Substituição da G3

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jmg

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« Responder #855 em: Maio 11, 2008, 10:28:54 pm »
Adaptar silenciadores, lanternas e não sei que mais numa AK 47?
É o que digo, são réplicas daquelas bastante divulgadas nos EUA.
Das poucas que tive nas mãos e eram as dos nossos camaradas do CIOE, não dava para nada disso.
Tenho 15 anos de serviço e nunca tive uma interrupção de tiro com a G3 com munição real.
Com munição de salva e batente de instrução e munição reduzida, sim.
Com 7,62 não. A G3 sim, tem adaptador para bipé, mira telescópica Hensoldt, AN/PVS 4, HK 79 40mm, sabre baioneta e silenciador.
Não te fies de mim, se te faltar valentia.
(Inscrição gravada num antigo punhal.Autor desconhecido)

ΜΟΛΩΝ ΛΑΒΕ
 

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bishop

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« Responder #856 em: Maio 11, 2008, 10:43:46 pm »
Eu sei do que ele esta a falar efectivamente existe maneira de customisar a  AK47 versão original na revista raids todos os meses (ou quase) metem anúncios a essas ditas cujas exemplo disso

http://www.mountsplus.com/miva/merchant ... ccessories

Ja vi inclusive uma peça do género rail picatinny (como o da scar) para AK47
enfim os gajos lembraram se de tudo e mais alguma coisa...aposto que um dia no médio oriente vai haver um programa de tv chamado "pimp my AK"
Enfim não gosto dela por varias razões mas não posso criticar que é uma arma que mudou o mundo pelas suas notas positivas....
 

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Lancero

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« Responder #857 em: Maio 12, 2008, 03:04:52 pm »
Como não vamos substituir a G3 por nenhuma AK,

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Testes a armas começam hoje em quartel


Os primeiros testes às armas seleccionadas para substituir pistolas, metralhadora e espingardas, nas Forças Armadas, vão hoje começar na Escola Prática de Infantaria, em Mafra, soube o JN. Oprocesso tornou-se mais conhecido para a substituição da espingarda G-3, mas é com as pistolas que a avaliação tem início, ocupando toda a semana. Na segunda semana, seguem-se as metralhadoras e, na terceira, é a vez das espingardas. Nas pistolas, concorrem a Glock, a FN e a Sig Sauer; nas metralhadoras, a HK e a FN e nas espingardas, que surgem com o calibre 5,56 mm, a Colt Canadiana e a HK.

O Governo pretende tomar uma decisão para o conjunto das armas, ainda este ano, e proceder às primeiras entregas.

As pistolas e as espingardas que dotam as Forças Armadas estão em uso há mais de 40 anos, enquanto as metralhadoras em testes não têm praticamente correspondência nas armas do mesmo tipo em serviço. Carlos Varela


http://jn.sapo.pt/2008/05/12/nacional/t ... artel.html
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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papatango

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« Responder #858 em: Maio 12, 2008, 03:17:39 pm »
Citação de: "bishop"
Ja vi aqui muita gente falar de contar as munições etcetc se quiserem mesmo saber quantas têm num carregador metam 3 traçantes no fim do carregador a 25m conseguem ver o rastreio e sabem que resta 2 munições...


E se o inimigo entende essa sua táctica (que é relativamente conhecida) sabe exactamente quando você fica sem munição.
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bishop

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« Responder #859 em: Maio 12, 2008, 04:14:35 pm »
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bishop escreveu:
Ja vi aqui muita gente falar de contar as munições etcetc se quiserem mesmo saber quantas têm num carregador metam 3 traçantes no fim do carregador a 25m conseguem ver o rastreio e sabem que resta 2 munições...


E se o inimigo entende essa sua táctica (que é relativamente conhecida) sabe exactamente quando você fica sem munição.


Nunca disse que a utilizava para mim :wink: isto tudo depende de cada um por exemplo eu tenho a paranóia após cada contacto(quando tudo esta calmo) mudo de carregador porque dificilmente se da cabo de 3 ou 6 carregadores que seja e quando tenho a possibilidade passo as restantes munições para 2 carregadores só....isto quando não perco os carregadores pelo caminho em drill de urgência...enfim depende de muita coisa do colete de assalto que possuímos(bolsos para carregadores etcetc) existem muitas maneiras por aqui têm tendência a meter traçantes todos os 5 tiros ou 3 no fim ou uma a metade ou não metem nada...cada um tem a sua técnica e com o passar do tempo e o ganhar experiência as técnicas melhoram ou mudam.
 

