Substituição da G3

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Luso

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« Responder #330 em: Janeiro 26, 2007, 11:08:46 am »
Estudem o sucesso da Mauser nos finais do século XIX e inícios do século XX. Vejam a imensa variedade de tipos de armas e munições que disparavam e a facilidade com que eram alteradas. Tudo graças não só à qualidade e design da arma propriamente dita como também à modularidade da mesma e ao design das respectivas munições. E agora com a tecnologia dos plásticos, aliada à modularidade do conceito SCAR (que modificaria com um kit adaptador de depósitos) teriamos um novo produto com sucesso "Mauser".
« Última modificação: Janeiro 26, 2007, 02:10:15 pm por Luso »
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Cabeça de Martelo

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« Responder #331 em: Janeiro 26, 2007, 12:32:43 pm »
Citação de: "hellraiser"
O essencial num projecto destes que seja made in Portugal. Pouco interessa que seja a scar ou a g-36 ou mesmo a modernização da G-3. Interessa que crie postos de trabalho em Portugal. Que haja uma passagem de tecnologia e conhecimentos para Portugal. E independentemente do design escolhido esse devera ser modificado e melhorado em Portugal.

Três possibilidades são:

1- Projecto baseado na G-3 com a renovação/modificação de componentes. Substituindo metais por novas resinas plásticas, de forma a aligeirar e tornar a G-3 mais pratica. E mantendo o calibre 7.62. Possível alteração do design.

2- Projecto baseado na G-36 a semelhança do projecto mexicano, como modificações Portuguesas a ser levado a cabo no em Portugal.

3- Projecto baseado na SCAR com uma ou outra alteração made in Portugal. E como todos os outros totalmente fabricado em Portugal.

Agora falando em vantagens/desvantagens:

G-3 (RENOVADA)

Vantagens:
Know how, experiência e mão de obra já existentes. Não implica uma mudança radical nas FA's nem um investimento tão grande visto que muitas armas podem ser reaproveitadas.

Desvantagens:
Alguém lembrou-se de vender as linhas de montagem do INDEP. Calibre 7.62 quando o standard da nato é o 5.56 (no entanto o 7.62 volta a estar cada vez mais na moda). Acrescida despesa económica em novas miras e sistemas extra.

Exacto, já foi vendida, ou seja, terias de comprar tudo de novo. Para isso mais vale adquirir uma espingarda-automática mais recente.

G-36PT (v Portuguesa)

Vantagens:
Provavelmente a mais fácil de implementar. Relações pré-existentes com a HK, permitem negociar a transferência de know how. Não necessita de uma morosa e trabalhosa recolha gradual de armas. Cria novos postos de trabalho, e favorece o desenvolvimento Português. Utiliza uma excelente arma como base. E no geral a que se apresenta como melhor pacote visto o preço unitário já incluir miras e sistemas que a acrescentar a outras subiria bastante o preço das concorrentes (SCAR).

Desvantagens:
Investimento superior à renovação das G3. Implica uma mudança para o calibre 5.56 que começa a mostrar-se desadequado às guerras do futuro. A grande quantidade de plásticos faz com que seja mais frágil que uma SCAR ou mesmo uma G3 renovada.

Segundo pessoas que já as testaram essa fragilidade é aparente, na verdade é uma excelente criação da HK. Fabricá-la em Portugal é muito difícil porque já é fabricada em Espanha. É provável que os Espanhóis tenham os direitos de fabrico para a Peninsula Ibérica (tal como nós temos para os Pandur para os PALOPs e América do Sul.

SCAR PT (versão Portuguesa)
Vantagens: Um investimento novo com uma empresa que já possui fabrica em Portugal, logo com uma transição de know how e tecnologias muito mais facilitado. Um projecto híbrido e bastante modular que permite tanto tirar vantagens do abundante calibre 5.56 como o fiável 7.62. Algumas modificações a serem efectuadas em Portugal dariam um novo "look" e possivelmente aperfeiçoamentos à arma. Não necessita de uma morosa e trabalhosa recolha gradual de armas. Cria novos postos de trabalho, e favorece o desenvolvimento Português. Utiliza uma excelente arma como base cujo sistema modular permitira facilmente uma implementação de versões civis com muito pouco trabalho. Logo um investimento que poderá facilmente trazer retorno. Em aspectos técnicos a melhor arma das referidas.

