Rangers, Comandos, Paras, etc

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voador

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1050 em: Abril 29, 2010, 01:19:09 am »
Citação de: "corapa"
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As unidades de Operações Especiais são fundamentais isso não há duvidas e o CTOE tem lugar proprio e por direito nas Forças Armadas Portuguesas.
Porém, e é só falar com os jovens oficiais e sargentos daquela unidade, existe uma necessidade de revolucionar mentalidades!!!
A EOP daquela unidade está sobre dimensionada quanto a efectivos e não o acesso a praças tem que ser muito mais restringida, basta ver como se faz a distinção de missões entre destacamentos (não vou explicar como pq considero isso uma quebra de segurança)!!!

A formação de um militar de OE é demorada e cara mas necessaria e se compararmos as valencias das nossas OE com outros países facilmente se verifica que no plano teorico sim senhor, mas quanto à qualificação técnica??

A um praça, por muito bom q ele seja (e por norma são bons) não se pode dar formação a longo prazo e isso implica limitações da unidade.

O CTOE devia ser das primeiras unidades do país a ter nas suas fileiras regimes de permanencia de praças muito mais alargados que os actuais 6 anos.


De 1996 a 2000, o CTOE seguiu um modelo de organização táctica, que permitiu ter unidades orgânicas de Operações Especiais, segundo o modelo dos EUA (os A-Team), que é de onde vem toda a doutrina que é posta em prática lá em cima, com umas variações e adaptações próprias.
Teve subunidades compostas exclusivamente por oficiais e sargentos do QP, que são os unicos a quem é possivel dar uma formação completa em OpEsp.
Daqui tambem a diferença em haver COE praças RV/RC, COE Of/Sar RV/RC e COE QP.
Aos praças, por diversas razões há matérias que não são ministradas por serem classificadas, tais como as operações irregulares (para alem de toda a parte do extenso e detalhado planeamento das operações); logo aqui surge uma lacuna na formação base de um militar de OpEsp, pois essa é uma das missões tipicas e orgânicas das mesmas.
Por razões de ordem logistica de pessoal, essa subunidade foi restruturada passando a funcionar com militares RV e RC, inclusivé praças.
As próprias chefias militares (inclusivé dentro da própria unidade) tinham dificuldade em aceitar uma unidade composta exclusivamente por militares do QP, contribuindo tambem para a restruturação da mesma.
Por muita formação que se consiga dar a um militar RV/RC e por muito bom que ele seja, como o voador referiu nunca se conseguira que ele atinga um patamar de conhecimentos tácticos e técnicos de acordo com as exigências das missões de OpEsp e embora haja alguns que lá cheguem perto, são uma pequena excepção à regra.
Se lhes forem alargados os tempos de contrato, poder-se-a melhorar qualquer coisa, mas nunca será a solução, apenas uma ligeira evolução, a não ser que o COE ( curso de OpEsp) passe a ser igual para todos, o que eu não me acredito que alguma vez aconteça.
Com a reactivação dos Cmds e pelo facto que haver uma "concorrência" directa a algumas missões e sobretudo aos candidatos civis, o CTOE restruturou novamente as suas forças e aumentou significativamente os seus efectivos.
Agora se melhoraram em termos tácticos e técnicos proporcionalmente a esse aumento ( exceptuando a parte material) é que já tenho as minhas dúvidas.

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RANGERS.

Ora aí está um conceito interessante que não tem correspondencia em portugal e que alguns sectores dos comandos pretendem abarcar.
De um modo simplista diria que são para quedistas destinados a saltar em 1º escalão e como tal teem que ter uma preparação "um bocadinho mais atenta"!!!
E aplica-se-lhes na exacta medida os problemas de que sofre o CTOE, só que a Companhia de Precursores é uma pequena companhia e como tal não está sobre dimensionada!!!

