Nova organização do nosso Exército

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« Responder #510 em: Julho 10, 2007, 11:33:19 pm »
Na marinha também o é e na FA também é procesado da mesma maneira.

Assim ficou mais completo e eu não tive de fazer o testamento sozinho :wink:
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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PereiraMarques

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« Responder #511 em: Julho 11, 2007, 11:22:59 am »
Citar
2007-07-08 - 00:00:00

Mulheres de Armas
Diferentes entre iguais nas Forças Armadas
 
O espelho foi testemunha da satisfação. Tinha 16 anos, o irmão acabava de regressar a casa no primeiro fim-de-semana depois de ter começado a tropa, mas era a ela que o verde azeitona da farda assentava melhor. Ela assim achava, o reflexo da imagem a querer acompanhar o pensamento. Já ele, contrariado pela obrigação, não se importaria nada que a irmã lhe tomasse o lugar, embora nessa altura mulheres e serviço militar não fossem peças do mesmo dominó.
 
A tristeza de não poder cumprir o sonho de infância levou Ana Pombeiro de Jesus a emigrar para a Suíça, alguns anos depois de ter experimentado pela primeira vez a roupa do irmão. A hoje 1.º Sargento regressou com 23 anos, quando a notícia há tanto esperada veio pelo telefone: as mulheres iam finalmente poder prestar provas de admissão. Foi aí que a menina que sonhava com os tanques de guerra voltou a acreditar que os sonhos se existem é para serem cumpridos.

Já Mónica Pereira Martins estava longe de imaginar, quando aos 17 anos teve que se decidir por uma carreira, que ia pertencer ao grupo das primeiras mulheres a entrarem para os cursos de licenciatura da Escola Naval. Mais do que isso: que as notas que foram compondo a sua carreira iam sempre tocar-se de pioneirismo. Curiosamente, passou os seus dias de menina a pensar em números e a imaginar-se no futuro como professora de Matemática, influência das tias com a mesma profissão. Depois de acabar o 12.º ano, a 1.º tenente Pereira Martins inscreveu-se na Academia da Força Aérea, na Escola Naval e na Universidade de Coimbra, no curso de Matemática Aplicada. Foi admitida nas três, preferiu a segunda. Mas os pais, com medo que Mónica se arrependesse da escolha e não se adaptasse à dura vida militar, pagaram a primeira propina na faculdade, para garantir o lugar. Ela disse que não, não era preciso. Não foi. Não chegou nunca a desenhar números no quadro preto. Em vez disso, fez da escolha profissão que não se imagina a abandonar. A equação tem resultado.

Foi a necessidade de procurar um rumo profissional que a preenchesse e lhe desse o que o trabalho em Gestão nunca conseguiu, que fez Maria João Oliveira fazer um círculo no anúncio de jornal que falava no recrutamento de mulheres para a Academia da Força Aérea e sublinhar a vontade de aventura e desconhecido. Arriscou, foi aceite. Estava-se em 1991, e a major Maria João tinha 26 anos, e no currículo a palavra mágica: solteira, uma das condições para entrar. O estado civil alterou-se por duas vezes, depois de entrar na academia: de solteira a casada e mais tarde divorciada. Mas ainda hoje agradece ter aberto o jornal no dia em que viu o anúncio: é mais feliz como militar do que como civil.

Quem também o diz é a tenente-coronel Anabela Varela, que só lamentou ter deixado os saltos altos em favor das botas da tropa. “Foi o mais difícil de trocar, fiquei sem calcanhares no primeiro exercício e com as mãos calejadas só de puxar os cordões das botas”, assume a jurista de profissão. A criança que sonhava ser hospedeira de bordo percebeu em adulta que o sonho repetido de voar se fazia com as asas da Força Aérea mais do que com os aviões civis. Mas, como Ana de Jesus, não pode concorrer logo à Academia por não serem admitidas mulheres quando terminou o liceu, o que lhe cortou as ‘asas’. Formou-se por isso em Direito e o mesmo anúncio de jornal que Maria João viu, abriu-lhe a porta para o sonho antigo que nunca tinha sequer verbalizado para si própria. Na Academia da Força Aérea passou a ser a Marcela, alcunha que partilhava com Maria João, que entrou no mesmo ano. Tem explicação: o primeiro licenciado que entrou para a Força Aérea tinha o mesmo nome, e a partir daí os licenciados não mais se escaparam da designação.

