece as atribuições, organização e competências da Estrutura Base do Exército
Fonte: http://dre.pt/pdf1sdip/2007/07/12600/42844286.PDF
 

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PereiraMarques

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« Responder #492 em: Julho 05, 2007, 06:12:59 pm »
ORBAT do Exército Português (Força Operacional Permanente) na Wikipedia:
http://img70.imageshack.us/img70/7787/p ... rmyzc1.png
 

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PereiraMarques

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« Responder #493 em: Julho 08, 2007, 02:12:04 am »
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Defesa: Forças Armadas conquistam novos recrutas
10 mil jovens querem emprego na tropa
 
Pedro Galego

As Forças Armadas surgem cada vez mais como uma saída para muitos jovens que concluem o Ensino Secundário e não têm perspectivas de emprego. Prova disso são os milhares de jovens que mesmo após o fim do Serviço Militar Obrigatório, há quase três anos, continuam a inscrever-se na tropa. Só este ano foram mais de dez mil.
 
De acordo com dados do Ministério da Defesa, 10 092 jovens já formalizaram este ano a sua pré-candidatura para ingressarem nas Forças Armadas em regime de contrato ou de voluntariado. Mais 472 do que no ano passado, que contou com 9620 inscrições na instituição militar após os jovens participarem na campanha do Dia da Defesa Nacional.

O Exército, pelo terceiro ano consecutivo, foi o ramo que conquistou a maioria dos jovens. Cerca de 50 por cento dos mancebos que formalizaram a pré-candidatura optou de imediato por este ramo. Já 15 por cento escolheu a Marinha e nove por cento a Força Aérea. Restam os indecisos: oito por cento colocou como hipóteses a Marinha e o Exército; dois por cento a Marinha e a Força Aérea; cinco por cento o Exército e a Força Aérea e 11 por cento os três ramos.

Para o Dia da Defesa Nacional, que decorreu entre Outubro de 2006 e Maio de 2007, foram convocados 68 638 jovens com 18 anos. Mas no total compareceram 55 242 mancebos nas 11 unidades militares distribuídas pelo País, mais 1591 do que no ciclo 2005/06, onde 53 651 marcaram presença na iniciativa dos três ramos das Forças Armadas.

Dos 55 242 jovens que este ano não falharam ao Dia da Defesa Nacional, 86,2 por cento gostou ou gostou muito da iniciativa e 74,1 por cento garantiu ter ficado com melhor opinião das Forças Armadas. Aliás, 53,1 por cento admitiu mesmo a possibilidade de ingressar na instituição militar.

As remunerações e o regime de incentivos nas Forças Armadas constituem a principal atracção. Se nas primeiras cinco semanas os jovens recrutas recebem apenas cerca de 200 euros, o vencimento sobe depois para cerca de 500 euros. Já após 12 semanas de instrução os recrutas passam a ganhar acima desse valor.

NÚMEROS

- 68638 jovens com 18 anos foram convocados para comparecer nas iniciativas no âmbito do Dia da Defesa Nacional.

- 13396 jovens faltaram à convocatória do Ministério da Defesa para comparecerem numa das 11 unidades militares.

- 4178 mancebos pediram dispensa este ano do Dia da Defesa Nacional. Cerca de 90 por cento por residir no estrangeiro.

- 3790 cartas de convocação foram devolvidas ao Ministério da Defesa, 47 por cento por endereço insuficiente.

- 2030 jovens pediram o adiamento da sua comparência do Dia da Defesa Nacional. 194 casos já transitaram para 2007/2008.

- 69405 mancebos foram convocados no ciclo 2005/2006 para participar na iniciativa militar.

- 15754 dos convocados o ano passado não compareceu no Dia da Defesa Nacional.

- 11920 jovens inscreveram-se em 2004 nas Forças Armadas após serem convocados.

SAIBA MAIS

- 22 mil é o número de militares em regime de contrato nos três ramos das Forças Armadas. O Exército é o ramo como maior número: mais de 16 mil.

- 2004 foi o ano em que o Governo português acabou com o Serviço Militar Obrigatório (SMO). O ex-ministro da Defesa, Paulo Portas, foi o mentor do projecto.

INCENTIVO

Os militares que cumprirem dois anos de serviço em regime de contrato têm prioridade no acesso a 2,5% das vagas fixadas para o concurso nacional de acesso ao Ensino Superior.

SUBSÍDIO

Após o termo da prestação de serviço, os militares contratados têm direito a um subsídio de reintegração.

MULHERES

Actualmente apenas os homens com 18 anos são obrigados a comparecer no Dia da Defesa Nacional, mas o Governo quer alargar a regra às mulheres.
Ana Patrícia Dias

Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... l=90&p=200
 

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zocuni

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« Responder #494 em: Julho 08, 2007, 03:28:45 am »
Tudo bem,

Sr.Pereira Marques,poderia-me informar quantos efectivos e/ou contratados existem por arma,em nossas forças armadas?
Não sei se existe algum secretismo acerca disso,mas arrisco a pergunta.
Desde já,grato pela atenção.

Abraços,
zocuni