Eu já vejo a coisa ao contrário, são comandos com o curso de paraquedismo, que lhes permite ser infliltrados por lançamento, como unidade de choque que são actuando em 1º escalão, coisa que os Cmds tambem podem fazer, aliás, podiam se tivessem o curso de paraquedismo.
Daí a unidade comparavel , embora não correspondente ao 75th Ranger Regiment ser o BCmds, razão que leva os militares dos Cmds a fazer o curso nos EUA.
A CPrec não está sobredimensionda porque felizmente foram inteligentes e não tiveram "mais olhos que barriga", (como acontece ao CTOE) e mantiveram a subunidade com o efectivo minimo adequado à missão de apoiar os BIParas.

Cumps

Pois mas aí divergimos pq o mal é que em portugal a maioria das pessoas ve os paras segundo o conceito US "infantaria que salta" e não sao. São mais segundo o conceito UK. E sempre foram treinados e a sua doutrina abrange sobretudo o 1º escalão pq no campo de batalha moderno o resto vem de heli ou aterra em pistas improvisadas. mas c a reactivação do CTC ha que justificar o seu emprego e interessa fazer deduçoes como as q tas a fazer.

Eu sou a favor de um batalhao herdeiro das tradições dos comandos e de incorporar na instrução dos paras o melhor do que existe nos comandos que é muito alias.

O nome é o que se lhe queira chamar, mas as missões deviam ser iguais para estas unidades!!!
mas isso é entrar nas quintas privadas e nos lobys!!!
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1051 em: Abril 29, 2010, 12:15:54 pm »
Eu ao ler o artigo na Operacional com o actual comadante da BrigRR fiquei com a impressão que as coisas estão lentamente a a mudar, será apenas uma esperança de um sonhador?

Eu acho que o Exército ao criar de novo uma unidade de Comandos criou duas situações, não há necessidade de haver tantos militares de Operações Especiais, e há uma maior competição entre as Tropas Especiais para conseguirem atrair candidatos de qualidade. Posso estar errado e é apenas uma opinião pessoal, mas fico com a impressão que também nos Comandos as coisas mudaram, parece-me que os Grupos de Comandos são maiores (30 militares), ao mesmo tempo continuam sem muito dos meios que os BIParas dispoêm, ou seja, não têm a capacidade de efectuar missões acima dos escalão Companhia.

Acho que o futuro lógico são a criação de uma espécie de Força Tarefa em que conjuga as várias sub-unidades da BrigRR e não forças "puras". Se me disserem que os "melhores" são as Operações Especiais porque são os XPTO cá do sitio, eu digo imediatamente que eles são excelentes mas não conseguem fazer coisas que para os Páras e Comandos é algo normal, se disserem que os Comandos são os "melhores eu digo imediatamente que eles são excelentes mas não conseguem fazer coisas que para os Páras e os Rangers é algo normal, se eu disser que os Páras são os "melhores" vocês diriam logo que eles são excelentes mas não conseguem fazer coisas que para os Rangers e os Comandos é algo normal.

Falando nas Operações Especiais, diria que o CTOE deveria ficar com a parte da instrução no seio da BrigRR relacionada com montanhismo, Sniper e Patrulhas (dando intrução aos Páras e aos Comandos nessa área). O FOE deveria ter no máximo 200 militares, podendo ser apoiado pelos Comandos e pelos SOGAs da CPrec's.

O Corapa falou em algumas coisas que eu queria chegar, eu acho que os militares RC devem ter o mesmo curso que os militares QP, se isso acontece em lá fora, porque é que acontece aqui? Será que no tempo da Guerra Colonial também havia cursos diferentes para milicianos e QP? Eu acho que não. Sei que com contractos limitados a 6 anos, a rentabilização da formação dos militares da BrigRR é reduzida. Mas para isso é que deveria haver contractos de longa duração e um Quadro Permanente para Praças, só assim se vai rentabilizar o investimento feito nestes militares.