HOJE, MÓNICA É PILOTO NAVAL

Ana pertence à administração militar pára-quedista, Maria João é chefe de Secção Administrativa da Repartição de Auditoria Administrativa da Direcção de Finanças da Força Aérea, e Anabela é jurista. São mulheres nas Forças Armadas e dizem-se diferentes entre iguais. É esse o estandarte que defendem. Sem armas, mas com a convicção do treino militar que as formou. Quando a conversa se começa a escrever de discriminação, as reticências anunciam hesitação. Mas garantem que não, nunca se sentiram inferiorizadas pelos “camaradas” homens.

Ana de Jesus vai mais longe e aponta o dedo às facilidades excessivas que são dadas ao sexo feminino na recruta. “Sou contra as percentagens, porque não acho que a nossa integração seja difícil, nós é que a tornamos difícil”, diz, enquanto acusa o desemprego de levar para a vida militar mulheres sem condições físicas para tal. “Há facilidades para as militares femininas e os homens percebem isso, o que ajuda a criar o sentimento de injustiça”, explica a militar que participou em três missões de apoio à paz. A major Maria João também destaca a discriminação positiva, e refere a protecção e o paternalismo que sempre sentiu por parte dos camaradas masculinos. Nega que alguma vez tenham duvidado do seu valor militar.

Já Mónica, não esquece que durante os primeiros tempos a grande dificuldade foi ao nível das infra-estruturas: não estavam preparadas para as mulheres. “Era tudo feito a pensar nos homens, os próprios navios não estavam prontos para receber o sexo feminino”, avança a 1.ª Tenente Pereira Martins, hoje piloto da fragata Álvares Cabral, que sublinha a evolução que a área militar tem sofrido nos últimos anos. A tenente, solteira e sem filhos, lembra, no entanto, que a Marinha se confronta com a maternidade, porque uma mulher grávida não pode embarcar. De uma ou outra forma, sentiram as quatro que nem sempre as portas se abrem com um empurrão, e que muitas vezes a dificuldade está na fechadura. Ana de Jesus sofreu isso na pele.

Depois de concretizar o sonho maior que tinha, o de ser admitida, a 1.º sargento queria mais do que vestir a farda: queria ir para Infantaria, ser operacional, estar na linha da frente nos combates. “Na altura não era permitido às mulheres serem operacionais, por isso tive de me contentar com a parte administrativa”, conta. “Lembro-me de, nessa altura, um superior meu me dizer: ‘Ainda vais ser a primeira mulher comando em Portugal’”. O tempo “errado” em que nasceu não deixou, mas o mesmo tempo transformou a mágoa em amor à camisola: “Hoje também gosto de administração militar”, explica Jesus – como é tratada na Escola de Pára-quedismo de Tancos, onde trabalha.

Também Anabela lamenta a fechadura que aos 18 anos não foi possível abrir. Trancada a sete chaves. “Se pudesse ter ingressado logo, e não só aos 28 anos, hoje não era jurista: era piloto de aviões.” Desilusões à parte, nenhuma das quatro mulheres das Forças Armadas imagina a vida longe dos camaradas, das fardas, das paradas. E também da aventura e do desafio constantes, que todas confessam ter sido o que as levou até à profissão que hoje exercem. Acumulam muitas histórias para contar, que as missões e o treino lhes escreveram nas páginas. Ana tem dificuldade em escolher uma. Acaba, entre risos, por lembrar quando foi no primeiro contingente para o Kosovo, na mesma altura em que os refugiados estavam a regressar. Os militaes ficaram alojados em tendas de campanha individuais, no mato, mas muitas vezes acabavam por dormir nas viaturas.

Ana procurava um camarada masculino e, quando chegou ao pé dele, o militar estava... nu. “Oh Jesus, desculpa”, terá dito, mais incomodado com a situação do que ela. A 1.º sargento foi também, muitas vezes, ombro de saudades. “Eles aproveitavam para falar com as militares mulheres sobre as esposas e os filhos, dada a nossa sensibilidade especial”, conta. Diz também que moderavam a linguagem “de caserna” desde que as primeiras mulheres começaram a participar em missões, o que facilitava quando chegavam a casa junto das famílias e não tinham de repensar o vocabulário.