Desvantagens: Provavelmente o maior investimento monetário. Implica negociações com uma empresa com o qual não possui-mos propriamente uma "tradição".

O estado novo conseguiu, nos anos 60, implementar um projecto semelhante a este, que para a economia da altura era estrondosamente mais exigente que este. Não percebo porque o estado continua a politica de pedir aos estrangeiros, quando todos os dias provamos que também podemos podemos fazer tão bom ou melhor.

Isto é só uma breve analise do momento por um leigo. Agora os experts que opinem!  :wink:


A FN tem uma fábrica cá em Portugal, por isso os problemas que tu apontas-te não existem. As infraestruturas já cá existem, é só alargar um pouco a fábrica e trazer para Portugal mais maquinaria.

Os Israelitas tb disseram que não têm problema, em criar em Portugal uma fábrica, por isso tb é uma hipótese a pensar.
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Cabeça de Martelo

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« Responder #332 em: Janeiro 26, 2007, 02:17:24 pm »
Um texto muito interessante de um colega de um outro fórum:

Citar
...Mas voltando ao caso do FAL: dizer que a arma fica parada, fechada, apoiada em um suporte sob a chuva, sol, vento, etc. por vários dias e depois ao ser acionada dispara sem problemas é o mínimo que pode se esperar de qualquer arma que se proponha ser uma arma de emprego militar. Agora dizer que outras armas de uso consagrado não o fazem, isso não dá para engolir. Dá até para imaginar as condições do teste: um Para-Fal novo e com a manutenção impecável, dado o domínio que a tropa brasileira tem sobre esta arma, com cada micro dobra das voltas de cada parafuso rigorosamente limpa e a munição nova, por ser a munição padrão do EB, de dotação de uma Unidade que é Centro de Excelência. No outro lado do ringue, um M-16 A2, uma arma que os combatentes do Exército vêem mais na televisão do que ao vivo, com mecanismo de funcionamento não totalmente compreendido, haja vista ter ferrolho de trancamento rotativo e sistema de tomada de gases sem pistão, ao invés do ferrolho basculante e pistão do FAL, e “com a manutenção recomendada pelo fabricante”, ou seja, abriu-se o manual deu-se uma olhadela e pronto. Será que o venturi de transporte dos gases foi corretamente desmontado e limpo no seu interior, pois ele demanda uma escova calibre .17 que não vem com a arma e que não existe no EB, que utiliza escova calibre .30 para a limpeza das armas. Será que o alojamento do percussor foi limpo e a mola de retenção em “v” foi colocada na posição correta? Será que os três anéis de vedação da cabeça do ferrolho foram mantidos desalinhados? Pergunto isso por que, segundo relatos, a arma nem disparou. Não disparou por quê? Será que a face da cabeça do ferrolho foi lubrificada e o óleo contaminou a espoleta da munição de um dia para o outro? Ou será que o carregador foi lubrificado, contaminando a munição? Que munição estava sendo utilizada? Era nova? Por que esta não é a munição de dotação do EB, e pode ter sido utilizada uma munição emprestada ou cedida por outra Força ou por uma Polícia, que não vai dar munição nova para “torrar” em testes. Veja bem, não digo isso por ser um fã do fuzil M-16. Não sou, pois prefiro muito mais um fuzil AK-101 (AK-74M em calibre 5,56x45 OTAN) ou um fuzil Sig Sauer 551, como o utilizado pelo PARASAR da FAB, mas profissionalmente utilizo um fuzil M-4, que nada mais é do que um M-16 A2 encurtado. Portanto não faço os comentários que fiz por suposição: já participei de diversas operações na região amazônica, nas quais sempre procurei fazer contato com o pessoal do EB, que sempre me apoiou da melhor forma possível (Aliás, aproveito para agradecer publicamente o 1º Ten WELLINGTON JUNIO MATHEUS PIRES, Comandante do 4º Pelotão Especial de Fronteira, em Surucucu/RR, que abrigou toda minha equipe nas instalações daquela Unidade de Fronteira, fornecendo-nos alimentação e abrigo, e até atendimento médico, quando fui acometido por uma daquelas esquisitas enfermidades de selva). Nestes diversos contatos sempre faço um “intercâmbio”, demonstrando e dando instrução sobre o fuzil M-4, que toda a tropa e boa parte dos Oficiais nunca sequer viu de perto, portanto acredito que a manutenção dada à arma durante as avaliações não foi comparável àquela do FAL e, ademais, uma arma que sequer dispara depois de um dia de sol e chuva, como foi relatado, está com algum defeito ou problema, caso contrário, metade do Exército Norte-Americano e a totalidade do Exército Israelense já teriam sido mortos em combate.