Devo sublinhar que este texto não é um ataque a ninguém nem a nenhuma "casa".
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Camuflage

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1052 em: Abril 29, 2010, 12:54:36 pm »
A minha opinião sobre re-estruturação de forças especiais, é que temos demasiadas e com fins muito similares, podendo haver algumas excepções, para um país como o nosso é negativo, aumenta o desperdício monetário e coloca os recursos sejam humanos ou não muito espalhados pelas diferentes forças.
Na minha perspectiva devia-se ponderar uma fusão entre para-quedistas e "rangers" fazendo uma força "airbone ranger" e os comandos deviam ser a elite das elites, escolhidos de entre os melhores das forças especiais, sejam elas do exército ou da marinha.
Em relação a contratos, o mínimo admissível deviam ser 6 anos, sendo que ao fim o individuo teria opção de se candidatar a um curso interno de formação de sargentos ou oficiais, ou ainda renovar por mais 6 anos. Mas cada vez mais se torna um risco deixar alguém com tal formação, vir para a vida civil com um pontapé no cu.
Isto iria concentrar mais recursos financeiros e humanos, além de melhorar a força em si, não vale a pena andar a dispersar meios, pois isso é apenas uma forma de dar uns tachinhos aos excedentes do quadro. É por estas coisas que começo a defender a entrada de gestores públicos nas forças armadas e de segurança, é tempo de limpar a casa e organiza-la.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1053 em: Abril 29, 2010, 01:45:31 pm »
Citação de: "Camuflage"
A minha opinião sobre re-estruturação de forças especiais, é que temos demasiadas e com fins muito similares, podendo haver algumas excepções, para um país como o nosso é negativo, aumenta o desperdício monetário e coloca os recursos sejam humanos ou não muito espalhados pelas diferentes forças.
Na minha perspectiva devia-se ponderar uma fusão entre para-quedistas e "rangers" fazendo uma força "airbone ranger" e os comandos deviam ser a elite das elites, escolhidos de entre os melhores das forças especiais, sejam elas do exército ou da marinha.

Ó Camuflage, fusão entre uma unidade Pára-quedista e uma unidade de Operações Especiais? Isso por acaso faz sentido?! :roll:

Mas será que sabes a diferença entre uma unidade de Comandos e de Operações Especiais?

Ó homem, leia o que já foi escrito pelo Corapa e pelo Voador, nem é preciso ler o que eu ou outros escreveram.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1054 em: Abril 29, 2010, 01:57:49 pm »
mas se calhar uma "fusao" entre comandos e paras e paras, e tornar as OE algo do genero dos SAS, escolhendo os melhores do quadro permanente das tropas especiais talvez fosse bom? ou entao nao... eu tou no 11º ano, nao percebo metade do que a maioria do pessoal percebe e nao me quero armar em chico esperto  :lol:
 

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Camuflage

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1055 em: Abril 29, 2010, 02:14:04 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Ó Camuflage, fusão entre uma unidade Pára-quedista e uma unidade de Operações Especiais? Isso por acaso faz sentido?! :roll:

Mas será que sabes a diferença entre uma unidade de Comandos e de Operações Especiais?

Ó homem, leia o que já foi escrito pelo Corapa e pelo Voador, nem é preciso ler o que eu ou outros escreveram.

Lá porque a origem é diferente, não quer dizer que não possa evoluir num sentido que preencha melhor os nossos requisitos, diminua despesa e desperdício de recursos sejam financeiros, materiais ou humanos.
É preciso ter em conta a realidade nacional e as ameaças reais e não andar a fazer manutenções enviesadas com base no saudosismo ou interesses secundários.
Eu já sabia que ia obter discordância, mas é apenas uma opinião e vale o que vale.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1056 em: Abril 29, 2010, 02:48:31 pm »
Citação de: "Camuflage"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Ó Camuflage, fusão entre uma unidade Pára-quedista e uma unidade de Operações Especiais? Isso por acaso faz sentido?! :roll:

Mas será que sabes a diferença entre uma unidade de Comandos e de Operações Especiais?

Ó homem, leia o que já foi escrito pelo Corapa e pelo Voador, nem é preciso ler o que eu ou outros escreveram.