Os olhos azuis de Anabela Costa Varela iluminam-se quando recorda o maior elogio que recebeu de um militar homem: “Esqueci-me de que és uma mulher.” Uma mulher que dança nos tempos livres, tem uma filha de 20 anos, e que durante dois anos integrou o Comité Executivo das Mulheres nas Forças Armadas, como Deputy Chair. Mónica Pereira Martins sorri quando diz que os amigos acham “espectacular” ter uma amiga militar, e que é o orgulho da família que sempre a apoiou. A Inês e o Francisco, de 11 e 9 anos, já estão habituados a que a mãe, Maria João, seja militar e que influenciada pela organização e hierarquia da profissão que tem, lhes imponha mais regras que as mães dos amigos. Os sobrinhos de Ana de Jesus, com quem esta aproveita os tempos livres, também. E nunca se escapam de ir na rua e ouvir: “Agora é que eu devia ser militar”.

ESTUDO MOSTRA EVOLUÇÃO POSITIVA

A socióloga Helena Carreiras, investigadora do CIES/ISCTE tem vindo a estudar o tema da integração feminina nas instituições militares. Carreiras participou no Colóquio ‘Igualdade de Oportunidades nas Forças Armadas’, que decorreu em Lisboa. Na sua apresentação, a socióloga referiu que a situação das mulheres nas Forças Armadas das democracias ocidentais tem vindo a alterar-se significativamente nas últimas quatro décadas: muitas restrições foram eliminadas, com um mais fácil acesso das mulheres a um conjunto alargado de posições e funções. Portugal está, aliás, acima da média no que respeita à representação feminina nas Forças Armadas. No entanto, a socióloga diz que a integração militar feminina está longe de ser concretizada, pois as mulheres são ainda excluídas de áreas e funções ligadas ao combate e têm uma representação limitada em posições de poder.

APOIO DA FAMÍLIA

Mónica Pereira Martins, Ana de Jesus, Maria João Oliveira e Anabela Varela têm em comum o facto de terem sido incondicionalmente apoiadas pela família quando decidiram abraçar o sonho militar. Mesmo em relação aos amigos “civis” – como gostam de frisar – dizem não sentir qualquer tipo de diferença de relacionamento. Consideram que a conciliação entre a vida familiar e a carreira militar não é diferente de em qualquer outra profissão, e o mais difícil são mesmo as ausências em trabalho. Anabela e Maria João só sentiram isso no primeiro ano da Academia, em que a semana de treino intensivo as levava a casa só ao fim-de-semana, mas Mónica e Ana, ambas solteiras, têm de passar algumas temporadas fora. A 1.º tenente quando está embarcada na fragata Álvares Cabral (já chegou a passar seis meses longe da família), a 1.º sargento quando participa em missões – como já aconteceu na Bósnia e no Kosovo, ambas de apoio à paz. As quatro defendem que quando “o treino é duro, o combate é fácil”, que aplicam à sua vivência enquanto “diferentes entre iguais”.

DADOS

16 por cento das mulheres colocadas nas Forças Armadas pertencem à Força Aérea, 13,5% ao Exército, e 6,6% à Marinha.

14 por cento dos militares portugueses das Forças Armadas são mulheres (em 2007). Em 2006 a percentagem era de 12%, em 2005 de 10,3% e em 2000 a representação era de 6,6%.

19 por cento das mulheres militares no Exército estão em funções de apoio, 14,3% em funções técnicas e apenas 7,9% são operacionais. Na Marinha apenas 2% são operacionais e na Força Aérea a percentagem é de 7%.

1479 entre o ano 2000 e o de 2006, mais 1479 mulheres ingressaram nas Forças Armadas Portuguesas. Comparando o ano de 1994 e o de 2006 a evolução é ainda mais notória: mais 3089 mulheres.

Fonte: Carreiras, Helena (2006) Gender and the Military. Women in the Armed Forces of Western Democracies, London and New York, Routledge. Relatórios anuais do CWINF (Committee on Women in the NATO Forces).

Marta Martins Silva


Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... idCanal=19
 

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PereiraMarques

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« Responder #512 em: Julho 13, 2007, 03:51:51 pm »
Apenas um pequeno parêntisis para quem se interessar por estas questões como eu.

Nova Herálidica da Escola Prática dos Serviços:


Armas

Escudo - De azul, uma lucerna de ouro, acompanhada em ponta de três lanchinhas do mesmo, vazias do campo, 2, 1;
Elmo militar - De prata, forrado de vermelho, a três quartos para a dextra;
Correia - De vermelho perfilada de ouro;
Paquife e virol - De azul e de ouro;
Timbre - Uma embarcação Viquingue aparelhado e vogante de ouro;
Condecoração - Pendente do escudo a medalha de ouro de serviços distintos;
Divisa - Num listel de prata, ondulado sotoposto ao escudo, em letras de negro, maiúsculas de estilo elzevir: “AUDAX IN INTELLECTU ET IN LABORE”.