E, voltando ao ringue, temos ainda um HK-33, provavelmente um fuzil emprestado pela FAB, pois é sua arma de dotação, que já contabiliza mais de 25 anos de uso, com um mecanismo de trancamento por roletes e sem pistão, ou seja, um funcionamento totalmente “alienígena” para quem está acostumado com o FAL e, provavelmente, desacompanhado de seu manual: este não precisa nem de comentários.


Deixando a brincadeira de lado, temos que observar seriamente o seguinte: os israelenses utilizavam o FAL na Guerra dos Seis Dias e a arma deixou muito a desejar naqueles ferozes combates, pois seu cano aquecia demais com uso contínuo, mesmo que em fogo semi-automático, causando a detonação espontânea dos cartuchos, e o mecanismo não suportava o acúmulo de resíduos de pólvora e o ingresso ocasional de areia, que levavam à pane de trancamento incompleto do ferrolho. Como o FAL não tinha um botão auxiliar para o trancamento manual do ferrolho, como o M-16 o tem, sendo este o botão arredondado atrás da janela de ejeção, e nem tão pouco a alavanca de manejo do FAL é afixada ao transportador do ferrolho, como no caso do AK-47, quando esta pane ocorria, só havia duas soluções possíveis: ou o combatente desmontava o fuzil em meio ao combate e limpava os ressaltos de trancamento do ferrolho basculante, ou ele sentava e começava a chorar. Os Sul-Africanos, que também usavam o FAL, passaram pelos mesmos problemas quando o usaram em combate real. O resultado é que os Israelenses, admirados com a confiabilidade da arma de seus adversários, o AK-47, copiaram seu design e seu mecanismo, adaptando-o a um calibre ocidental, dando origem ao famoso fuzil de assalto Galil. Os Sul-Africanos procuraram se esforçar menos e apenas copiaram o Galil dos israelenses, produzindo-o sob a designação de R4. Disto tiramos uma lição, que merece ser analisada, e que é tecnicamente comprovada: o mecanismo de funcionamento por ferrolho basculante empregado no FAL é muito menos confiável que o mecanismo de ferrolho rotativo, empregado na totalidade dos fuzis de assalto de projeto recente. Isto, somado ao fato de o FAL não possuir meios de trancar o ferrolho manualmente em caso de pane, pois não possui o botão de trancamento auxiliar e nem a alavanca de manejo afixada ao transportador do ferrolho, torna-o uma arma muito menos confiável do que outros fuzis de assalto de projeto mais recente. É a realidade, é mecânico e é comprovado em combate. Tanto é assim que o fuzil IMBEL MD-97, da fabricante do nosso FAL, deixou de utilizar o mecanismo de ferrolho basculante, adotando para a nova arma o trancamento por ferrolho rotativo, bem como a dotando de um botão auxiliar para trancamento manual do ferrolho em caso de pane. É a comprovação da realidade dos fatos, mais uma vez.

http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/sof/sofber2.html
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hellraiser

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« Responder #333 em: Janeiro 26, 2007, 03:37:35 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"

Alguém lembrou-se de vender as linhas de montagem do INDEP.