Lá porque a origem é diferente, não quer dizer que não possa evoluir num sentido que preencha melhor os nossos requisitos, diminua despesa e desperdício de recursos sejam financeiros, materiais ou humanos.
É preciso ter em conta a realidade nacional e as ameaças reais e não andar a fazer manutenções enviesadas com base no saudosismo ou interesses secundários.
Eu já sabia que ia obter discordância, mas é apenas uma opinião e vale o que vale.

O problema principal é as tremendas diferenças que há nas missões e caracteristicas das duas especialidades. Actualmente são duas especialidades completamente diferentes.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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sergio21699

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1057 em: Abril 29, 2010, 02:51:31 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Citação de: "Camuflage"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Ó Camuflage, fusão entre uma unidade Pára-quedista e uma unidade de Operações Especiais? Isso por acaso faz sentido?! :roll:

Mas será que sabes a diferença entre uma unidade de Comandos e de Operações Especiais?

Ó homem, leia o que já foi escrito pelo Corapa e pelo Voador, nem é preciso ler o que eu ou outros escreveram.

Lá porque a origem é diferente, não quer dizer que não possa evoluir num sentido que preencha melhor os nossos requisitos, diminua despesa e desperdício de recursos sejam financeiros, materiais ou humanos.
É preciso ter em conta a realidade nacional e as ameaças reais e não andar a fazer manutenções enviesadas com base no saudosismo ou interesses secundários.
Eu já sabia que ia obter discordância, mas é apenas uma opinião e vale o que vale.

O problema principal é as tremendas diferenças que há nas missões e caracteristicas das duas especialidades. Actualmente são duas especialidades completamente diferentes.

Exacto, uma junçao entre os comandos e os para-quedistas ainda se percebe, agora para-quedistas e Operaçoes Especiais?
-Meu General, estamos cercados...
-Óptimo! Isso quer dizer que podemos atacar em qualquer direcção!
 

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AtInf

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1058 em: Abril 29, 2010, 03:01:53 pm »
Citação de: "Camuflage"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Ó Camuflage, fusão entre uma unidade Pára-quedista e uma unidade de Operações Especiais? Isso por acaso faz sentido?! :roll:

Mas será que sabes a diferença entre uma unidade de Comandos e de Operações Especiais?

Ó homem, leia o que já foi escrito pelo Corapa e pelo Voador, nem é preciso ler o que eu ou outros escreveram.

Lá porque a origem é diferente, não quer dizer que não possa evoluir num sentido que preencha melhor os nossos requisitos, diminua despesa e desperdício de recursos sejam financeiros, materiais ou humanos.
É preciso ter em conta a realidade nacional e as ameaças reais e não andar a fazer manutenções enviesadas com base no saudosismo ou interesses secundários.
Eu já sabia que ia obter discordância, mas é apenas uma opinião e vale o que vale.
Meu caro Camuflage, como já diz o povo na sua sabedoria popular " cada macaco no seu galho ".
Até poderia haver uma fusão de todas as forças, chamar-lhes o que se quisesse, mas depois na prática teriam que ser arrumados em Batalhões e Companhias com missões diferenciadas e treino especifico, com o resultado final a ser o mesmo que o actual só que com o nome diferente...
Eh lá!!!! Espera aí, onde é que eu já vi isso?????? :mrgreen:
 

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Camuflage

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1059 em: Abril 29, 2010, 05:21:54 pm »
Também fazer a união entre comandos e pára-quedistas, apenas lancei uma opinião dentro de outras possiveis, a questão é mesmo fazer um estudo de fundo e ver o que se pode aproveitar e o que é dispensável actualmente.
 

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Lightning

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1060 em: Abril 29, 2010, 06:10:10 pm »
Citação de: "Camuflage"
Na minha perspectiva devia-se ponderar uma fusão entre para-quedistas e "rangers" fazendo uma força "airbone ranger" e os comandos deviam ser a elite das elites, escolhidos de entre os melhores das forças especiais, sejam elas do exército ou da marinha.

