Continuo sem perceber o "defeito" que uma arma concebida para operações especiais que a impeça de ser usada por tropas regulares
para começar: o preço!
Além disso, esse sistema de troca de canos é um auxiliar à manutenção das armas ao permitir a substituição dos canos que se vão erodindo com o uso. Por isso é que gostaria de saber em que condições estão as almas, câmaras e as "gargantas" das nossas G3. E no caso de estarem mal, quanto tempo é que as G3 demorariam a regressar ao serviço activo depois de uma recauchutagem significativa. As pessoas não sabem que a G3, tal como a AK47, foi concebida para ser... descartável.
o cano da G-3 é substituivel, apenas não é fácil de ser feito no teatro de operações.
Mudar para outros calibres:
No caso da SCAR que utiliza depósitos 5.56 STANAG só é necessário mudar de cano para disparar, por exemplo:
6.5 MPC;
.300 Whisper.
Mudando cano, depósito, cabeça de ferrolho e certamente a mola de retorno:
6.8 SPC;
6.5 Grendel.
Esta possibilidade é uma das coisas que torna a arma muito cara, além disso, outras especificações para forças especiais tornam-na pouco adequada para as forças regulares.
A scar tem um conceito interessante mas apenas um conceito de passagem até que apareça uma nova arma que realmente dispare qualquer das munições mais comuns sem necessitar de qualquer ajuste e acima de tudo que dispare um intermédio entre o 7.62 e o 5.56.
Apoiado, aliás nós temos bastante experiencia nesse campo, já que houve um calibre 6,5mm portugues, o 6,5 Vergueiro , utilizado nas
Mauser-Vergueiro e nas Steyr Mannlicker.
Disparar calibres diferentes sem ajustes é impossível, não se pode meter o rossio na rua da betesga!
será sempre necessario substituir o cano pelo menos.
Existem diversas armas de caça que o fazem, como as Merkel por exemplo: uma arma - vários canos e simplicidade na substituição dos canos (nas merkel é só fixar o cano e rodar 30º).
E o próprio cenário é credível quando quase todos já mudaram para o 5.56 e as 7.62 estão relegadas para a reserva (nesses países)?
pareçe haver muitas dúvidas actualmente, quanto à eficácia deste calibre em cenarios como o do iraque. as modernas proteções favorecem a AK-47 e o seu calibre muito mais potente.
Faço uma proposta ao MDN: comprem uma máquina de fazer canos martelados a frio e respectivos operadores e depois entrem em contacto comigo.
Levo metade do que pagam a esses avençados que pululam por aí
Eu posso tratar do desenho da arma. em tempos desenhei um projecto para uma arma com canos permutáveis para os calibres NATO 7,62mm; 5,56mm e para o calibre 6,5mm modificado a partir do modelo sueco e remetendo para o Vergueiro que era o mais potente do lote (onde se incluiam o Arisaka utilizado na 2ª Guerra Mundial e o original Mauser)
Esta arma seria uma Bullpup muito simples que se baseia numa caixa de mecanismos muito compacta que pode ser facilemente substituida.
Existem as referidas 3 variantes de calibre, 4 variantes de cano (normal, carabina, sniper e apoio) e 2 variantes de sistema: cartucho metalico e caseless. neste último caso um gel propulssivo é injectado na câmara e detonado electricamente (elemento piezoelectrico).
A variante 6,5mm de gel permite carregadores de 50 munições, a arma permite ainda regular a quantidade de gel injectado o que permite controlar o recuo conforme o cenario (curta-distancia/longa-distancia)
A carcaça é feita de NAD-FV (nylon de alta densidade reforçado a fibra de vidro) e é composta por duas peças, o fuste que envolve completamente o cano no seu interior e a coronha que aloja a caixa de mecanismos.
há um carril fêmea (não picatinny) na parte superior e na inferior do fuste, o de baixo fixa o guarda mão e o punho que é móvel, comunicando com a caixa de mecanismos (gatilho, selector e regulador de gel) mediante um curioso mecanismo de longas e finas astes com sulcos elicoidais, integradas no carril inferior.
o carril de cima suporta uma mira óptica.
Outros equipamentos podem ser adicionados nestes 2 carris incluindo um adaptador picatinny.
A arma é de uma simplicidade absurda, já que uma vez desmontada (básico) só temos 8 peças: o fuste, o punho, o guarda-mão, a coronha e a pequena caixa de mecanismos e a mira óptica.
O cano monta-se directamente na caixa de mecanismos (também chamada caixa de culatra???).
Para converter apenas calibres basta mudar o cano, para mudar entre cartucho e gel é necessário apenas mudar a caixa de culatra.
uma particularidade curiosa da arma é o facto de flutuar (mal, dentro de água ficaria na vertical com o cano para baixo aflorando apenas a coronha), mas só se não tiver outros equipamentos pesados.
Outra é o facto da baioneta ser uma peça adicional, afixavel no carril inferior (flutua).
a arma teria um tratamento que lhe permite disparar após ter estado mergulhada em água.
Também o sistema de disparo é curioso, já que não tem o tradicional ponto de tomada de gás num ponto do cano. funciona por tomada de gás à cabeça da câmara de alimentação, com um mecanismo de atraso da abertura o que permite que tal como disse, todo o mecanismo esteja contido numa pequena caixa.