A comparação entre a AK-47 e a G-3 que está no centro de documentaçao 25 de Abril e que é copiada do livro de Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes, é absolutamente desonesta.
Principalmente porque afirma que a G-3 era mais pesada (e era de facto cerca de 200 gramas mais pesada) e que tinha carregadores (ou depósitos) para mais munições, mas ignorando completamente o tipo de munição que a G-3 e a AK-47 utilizavam, e que dava à G-3 uma vantagem táctica absoluta.
Essa vantagem era no entanto menor na Guiné, por razões que se prendiam com o tipo de vegetação. Na Guiné eram mais comuns as pequenas picadas que quase eram tuneis por entre a vegetação.
Isto permitia a quem quisesse efectuar emboscadas colocar-se mais próximo do alvo, reduzindo assim a vantagem tactica de quem tinha uma G-3.
É igualmente relevante a referência à PPSh-41 soviética (alcunhada de costureirinha) que era uma arma que se reconhecia pelo seu ruido característico.
Ficha da PPSh-41A utilização da arma é uma prova de que os ataques eram feitos a menos de 100m. A mais que isso a PPSh-41 só conseguiria ferir.
A FBP sofria do mesmo problema. Mais uma vez tendo como referência pessoas que estiveram no mato (não na Guiné mas em Moçambique), aqueles a quem estava distribuida uma FBP preferiam uma G-3.
Cumprimentos