Então mas o que é essa força "Airborne Ranger"?
É uma força de infantaria pára-quedista ou é uma força de operações especiais?
Caso não saiba no Exército Português, os "Rangers" são uma unidade de operações especiais, e os Comandos e Pára-quedistas são unidades de infantaria ligeira, sendo a primeira de choque e com pouca logistica (só pode actuar até nivel de Companhia), e a segunda qualificada para infiltrações por pára-quedas e com logistica capaz de operar até nivel de Batalhão.
Pelo que percebi essa sua força deve ser uma força de infantaria pára-quedista, realmente também não percebo porquê meter lá os "Rangers" (que não são uma força de infantaria mas uma força de operações especiais), por isso na pratica acho que isso seria acabar com os "Rangers" e aumentar os Pára-quedistas.
Depois "tranforma-se" os Comandos numa unidade de operaões especiais (aqui a ideia será pegar nos "Rangers" e chamar-lhes Comandos :mrgreen: ?).

Por fim mete a Marinha ao barulho sem explicar muito bem, então o DAE também acaba? Os Comandos (que passam a ser uma unidade de operações especiais) fazem o trabalho do DAE? E os Fuzileiros continuam a existir ou também acabam?

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Em relação a contratos, o mínimo admissível deviam ser 6 anos, sendo que ao fim o individuo teria opção de se candidatar a um curso interno de formação de sargentos ou oficiais, ou ainda renovar por mais 6 anos.

Os militares do Exército já actualmente podem correr para sargento e oficial, e penso que o podem fazer logo ao fim do primeiro ano de contracto, não é obrigatório esperar pelos 6 anos.

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Isto iria concentrar mais recursos financeiros e humanos, além de melhorar a força em si, não vale a pena andar a dispersar meios, pois isso é apenas uma forma de dar uns tachinhos aos excedentes do quadro. É por estas coisas que começo a defender a entrada de gestores públicos nas forças armadas e de segurança, é tempo de limpar a casa e organiza-la.

O problema não será tanto a existência da força A ou da força B, desde que ela tenha uma razão para existir para mim não há problema nenhum, o problema será mais na organização das mesmas.
 

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corapa

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1061 em: Abril 29, 2010, 07:55:29 pm »
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Pois mas aí divergimos pq o mal é que em portugal a maioria das pessoas ve os paras segundo o conceito US "infantaria que salta" e não sao. São mais segundo o conceito UK. E sempre foram treinados e a sua doutrina abrange sobretudo o 1º escalão pq no campo de batalha moderno o resto vem de heli ou aterra em pistas improvisadas. mas c a reactivação do CTC ha que justificar o seu emprego e interessa fazer deduçoes como as q tas a fazer.

Eu sou a favor de um batalhao herdeiro das tradições dos comandos e de incorporar na instrução dos paras o melhor do que existe nos comandos que é muito alias.

O nome é o que se lhe queira chamar, mas as missões deviam ser iguais para estas unidades!!!
mas isso é entrar nas quintas privadas e nos lobys!!!

Eu tambem vejo mais nesse conceito, baseando-me na organização tipica da infantaria e na tipologia de missões  (confesso que sem as conhecer todas na integra - tenho que pedir a alguem o que me é facil, mas ainda não calhou por falta de lembrança, pois não houve ninguem a coloca-las aqui  :lol:
No entanto não ponho de qualquer modo em causa o tipo de intrução que é ministrada, francamente mais exigente que qualquer unidade de INF.
Em relação a esse batalhão seria basicamente o conceito dos paracomandos ?
É que como sabemos isso já foi tentado na teoria, pois na prática não deu em nada de jeito e o resultado foi apenas a extinção das que eram provavelmente as unidades mais bem organizadas e com mais historial das FFAA - o CTP e o RCmds ( salvaguardando os Fz).
Sim e não há duvidas que as quintas nunca vão deixar este exército evoluir no sentido que devia para rentabilizar meios.

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É por estas coisas que começo a defender a entrada de gestores públicos nas forças armadas e de segurança, é tempo de limpar a casa e organiza-la.

