No seguimento do post anterior, hoje lembrei-me do assunto e fui arranjar então a missão do BIPara.
O que me foi facultado por um ex Cmdt CPara diz o seguinte:
1º Batalhão de Infantaria Pára-quedista
Missão
•Estreita o contacto com o Inimigo, através do fogo e manobra, para o destruir, capturar ou para repelir o seu assalto; participa em operações aerotransportadas e aeromóveis, para conquistar e assegurar a posse de uma área objectiva.
Limitações
•Reduzida protecção, apresentando grande vulnerabilidade aos fogos do inimigo;
•Reduzida mobilidade; as viaturas tácticas médias orgânicas só permitem transportar os abastecimentos ou o pessoal de uma CAt; pode ser reforçado pelo BAAT com viaturas tácticas médias para transportar duas CAt;
•Necessidade em apoio de manutenção do BAAT;
•Quando necessário, pode receber do BAAT capacidade adicional de meios Anti-Carro e morteiros pesados;
•Necessita de apoio de serviços adicional para operações de duração superior a três dias.
Conjugando esta tipologia de missões com a organização táctica idêntica à da CAt, eu vejo-me "obrigado" a ver o emprego do BIPara segundo esse mesmo conceito da US 82nd Airborne.
Embora, como referi anteriormente não ponha de qualquer modo em causa a sua capacidade para além deste conceito de emprego, e sobretudo da qualidade da formação.
Todavia, hoje de acordo com os novos TOs e tipologia de conflitos assimétricos, como temos no Afeganistão, se calhar este conceito não é efectivamente o mais correcto.
Agora se me falares que no tempo do CTP, quando os paras pertenciam à FA, o conceito era mais esse tipo UK, que vinha já do tempo do seu emprego operacional na guerra colonial, aí eu não tenho qualquer dúvida.
Há espaço de manobra para as 3 forças da BRR- BIPara, BCmds e FOE, desde que cada um se limite a cumprir determinado tipo de missões, nas quais são realmente proficientes em proveito mutuo e não como acontece, todos quererem fazer todo e ter o protagonismo.
Esse foi por exemplo, quanto a mim, um dos erros do CIOE, ao querer assumir as missões dos Cmds, após a extinção do RCmds; e claro que as fazem, pois Acção Directa, qualquer força bem treinada e equipada faz, mas isso já não são Operações Especiais, são outra coisa qualquer, como por exempo Cmds
Ou então avançava-se para uma força unica com as valências das 3, de escalão brigada que é o minimo aceitavel. (pelo que soube, o MGen Cunha quer pôr toda a BRR a saltar!!)
Mas isso ao fim ao cabo é o que temos mas separadamente, mas claro que aqui, como é referido tambem entram as quintas...
Cumps