No fim, não é do interesse da FAP ficar com caças novos já funcionalmente obsoletos.
Sem corrupção, e sem real vontade/capacidade de saltar para 6G, não há forma do F-35 perder um eventual concurso de novos caças para a FAP.
Existem várias formas de ter retorno/envolvimento da indústria nacional, sem que o futuro da FAP saia penalizado (com um produto inferior).
No meio disto tudo:
-a FAP quer o salto geracional com F-35, com uma frota única, havendo sectores dentro desta que tentam agradar a gregos e troianos com uma solução caríssima de 2 caças. O ramo receia que as promessas do Governo não sejam cumpridas na hora de comprar um 6G;
-o Governo prefere uma solução única, preferencialmente europeia, e que envolva a indústria nacional de alguma forma. O MDN mencionou brevemente os 6G, mas nunca nada em concreto;
-as empresas estão interessadas em vender caças novos a curto prazo, do seu modelo actual, e não um 6G no futuro, preferencialmente assegurando que o seu avião substitua a totalidade da frota F-16.
A realidade tuga diz-nos que não vai haver orçamento nem pessoal para operar 2 modelos de caça.
Que escolhendo um 4.5G novo, este teria que durar 35 anos (se calhar mesmo 40), mesmo sendo obsoleto.
Que nenhum Governo é confiável para nos atirarmos de cabeça para os 6G, tanto que comprar eurocanards em segunda-mão a curto prazo, podia não dar origem a uma frota, representando uma opção de risco elevado e bastante cara.
Vemos várias forças, cada uma a puxar para o seu lado, e no fim, indecisão absoluta de um lado, risco de uma decisão de m**** do outro.