Exacto, já foi vendida, ou seja, terias de comprar tudo de novo. Para isso mais vale adquirir uma espingarda-automática mais recente.

Pois mas e as 30 mil G-3 que ainda temos umas em melhor estado que outras e sem falar que a G3 é uma excelente arma. os comandos que as preferiam para levar pro Afeganistão que o digam. E tiveram a possibilidade de levar a g36. A grande vantagem que a G-3 tem face as outras é o calibre e o facto de já termos 30 mil, logo acabando por se rum investimento mais barato.

Citação de: "Cabeça de Martelo"
A grande quantidade de plásticos faz com que seja mais frágil que uma SCAR ou mesmo uma G3 renovada.

Segundo pessoas que já as testaram essa fragilidade é aparente, na verdade é uma excelente criação da HK. Fabricá-la em Portugal é muito difícil porque já é fabricada em Espanha. É provável que os Espanhóis tenham os direitos de fabrico para a Peninsula Ibérica (tal como nós temos para os Pandur para os PALOPs e América do Sul.

Isso é suposições. Se pagarmos de certeza que eles permitem um fabrica em Portugal. Eles preferem uns milhões por uma licença de fabrico que nada e depois irmos fazer o mesmo com a arma da FN. Alias já tivemos uma licença para a G-3 logo temos também uma tradição de utilização de material HK. Se ha coisa que as empresas percebem é a linguagem do $$. É claro que se for pra produção de umas centenas de g36 nem eles abriam mão da licença de produção, muito menos nos estaríamos dispostos a gastar tanto dinheiro. Mas trata-se de 30 mil armas. Não é como ir ao armeiro local. Além disso as G36 da gnr, do DAE e do RESCOM foram fabricadas em Oberndorf na Alemanha, portanto isso de os espanhóis terem a licença para a península ibérica acaba de ir por agua abaixo.

Citação de: "Cabeça de Martelo"
A FN tem uma fábrica cá em Portugal, por isso os problemas que tu apontas-te não existem. As infraestruturas já cá existem, é só alargar um pouco a fábrica e trazer para Portugal mais maquinaria.

Os Israelitas tb disseram que não têm problema, em criar em Portugal uma fábrica, por isso tb é uma hipótese a pensar.


A FN tem uma fabrica de armas de caça. não propriamente de material de guerra. A nivel de tradição, alem dumas dúzias de FAL e as P90 no GOE, praticamente nunca usamos nada feito pela FN, logo não temos uma tradição com eles como temos com a HK. O grande problema dos israelitas é o design com o carregador atrás do gatilho. Que tem os problemas associados, e acima de tudo o calibre (5.56) e preço da arma.

Numa comparação directa, entre calibre 5.56 a G36 vence a TAR-21/SAR-21 por pelo preço unitário incluir acessórios que subiriam drasticamente eo preço das TAVOR. Já na minha opinião as possibilidades com calibre 7.62 são muito mais vantajosas. Que modernização da G# que acarreta um muito menor investimento. Que pela versatilidade da SCAR.
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Lightning

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« Responder #334 em: Janeiro 26, 2007, 04:13:32 pm »
Citação de: "hellraiser"
os comandos que as preferiam para levar pro Afeganistão que o digam. E tiveram a possibilidade de levar a g36.


Os Comandos preferiram a G3 à G36??? :?
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #335 em: Janeiro 26, 2007, 04:18:10 pm »
Citação de: "Lightning"
Citação de: "hellraiser"
os comandos que as preferiam para levar pro Afeganistão que o digam. E tiveram a possibilidade de levar a g36.

Os Comandos preferiram a G3 à G36??? :?


Exacto, o Hellraiser deve ter-se engando!  :wink:
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lurker

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« Responder #336 em: Janeiro 26, 2007, 04:37:06 pm »
Caro Hellraiser, de facto, a G3 é tida como uma excelente arma.  
Mas, questões de calibre à parte, há várias melhorias possiveis: modularidade, ergonomia, custo, etc.
Dai a opção de muitos paises pela G36 e não pela G33 (essencialmente uma G3 em calibre 5.56mm).
A opção das tropas no Afeganistão pela G3 provavelmente teve mais a ver com o as caracteristicas do calibre 7.62mm do que com as restantes qualidades da arma.
A questão do calibre é um problema. Têm-se observado deficiências ao calibre 5.56mm. Mas a lenta adopção do calibre 5.56mm por parte da NATO também resulta da observação deficiências do calibre 7.62mm.
O "melhor" seria mesmo ter flexibilidade para o futuro e para as missões.

Quanto à possibilidade de fabricar cá a arma, a IMI foi a única que de facto manifestou essa disponibilidade.
Quanto às restantes concorrentes, lembremo-nos que esse aspecto não era um item pontuável no concurso. A disponibilidade de qualquer dos outros concorrentes para isso pode ir de boa a nenhuma.
Contudo, permitamo-nos especular sobre a HK G36. A HK já tem uma fábrica na Alemanha e uma fábrica em Espanha.
Como com qualquer outra fábrica, cada uma dessas fábricas implica investimentos e responsabilidades para com os governos e trabalhadores das mesmas.
Não podem simplesmente ser desaparecer. Uma vez aberta uma fábrica, tenta-se conseguir rentabilizá-la ao máximo a não ser que hajam factores que  justifiquem a deslocalização.
É perfeitamente possivel que o valor pelo qual a HK estaria a abrir uma fábrica em Portugal tornasse muito mais atractivo comprar as G36 fabricadas em Espanha e/ou Alemanha.
 

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lurker

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« Responder #337 em: Janeiro 26, 2007, 04:44:00 pm »
Citação de: "Lightning"
Citação de: "hellraiser"
os comandos que as preferiam para levar pro Afeganistão que o digam. E tiveram a possibilidade de levar a g36.

Os Comandos preferiram a G3 à G36??? :?


Creio que já vi aqui escrito neste fórum que lhes foram disponibilizadas as G36 que a GNR usou no Iraque.
 

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ricardonunes

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« Responder #338 em: Janeiro 26, 2007, 04:59:26 pm »
Citação de: "lurker"
Mas a lenta adopção do calibre 5.56mm por parte da NATO também resulta da observação deficiências do calibre 7.62mm.


 :conf:

Que deficiências são essas?
Potius mori quam foedari
 

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Jorge Pereira

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« Responder #339 em: Janeiro 26, 2007, 05:07:28 pm »
Bom, ontem decidi contactar directamente a FN HERSTAL  e perguntar sobre a possibilidade da venda da SCAR fora da órbita das forças armadas norte-americanas.

A resposta foi esta:

Citar
The FN SCAR is a product that is developed on special request of the US armed forces users and is not available on other markets.


Será? c34x
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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lurker

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« Responder #340 em: Janeiro 26, 2007, 05:14:57 pm »
Caro ricardonunes,
as munições 7.62mm são maiores e mais pesadas, pelo que os carregadores levam menos e os soldados também transportam menos munições.
As armas também tendem a ser um pouco maiores e mais pesadas.
Para uma arma com concepção idêntica, o recuo é maior (a 3ª lei de Newton é tramada), o que torna mais dificil manter a arma apontada.

Há outra "desvantagem" da munição 7.62mm: a munição 5.56 mm é mais eficaz contra capacetes e coletes à prova de bala, mas isso é porque tem uma ponta de aço. A mesma estratégia poderia ser aplicada à munição 7.62mm.
Contudo, não sei até que ponto tal munição seria compativel com as armas 7.62mm existentes. Não sei o que está envolvivo nisso mas originalmente a munição 5.56mm desenvolvida pelos EUA também não tinha essa ponta de aço. Quando a ponte de aço foi adicionada, a M16 sofreu mais uma iteração. Pode não ser nada ou pode ser alguma coisa. Espero que alguém mais entendido em armas se pronuncie. :)
 

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hellraiser

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« Responder #341 em: Janeiro 26, 2007, 05:36:49 pm »
Citação de: "Lightning"
Os Comandos preferiram a G3 à G36??? :?

