O que pensam de um país que aprova uma lei punindo com prisão quem expresse uma opinião contrária à verdade oficial? Não,não é a Albânia de Enver Hoxha,é uma democracia em pleno século XXI membro da CEE e subscritora dos Direitos do Homem--- a Alemanha.Irving,por seu lado,coloca-se numa posição disparatada e ridícula ao negar o Holocausto.Que apresente provas,se fôr capaz.Entre os dois...
Na História os factos são normalmente travestidos de acordo com as opiniões do autor.É por isso que é tão interessante tomar contacto com obras que fujam às verdades oficiais,no sentido de abrirem uma porta que permita a entrada de ar fresco.O que me intrigou no livro de Irving "O Jugamento de Nuremberga" e me levou a comprá-lo foi a frase da introdução
Carlos Rendel ->
As mentiras que David Irving foi construindo ao longo da sua carreira, são infelizmente um facto já demonstrado.
Irving aproveitou-se do facto de no mundo anglo-saxonico o bombardeamento de Dresden ser pouco conhecido, para INVENTAR dados sobre esse mesmo bombardeamento. Lembro que Irving falsificou documentos, falsificou declarações e inventou outras, para afirmar que tinham morrido 300.000 pessoas no bombardeamento.
Dresden foi de facto uma catástrofe, mas foi mais um bombardeamento durante a II guerra mundial, que provocou uma tempestade de fogo. Nem sequer foi o unico, pois os bombardeamentos de 1943 sobre o norte da Alemanha, em 1943 foram igualmente devastadores.
Tão devastadores que o ministro do armamento alemão afirmou que a Alemanha nao aguentaria mais dois bombardeamentos como aqueles.
Irving afirmou que as câmaras de gás na Polónia eram falsas, e posteriormente isso foi confirmado. Mas foi confirmado há várias décadas atrás. Os planos entretanto encontrados, demonstram que as câmaras de gás foram reconstruídas exactamente como o tinham sido na origem.
Os nazis aperceberam-se da monstruosidade que tinham feito. Aperceberam-se de que os campos de extermínio seriam um sucesso se a Alemanha ganhasse a guerra, porque ninguém faria perguntas.
Mas com a perda da guerra, ninguém queria ficar com as culpas pelos crimes. Onde foi possível destruir arquivos e documentos, eles foram destruídos.
É uma pena que o Sr. Irving não tenha tentado procurar a grande quantidade de documentação que estava disponível, alguma dela na Alemanha Comunista.
Basicamente, Irving é um «Tratante» que usou e abusou da liberdade que tem, para por em causa factos da guerra, porque muitos deles foram relatados na primeira pessoa, tendo os alemães destruido os documentos.
Basicamente, e simplificando ao máximo, este senhor nega o Holocausto, com base no facto de que não foi encontrado o documento assinado por Hitler onde este manda executar os judeu.
Ele não explica nem interpreta no entanto, as razões de Hitler e dos Nazis, ele não explica o que Hitler quer dizer quando em «Mein Kampf» fala da Russia como destino:
«Devemos pensar na Rússia e nos seus estados vassalos (...) A História leva-nos a olhar para Leste»
É um Historiador e investigador de pacotilha, que acha que por catar muitos documentos consegue interpretar a História, ignorando os factos conhecidos, para os quais fica sem resposta.
Além disso ele distorce factos, tentando dar a impressão de que toda a gente tentou incriminar os alemães sobre o massacre de Katyn, quando hoje sabemos que ninguém em Nuremberg (entre os ocidentais) acreditou nas invenções dos russos.
Os russos queriam matar entre 50.000 e 100.000 dirigentes alemães e queriam quatro milhões de prisioneiros de guerra para trabalhos forçados de reconstrução da URSS.
Os aliados ocidentais tiveram que negociar com os russos uma saída, para evitar que eles continuassem a exigir o banho de sangue que tinha sido pedido por Estaline.
David Irving, é um autor perigoso, principalmente para quem nunca leu nada sobre a II guerra mundial.
Sem bases, sem conhecimentos anteriores, as palavras de Irving podem parecer ter sentido.
Quando mergulhamos um pouco mais profundamente nos temas, começamos a perceber que as teses de David Irving, não passam de castelos de cartas, levemente equilibrados pela cola da ignorância.
O que aconteceu com Irving e as razões porque foi preso na Áustria, têm exactamente a ver com isso:
Governos e juízes tão fartos da repetição de demasiada estupidez na forma de livro, que corre o risco de ser levada a sério por leitores incautos e influenciáveis.
No fim, quando os seus livros foram desmascarados e as mentiras que construiu desde 1963 vieram ao de cima, principalmente após o colapso da URSS, dedicou-se ao que realmente era o seu objectivo: Negar o Holocausto.
Mahmoud Ahmadinejad, agradeceu a David Irving pelo seu trabalho.
Irving, junta-se ao Grande Feiticeiro Imperial David Duke, do Ku Klux Klan e a outras grandes individualidades negadoras do Holocausto.
A negação do Holocausto, é uma monstruosidade e uma mentira, perante as provas forenses que existem. Não foram inventados os milhares de dentes de ouro, os candeeiros de pele humana, as experiências feitas pelos nazis nos campos de concentração, as grandes quantidades de cabelo humano guardadas pelos nazis, as valas comuns das centenas de milhares de pessoas que não foram mortas nos campos de concentração.
E os milhões de pessoas que nunca mais tiveram notícias dos seus familiares após a II guerra mundial.
David Irving, deve acreditar, como Ahmadinejad e outros, que os milhões de judeus que havia na Alemanha, e que desapareceram por obra e graça do divino espirito santo, foram todos transportados por OVNIS para outro lado. :roll:
