As unidades de Operações Especiais são fundamentais isso não há duvidas e o CTOE tem lugar proprio e por direito nas Forças Armadas Portuguesas.
Porém, e é só falar com os jovens oficiais e sargentos daquela unidade, existe uma necessidade de revolucionar mentalidades!!!
A EOP daquela unidade está sobre dimensionada quanto a efectivos e não o acesso a praças tem que ser muito mais restringida, basta ver como se faz a distinção de missões entre destacamentos (não vou explicar como pq considero isso uma quebra de segurança)!!!
A formação de um militar de OE é demorada e cara mas necessaria e se compararmos as valencias das nossas OE com outros países facilmente se verifica que no plano teorico sim senhor, mas quanto à qualificação técnica??
A um praça, por muito bom q ele seja (e por norma são bons) não se pode dar formação a longo prazo e isso implica limitações da unidade.
O CTOE devia ser das primeiras unidades do país a ter nas suas fileiras regimes de permanencia de praças muito mais alargados que os actuais 6 anos.
De 1996 a 2000, o CTOE seguiu um modelo de organização táctica, que permitiu ter unidades orgânicas de Operações Especiais, segundo o modelo dos EUA (os A-Team), que é de onde vem toda a doutrina que é posta em prática lá em cima, com umas variações e adaptações próprias.
Teve subunidades compostas exclusivamente por oficiais e sargentos do QP, que são os unicos a quem é possivel dar uma formação completa em OpEsp.
Daqui tambem a diferença em haver COE praças RV/RC, COE Of/Sar RV/RC e COE QP.
Aos praças, por diversas razões há matérias que não são ministradas por serem classificadas, tais como as operações irregulares (para alem de toda a parte do extenso e detalhado planeamento das operações); logo aqui surge uma lacuna na formação base de um militar de OpEsp, pois essa é uma das missões tipicas e orgânicas das mesmas.
Por razões de ordem logistica de pessoal, essa subunidade foi restruturada passando a funcionar com militares RV e RC, inclusivé praças.
As próprias chefias militares (inclusivé dentro da própria unidade) tinham dificuldade em aceitar uma unidade composta exclusivamente por militares do QP, contribuindo tambem para a restruturação da mesma.
Por muita formação que se consiga dar a um militar RV/RC e por muito bom que ele seja, como o
voador referiu nunca se conseguira que ele atinga um patamar de conhecimentos tácticos e técnicos de acordo com as exigências das missões de OpEsp e embora haja alguns que lá cheguem perto, são uma pequena excepção à regra.
Se lhes forem alargados os tempos de contrato, poder-se-a melhorar qualquer coisa, mas nunca será a solução, apenas uma ligeira evolução, a não ser que o COE ( curso de OpEsp) passe a ser igual para todos, o que eu não me acredito que alguma vez aconteça.
Com a reactivação dos Cmds e pelo facto que haver uma "concorrência" directa a algumas missões e sobretudo aos candidatos civis, o CTOE restruturou novamente as suas forças e aumentou significativamente os seus efectivos.
Agora se melhoraram em termos tácticos e técnicos proporcionalmente a esse aumento ( exceptuando a parte material) é que já tenho as minhas dúvidas.
RANGERS.
Ora aí está um conceito interessante que não tem correspondencia em portugal e que alguns sectores dos comandos pretendem abarcar.
De um modo simplista diria que são para quedistas destinados a saltar em 1º escalão e como tal teem que ter uma preparação "um bocadinho mais atenta"!!!
E aplica-se-lhes na exacta medida os problemas de que sofre o CTOE, só que a Companhia de Precursores é uma pequena companhia e como tal não está sobre dimensionada!!!
Eu já vejo a coisa ao contrário, são comandos com o curso de paraquedismo, que lhes permite ser infliltrados por lançamento, como unidade de choque que são actuando em 1º escalão, coisa que os Cmds tambem podem fazer, aliás, podiam se tivessem o curso de paraquedismo.
Daí a unidade
comparavel , embora não correspondente ao 75th Ranger Regiment ser o BCmds, razão que leva os militares dos Cmds a fazer o curso nos EUA.
A CPrec não está sobredimensionda porque felizmente foram inteligentes e não tiveram "mais olhos que barriga", (como acontece ao CTOE) e mantiveram a subunidade com o efectivo minimo adequado à missão de apoiar os BIParas.
Cumps