Simbologia e Alusão das Peças

O AZUL - Do campo, ao lembrar a incomensurável dimensão celeste, sugere o leque alargado das disciplinas que constituem os cursos que a Escola Prática dos Serviços ministra, sempre com clareza e transparência;
A LUCERNA - Símbolo da luz do espírito, da fé viva e da força da sabedoria, alude à dimensão didáctica da Escola, cujo propósito firme é cumprir dedicadamente as linhas orientadoras vindas do Comando da Instrução e Doutrina. Sendo uma fonte de luz, a lucerna recorda-nos a origem latina da palavra “aluno”, a + lumni: sem luz, sem conhecimento;
As LANCHINHAS - Representam uma das siglas utilizadas pelos pescadores poveiros, numa manifestação de Heráldica Popular, única no País, e constituem uma homenagem à cidade onde nasceu esta Escola. Tendo a forma geométrica de triângulos, as lanchinhas remetem-nos para o equilíbrio constante nas suas áreas de aprendizagem, materializadas nos serviços representados nesta Escola: Administração Militar, Material, Transportes e Pessoal e Secretariado. A posição que ocupam no campo do escudo sugere-nos um novo triângulo que representa a própria Escola Prática, renascida dos três órgãos extintos aquando da sua criação: A Escola Prática de Administração Militar, a Escola Prática do Serviço de Material e a Escola Prática do Serviço de Transportes;
A EMBARCAÇÃO VIQUINGUE - Reflecte o espírito arrojado característico daqueles intrépidos viajantes – há na região marcas deles –, que executavam o seu desígnio quaisquer que fossem as circunstâncias. Este Povo regia-se por um forte espírito comunitário no qual todos se deviam entreajudar, sendo que o trabalho era dividido de acordo com as especialidades de cada um, filosofia estrutural desta escola, dado que reúne vários serviços;
A divisa, “AUDAX IN INTELLECTU ET IN LABORE”, exorta para a audácia que se deve pôr em qualquer actividade, lembrando a complementaridade necessária entre inteligência e trabalho.

Os esmaltes significam:

O OURO, constância e firmeza;
O AZUL, zelo e lealdade.
 

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zocuni

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Heráldica.
« Responder #513 em: Julho 13, 2007, 04:30:14 pm »
Tudo bem,

Pereira Marques,aí está um tema interessante a heráldica.Será que existe neste saite,um tópico dedicado a este tema?
Seria muito oportuno e até mesmo didático,existir um tópico que tratasse esse legado vastíssimo e valioso.
Talvez até se justificasse um projecto mais ambicioso,um portal dedicado ao tema,incluindo de outros países,penso que seria enriquecedor.
Já agora alargar a outros conteúdos temáticos,como a numismática e selos,comemorativos de nossas forças armadas.Caso não exista fica lançado o desafio.

Abraços,
zocuni
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #514 em: Agosto 03, 2007, 11:19:28 am »
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #515 em: Agosto 03, 2007, 11:20:22 pm »
Já tinha lido por alto os planos do actual CEME, mas lendo mais detalhadamente fiquei com uma óptima impressão. O senhor em questão tem projectos ambiciosos, mas que podem ser perfeitamente trilhados pelo Exército Português.

Citar
- Certificação pela OTAN de um Comando de Brigada e o seu posterior empenhamento operacional;

- Prioridade ao processo de concentração da Estrutura de Comando do Exército, bem como à modernização das infraestruturas de formação e treino e dos aquartelamentos;

- No âmbito da Componente Operacional, são objectivos do Exército “levantar o Elemento de Defesa Biológica-Química, recorrendo às capacidades do Laboratório de Defesa Biológica do Hospital Militar Principal e dos meios de Defesa NBQ;
- Levantar o Elemento de Guerra de Informação, com a vertente da Guerra Centrada em Rede, visando a obtenção de uma superioridade de informação no campo de batalha, em linha com o objectivo de transformação da OTAN de obtenção da superioridade da decisão;
- Participar, com pessoal qualificado, uma Companhia Conjunta Projectável de Comunicações e Sistemas de Informação (Deployable Communications and Information Systems -DCSIS), em apoio à NRF;
- Avaliar a finalidade, missão e tipo da 3ª Unidade de Escalão Batalhão (UEB) da Brigada de Reacção Rápida (BrigRR),assim como a oportunidade do seu levantamento;
- Rever o actual conceito de Apoio de Combate à BrigRR, de forma a conferir-lhe meios orgânicos de apoio de fogos.”

No âmbito dos Recursos Materiais, estabeleceram-se como linhas prioritárias “acompanhar os processos de aquisição/desenvolvimento constantes na LPM, particularmente os dos seguintes programas estruturantes:
- Rádios 525, SICCE e SIC-T;
- Viaturas blindadas de rodas;
- Modernização da capacidade mecanizada (M113 e CC Leopard 2A6);
- Helicópteros ligeiros e helicópteros NH-90; armamento ligeiro.”

Como já disse, acho que são tudo projectos perfeitamente ajustados à nossa realidade e perfeitamente concebiveis.[/quote]


http://www.exercito.pt/portal/exercito/ ... ectiva.pdf
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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« Responder #516 em: Agosto 08, 2007, 02:01:11 pm »


Alguém sabe qual é a orgânica da Unidade de Apoio da BrigRR, a nível de Companhias e Pelotões? Afinal qual é a actual capacidade da BrigRR em termos de Apoio de Combate e Apoio de Serviços?

Existe ainda a Companhia de Transmissões ou foi reduzida a Pelotão?Existe um Pelotão de Engenharia? Um Pelotão de Defesa Anti-aérea? Os meios atribuidos à extinta Companhia Anti-Carro (Milan e Carl Gustav) foram armazenados em paiol ou serviram para reforçar o 1.º e 2.º BIPARA's?
 

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« Responder #517 em: Agosto 08, 2007, 04:26:52 pm »
Assim que chegar a casa respondo-te.  :wink:
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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« Responder #518 em: Agosto 09, 2007, 11:54:15 am »
A UA/BRR é na verdade o novo nome do Estado-Maior da BRR (antigo CTAT).
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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« Responder #519 em: Agosto 09, 2007, 11:55:02 am »
A Companhia de Transmissões ainda existe e está salvo erro em Tancos na BRR.
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« Responder #520 em: Agosto 09, 2007, 11:57:05 am »
A BAAT salvo erro foi reforçada com pelotões de Morteiros pesados, misseis anticarro Milan, engenharia e anti-aéreo (Stingers).
No último Apollo 07 (ver a última edição da Take Off) esta última unidade participou.
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« Responder #521 em: Agosto 09, 2007, 12:44:23 pm »
OK, obrigado Cabeça de Martelo, a ver se percebi, a UE/BRR é uma unidade de escalão Batalhão e engloba o Comando da BRR/Companhia de Comando e Serviços e eventualmente a Companhia de Transmissões.

Enquanto ao BAAT, realmente estive a ver o artigo da Wikipedia em inglês sobre a ETP e parece que alguém já tinha incluído esses dados...mesmo o Pelotão Anti-Carro...
Citar
ETP Sub-Units
The ETP is made of the following units:

Instruction Battalion: responsible for the forming of paratroopers. (Recruitment, Parachute course, Combat course, etc)
Aeroterrestrial Support Battalion:
Airborne Equipment Company
Airborne Supplying Company
Pathfinders Company
Airborne Activity Center
War Dogs Center
Engineers Platoon
Anti-aircraft artillery Platoon
Heavy Mortars Platoon
Selection of Parachute Troops Center

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Parachute_Troops_School
 

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« Responder #522 em: Agosto 09, 2007, 01:09:48 pm »
Faz-me lembrar algumas duvidas que tinha http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=4866&highlight= e continuo a ter...

Se os morteiros pesados (120mm) estão sob comando do "Bat Comando e Apoio" (ver aspas) da BRR isso quer dizer que os BatIPq têm apenas como apoio de fogo os 82mm (e também, talvez, algo menor) - na Comp Apoio do bat ou directamente nas Comp's Atiradores?

E qual o equipamento A/Tanque dos BatIPq?

E se a bateria de 105mm for colocada na BRR isso implica o deslocar dos 120mm para os BIP ou...?
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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« Responder #523 em: Agosto 09, 2007, 02:08:09 pm »
Quando se acabou com a CMP alguns morteiros de 120mm foram reforçar os BIATs. Neste momento não sei como isso está.

