Ótimo, agora estamos a chegar a algum lado. Apresentas bons argumentos, mas o F-16 continua a ter todas as vulnerabilidades políticas do F-35 e a LM já veio dizer que consegue entregar os primeiros em quatro anos… para mim, a solução dos F-16 modernos é perigosa porque assume que vamos entrar num 6G (pouco provável, dado os custos envolvidos), sendo a alternativa provável manter os aviões a voar até 2070, já que células novas vão ter um tempo de vida muito grande. Esta última solução seria um desastre absoluto.
Quanto à questão dos F-16 do Catar vs. eurocanards modernizados para última geração, concordo que o custo inicial é de entrada em operação do primeiro seria menor, mas o beco sem saída tecnológico seria um obstáculo brutal. Pelo menos os eurocanards vão continuar a ser modernizados nos próximos 20 anos.
Em resumo, acho que qualquer solução que salte o 5G é fique dependente da entrada no 6G apresenta riscos brutais no médio e longo prazo para a sobrevivência da aviação de combate. Qualquer solução tem que integrar integral ou parcialmente o F-35 para segurar contra a sua extinção a prazo.
F-16 usados, por já operarmos a aeronave, e pelo (provável) custo de aquisição mais reduzido, facilmente escapavam ao escrutínio. A questão da dependência dos EUA também seria menos grave que o F-35, por ser um avião menos complexo, com boa disponibilidade de peças, pessoal experiente, etc.
Qualquer solução stop-gap é perigosa. E até ver, aquela solução de Typhoon + F-35 parece completamente irrealista, além de ter o risco claro de que o Governo que assinasse a compra dos Typhoon, empurrasse a compra dos F-35 para mais tarde/outro governo, e no fim ficavas só com Typhoon.
Os Block 60 dos EAU, são uma incógnita (em termos de disponibilidade e preço), mas seriam os F-16 mais promissores para eventual solução stop-gap, por já virem "modernizados" quando comparados com Block 50/52 usados.
Isto assumindo que não há nenhuma ANG americana disposta a vender uns 28 F-16V já modernizados, que se aguentassem até 2045. Se houver, isto muda a equação.
A questão de modernizar o caça que fosse escolhido para solução stop-gap ao longo de 20 anos, não seria assim tão relevante. Os principais upgrades seriam relativos às OFPs, e o grosso do investimento seria no equipamento e sobretudo munições. E o armamento é a forma mais eficaz de manter um 4G/4.5G minimamente relevante.
Qualquer que fosse o 4.5G, já sabemos que estaríamos na segunda linha, portanto não fazia sentido upgrades maciços para qualquer que fosse o modelo.
Mesmo a compra de uns Block 50/52, que aguentassem até 2035/40, podia ser uma solução útil, permitindo adiar a substituição definitiva dos F-16 para a era "pós-Trump", em vez de se decidir agora mesmo. Porque a pressa de se decidir "agora mesmo" é o que aumenta o risco de ser feita uma escolha política por Gripen/Rafale novos, e depois aí não há nem F-35 nem 6G para ninguém.

No fim, a opção de menor risco, acaba por ser com F-16 usados, de forma a adiar a decisão, sem perder capacidade operacional. Opção esta que, pelo custo mais reduzido, permite a compra de armamento, e ainda permite alguma margem financeira para entrar num 6G caso seja esse o rumo.
O GCAP sozinho tem um problema, que é ser overkill para QRAs e missões similares. Provavelmente vai obrigar a um caça de segunda linha. Talvez uma aeronave de treino a jacto, talvez o KF-21 NG.
O ideal para a FAP, em termos de capacidades puras e duras, seria F-35 + GCAP.
No entanto isto só seria remotamente possível, com uma compra a curto prazo de F-35, e com os F-16 MLU/F-16 usados a operar até à década de 40, e mesmo assim...
Com Typhoon é completamente impossível esta opção, pelos custos.
Depois temos a questão dos Loyal Wingman, em que operar 2 modelos de caça pode impedir ou limitar a compra destes sistemas.