Citação de: "Cabeça de Martelo"
Exacto, o Hellraiser deve ter-se engando!  :wink:

Citação de: "Lightning"
Creio que já vi aqui escrito neste fórum que lhes foram disponibilizadas as G36 que a GNR usou no Iraque.

Exactamente! Aquando da ida para o Afeganistão, os comandos tiveram o problema das Armas a levar. Poderiam levar as SIG-543, as G-3A3, e a GNR cedeu as G-36KV caso eles quisessem. Escolheram as G3 por algum motivo. E sim a GNR tinha mais que G36 suficientes para equipar todos os militares dos Comandos.



Citação de: "lurker"
Caro Hellraiser, de facto, a G3 é tida como uma excelente arma.  
Mas, questões de calibre à parte, há várias melhorias possiveis: modularidade, ergonomia, custo, etc.
Dai a opção de muitos paises pela G36 e não pela G33 (essencialmente uma G3 em calibre 5.56mm).
A opção das tropas no Afeganistão pela G3 provavelmente teve mais a ver com o as caracteristicas do calibre 7.62mm do que com as restantes qualidades da arma.
A questão do calibre é um problema. Têm-se observado deficiências ao calibre 5.56mm. Mas a lenta adopção do calibre 5.56mm por parte da NATO também resulta da observação deficiências do calibre 7.62mm.
O "melhor" seria mesmo ter flexibilidade para o futuro e para as missões.

Quanto à possibilidade de fabricar cá a arma, a IMI foi a única que de facto manifestou essa disponibilidade.
Quanto às restantes concorrentes, lembremo-nos que esse aspecto não era um item pontuável no concurso. A disponibilidade de qualquer dos outros concorrentes para isso pode ir de boa a nenhuma.
Contudo, permitamo-nos especular sobre a HK G36. A HK já tem uma fábrica na Alemanha e uma fábrica em Espanha.
Como com qualquer outra fábrica, cada uma dessas fábricas implica investimentos e responsabilidades para com os governos e trabalhadores das mesmas.
Não podem simplesmente ser desaparecer. Uma vez aberta uma fábrica, tenta-se conseguir rentabilizá-la ao máximo a não ser que hajam factores que  justifiquem a deslocalização.
É perfeitamente possivel que o valor pelo qual a HK estaria a abrir uma fábrica em Portugal tornasse muito mais atractivo comprar as G36 fabricadas em Espanha e/ou Alemanha.



