Não adianta de nada dizer que o país não sabe, sem adiantar nada.
Não adianta criar meias verdades que depois não podem ser desmentidas, porque também não têm substância.
Também poderiamos dizer que a Fabrequipa serviu essencialmente para reduzir o preço das viaturas e assumiu custos com base na suposta possibilidade de negócio que se apresentava com as viaturas Pandur.
Também podemos dizer que se criaram expectativas que foram goradas quando o governo do exilado da Sorbonne chegou ao poder...
Podemos dizer muitas coisas. O problema é que os factos são:
Houve problemas com as viaturas, parte das quais apresentaram problemas.
Portugal não pagou o que devia.
Das versões mais caras apenas uma minúscula parte foi fornecida.
Entre as especulações:
A STEYR/GDLSE foi muito liberal a propor versões que não estavam completamente testadas.
A direção da Fabrequipa pretendia aumentar o volume de negócios e explorar um negócio que precisava do apoio do estado
O exército pediu demasiadas viaturas, considerando que elas não vão substituir as Chaimite mas sim muito camião Berliet-Tramagal.
As unidades que receberam os Pandur não estavam (e não estão) preparadas para receber uma viatura muito mais complexa que as que tinham até ali.
Os orçamentos não previram o aumento de custos resultante da operação de novas viaturas mais exigentes (e isto parece que se repete e ninguém liga).
De qualquer forma, notem uma coisa:
As nossas forças armadas não são muito diferentes da maioria.
Nós, evidentemente gostariamos que fossem as melhores, as mais bem administradas e geridas e as que melhor conseguissem aproveitar os meios que têm.
Mas os nossos militares não são assim tão eficientes e tão melhores que os outros.
São bons a improvisar, provavelmente, mas em tempo de paz gera-se uma moleza que pende para o desleixo. Nisto os militares são apenas portugueses.
Não lhes podemos pedir o que não pedimos a nós próprios.
Cumprimentos