Esses gestores de que falas são como aqueles que vemos a ganhar fortunas nas empresas publicas, cheios de mordomias e em que algumas dão permanentemente prejuizo que depois e coberto com os nossos impostos?
É que se forem, Não Obrigado. Mal por mal, ficam estes que cá estão  que ainda percebem algo de tropa.


Cumps
 

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corapa

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1062 em: Abril 30, 2010, 03:09:59 pm »
No seguimento do post anterior, hoje lembrei-me do assunto e fui arranjar então a missão do BIPara.
O que me foi facultado por um ex Cmdt CPara diz o seguinte:

1º Batalhão de Infantaria Pára-quedista
Missão
•Estreita o contacto com o Inimigo, através do fogo e manobra, para o destruir, capturar ou para repelir o seu assalto; participa em operações aerotransportadas e aeromóveis, para conquistar e assegurar a posse de uma área objectiva.
 
Limitações
•Reduzida protecção, apresentando grande vulnerabilidade aos fogos do inimigo;
•Reduzida mobilidade; as viaturas tácticas médias orgânicas só permitem transportar os abastecimentos ou o pessoal de uma CAt; pode ser reforçado pelo BAAT com viaturas tácticas médias para transportar duas CAt;
•Necessidade em apoio de manutenção do BAAT;
•Quando necessário, pode receber do BAAT capacidade adicional de meios Anti-Carro e morteiros pesados;
•Necessita de apoio de serviços adicional para operações de duração superior a três dias.


Conjugando esta tipologia de missões com a organização táctica idêntica à da CAt, eu vejo-me "obrigado" a ver o emprego do BIPara segundo esse mesmo conceito da US 82nd Airborne.
Embora, como referi anteriormente não ponha de qualquer modo em causa a sua capacidade para além deste conceito de emprego, e sobretudo da qualidade da formação.
Todavia, hoje de acordo com os novos TOs e tipologia de conflitos assimétricos, como temos no Afeganistão, se calhar este conceito não é efectivamente o mais correcto.
Agora se me falares que no tempo do CTP, quando os paras pertenciam à FA, o conceito era mais esse tipo UK, que vinha já do tempo do seu emprego operacional na guerra colonial, aí eu não tenho qualquer dúvida.

Há espaço de manobra para as 3 forças da BRR- BIPara, BCmds e FOE, desde que cada um se limite a cumprir determinado tipo de missões, nas quais são realmente proficientes em proveito mutuo e não como acontece, todos quererem fazer todo e ter o protagonismo.
Esse foi por exemplo, quanto a mim, um dos erros do CIOE, ao querer assumir as missões dos Cmds, após a extinção do RCmds; e claro que as fazem, pois Acção Directa, qualquer força bem treinada e equipada faz, mas isso já não são Operações Especiais, são outra coisa qualquer, como por exempo Cmds
Ou então avançava-se para uma força unica com as valências das 3, de escalão brigada que é o minimo aceitavel. (pelo que soube, o MGen Cunha quer pôr toda a BRR a saltar!!)
Mas isso ao fim ao cabo é o que temos mas separadamente, mas claro que aqui, como é referido tambem entram as quintas...


Cumps
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1063 em: Abril 30, 2010, 03:36:00 pm »
Caro Corapa não vou me pronunciar em relação ao Pára-quedistas Portugueses serem uma unidade mais ao género da 82ª ou dos Red Devils britânicos...cá para mim são mais o género dos Páras Franceses...mas isso é outra história. c34x

Em relação a segunda parte do seu texto:

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Há espaço de manobra para as 3 forças da BRR- BIPara, BCmds e FOE, desde que cada um se limite a cumprir determinado tipo de missões, nas quais são realmente proficientes em proveito mutuo e não como acontece, todos quererem fazer todo e ter o protagonismo.
Esse foi por exemplo, quanto a mim, um dos erros do CIOE, ao querer assumir as missões dos Cmds, após a extinção do RCmds; e claro que as fazem, pois Acção Directa, qualquer força bem treinada e equipada faz, mas isso já não são Operações Especiais, são outra coisa qualquer, como por exempo Cmds
Ou então avançava-se para uma força unica com as valências das 3, de escalão brigada que é o minimo aceitavel. (pelo que soube, o MGen Cunha quer pôr toda a BRR a saltar!!)
Mas isso ao fim ao cabo é o que temos mas separadamente, mas claro que aqui, como é referido tambem entram as quintas...

Aí sim acho que é deveras importante debruçar-mos sobre este texto.

Eu também acho que com o levantamento do BCmds tem que haver uma adaptação das restantes sub-unidades da BrigRR (BIParas e FOE) a essa mesma unidade. Será que temos que ter um FOE tão grande como antigamente? Acho que não, presumo que possamos reduzir o tamanho da mesma já que agora o Exército tem uma outra unidade para as missões directas. Acho que o FOE deve ser usado para as missões em concreto para o qual foi criado com especial relevância as acções Indirectas em apoio da resistência e das forças de guerrilha e em apoio da contra-subversão e forças de contra-guerrilha.
Utilizar técnicas de infiltração e exfiltração.
Sobreviver, utilizando os recursos disponíveis no terreno, em situação de campanha e isolamento ou perda de contacto com a cadeia de comando.
Além disso há ainda as Patrulhas de Reconhecimento de Longo Raio de Acção e os cursos e estágios que são dados a outros militares das Forças Armadas portuguesas e não só.

Ou seja, há missões que só as Operações Especiais podem executar e que estão a ser relegadas para segundo plano porque este tipo de formação só é dado a militares QP. Será que não se devia reduzir o FOE, dando oportunidade de haver um maior controlo de quem entra para um curso destes? Todos sabemos que um miúdo de 18 anos até pode ser calmo, mas com as hormonas a fluir pelas veias como acontece naquela idade mais vale ter militares um pouco mais velhos, mas também mais experientes tal como acontece na CPrec’s, no DAE, etc.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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corapa

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Re: Rangers, Comandos, Paras, etc
« Responder #1064 em: Abril 30, 2010, 06:05:46 pm »
Citar
Será que temos que ter um FOE tão grande como antigamente?

O caso aqui é que a FOE cresceu, foi depois da criação do BCmds com base na eterna máximo de que "o que tu fazes eu tambem, mas melhor".
A organização do BEOE enquanto não havia BCmds, compreendia 5 subunidades de efectivo de escalão pelotão, das quais um era o Destacamento de Patrulhas de Longo Raio de Acção da AMF/NATO, outro era o pelotão de OpEsp da BAI, ficando os restantes 3 na CEOE (antiga COE); havia depois um destacamento de pessoal do QP, o tal que eu já referi anteriormente como sendo um modelo dos A-Team das US SF, que era o que deveriam ser as operações especiais, isto segundo a minha convicção.
Com a extinção da BAI e da AMF, o BEOE ficou com 2 pelotões "de sobra" e ainda engordou o seu efectivo, para assumir grande parte das missões de AD. Porquê, se estava a ser levantado um BCmds. Pelo motivo que dei em cima que tem como unico objectivo as unidades (os Cmdts) chamarem  a si o protagonismo.
O mesmo motivo que leva a que, como já referi, a instrução no nosso exército não seja selectiva, mas quantitativa e isto passa-se nas tropas especiais de  que de falamos aqui.
Não quero eu com disto dizer que a instrução não é exigente, ou não tem qualidade técnica; isso é diferente.
Apenas que, passa muita gente em muitos cursos, que não tem qualidade para tal, nem cumpre os requesitos, mas apenas porque precisamos de numeros.
E porquê? Porque senão o vizinho pode "engolir-nos", ou seja, alguem lembrar-se que não fazemos falta porque os outros fazem o que nós fazemos.
Atenção que não estou aqui a defender ou atacar qualquer das forças em questão, pelas quais tenho o máximo respeito e consideração e nas quais tenho vários camaradas e alguns amigos, para alem de ter passado por alguns (ou todos... :? ) desses lados.

Cumps
« Última modificação: Abril 30, 2010, 10:34:20 pm por corapa »