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papatango

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« Responder #860 em: Maio 12, 2008, 05:08:41 pm »
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Nunca disse que a utilizava para mim isto tudo depende de cada um por exemplo eu tenho a paranóia após cada contacto

Estamos mal se isto depende de cada um.  :oops:


Citação de: "tyr"
Realmente a AK tem a vantagem de ser facil de arranjar e de encontrar peças subselentes e munições a nivel mundial, mas de resto o que eu vi de uma Ak é que não acertas num carro a 300m (pode ser que o modelo que eu vi estivesse em muito mau estado mas duvido), e em TO como Afeganistão, iraque, onde ja houveram casos de militares naõ conseguirem responder ao fogo inimigo por falta de alcance
Essa debilidade da AK-47 é um facto reconhecido pelo próprio Mikail Kalashnikov.
O problema com a fiabilidade da arma tem a ver com as tolerâncias muito grandes na engenharia de fabrico. Essas tolerâncias, são o que permite que a AK-47 dispare mesmo suja, mas tem a inconveniência da impossibilidade de acerto a distâncias dentro do alcance máximo (tiro tenso). Isto reduz o alcance eficaz da arma, ou seja, reduz a distância máxima a que um atirador medianamente treinado pode garantir que acerta no alvo.

Não é uma questão de qualidade do operador, treino ou do que quer que seja. É um problema de conceito.
Sabendo que a arma jamais poderia ter uma precisão suficiente, os russos aceitaram uma munição menos potente que a munição NATO 7.62x51.

Portanto, a AK-47 pode ser muito boa para quem acha que não é preciso limpar as armas, mas eu não queria - em campo aberto - ter um opositor com uma G-3 limpa (e não é assim tão complicado limpar, desmontar e voltar a montar a G-3, pelo menos no meu tempo tinhamos que montar e desmontar tudo, se bem me lembro em menos de um minuto).
A vantagem da G-3 sobre a AK-47 é absoluta. quem tivesse a G-3 podia escolher a distância a que disparava. Que tivesse a AK-47 precisava de se aproximar sem ser visto, para poder disparar um tiro que acertasse em alguma coisa.

Armas posteriores, produzidas pelos mesmos fabricantes e sob a direcção de Mikhail Kalashnikov, atingiram níveis mais elevados de precisão, mantendo a mesma robustez, mas a munição continua a ser a mesma e milagres ninguém faz.

Em Portugal o mito da AK-47 foi muito exagerado por razões políticas, e normalmente afirmava-se que era superior à G-3, também por razões políticas.

A simples análise da precisão e da potência mostra que a G-3 era superior em praticamente quase tudo, embora exija, como exige o equipamento alemão, que o militar que a usa, a saiba manter em condições.

Conforme me ensinaram na tropa, e ao contrário do que diz a chamada sabedoria popular, quando se trata de espingardas, é em tempo de guerra que se limpam armas.

Quem não seguir esta máxima, não viverá para ver o final.

Cumprimentos
« Última modificação: Maio 12, 2008, 06:12:26 pm por papatango »
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« Responder #861 em: Maio 12, 2008, 05:57:05 pm »
com munições trassejantes é impossivel fazer tiro no modo que quando um elemento do grupo para de disparar começa outro elemento a fazelo e o inimigo acaba por não saber de onde vêm realmente os tiros e quantos somos, (esta tactica funcionou muito bem no Ultramar), o contar munições é fundamental para conseguir este efeito, na instrução isto fica de tal maneira rotinado que se torna tão facil como andar de bicicleta (e pelo que me contam os elementos que andaram no mato, antes e depois do combate estavam com medo, mas assim que começava o combate entravam no automatico e esqueciam o medo).
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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papatango

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« Responder #862 em: Maio 12, 2008, 06:18:26 pm »
Já agora, e relativamente aos comentários sobre a G-3 (não meus, que evidentemente não estive lá), notar que a G-3 dava aos militares portugueses uma segurança que a AK-47 não dava.
Uma das vantagens, tem a ver com a potência da arma, a qual permitia disparar contra a vegetação a alguma distância e manter qualquer potêncial inimigo numa posição defensiva.

A AK-47, além de menos precisa é menos potente. e o projéctil é afectado por ramos, folhas e galhos secos a uma distância relativamente curta. A vegetação densa, funcionava como barreira.

Para operações de patrulha, a G-3 era por isso uma vantagem táctica. A sua desvantagem, segundo alguns, era o seu peso superior ao da AK-47. No entanto, grande parte das escoltas e colunas eram motorizadas, pelo que esta diferença acabava por ser anulada.
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« Responder #863 em: Maio 12, 2008, 06:52:11 pm »
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Estamos mal se isto depende de cada um.
Se numa unidade, por pequena que seja, os procedimentos são à escolha do freguês, a força não deve ser exactamente muito capaz...


Existem procedimentos numa secção que são individuais do género arrumação do material no colete de assalto etcetc quanto aos "battle drill's" isso não muda obviamente mas em drill's individuais cada um tem a sua maneira é como na instrução trabalhamos em standart e quando chegamos à secção descobrimos que essa tem uma maneira totalmente diferente de trabalhar...enfim nunca pousou problemas em manobras nem exercícios agora se me disser que cada um tem a sua forma de assegurar uma posição,
cruzamento ou mesmo no MOUT ai sim é barraco assegurado.
 

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« Responder #864 em: Maio 12, 2008, 07:01:14 pm »
Compreendo.

Já agora, quando fala de battle drills, fala de battle drills de que exército ?
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« Responder #865 em: Maio 12, 2008, 07:34:22 pm »
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Compreendo.

Já agora, quando fala de battle drills, fala de battle drills de que exército?

Belga eles aqui tem a mania de utilizar as palavras da NATO visto trabalhar mais nesse âmbito ao contrario dos franceses que continuam a utilizar a língua francesa para transmissões etc...enfim em parte ajuda de outra parte por vezes é confuso porque algumas estão sempre a mudar exemplo disso o FIBUA há um mês para cá mais ou menos vim a saber que passou a chamar se  MOUT.



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Já agora, e relativamente aos comentários sobre a G-3 (não meus, que evidentemente não estive lá), notar que a G-3 dava aos militares portugueses uma segurança que a AK-47 não dava.
Uma das vantagens, tem a ver com a potência da arma, a qual permitia disparar contra a vegetação a alguma distância e manter qualquer potêncial inimigo numa posição defensiva.

A AK-47, além de menos precisa é menos potente. e o projéctil é afectado por ramos, folhas e galhos secos a uma distância relativamente curta. A vegetação densa, funcionava como barreira.

Para operações de patrulha, a G-3 era por isso uma vantagem táctica. A sua desvantagem, segundo alguns, era o seu peso superior ao da AK-47. No entanto, grande parte das escoltas e colunas eram motorizadas, pelo que esta diferença acabava por ser anulada.


Não estou muito por dentro da historia da guerra colonial por muita pena minha e as bases que tenho não devem ser muito boas mas a pergunta que tenho a fazer é a seguinte acredito que a G3 tem mais potência que a AK mas se bem percebo o maioria dos combates decorreram no mato e não em zonas urbanas ou seja a maior parte dos contactos eram a mais de 50m ou seja a longa distancia (corrija-me se estiver errado) será que é por isso que a G3 é tão defendida por parte dos Portugueses ou então há outras razões por trás por exemplo na Suécia li numa reportagem (Raids fusils de assaut tome 1) que estes não se desfazem da G3 que preferem ter mais peso do que um calibre incerto....enfim neste momento Portugal vai adquirir uma 5,56mm (hk ou colt canada) como é que as tropas ai vêm essa mudança de calibres??
 

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« Responder #866 em: Maio 12, 2008, 07:44:43 pm »
o pessoal que não pensa ir combater, prefer ter menos peso (5.56), o pessoal que corre o risco de ir para combate e tem formação a nivel de balistica (ou curiosos na area), prefere 7.62, o pessoal com pouca informação que que acreditam que o que os americas usam ou acham que o mais moderno é melhor, prefere 5.56.
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« Responder #867 em: Maio 12, 2008, 07:49:46 pm »
e no ultramar pelo que sei o contacto tanto podia ser na ordem das dezenas de metros (exemplo no capim onde só se descobria a força adversaria quando tropeçavam uns nos outros), até centenas de metros (nas savanas e regiões deserticas).
E as tabelas de protecção (espessuras dos materiais como por exemplo  espessura de uma arvore, espessura de um muro de alvenaria, etc...) que o exercito portugues uza para nos proteger do 7.62 nato, chegam e sobram para os outros calibres (5.56 e 7.62x39), o contrario ja não é verdade.
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« Responder #868 em: Maio 12, 2008, 08:16:57 pm »
Estou a ver é que este debate que estamos aqui a ter faz parte da actualidade por este mundo fora em parte por causa de soldados americanos que querem voltar para o 7,62mm devido a não conseguirem neutralizar(no caso matar...) de imediato o inimigo dai sistemas como a SCAR.
 O que eu me pergunto é se não vai haver problemas de logística pois certas unidades preferem ter o mesmo calibre para todos em certas missões mas se utilizarem os diferentes calibres para cada missão estudada(que é certamente o que vão fazer) tenho impressão que vão ganhar uma certa vantagem sobre nos europeus que estamos prestes a adquirir novas armas mas não polivalentes.Enfim se funcionar bem com as forças especiais deles é certo que mais tarde vão adoptar um sistema semelhante para o resto...mas enquanto isso aqui na Europa vamos continuar com o 5,56mm visto as armas estarem a chegar e não creio que daqui a 20 anos venham outras...
 

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« Responder #869 em: Maio 12, 2008, 10:50:22 pm »
Conheço bem esse drill começa se da esquerda para a direita (dependendo do chefe de secção obviamente) em NTTC pode-se chamar tiro de neutralização ou a priori dependendo também do contacto visual ou não com o inimigo se não houver é da esquerda para a direita e a cada tiro um "cliq" ao lado até varrer todo o sector.
 Digamos que com a implementação do NTTC de origem americana muita coisa mudou depois vieram os suíços melhorar a  coisa e de seguida Bélgica  etcetc a França adoptou ha 4anos se não me engano.

http://www.a3w.fr/DetailElement.aspx?nu ... ique=50581