Permita-me discordar. O calibre é muito importante. O calibre 7.62 da G3 aliado à sua precisão e fiabilidade tornam a G3 numa arma incrivelmente versátil e acima de tudo funcional. Devido ao sistema de fecho exigido numa arma de calibre 7.62 seria algum desperdício converter esse mesmo sistema a uma arma calibre 5.56, que poderia operar com componente mais leves e pequenos de forma tão ou mais eficaz, dai a G36 baseada na AR18 ter tido mais sucesso que a G33 baseada na G-3. A G33 é uma G3 convertida a um calibre mais pequeno, a G36 é uma arma feita de raiz para esse calibre mais pequeno. Assim não existem desperperdicios e pesos desnecessários na arma. Por isso uma UMP é substancialmente mais leve que uma MP5 disparando o mesmo calibre com a mesma eficácia. Em detalhes técnicos a G36 é claramente superior à G3, mais leve rápida e sofisticada. Mas no mundo real, isso já não é tão linear. O calibre da G3 e o seu design tornam-na numa arma perfeita para as guerras de subversão e urbanas. Aliás toda a ideia de mudra o claibre 7.72 para o 5.56 esta a ficar ultrapassada. É um conceito da guerra fria que previa uma invasão terrestre da Europa, onde a quantidade de munições e a dispersão de fogo eram os pontos a considerar visto que o objectivo era ferir e não matar, e não se previa que as situações exigissem atenção à presença de civis. No entanto, hoje, a guerra é diferente, ironicamente um estilo de guerra semelhante à que encontrámos no ultramar, um guerra de emboscadas de subversão o chamado "dispara e foge". O inimigo terrorista não tem medo de morrer e refugia-se no meio a população civil. Preciso um calibre que apenas um projéctil derrube e mate o inimigo ao invés de um projéctil que o deixe ferido, no entanto ainda capas de continuar a lutar. É também necessária uma arma que seja precisa e com longo alcance de fogo. Mantendo uma alta letalidade ate ao final do seu alcance. Uma arma que embora possua a possibilidade de fogo em rajada, deve ser utilizada principalmente de forma semi-automática. Ora... a G3 é perfeita,a SCAR pode ser superior por ser mais versátil quanto a calibre. No entanto a SCAR compromete com uma compra de mais de 30 mil novas armas. A G3 apenas implica a compra/fabrico de novas peças. Dai que a Suécia tenha optado por modificar e apetrechar as suas em vez de gastar dinheiro em armas cujo calibre esta claramente obsoleto. Colocaram-lhes rails, miras peças em resinas plásticas. Pouparam uma quantidade de massa, ficaram com armas não muito actuais mas sem duvida preparadas para o futuro, e conseguíram reduzir o peso das G3!
A HK em Espanha apenas produz as versões G36E e G36KE, a versão concorrente para o exercito Português é a G36 e G36K, as diferenças entre outra passam pelo cano, miras etc. Tal implica inclusive um processo de fabrico do cano diferente em diferentes equipamento que não existem em Espanha. O exercito mexicano negociou com a HK uma licença para a tecnologia da construção da G36, no entanto já existia uma fábrica da HK nos EUA. A ser construída em Portugal deveria seguir-se o mesmo processo da G3, adquirir a licença para a tecnologia da G36, e construir pelo exercito no INDEP. A semelhança do que fizemos com a G3 e os mexicanos fazem com a G36. Devo lembrar que a HK construiu uma fabrica no EUA para o fornecimento das OICW e XM8 no entanto ficou tudo em águas de bacalhau e depois foram meter uma no México, enquanto que a fabrica americana anda as moscas. Logo rentabilização de fábricas não é um entrave. Como já disse 30 mil espingardas de assalto não é propriamente como fornecer a PSP do Barreiro. Qualquer empresa esta disposta a passar o know how pelo dinheiro certo.
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« Responder #342 em: Janeiro 26, 2007, 05:43:18 pm »
Há um erro muito comum que resulta da comparação de alhos com bugalhos. Exemplo: a penetração 5.56x45 AP é superior à 7.62x51 ordinária (ball). Não é possível comparar as duas munições. A 7.62 será sempre superior à 5.56 na respectiva categoria.

Jorge Pereira, a FN não está interessada.
Óptimo!
Enquanto alguns vêm problemas, nós podemos ver oportunidades. Eu já as vi!:D
Mas provavelmente o ganhador será o que melhor "mecenato" partidário fizer.
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« Responder #343 em: Janeiro 26, 2007, 05:45:17 pm »
Citação de: "Luso"
Há um erro muito comum que resulta da comparação de alhos com bugalhos. Exemplo: a penetração 5.56x45 AP é superior à 7.62x51 ordinária (ball). Não é possível comparar as duas munições. A 7.62 será sempre superior à 5.56 na respectiva categoria.


Não digo o contrario. Estou a comparar munições ordinárias.
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« Responder #344 em: Janeiro 26, 2007, 05:52:14 pm »
Mas afinal a INDEP não foi fechada e a maquinaria vendida?

Em relação à G-3...para mim é muito simples; quando sei que a G-3 foi subsitituida pela Galil à mais de 20 anos, acho que prefiro outra solução.

Que faça qualquer das espingardas-automáticas acima faladas, mas que se faça CÁ!  :wink:
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...