Armamento anti-carro nos BIParas: Carl Gustav e Misseis Milan.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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SSK

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« Responder #524 em: Agosto 09, 2007, 06:23:12 pm »
Citar
Defesa: Dívida de 73 milhões de euros em causa

A inviabilidade financeira da Manutenção Militar e das Oficinas Gerais do Fardamento e Equipamento (OG-FE) levou o Ministério da Defesa a criar um grupo de trabalho para avançar com a reestruturação dos dois organismos responsáveis pelo apoio logístico ao Exército. Actualmente o passivo das duas estruturas ascende a 73 milhões de euros.
A extinção da Manutenção Militar e das OGFE é uma hipótese afastada para já pelo Governo, ao contrário do que sugeriam os anteriores estudos. “O Ministério da Defesa decidiu reavaliar o processo, na tentativa de encontrar forma de, não extinguindo estas estruturas, solucionar os problemas detectados”, refere o comunicado enviado ao CM.

Todos os estudos realizados nos últimos dez anos apontaram para a extinção daqueles organismos e a subcontratação dos serviços necessários. Até porque tanto a Manutenção Militar como as OGFE cobram ao Exército valores de produção de equipamentos e serviços acima dos praticados no mercado.

O Ministério da Defesa, tutelado por Severiano Teixeira, reconhece a situação crítica: “O sobredimensionamento e o acumular de passivos têm levado a Manutenção Militar e as OGFE a entrar num processo de inviabilidade financeira”. Conforme já publicou o CM, a Manutenção Militar soma avultadas dívidas a fornecedores. Mesmo assim, o Governo acredita na reestruturação dos organismos. Por isso, o grupo de trabalho, que apresenta conclusões a 28 de Fevereiro de 2008, tem quatro objectivos: eliminar o passivo, garantir a eficácia do apoio logístico ao Exército, reconverter os recursos humanos e dinamizar as estruturas.

O gestor Fernando Santos, que já exerceu funções na TAP e na Expo’98, irá presidir o grupo de trabalho composto por representantes dos ministérios da Defesa, Finanças e Exército. De acordo com o Ministério da Defesa, “só o presidente auferirá vencimento, segundo os valores de mercado”.

No caso do estudo à modernização do Arsenal do Alfeite, o presidente do grupo de trabalho, Carlos Veiga Anjos, teve uma remuneração de 95 mil euros pelo trabalho de quatro meses.

RECONVERSÃO PARA 1500 MILITARES

O Ministério da Defesa deu instruções ao grupo de trabalho para “promover a reconversão” dos cerca de 1500 funcionários da Manutenção Militar e das Oficinas Gerais do Fardamento e do Equipamento. O Governo reconheceu, em comunicado, o excessivo número de efectivos nestas duas organizações públicas e sublinhou o facto de actualmente permanecer o mesmo número de funcionários nas duas organizações que durante a Guerra Colonial. Na altura, as estruturas prestavam apoio a mais de 300 mil militares, mas hoje o Exército é composto apenas por cerca de 24 500 efectivos.

Dos cerca de 1500 funcionários da Manutenção Militar e das OGFE, apenas 120 são militares, incluindo os comandantes.

Note-se que, nesta matéria, tal como os restantes ministérios, também a Defesa terá de cumprir as regras da mobilidade e apontar a sua lista de supranumerários. As conclusões do grupo de trabalho, presidido pelo gestor Fernando Santos, terão de ser apresentados até Fevereiro de 2008.

NOTAS SOLTAS

OFICIAIS COM MINISTRO

A Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA)

é recebida hoje pelo ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira. Segundo um comunicado da AOFA, o encontro estava suspenso deste 16 de Novembro do ano passado.

COMPETÊNCIAS

A Brigada Mecanizada de Santa Margarida, Constância, do Exército assina hoje um protocolo de itinerância com o Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA) de Santarém para certificação de competências do pessoal militar e civil.

SAIBA MAIS

90

Milhões de euros foi o valor do activo líquido registado em 2006 pelos dois organismos responsáveis pelo apoio logístico ao Exército.

120

É o número de militares destacados para os serviços da Manutenção Militar e das Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento, num total de cerca de 1500 funcionários.

MANUTENÇÃO MILITAR

A empresa pública, tutelada pelo Exército, apoia prioritariamente e em permanência aquele ramo das Forças Armadas, através do fornecimento de viveres e combustíveis. Mas presta também apoio aos restantes ramos e aos militares destacados.

OGFE

As OGFE, criadas a 1 de Setembro de 1969 após a fusão das Oficinas Gerais de Fardamento com a Fábrica Militar de Santa Clara, prestam apoio logístico ao Exército e aos restantes ramos das Forças Armadas.

Ana Patrícia Dias
 

 
in  Correio da Manhã
9 de Agosto de 2007
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo