Nova organização do nosso Exército

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zecouves

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« Responder #555 em: Agosto 23, 2007, 11:05:35 pm »
A novela da ida de parte dos Comandos para Beja ainda não acabou ...
 

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LM

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« Responder #556 em: Agosto 24, 2007, 10:43:39 am »
Um país tão pequeno e tantos "condicionalismos" na escolha de bases... ou porque a "mão-de-obra" quer estar perto de casa, ou porque temos quer ter forças militares em todo o território nacional (mesmo que em regime de rotação e escalão companhia...).

Será que para um comando, tropa por excelencia muito motivada, um dos motivos da decisão importantes é a proximidade da residencia...?

Mas porque não manter a componente operacional (máximo 3 companhias) no RI1 na Carregueira e a companhia de instrução em Mafra: neste ultimo local existem as condições de treino ideais e está perto da Carregueira, mas não junta.
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Falcão

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« Responder #557 em: Agosto 24, 2007, 12:20:49 pm »
Por engano repeti uma notícia sobre o quartel de Tavira que já tinha sido colocada pouco antes pelo ricardonunes. Já a apaguei.

As minhas desculpas.
Cumprimentos
 

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zecouves

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« Responder #558 em: Agosto 24, 2007, 02:11:27 pm »
Citação de: "LM"
Um país tão pequeno e tantos "condicionalismos" na escolha de bases... ou porque a "mão-de-obra" quer estar perto de casa, ou porque temos quer ter forças militares em todo o território nacional (mesmo que em regime de rotação e escalão companhia...).

Será que para um comando, tropa por excelencia muito motivada, um dos motivos da decisão importantes é a proximidade da residencia...?

Mas porque não manter a componente operacional (máximo 3 companhias) no RI1 na Carregueira e a companhia de instrução em Mafra: neste ultimo local existem as condições de treino ideais e está perto da Carregueira, mas não junta.


As questões que levantas são bastante pertinentes, deixa-me dar um contributo.

Vários factores contribuem para a motivação de qualquer individuo, independentemente da sua profissão e do orgulho que tem em a praticar.

Ser comando/pára/fuzo/etcétera é um motivo de orgulho, no entanto, para efeitos de motivação é algo de curta duração. Outros factores contribuem, a longo prazo, para que um individuo (militar ou civil) se mantenha motivado: o vencimento, a estabilidade familiar etc.

Um comando/pára/fuzo/etc dos "sete costados" que tenha a sua familia (pai, mão, mulher e filhos, amigos, amantes, etc) em Seia e que só vá a casa ao fim-de-semana porque está em Beja ou noutro "pardieiro" qualquer durante 1, 2 X anos, só pode esmorecer e inclusivamente perder o equilibrio emocional por estar longos tempos afstados dos que lhe são mais queridos. Já para não falar do que se gasta em transportes. Já para não falar das dificuldades em chegar a Beja sem ser em carro próprio ...

Para dar um cariz mais cientifico ao meu "papo de c***" clica neste link:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hierarquia ... _de_Maslow

o autor já está um pouco ultrapassado mas ainda assim é util para explicar algumas coisas.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #559 em: Agosto 24, 2007, 02:20:08 pm »
Concordo em pleno com o zecouves.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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PereiraMarques

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« Responder #560 em: Outubro 22, 2007, 09:47:06 pm »
Citar
Das decisões que já tomou, desde a posse [Dezembro de 2006], quais avançam primeiro?

A primeira é o levantamento da 3.ª Companhia de Comandos e a sua colocação, a partir de 2008, na Carregueira. Depois há aspectos concretos, como a melhoria dos apoios de serviços, de fogos e de combate.

Destacam-se o reforço dos Comandos e a criação do Grupo de Apoio de Fogos para a Brigada de Reacção Rápida. O general é de Artilharia e é comando. Coincidências?

Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Está em causa o défice de rotação, porque temos apenas duas unidades [de comandos] para um ciclo normal de rotação que aponta para três companhias. Quanto ao apoio de fogos, o que prevalece é uma característica organizativa em que essa componente é determinante. Temos condições para colmatar esta deficiência com o material que temos.

Falou em orientar a reforma organizacional que vinha de trás. Não estamos perante uma reorientação?

Continuo a dizer que concordo com 90% do que vem de trás. Agora o que é preciso é corrigir o que não está a dar os resultados que pretendíamos. Por outro lado, há uma reacção natural e legítima dos comandantes das unidades: quando verificam que certos processos não correspondem àquilo que é a sua possibilidade de tirarem a maior eficiência e eficácia dos meios ao seu dispor, propõem alterações. E o CEME [chefe do Estado-Maior do Exército] tem procurado corrigir isso.

Qual é o horizonte temporal para implementar decisões com grandes custos financeiros, como a da concentração da estrutura superior de comandos?

O ministro voltou a falar-nos [ontem] do assunto e esse é um indicador extremamente positivo. Tudo o que corresponde a concentração e racionalização de estruturas corresponde a economias, em pessoal e financeiras. É um projecto de fundo, estruturante, que mexerá no dispositivo territorial actual.

Há problemas de recrutamento e ou retenção de militares no Exército?

Temos uma grande dose de insatisfação, enquanto não tivermos o nosso objectivo estrutural de 14 500 praças. Continuaremos na rua a desenvolver campanhas de sensibilização para o que é a realidade do Exército. É hoje uma prioridade de todos os comandantes das unidades sensibilizar e estimular o recrutamento. Estamos moderadamente optimistas.

O planeamento das missões no exterior é feito pelos ramos ou pelo Estado-Maior-General (EMGFA)?

Compete em primeiro lugar ao poder político, que faz as suas opções no sentido de participar em determinada missão. Atribui-a depois ao CEMGFA, que a encaminha para um dos ramos. Naquelas que nos competem, o treino operacional da força e o aprontamento é todo da responsabilidade do Exército.|


Fonte: http://dn.sapo.pt/2007/10/22/nacional/a ... o_ram.html
 

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Miguel

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« Responder #561 em: Outubro 23, 2007, 07:30:20 pm »
Grupo de apoio Fogos com 3 batarias de morteiros de 120mm??, e/ou Obuseiros de 105mm?
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #562 em: Outubro 24, 2007, 09:54:49 am »
105mm para a GAC da BRR e 155mm para a GAC da BI (pelo menos já apareceu vários artigos nesse sentido).
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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PereiraMarques

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« Responder #563 em: Outubro 24, 2007, 10:06:53 am »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
105mm para a GAC da BRR e 155mm para a GAC da BI (pelo menos já apareceu vários artigos nesse sentido).

Infelizmente somos levados a pensar que esse projecto de aquisição de obuses rebocados de 155mm pode ter sido abandonado.

Citar
Quanto ao apoio de fogos, o que prevalece é uma característica organizativa em que essa componente é determinante. Temos condições para colmatar esta deficiência com o material que temos.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #564 em: Outubro 24, 2007, 12:59:34 pm »
Se for assim ou os GAC vão ser muito pequenas ou então a BI vai perder o seu GAC.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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PereiraMarques

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« Responder #565 em: Outubro 24, 2007, 01:17:37 pm »
Não necessariamente...

O actual GAC da BrigInt poderia ter duas Baterias de Bocas de Fogo, com 12 105mm L-119 "Light Gun" e, eventualmente, uma Bateria de Morteiros Pesados de 120mm.

O Grupo de Apoio de Fogos da BrigRR, de salientar a designação Apoio de Fogos e não Artilharia de Campanha, poderia ter uma Bateria de Bocas de Fogo, com 6 105mm L-119 "Light Gun", uma Bateria de Morteiros Pesados de 120mm e, eventualmente, a Bateria/Pelotão de Artilharia Antiárea e/ou o Pelotão/Companhia Anti-Carro.

Podemos discutir se as forças de Artilharia Antiárea e Anti-Carro se enquadram ao não na doutrina de Apoio de Combate/Apoio de Fogos..., mas fica a ideia!

Portugal também tem apenas 14 Obuses Auto-propulsados 155mm M-109 A5 (e 6 M-109 A2 não-operacionais), pelo que o GAC da BrigMec apenas terá duas Baterias de Bocas de Fogo, com um total de 12 Obuses.

De salientar, claro, que isto é um assunto meramente especulativo/opinativo, pelo que será melhor esperar por novos elementos e ver o que os "artilheiros de serviço" aqui do fórum têm a dizer.
 

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zecouves

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« Responder #566 em: Outubro 24, 2007, 03:40:41 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Não necessariamente...

O actual GAC da BrigInt poderia ter duas Baterias de Bocas de Fogo, com 12 105mm L-119 "Light Gun" e, eventualmente, uma Bateria de Morteiros Pesados de 120mm.

O Grupo de Apoio de Fogos da BrigRR, de salientar a designação Apoio de Fogos e não Artilharia de Campanha, poderia ter uma Bateria de Bocas de Fogo, com 6 105mm L-119 "Light Gun", uma Bateria de Morteiros Pesados de 120mm e, eventualmente, a Bateria/Pelotão de Artilharia Antiárea e/ou o Pelotão/Companhia Anti-Carro.

Podemos discutir se as forças de Artilharia Antiárea e Anti-Carro se enquadram ao não na doutrina de Apoio de Combate/Apoio de Fogos..., mas fica a ideia!

Portugal também tem apenas 14 Obuses Auto-propulsados 155mm M-109 A5 (e 6 M-109 A2 não-operacionais), pelo que o GAC da BrigMec apenas terá duas Baterias de Bocas de Fogo, com um total de 12 Obuses.

De salientar, claro, que isto é um assunto meramente especulativo/opinativo, pelo que será melhor esperar por novos elementos e ver o que os "artilheiros de serviço" aqui do fórum têm a dizer.


È recorrente neste forum alguns postadores apresentarem esta ideia dos morteiros de 120 mm equiparem a artilharia do exército português. Independentemente de existirem paises onde a sua artilharia tem Baterias de morteiros, a verdade é que em Portugal os morteiros 120 mm são por tradição arma de apoio de fogos da Infantaria. Já para não falar que estae morteiros já estarem ultrapassados... enfim ...

Como, daquilo que eu sei, não está previsto a aquisição de novos morteiros 120 mmm, alguem me pode explicar onde se podem ir "arrebanhar" os morteiros 120 mm para as Baterias da artilharia portuguesa?

à semelhança do Pereira Marques também fico a aguardar pelo contributo dos ártis.
 

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PereiraMarques

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« Responder #567 em: Outubro 24, 2007, 05:08:23 pm »
Citação de: "zecouves"

Como, daquilo que eu sei, não está previsto a aquisição de novos morteiros 120 mmm, alguem me pode explicar onde se podem ir "arrebanhar" os morteiros 120 mm para as Baterias da artilharia portuguesa?


Provavelmente "reciclando" os morteiros em depósito no DGME...Por outro lado devemos considerar a extinção do 3.º BIPARA e o facto de as Brigadas portuguesas terem apenas dois Batalhões de Infantaria por cada uma.



Fonte: Anuário Estatístico do MDN (anteriomente disponível no site do MDN)
 

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paraquedista

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« Responder #568 em: Outubro 24, 2007, 06:30:50 pm »
Acho que estao a confundir tudo...

Num artigo, penso que no Jornal do Exercito vem a aquisicao num futuro proximo de Pecas de Artilharia 155 MM Rebocadas, para A Brigada de Intrevencao...o que liberta as Pecas de 105 MM para regressarem a BBR...ou seja o que o CEME disse e que iria colmatar a deficiencia em Apoio de Fogos na BBR com material existente...e efectivamente vai mas desta maneira. Penso eu de que...
 

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PereiraMarques

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« Responder #569 em: Outubro 24, 2007, 07:22:52 pm »
Citação de: "paraquedista"
Acho que estao a confundir tudo...

Num artigo, penso que no Jornal do Exercito vem a aquisicao num futuro proximo de Pecas de Artilharia 155 MM Rebocadas, para A Brigada de Intrevencao...o que liberta as Pecas de 105 MM para regressarem a BBR...ou seja o que o CEME disse e que iria colmatar a deficiencia em Apoio de Fogos na BBR com material existente...e efectivamente vai mas desta maneira. Penso eu de que...

A ver vamos, até 2015...

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Os programas de reequipamento, actualização ou aquisição previstos actualmente para a AC, segundo a Lei de Programação Militar de 2006 (LPM06), serão expostos seguidamente segundo a capacidade que vêm garantir ou manter.

Para manter a capacidade de intervenção será feito um upgrade ao AFATDS em 2012 e vão ser adquiridos obuses 155mm LW a partir de 2013 (estando entregues até 2015), dez equipamentos Laser para OAv em 2015, um Giroteodolito[27] em 2015, dois Goníometro-bússola em 2015, três radares conógrafo em 2015 e ainda cerca de 35 bússolas.

Para garantir a capacidade mecanizada apenas será realizado um upgrade ao sistema AFATDS em 2012.

Com o objectivo de manter a capacidade de Ensino, Formação e Treino será adquirida uma Estação Meteorológica Automática em 2012, um Giroteodolito em 2011, equipamento de Radar de Localização de Alvos Móveis em 2011, e será feito um upgrade ao AFATDS em 2011.


Fonte: www.revista-artilharia.pt/98001.htm